quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

JOGO DA MEMÓRIA FILOSÓFICO (Prof. José Antônio Brazão.)

Uma atividade interessante, que pode ser trabalhada no ensino de Filosofia, é o jogo da memória. Abaixo vai um exemplo.
JOGO DA MEMÓRIA FILOSÓFICO – OPOSTOS:
LIBERALISMO
Sistema ou proposta econômica e política que defende a liberdade de mercado e a mínima intervenção do Estado na economia capitalista.
SOCIALISMO
Sistema econômico e político que opõe-se ao capitalismo, é favorável à intervenção do Estado na economia e propõe uma sociedade igualitária.
IDEALISMO
Filosofia para a qual as ideias (formas/espírito) são o fundamento do real. Ex.: a filosofia platônica, que afirma a realidade do mundo das Ideias; Hegel.
MATERIALISMO
Filosofia para a qual tudo é resultado de interações da matéria, inclusive o ser humano. Marx aplicou a dialética ao materialismo.
RACIONALISMO
Filosofia ou corrente filosófica para a qual o conhecimento verdadeiro baseia-se na razão. Ex.: René Descartes.
EMPIRISMO (ex.: Locke)
Filosofia ou corrente filosófica para a qual o conhecimento verdadeiro tem por base a experiência (empiria, gr) sensível.
ATEISMO
Tendência de pensamento que crê na inexistência de Deus. A = não. Theós = Deus. Para os ateus Deus não existe de verdade.
RELIGIOSIDADE
Tendência de pensamento dos que creem na existência real de Deus ou de deuses, do transcendente.
REALISMO DOS UNIVERSAIS
No mundo medieval, os realistas defendiam a existência real dos conceitos/termos gerais, universais. Eles têm uma existência própria ou na mente de Deus.
NOMINALISMO DOS UNIVERSAIS
No mundo medieval, para os nominalistas os conceitos/termos universais seriam apenas nomes, emissões de voz, não existindo em realidade separada.
TEOCENTRISMO
Colocação de Deus no centro das reflexões e como fundamento da realidade. Tudo depende de Deus, que é a realidade primeira e última de todas as coisas.
ANTROPOCEN-
TRISMO
Valorização do homem (antropo, em grego), como ser capaz de elaborar o conhecimento, de conhecer e de agir sobre o mundo.
ABSOLUTISMO MONÁRQUICO
Governo em que o poder absoluto é exercido pelo monarca (rei ou rainha). O poder é supremo e é transmitido por meio da descendência, dentro da família real (rei/rainha).
REPUBLICANISMO
Sistema de governo em que o poder é exercido por representantes escolhidos pelo povo de cada país. O poder é temporal, disputável e não é transmitido, por descendência, de pai para filho.
EXPLICAÇÃO MITOLÓGICA DA REALIDADE
Tudo é explicado através dos mitos, relatos sagrados que falam de deuses, deusas e seres transcendentes.
EXPLICAÇÃO FILOSÓFICA DA REALIDADE
Tipo de explicação que apela para a observação e a explicação da realidade fundamentada na pesquisa racional.
PLATONISMO
Corrente filosófica que tem suas raízes nas ideias do filósofo grego Platão (séc. V/IV a.C.). Platão apontava para a existência do Mundo das Ideias. Em A República propôs uma cidade ideal.
ARISTOTELISMO
Corrente filosófica que tem suas raízes nas ideias do filósofo grego Aristóteles (séc. IV a.C.). Criticava o idealismo do mestre e não cria na possibilidade de cidade ideal, como Platão.
EVOLUCIONISMO
Teoria e descoberta que afirma que todos os seres vivos evoluíram a partir de formas vivas primitivas. A vida surgiu, há bilhões de anos, como resultado de interações moleculares, na água, e vem evoluindo.
CRIACIONISMO BÍBLICO
Crença religiosa, baseada na Bíblia, que afirma a criação do mundo e dos seres vivos, tal como existem hoje, por Deus. Ex.: Gênesis 1 – 3.
VERDADE DOS ARGUMENTOS
Verdade que ocorre quando os argumentos apresentados correspondem à realidade e a premissas (cada parte do argumento, as quais desembocam em uma conclusão) verdadeiras.
FALSIDADE DOS ARGUMENTOS
Falsidade que ocorre quando os argumentos apresentados não correspondem à realidade nem a premissas  verdadeiras. Cada premissa é uma parte do argumento e elas desembocam em uma conclusão.
CETICISMO
Para os céticos não é possível haver o conhecimento da verdade, pondo sua possibilidade em dúvida (sképsis, em grego).
Exemplos: Filósofos do grupo dos sofistas, Pirro de Élis (ceticismo radical), Hume (não radical).
 
DOGMATISMO
Doutrinas que se impõem como verdades (dogmas) inques-tionáveis e que não aceitam contestação. Há dogmas, por exemplo, nas religiões, mas também pode ocorrer o dogmatismo na ciência e na filosofia.
Recortar as pequenas fichas. Para ficarem iguais em tamanho, poder-se-á colá-las em folhas com quadrados de mesmo tamanho e, a seguir, fazer o recorte.
1) Distribuir a turma em duplas ou trios. Um jogo para cada uma: misturam-se os papéis recortados; cada um(a), por sua vez, escolhe dois, formando pares. Quem fizer mais pares vence a brincadeira. Leva de dez a quinze minutos, talvez menos, dependendo de cada pequeno grupo e da quantidade de pares a formar.
2) Sugestão ao professor e à professora de Filosofia: peça que estudantes leiam, um a um, cada quadrinho, após terminada a primeira parte. Peça que expliquem o que entenderam e, a seguir, você mesmo(a) poderá fazer as explicações devidas e necessárias.
3) É um recurso rico de aprendizado e foge um pouco do quadro e da aula puramente expositiva. Bom proveito!

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

ANÁLISE ou ESTUDO DE TEXTO FILOSÓFICO COM AUXÍLIO DE DESENHO(S): (Prof. José Antônio Brazão.)

Um desenho ou vários pode(m) ajudar bastante no entendimento de um texto filosófico, podendo ser utilizado como recurso de interpretação textual, juntamente com o texto original e apontando para o conteúdo deste.  Desenhos podem ajudar a melhor entender um texto filosófico. Podem ser feitos pelo(a) professor(a) e pelos(as) estudantes.
 
O texto do(a) filósofo(a) pode ser lido e estudado, parte por parte, com a turma e, a seguir, desenhado, transformado em desenho. Isto pode ajudar a aprofundar a compreensão do texto. Ou pode ser lido e discutido em grupos, que farão seus respectivos desenhos do texto e exporão o que entenderam. É claro, o(a) professor(a) pode e deve intervir, esclarecendo e aprofundando o entendimento coletivo do texto. Pode convidar a turma a olhar os desenhos dos colegas e debater sobre eles, fazendo uma ponte entre o texto filosófico e os desenhos. O desenho não substitui o texto original, mas pode ajudar muito em seu entendimento, juntamente com outros recursos (bons dicionários de filosofia, por exemplo; textos de intérpretes; outros).

A complexidade de um texto filosófico pode ser melhor esclarecida com o auxílio dos desenhos e do debate coletivo. E vale lembrar que tal complexidade, assim como a de outras áreas do conhecimento, desafia o entendimento e põe em ação o raciocínio e a capacidade de abstração, contribuindo para desenvolvê-los e/ou ampliá-los! Isto é fundamental para toda a vida. Pessoas com raciocínio afiado e boa capacidade abstrativa podem fazer muito por si e por todos, ao longo da vida! O diálogo interdisciplinar pode ser muito útil. Por exemplo:

Trecho da Segunda Meditação Metafísica de René Descartes (séc. XVII):

“1. A Meditação que fiz ontem encheu-me o espírito de tantas dúvidas, que doravante não está mais em meu alcance esquecê-las. E, no entanto, não vejo deque maneira poderia resolvê-las; e como se de súbito tivesse caído em águas muito profundas, estou de tal modo surpreso que não posso nem firmar meus pés no fundo, nem nadar para me manter à tona/Esforçar-me-ei, não obstante, e seguirei novamente a mesma via que trilhei ontem, afastando-me de tudo em que poderia imaginar a menor dúvida, da mesma maneira como se eu soubesse que isto fosse absolutamente falso; e continuarei sempre nesse caminho até que tenha encontrado algo de certo, ou, pelo menos, se outra coisa não me for possível, até que tenha aprendido certamente que não há nada no mundo de certo. 2. Arquimedes, para tirar o globo terrestre de seu lugar e transportá-lo para outra parte, não pedia nada mais exceto um ponto que fosse fixo e seguro. Assim, terei o direito de conceber altas esperanças, se for bastante feliz para encontrar somente uma coisa que seja certa e indubitável. 3. Suponho, portanto, que todas as coisas que vejo são falsas; persuado-me de que jamais existiu de tudo quanto minha memória repleta de mentiras me representa; penso não possuir nenhum sentido; creio que o corpo, a figura, a extensão, o movimento e o lugar são apenas ficções de meu espírito. O que poderá, pois, ser considerado verdadeiro? Talvez nenhuma outra coisa a não ser que nada há no mundo de certo.” (Meditações Metafísicas, de Descartes. Citado em: http://professorotaviolobo.blogspot.com.br/2013/03/rene-descartes-meditacoes-metafisicas.html).

Outro trecho da mesma meditação cartesiana, referente ao eu pensante (cogito):

“Passemos, pois, aos atributos da alma e vejamos se há alguns que existam em mim. Os primeiros são alimentar-me e caminhar; mas, se é verdade que não possuo corpo algum, é verdade também que não posso nem caminhar nem alimentar-me. Um outro é sentir; mas não se pode também sentir sem o corpo; além do que, pensei sentir outrora muitas coisas, durante o sono, as quais reconheci, ao despertar, não ter sentido efetivamente. Um outro é pensar; e verifico aqui que o pensamento é um atributo que me pertence; só ele não pode ser separado de mim. Eu sou, eu existo: isto é certo; mas por quanto tempo? A saber, por todo o tempo em que eu penso; pois poderia, talvez, ocorrer que, se eu deixasse de pensar, deixaria ao mesmo tempo de ser ou de existir. Nada admito agora que não seja necessariamente verdadeiro: nada sou, pois, falando precisamente, senão uma coisa que pensa, isto é, um espírito, um entendimento ou uma razão, que são termos cuja significação me era anteriormente desconhecida. Ora, eu sou uma coisa verdadeira e verdadeiramente existente; mas que coisa? Já o disse: uma coisa que pensa.” (Meditações Metafísicas, de Descartes. Citado em: http://professorotaviolobo.blogspot.com.br/2013/03/rene-descartes-meditacoes-metafisicas.html).

O texto das Meditações Metafísicas de René Descartes, filósofo racionalista do mundo moderno (mais especificamente, séc. XVII), é denso e bem complexo. Isto pode ser visto nos pequenos trechos citados. Descartes queria descobrir um fundamento para o conhecimento da verdade que não pudesse ser posto em dúvida. Com efeito, o filósofo francês faz uso da dúvida hiperbólica e metódica, radicalizada progressivamente, a fim de discutir verdades que são comumente aceitas pelas pessoas e até por ele próprio. Dúvida metódica porque usa a incerteza e até uma negação do que é tido por verdadeiro no dia a dia, tomando-a como um caminho (método, palavra advinda do grego) para avançar no entendimento do conhecimento e de suas bases. É, ao mesmo tempo, uma dúvida hiperbólica, pois vai-se radicalizando progressivamente, ampliando-se, do mundo material (res extensa) até Deus, do corpo até a matemática, e assim por diante, radicalmente.

Quando usa a dúvida, Descartes beira a corrente cética da filosofia. Quando alcança o eu pensante (o homem racional) e toma-o como verdade primeira, após o caminho da dúvida hiperbólica, tomando a existência de ideias inatas (nascidas com a pessoa), como a ideia de Deus – posta aí pelo próprio Deus e permitindo ao filósofo descobrir a verdade da existência de Deus, a partir da qual resgatará a certeza acerca do mundo e da matemática –, alia-se ao racionalismo, outra corrente importante dentro da filosofia ocidental.

O desenho a seguir pode ajudar, de um modo simples e geral, a entender o percurso das Meditações Metafísicas, de Descartes. Sua finalidade é mostrar como desenhos podem ajudar no esclarecimento de ideias contidas em textos filosóficos, contribuindo para que os e as estudantes do Ensino Médio possam entende-los melhor, num diálogo de ideias com o filósofo escritor (Descartes, neste caso), com o grupo, transformando-as em desenho(s), com toda a turma e o(a) professor(a).

Desenho:
 


quinta-feira, 21 de novembro de 2013

USO DE DESENHOS NO QUADRO DA SALA DE AULA NO ENSINO DE FILOSOFIA (Prof. José Antônio Brazão.)

Desenho trabalhado com turmas do primeiro ano do Ensino Médio. Referência: Platão.

 
 
Desenho trabalhado com turma do segundo ano do Ensino Médio: Racionalismo.

Desenho trabalhado com turma do segundo ano do Ensino Médio: Empirismo.
 
Costuma-se dizer que uma imagem vale por mil palavras. Neste caso, mil palavras, combinadas com uma imagem, podem ajudar muito no aprendizado, valendo muito para uma melhor compreensão dos conteúdos. As imagens acima são simples, feitas em quadros de salas de aulas, com uso de gizes coloridos.
O que se quer aqui é mostrar, professor(a) de Filosofia, que você mesmo(a) pode fazer desenhos simples que possam ajudar alunas e alunos na compreensão mais clara dos conteúdos filosóficos estudados.
Os conteúdos acima são previstos, respectivamente, para os primeiros anos e segundos anos do Ensino Médio, conforme a proposta da Secretaria de Estado da Educação de Goiás para o ensino de Filosofia.
Conteúdos complexos podem ter sua compreensão mais clara com desenhos. Saiba usá-los bem em sala de aula. O quadro é um bom parceiro e nele, além de textos, podem ser feitos desenhos com gizes, sejam estes coloridos ou não. É claro, os coloridos dão realces muito bons.
Acerca do uso de desenhos, em outro lugar neste site também são apresentados outros, prontos encontráveis em livros e na internet. Dê uma olhada! No mais, crie desenhos. Dê asas à imaginação e você poderá estar ajudando ainda mais os e as estudantes! É claro, jamais se esqueça da fonte primária: o texto escrito pelo(a) próprio(a) filósofo(a). O primeiro desenho acima refere-se ao início do livro VII da República, de Platão. O segundo, às Meditações cartesianas (Cartesius é o nome de Descartes em latim). O terceiro, ao empirismo (verifique textos de Locke e Hume).
Outros desenhos, referindo-se a outros textos e conteúdos poderão ser criados, sendo muito úteis ao aprendizado de Filosofia.

domingo, 17 de novembro de 2013

USO DE IMAGENS DE QUADROS, AFRESCOS E OUTRAS PINTURAS NO ENSINO DE FILOSOFIA (Prof. José Antônio Brazão.)

Um recurso didático que tem aparecido com frequência nos livros didáticos de Filosofia é a pintura: quadros, afrescos e outras pinturas de artistas diversos e até muito renomados. E, para além dos livros didáticos, esse material encontra-se também em livros de arte, banners, na internet e outras formas de apresentação.

O uso de obras artísticas pictóricas pode ajudar a desenvolver a capacidade de análise de elementos estético-filosóficos, aguçar o uso dos sentidos (principalmente a visão), aprimorar o conhecimento e a apreciação da arte, aprender como a filosofia e a arte frequentemente adentram uma no campo da outra, dialogando entre si, junto com outras habilidades.

O que se ser aqui, é claro, é o aprendizado de Filosofia, mas o uso de pinturas de artistas comuns e outros reconhecidos até mesmo internacionalmente vem de encontro ao aprofundamento no aprendizado filosófico e vice-versa. Além disto, vale lembrar que a filosofia, igualmente, analisa a arte: Platão via nela uma cópia da cópia do Mundo Inteligível, Adorno e Horkheimer perceberam que ela, em diferentes modos de expressão, foi assimilada pela indústria cultural, Kant avaliou o caráter sublime da arte, e assim por diante.

As obras de arte (neste caso, pinturas) contidas, retratadas, nos livros didáticos expõem elementos da filosofia que serão objeto de discussão e estudo em cada capítulo, aparecendo no início e/ou ao longo deste(s). Portanto, podem ajudar no entendimento das ideias filosóficas em estudo nos capítulos, contribuindo para sua melhor compreensão e assimilação.

Além do livro didático, ao estudar textos de filósofos diretamente, pinturas em livros de arte, bem avaliadas e escolhidas, podem ser muito úteis no entendimento daqueles. Abaixo seguem duas análises de pinturas, com estudantes, em sala de aula, em 2013:

 ANÁLISE BÁSICA DA IMAGEM DO AFRESCO “A ESCOLA DE ATENAS”, DE RAFAEL SANZIO, QUE CONSTA NO LIVRO FILOSOFANDO, PÁG. 149:

*Pessoas (estudiosos, figuras de destaque no mundo do pensamento e das ciências) dentro de um salão.

*O salão é decorado com várias estátuas.

*O corredor que conduz para o centro e se estende para fora e para dentro, dando impressão, a quem vê, de estar dentro dele ou que o quadro seja uma extensão do exterior.

*Visão de profundidade = perspectiva.

*Pintura detalhada, com vivacidade: naturalismo.

*Atenas: cidade da Grécia, sede da Academia, de Platão, e do Liceu, de Aristóteles.

*No centro: à esquerda, Platão; à direita, Aristóteles. Dois grandes filósofos do mundo grego antigo. Com eles, dois grupos reunidos e separados.

*Escada: pode estar indicando, como imagem, subida, elevação de nível, tendo, em cima e ao centro, Platão e Aristóteles; possibilita a visão de diferentes estudiosos, evitando que fiquem escondidos atrás de outros.

*Por que Platão (de barba clara) e Aristóteles (de barba escura) aparecem centralizados? Porque representam a culminância do pensamento antigo, tendo deixado escritos e ideias que tiveram grande repercussão no mundo ocidental. Deixaram grande legado intelectual.

*Espaço geométrico ao redor dos estudiosos, no salão, e, ao fundo, natural.

*Cores vivas e claras, até mesmo das vestimentas.

*Vestimentas: em sua maioria, longas, indicando sobriedade e alguma formalidade, porém com cores alegres (vermelha, azul, branca, verde, bege, marrom clara, dentre outras).

*Céu, ao fundo: azul claro, com nuvens brancas, indicando dia.

*Luminosidade e clareza.

*Retorno renascentista à cultura greco-latina (Grécia e Roma antigas).

*Platão aponta com o dedo direito para cima, referindo-se ao Mundo das Ideias. Aristóteles aponta com a palma para baixo, valorizando a realidade sensível. Descrevem embate de tendências no mundo filosófico.

Essa análise simples, básica, foi feita com turmas do primeiro ano do Ensino Médio, introduzindo o estudo de Platão e Aristóteles. Tal análise contou com a participação das respectivas turmas, com boa parte das e dos estudantes tendo o livro em mãos.

ANÁLISE SIMPLES DA PINTURA “O SENTIDO DA VISÃO”, DE JAN BRUEGEL, O VELHO, E PETER PAUL RUBENS, DE 1617, QUE APARECE NO LIVRO FILOSOFANDO, PÁG. 364:

*Detalhista e vívida: naturalismo.

*Apresenta o uso da perspectiva, isto é, visão de profundidade.

*Manifesta o classicismo greco-romano: mitologia (ex.: Cupido e sua mãe Vênus), estátuas desenhadas de personagens do mundo antigo).

*Valorização do humano: traço marcante do humanismo.

*Nudez ou seminudez do corpo humano.

*Precisão matemática nos traços e nas imagens, na disposição destas e nas figuras.

*Um quadro menor, à direita, mostra Maria (Madona) e o menino Jesus.

*A pintura mostra instrumentos científicos, como, por exemplo: o telescópio (luneta), um globo terrestre e outro celeste, astrolábio, compasso, dentre outros.

*Cores vivas.

*Presença da natureza.

*A pintura mostra um salão cheio de obras de arte e outras. Do lado de fora do salão: jardim, prédio (possivelmente um castelo), nuvens, fonte, água.

*Do lado direito do corredor, um corredor também cheio de obras de arte.

*O salão mostrado na pintura parece elevado em relação ao exterior, dando visão para fora.

*Aparecem animais: cachorros, macaco, pássaros..., enfim, a natureza.

A pintura “O sentido da visão”, de Bruegel e Rubens, de 1617, como o próprio nome indica, faz um apelo à visão humana e demonstra, através de muitas imagens, como esse sentido humano é capaz de captar imagens, formas (figuras), cores, tonalidades, elementos luminosos diversos, seja simultaneamente (em conjunto), seja separadamente (cada aspecto separado, singular, de uma imagem), aqui, particularmente, de uma obra artística. Acima, pode-se ver alguns elementos observados e anotados.

Curiosamente, os autores (Bruegel e Rubens), em sua pintura, deixam entrever aspectos vitais e históricos de seu tempo. Por exemplo: navegações (globos terrestre e celeste, luneta, astrolábio e outros instrumentos  usados por navegadores); desenvolvimento científico (os instrumentos já citados, p. ex.); classicismo greco-romano (ver os elementos indicados no início); Renascimento Artístico-Cultural (algumas de suas características foram, de fato: o classicismo, o humanismo, o uso da perspectiva, o naturalismo, o antropocentrismo); religiosidade (ex.: Maria e o menino Jesus); conflitos (um quadro menor, acima, na pintura, exalta os feitos em uma batalha, a luta); a riqueza acumulada com o comércio (ex.: moedas espalhadas pelo chão, quadros artísticos – ostentação de ricos daquela época, muitos dos quais eram mecenas, isto é protetores e financiadores de artistas, aos quais solicitavam obras). (Comentário do Prof. José Antônio Brazão.)

Essa análise simples, básica, foi feita com turmas do segundo ano do Ensino Médio, introduzindo o estudo do Renascimento e da Filosofia Moderna. Tal análise contou com a participação das respectivas turmas, com boa parte das e dos estudantes tendo o livro em mãos.

Cada asterisco indica uma colaboração de estudantes, estimulados(as) pelo professor.

Vale ainda lembrar que, às vezes, uma imagem rica, presente no livro didático, pode passar despercebida. É preciso, pois, que professoras e professores de Filosofia atentem para imagens pictóricas. Livros (os livros didáticos de Filosofia inclusive) e até mesmo a internet costumam trazer interpretações boas, bem feitas daquelas obras artísticas. Cabe, pois, aos e às docentes fazerem uma integração entre a arte e a Filosofia.

O trabalho interdisciplinar, com o conteúdo curricular Arte, pode enriquecer mais ainda o aprendizado. Deste modo, o diálogo entre professores(as) de Filosofia e Arte pode ser de grande valor, ajudando-se mutuamente. Isto permite que as e os estudantes percebam que os conteúdos escolares não são estanques, isto é, separados, mas adentram-se e contribuem uns com os outros.

sábado, 16 de novembro de 2013

USANDO A RECICLAGEM NO ENSINO DE FILOSOFIA (Prof. José Antônio Brazão.)

PLANETÁRIO SIMPLES DE PAPELÃO (Prof. José Antônio Brazão.)

Há muitas décadas, no fundo do mar, junto à ilha grega de Anticítera, foi encontrado um mecanismo enferrujado e deteriorado com o tempo, dentro de um barco afundado havia quase dois mil anos, que, depois de algumas décadas de sua descoberta, foi examinado e radiografado, demonstrando um alto grau de conhecimento técnico dos antigos. Ele era capaz de mostrar, com o movimentar de uma manivela, o movimento e as posições de astros em diferentes épocas e até anos. Além do estudo do universo (cosmos, na língua grega), permitia, provavelmente, consultas astrológicas.

O que aqui se propõe é que, ao discutir a ciência antiga, no âmbito da filosofia da ciência, com os e as estudantes, professores e professoras de Filosofia façam uso da reciclagem para enriquecer o aprendizado daqueles(as).

Tente montar um mecanismo (planetário simples) que mostre o movimento dos astros nos céus, juntamente com as constelações do zodíaco. Podem ser usados: papelões, cartolinas, compassos para desenhar as órbitas e o intervalo de órbitas em que ficariam as constelações do zodíaco, réguas que tenham letras e desenhos (p.ex.: esferinhas, estrelas), recortes, cola, tesoura, dentre outros. Lembrete: demanda pesquisa, estudo, leitura, busca de materiais, empenho!

Todos: círculos móveis (esferas móveis), que podem ser recortados(as), um a um, separadamente, conforme o tamanho da órbita dos planetas (o superior seria o da Terra, no caso do sistema geocêntrico, ou do Sol, no caso do sistema heliocêntrico) e das constelações do zodíaco (o mais de baixo, na base). Um por cima do outro, sem estarem colados. Estariam fixos com um furo no centro de todos, com o auxílio e um prego ou palito reforçado. Lembrete: desenhar círculo por círculo, proporcionalmente, ir cortando, furando no meio e sobrepondo. Assim, os astros poderão girar em torno do centro! Para girá-los: use o dedo de uma mão enquanto segura com a outra a base (ex.: rolha).

Para ficar um pouquinho parecido com o de Anticítera propriamente dito, depois de pronto, o material poderá ser colocado em uma caixa. Mas pode ser ampliado, aumentando sua visibilidade na sala de aula, aproveitando-se materiais recicláveis. Para os planetas e o Sol, por exemplo, podem ser também postas bolinhas ou pedaços de rolha(s) cortados, conforme o tamanho do planetário simples/simplificado.

Para fixar em um eixo central mais firme, se usar prego, prenda este em uma rolha. Esta tem uma base boa, mais larga que o buraco feito pelo prego. Além disto, a rolha pode ser segurada em uma mão, enquanto a outra faz a demonstração do sistema planetário/cósmico. Lembrete: o astro central (Terra, no sistema geocêntrico; Sol, no heliocêntrico) deve ficar preso na cabeça do prego, cuja ponta estará fixa na rolha.

TEMAS RELACIONADOS:

FILOSOFIA DA CIÊNCIA.

FILÓSOFOS PRÉ-SOCRÁTICOS.

SISTEMA ASTRONÔMICO ARISTOTÉLICO.

SISTEMA ASTRONÔMICO PTOLOMAICO.

SISTEMA ASTRONÔMICO HELIOCÊNTRICO COPERNICANO.

CIÊNCIA ANTIGA.

CIÊNCIA MEDIEVAL E DE INÍCIO DA IDADE MODERNA.

REVOLUÇÃO CIENTÍFICA MODERNA (início da Idade Moderna em diante).

RELAÇÃO ENTRE ASTRONOMIA E ASTROLOGIA NOS MUNDOS MEDIEVAL E MODERNO. Quanto a este ponto, vale lembrar o documentário COSMOS 3, de Carl Sagan, que destaca a vida e as descobertas de Johannes Kepler, astrônomo, matemático e astrólogo, como se pode ver no documentário de Carl Sagan. Unir: Ficha de vídeo + Planetário [+ Entrevista (se possível)].

Pode complementar também o quadro dos sistemas astronômicos (tabela já pronta) e reforçar o aprendizado do conteúdo deste. Ademais, pode ser feito um trabalho interdisciplinar entre FILOSOFIA, HISTÓRIA e FÍSICA, etc.!

Esta sugestão de atividade surgiu a partir de visualização de um vídeo da TV Escola que trata de obras e pesquisas feitas pelos bárbaros antigos, particularmente do tempo do Império Romano, suas invenções e descobertas. Vale lembrar que o mecanismo de Anticítera, de acordo com o que é apresentado no vídeo, servia, junto com o conhecimento do universo (cosmos, em grego), igualmente, a estudos astrológicos, com atendimentos das pessoas e a demarcação de seus destinos. Nesse sentido, pode ser valioso solicitar, junto com o planetário de papelão, também uma pesquisa sobre a astrologia e a crença das pessoas sobre a influência dos astros em sua vida. Quem sabe, também uma entrevista básica, simples, com pessoas conhecidas, sobre sua crença na possível influência astrológica sobre a vida dos seres humanos. Cartazes feitos pelos(as) estudantes podem ser úteis. Assim, além da reciclagem, outros recursos poderão acompanhar a elaboração dos planetários e papelão. O vídeo da TV ESCOLA, gravado, pode ser passado e também discutido.

Além do vídeo sobre os bárbaros intelectuais, o vídeo COSMOS, episódio 3 (Harmonia dos Mundos), pode reforçar o aprendizado. Este encontra-se, do mesmo modo que o anterior, na videoteca da TV ESCOLA.

POSSÍVEIS QUESTÕES PARA UMA ENTREVISTA – TEMA: ASTROLOGIA

1)      Você [entrevistado(a)] acredita em astrologia? Por quê?

2)      A astrologia (mapas astrais, horóscopos e outros), geralmente, é apresentada em que meios de comunicação social?

3)      O que leva algumas pessoas a acreditarem na astrologia?

4)      Você acredita que exista uma relação mais profunda entre nós, seres humanos, e os astros celestiais que aparecem nos horóscopos? Comente.

5)      Você acredita que existam influências dos astros sobre outros seres vivos (animados) e inanimados (não vivos) na Terra?  Comente sua opinião.

6)      Pessoas podem ficar impressionadas com o que diz o horóscopo? Que você pensa sobre isto? Você conhece pessoas assim, isto é, impressionáveis pela astrologia?

7)      Você é uma daquelas pessoas que não saem de casa sem terem, antes, feito uma consulta ao jornal, ao rádio ou  a algum meio de comunicação sociais?  Você conhece pessoas que fazem isto? Dê um exemplo, se possível, se quiser.

8)      O que você acha das mensagens escritas pelos astrólogos em jornais ou por pessoas que consultam os astros e repassam aos clientes? Positivas, negativas, válidas, inválidas, interessantes, desinteressantes? Por quê?

9)      A sorte é a pessoa que faz ou é uma coisa que existe por si mesma?

10)  Como uma pessoa poderia fazer sua sorte, seu futuro, sem precisar de  contar com os astros? O que é necessário para que a pessoa faça sua própria sorte?

11)  Você percebe diferenças entre a astrologia e a astronomia (ciência)?

12)  O que o universo (cosmos) representa para você?

Estas perguntas são apenas sugestões muito simples. Outras mais complexas podem e devem ser preparadas, criadas, ampliando a qualidade e a profundidade das ideias relacionadas a cada temática em estudo.

É fundamental pedir aos (às) estudantes entrevistadores(as) que criem também suas próprias perguntas ou que criem, até mesmo, uma entrevista específica, usando, portanto, sua criatividade e sua capacidade de escrita. Às vezes, pode ocorrer que perguntas podem aparecer no próprio calor da entrevista. E vale lembrar-lhes o cuidado na condução da entrevista, não entrando em questões inconvenientes e sempre respeitando a pessoa entrevistada.

Meios de condensar e exposição as informações da entrevista (feita em grupo ou individualmente):

1)Gravação (áudio e/ou vídeo). (Pedir permissão à pessoa entrevistada.) No caso da gravação, uma transcrição em papel pode ser feita, enriquecendo e complementando o trabalho realizado. Enfim: apresentação do conteúdo final para a turma.

2)Síntese (resumo) escrita(o). Pode ser feita pelo grupo, procurando cada um(a) lembrar do que disse o(a) entrevistado(a). Apresentação.

3)Respostas escritas pela pessoa entrevistada. Há pessoas que, de fato, não aceitam perguntas diretas (feitas pessoalmente), num dada hora marcada, mas que se dispõem a responder por escrito as perguntas. Neste caso, o grupo entrevistador pode entregar uma cópia das perguntas, com espaços para que a pessoa responda. Apresentação.

Quatro vantagens da atividade proposta:

1)      O planetário de papelão é barato.

2)      É fácil de fazer. Pode ser utilizado em qualquer escola, desde aquelas que têm laboratório de informática e outros equipamentos até aquelas mais simples, pois demanda papelão, papel, tesoura e outros materiais comuns.

3)      Facilita e torna a aula menos abstrata – ainda que não despreze a abstração e até mesmo a exija –, bem como a exposição dos conteúdos relacionados ao tema.

4)      Pode enriquecer muito o aprendizado de Filosofia dos e das estudantes.

REFERÊNCIAS (SITES):




REFERÊNCIAS (LIVROS):

Os temas filosóficos e científicos relacionados à atividade proposta podem ser encontrados em livros didáticos diversos. Por exemplo:

ARANHA, Maria Lúcia de Arruda e MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando: Introdução à Filosofia. 4.ed. São Paulo, Moderna, 2009.

CHAUÍ, Marilena. Iniciação à Filosofia. São Paulo, Ática, 2011.

COTRIM, Gilberto e FERNANDES, Mirna. Fundamentos de Filosofia. São Paulo, Saraiva, 2010.




OBSERVAÇÃO: A atividade proposta faz parte da proposta de uso da reciclagem no ensino de Filosofia, já mostrado, em outra data, neste site.

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

FEIRA CULTURAL 2013 - APRESENTAÇÃO DO TEMA "ÉTICA". (Prof. José Antônio Brazão.)

A Feira Cultural 2013, ocorrida no final do terceiro bimestre, foi um evento em que, orientados, as e os estudantes puderam expor trabalhos sobre temas diversos, dentro da área de Ciências Humanas.
E para cada turma, além do professor, da professora, da área de Ciências Humanas, que orienta, houve também um(a) professor(a) avaliador, neste caso, da área de Ciências Naturais ou Matemática.
A Feira Cultural é um evento que ocorre de dois em dois anos, geralmente no segundo semestre, e consiste justamente numa feira de apresentação de trabalhos feitos pelas e pelos estudantes. Cada turma do Colégio Estadual Deputado José de Assis, de Goiânia, tem um(a) orientador(a) que auxilia na preparação das atividades que ela apresentará. Neste ano de 2013, tive a oportunidade de orientar a turma E2M02, isto é, a turma 2 do segundo ano do ensino médio. O tema escolhido foi ÉTICA, um tema que faz parte da área de atuação FILOSOFIA.
A turma foi dividida em quatro grupos, que se encarregaram, respectivamente, das seguintes temáticas, dentro da Ética:
Grupo 1: ÉTICA NO DIA A DIA.
Grupo 2: ÉTICA NA POLÍTICA.
Grupo 3: ÉTICA NO TRABALHO.
Grupo 4: ÉTICA AMBIENTAL.
 
GRUPO 1: ÉTICA NO DIA A DIA:


Este primeiro grupo fez uma exposição acerca de como a ética é necessária no dia a dia, o que deve ser evitado, por não condizer com a ética, e o que deve ser buscado. Afim de alcançar seus objetivos, o grupo fez uso de mídias, como o notebook, o data show, o celular para gravações de vídeos feitos ao vivo por eles. Para apresentarem atitudes condizentes ou não com a ética, no dia a dia, os e as estudantes fizeram pequenas REPRESENTAÇÕES TEATRAIS, eles/elas mesmos(as), de curta duração cada uma (um ou dois minutos), gravadas pelos e pelas colegas do grupo através de celular e/ou câmeras e transformadas em vídeo pelo próprio grupo, mostrando atitudes relacionadas à ética e à falta desta, em algum momento, no dia a dia.
 
GRUPO 2: ÉTICA NA POLÍTICA:


O grupo 2 tocou na questão da ética na política, mostrando quão importante e necessária a ética é na vida política do Brasil e do mundo. Discutiu também a questão da corrupção, apresentou reportagens relativas à corrupção e à ética na política brasileira, bem como o significado da ética para se ser um bom cidadão, uma boa cidadã. Dos recursos que utilizou destacam-se: cartazes com desenhos e colagens, maquete do Congresso Nacional, reportagens e comentários.
 
GRUPO 3: ÉTICA NO TRABALHO:


O grupo 3, relativo à ética no trabalho, apresentou e discutiu com os presentes como a ética se insere no mundo do trabalho, como atitudes necessárias aos trabalhadores, aos patrões e a outras pessoas envolvidas no processo cotidiano de produção e venda de produtos e serviços, como também aquelas que devem ser evitadas por ferirem os valores éticos. Dos recursos utilizados pelo grupo destacaram-se, também: cartazes com imagens, resumos, ideias, reportagens, comentários e explicações.
 
GRUPO 4: ÉTICA AMBIENTAL:





 
O grupo 4 apresentou a temática da ética ambiental. De fato, é um tema bem atual, tendo em vista os desastres ambientais, o aquecimento global, as desmatações, dentre outros males que afligem a natureza, principalmente por conta da ação humana. A ambição, aliada à falta de ética, contribui para que o mundo natural se veja em perigo. E o grupo soube tocar bem nesses assuntos, ao longo de sua abordagem. Dos recursos utilizados pelo grupo encontram-se: um único cartaz, o uso de materiais recicláveis, de vídeos relacionados à questão ambiental, reportagens obtidas a partir de revistas da biblioteca da escola, de jornais, e a apresentação propriamente dita.
 
Todos os grupos foram avaliados pelo Professor Dinair Serradourada Jr. (de Matemática) e por mim, Professor José Antônio Brazão (de Filosofia). As notas, de um modo geral, foram boas, variando de 9,0 (nove) a 10,0 (dez) pontos, dada a excelência da qualidade das apresentações. Com efeito, foram várias semanas de preparação e de orientação! A turma superou, sinceramente, as expectativas e mostrou qualidades de excelência em seus trabalhos, além de todos terem aprendido muito a respeito da ética!
 
Outras turmas escolheram temas relacionados às questões humanas e foram orientadas/avaliadas, em suas respectivas salas, por outros professores e professoras, cada qual em sua área.