domingo, 29 de agosto de 2021

AULA 04 DO SEGUNDO SEMESTRE DE 2021 DE CULTURA GOIANA ARTE E RELIGIOSIDADE NA ÉPOCA DA COLONIZAÇÃO DE GOIÁS: A SOCIEDADE (Prof. José Antônio Brazão.)

 SECRETARIA DA EDUCAÇÃO DE GOIÁS

ENSINO MÉDIO – PRIMEIROS ANOS

CULTURA GOIANA– PROF. JOSÉ ANTÔNIO BRAZÃO.

AULA 04 DO SEGUNDO SEMESTRE DE 2021 DE CULTURA GOIANA

ARTE E RELIGIOSIDADE NA ÉPOCA DA COLONIZAÇÃO DE GOIÁS: A SOCIEDADE (Prof. José Antônio Brazão.):

Na aula anterior falamos a respeito do barroco em Goiás e o comparamos com o de outros lugares do Brasil, como o barroco em Minas Gerais, no Rio de Janeiro e na cidade de Salvador. A expressividade do barroco nestes lugares foi mais acentuada que em Goiás em razão da mineração que, com certeza, foi bem maior, principalmente em Minas Gerais (Ouro Preto, Mariana e São João Del Rey são bons exemplos). Como diz Adalva Franco:

“O Barroco em Goiás é bem modesto, em comparação ao de Minas e ao de certas cidades litorâneas. Uma das razões da diferença foi a falta de pessoas competentes, pois a população era constituída em boa parte por aventureiros, na maioria de São Paulo; outra importante razão foi a curta duração de escassos 20 anos de ouro em Goiás. Não obstante, há remanescentes barrocos em povoações do século XVIII, ligados ao ciclo de ouro, que em Goiás foi altamente influenciado pela atividade dos paulistas, assim, compreende-se que não se feito lá, o que não foi feito em São Paulo.Em Goiás o Barroco sobreviveu ao Barroco mineiro na obra extraordinária de José Joaquim da Veiga Valle, natural de meia Ponte, um dos mais importantes escultores goianos(1806-1874).” (FRANCO, 2012, ver referências ao final)

IMAGENS:

Barroco mineiro:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Barroco_mineiro#/media/Ficheiro:Vista_de_ouro_preto.jpg

Barroco em Goiás:

https://www.google.com/search?q=artistas+do+barroco+em+goi%C3%A1s&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwiUja-Dp9byAhWfGbkGHRXyAMMQ_AUoAnoECAEQBA&biw=1242&bih=597

Em Goiás, como vimos, na cidade de Goiás (capital, então), e em Pilar de Goiás, onde a mineração teve uma relevância maior.

No que diz respeito à sociedade goiana (mesmo a brasileira no geral), o que a arte do barroco nos mostra?

(1)A arte, naqueles tempos, era (e continua sendo ainda hoje) um excelente meio de comunicação de ideias e valores, inclusive de ensinamentos. Imagens de santos, estátuas e desenhos ou pinturas de episódios bíblicos nas paredes, entre outras expressões artísticas, permitiam uma visualização e até uma memorização de fatos e valores contidas naqueles episódios.

IMAGENS:

Conjunto1:

https://www.google.com/search?q=interior+de+igrejas+barrocas+em+goi%C3%A1s&hl=pt-BR&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwjGgdPnp9byAhWEGLkGHU14Co0Q_AUoAXoECAEQAw&biw=1242&bih=597

Conjunto 2:

https://www.google.com/search?q=afrescos+barrocos+em+goi%C3%A1s&hl=pt-BR&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwifmZavqNbyAhWEA9QKHWNDDf4Q_AUoAXoECAEQAw&biw=1242&bih=597

Conjunto 3 (Os Doze Profetas, de Aleijadinho, em Minas Gerais):

https://pt.wikipedia.org/wiki/Doze_profetas_de_Aleijadinho#/media/Ficheiro:Sanctuary_of_Bom_Jesus_do_Congonhas.jpg

(2)Vale lembrar que uma grande parte da população, além de pobre, era analfabeta. A arte religiosa barroca ajudava na visão de acontecimentos ensinados pela igreja (ver número 1).

IMAGENS (José Joaquim da Veiga Valle, GO):

https://www.google.com/search?source=univ&tbm=isch&q=obras+do++veiga+valle&hl=pt-BR&sa=X&ved=2ahUKEwjH-aiYqdbyAhUJqpUCHZ__AU0Q7Al6BAggEE8&biw=1242&bih=597

(3)A Bíblia católica, até por volta da década de 1960 (século XX), só era acessível aos padres e pessoas que sabiam ler LATIM, língua do antigo Império Romano. Com o Imperador Constantino, o cristianismo se tornou religião oficial do império. Eis o que é dito a respeito dele:

“Flavius Valerius Aurelius Constantinus (272-337), conhecido como Constantino I ou Constantino o Grande, foi imperador do Império Romano do ano 306 a 337. Na História, passou como o primeiro imperador cristão.” (OPUS DEI. Quem foi Constantino? [Citação completa nas referências.])

A língua latina, do Império Romano, foi assimilada pela Igreja Católica, que estruturou-se, vindo a ter sede, naquele tempo e ainda hoje, em Roma (o Vaticano fica no coração de Roma).

A Bíblia, traduzida para o latim por São Jerônimo (340 - 420 d.C.) a partir dos originais hebraico-aramaicos e gregos, ficou conhecida como VULGATA. Copiada e recopiada ao longo dos séculos.

IMAGENS:

Conjunto 1 (Trecho da Bíblia em Latim, Gênesis, cap. 1, Nova Vulgata):

https://www.vatican.va/archive/bible/nova_vulgata/documents/nova-vulgata_vt_genesis_lt.html

Entrada para a Nova Vulgata (uma versão nova da Vulgata de São Jerônimo, revisada):

https://www.vatican.va/archive/bible/nova_vulgata/documents/nova-vulgata_index_lt.html

Conjunto 2:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Vulgata#/media/Ficheiro:Bible.malmesbury.arp.jpg

Conjunto 3 (Missal em latim, livro usado pelos padres para acompanharem a sequência de cada missa. Os missais, hoje, são em cada língua, como o português. No Goiás colonial, em LATIM):

https://www.google.com/search?q=missal+em+latim+aberto&hl=pt-BR&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwjil6rAq9byAhX0ILkGHWgBAvYQ_AUoAnoECAEQBA&biw=1242&bih=597

Em Goiás, na época do Brasil colônia e monárquico-imperial (a seguir), as BÍBLIAS impressas e os textos usados, como MISSAIS, nas igrejas eram em latim. A própria MISSA era celebrada em latim! Se a sociedade tinha muitos analfabetos (gente que não sabia ler nem escrever), menos ainda conhecedores de latim. Daí também a importância das imagens, pinturas, esculturas, etc. Os sermões eram feitos em português, é claro, mas todo o restante das missas era em latim. As pregações e outras orações também em português. O catecismo era em português.

IMAGENS (Missais latinos em Goiás):

Conjunto 1:

https://www.google.com/search?q=missais+em+latim+em+goi%C3%A1s&hl=pt-BR&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwjT_ZGVrNbyAhUULLkGHawSBq0Q_AUoAXoECAEQAw&biw=1242&bih=597 

Conjunto 2 (Missa em latim, com o padre voltado de costas para o povo e de frente para o sacrário e o crucifixo):

https://www.google.com/search?q=missais+em+latim+em+goi%C3%A1s&hl=pt-BR&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwjT_ZGVrNbyAhUULLkGHawSBq0Q_AUoAXoECAEQAw&biw=1242&bih=597#imgrc=N1jE9QpQK2fTmM

Curiosamente, até nos dias de hoje (século XXI), a Igreja Católica mantém o latim como língua oficial do Vaticano e dos documentos expedidos por este (por exemplo, documentos papais).

(4)Como se pode ver, o conhecimento das letras e da cultura erudita, em Goiás e no Brasil colônia de modo geral, estava nas mãos de poucos letrados – membros da Igreja Católica, representantes da Coroa Portuguesa, intelectuais formados em escolas da Igreja, entre outros poucos.  Conhecimento é poder!

IMAGENS:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_de_Goi%C3%A1s#/media/Ficheiro:Goi%C3%A1s_in_Brazil_(1822).svg

(5)A produção de ouro era feita por escravos, em grande parte, pertencentes a famílias ricas e também a representantes do Estado português, e por  mineiros (garimpeiros) particulares. O excedente (sobra) do ouro que não era usado no comércio e na economia ia para as igrejas – inclusive as de Goiás, ainda que, como já foi dito, não tendo a imponência de igrejas católicas de Minas Gerais e de outros estados. Aliás, a própria Igreja Católica tinha seus escravos, usados na construção de igrejas, prédios e para outros fins. Havia irmandades (grupos de fiéis católicos) que disputavam para ver quem faria igreja(s) mais bonita!

IMAGENS:

Conjunto 1 (escravos):

https://www.google.com/search?q=escravos+em+goi%C3%A1s+no+s%C3%A9culo+XVIII&hl=pt-BR&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwjx3qOCsNbyAhUfI7kGHU4GAGgQ_AUoAnoECAEQBA&biw=1242&bih=597

Conjunto2 (irmandades católicas):

https://www.google.com/search?q=irmandades+cat%C3%B3licas+no+goi%C3%A1s+colonial&tbm=isch&hl=pt-BR&chips=q:irmandades+cat%C3%B3licas+no+goi%C3%A1s+colonial,online_chips:irmandades+religiosas:ECfe2VSrrRI%3D&sa=X&ved=2ahUKEwiQkt_IsNbyAhUwuJUCHdeBBpMQ4lYoAnoECAEQFQ&biw=1226&bih=597#imgrc=Eq2rVNneJxBGNM

Outros elementos ou aspectos da cultura goiana no período colonial serão mostrados e outras aulas.

REFERÊNCIAS BÁSICAS:

BATISTA, Tenente Marcus Vinícius Jorge et alii. Cultura Goiana. Primeira Sério do Ensino Médio. Goiás, 2021. (Apostila)

BOAVENTURA, Deusa Maria Rodrigues. Urbanização em Goiás no século XVIII. Disponível em: < https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16133/tde-13052010-090028/publico/Tese.pdf > Acesso ao longo de agosto de 2021.

CANÇÃO NOVA. Santo do Dia: São Jerônimo. Disponível em: < https://santo.cancaonova.com/santo/sao-jeronimo-presbitero-e-doutor-da-igreja/ > Acesso em 29 de agosto de 2021.

FRANCO, Adalva. Barroco em Goiás. Disponível em: < http://adalvafranco.blogspot.com/2012/06/barroco-em-goias.html  > Acesso em 29 de agosto de 2021.

JORNAL IMPRENSA DO CERRADO.  Domingo, 22 de agosto de 2021. Disponível em: < http://www.imprensadocerrado.com.br/materia/298/pilar-de-goias-o-maior-conjunto-barroco-de-goias > Acesso em 22 de agosto de 2021.

OPUS DEI. Quem foi Constantino? Disponível em: < https://opusdei.org/pt-br/article/quem-foi-constantino/   > Acesso em 29 de agosto de 2021.

SITES DE PESQUISA: GOOGLE, GOOGLE IMAGENS,WIKIPÉDIA.

 

AULA ZOOM 24 DE FILOSOFIA DOS PRIMEIROS ANOS: ARISTÓTELES DE ESTAGIRA (PARTE IV) (Prof. José Antônio Brazão.)

 SECRETARIA DA EDUCAÇÃO DE GOIÁS

ENSINO MÉDIO – PRIMEIROS ANOS

FILOSOFIA– PROF. JOSÉ ANTÔNIO BRAZÃO.

AULA 24: ARISTÓTELES DE ESTAGIRA (PARTE 4) (Prof. José Antônio Brazão.)

PARTE 1 do estudo da análise da teoria aristotélica das quatro causas do movimento feita por Marilena Chauí (filósofa brasileira):

 *Análise de Marilena Chauí da teoria das quatro causas de Aristóteles:

“Umas preocupações principais do pensamento ocidental nasce com a filosofia, na Grécia antiga: por que as coisas permanecem e por que as coisas mudam e desaparecem? Em outras palavras, quais as causas do aparecimento, da mudança e do desaparecimento das coisas? Ou, como diziam os gregos, por que as coisas se movem? Por exemplo, os gregos entendiam:

1)     toda mudança qualitativa de um corpo qualquer (por exemplo, uma semente que se torna árvore, um objeto branco que amarelece, um animal que adoece etc.);

IMAGENS:

https://www.google.com.br/search?q=semente+que+se+torna+planta+ou+%C3%A1rvore&hl=pt-BR&tbm=isch&source=hp&biw=1366&bih=657&ei=SOcrYa7YNp_L1sQPpb-Q4Aw&oq=semente+que+se+torna+planta+ou+%C3%A1rvore&gs_lcp=CgNpbWcQA1A2WK5AYKtHaABwAHgCgAHwA4gBkjaSAQowLjIwLjkuMi4ymAEAoAEBqgELZ3dzLXdpei1pbWc&sclient=img&ved=0ahUKEwiunIDPgtfyAhWfpZUCHaUfBMwQ4dUDCAc&uact=5#imgrc=NP1Rsg0kJ1ZOPM

2)     toda mudança quantitativa de um corpo qualquer (por exemplo, um corpo que aumenta de volume ou diminui, um corpo que se divide em outros menores etc.);

IMAGENS:

Crianças crescendo:

https://www.google.com.br/search?q=crian%C3%A7as+crescendo&hl=pt-BR&tbm=isch&source=hp&biw=1366&bih=657&ei=SOcrYa7YNp_L1sQPpb-Q4Aw&oq=crian%C3%A7as+crescendo&gs_lcp=CgNpbWcQAzoLCAAQgAQQsQMQgwE6BQgAEIAEOggIABCABBCxAzoICAAQsQMQgwFQ-BJYpjpgmugBaABwAHgAgAGpA4gB5BuSAQowLjE1LjAuMS4ymAEAoAEBqgELZ3dzLXdpei1pbWc&sclient=img&ved=0ahUKEwiunIDPgtfyAhWfpZUCHaUfBMwQ4dUDCAc&uact=5 

 

Madeira cortada até virar pó (serragem):

https://www.google.com.br/search?q=transformando+madeira+em+p%C3%B3&hl=pt-BR&tbm=isch&source=hp&biw=1366&bih=657&ei=SOcrYa7YNp_L1sQPpb-Q4Aw&oq=transformando+madeira+em+p%C3%B3&gs_lcp=CgNpbWcQAzoLCAAQgAQQsQMQgwE6CAgAEIAEELEDOgUIABCABDoICAAQsQMQgwE6BAgAEB46BggAEAgQHjoGCAAQBRAeUPQWWPvYAWCy4QFoB3AAeACAAaICiAH9K5IBBjAuMjYuN5gBAKABAaoBC2d3cy13aXotaW1nsAEA&sclient=img&ved=0ahUKEwiunIDPgtfyAhWfpZUCHaUfBMwQ4dUDCAc&uact=5#imgrc=9mw67P_CspqA2M

3)     toda mudança de lugar ou locomoção de um corpo qualquer (por exemplo, a trajetória de uma flecha, o deslocamento de um barco, a queda de uma pedra, o levitar de uma pluma [pena] etc.);

IMAGENS:

Deslocamento de barcos:

https://www.google.com.br/search?q=barco+se+deslocando&hl=pt-BR&tbm=isch&source=hp&biw=1366&bih=657&ei=fOkrYYG_It7U1sQPvMmjsAE&oq=barco+se+deslocando&gs_lcp=CgNpbWcQAzoLCAAQgAQQsQMQgwE6BQgAEIAEOggIABCABBCxAzoICAAQsQMQgwE6BAgAEBM6CAgAEAgQHhATOgYIABAIEB5QuQ5YvCxgzzVoAHAAeAGAAZ0FiAH9IZIBDDAuMTMuMi4zLjAuMZgBAKABAaoBC2d3cy13aXotaW1n&sclient=img&ved=0ahUKEwiB7ePbhNfyAhVeqpUCHbzkCBYQ4dUDCAc&uact=5#imgrc=FV1CD1WEzcfOEM

Levitar de pluma (pena):

https://www.google.com.br/search?q=pena&hl=pt-BR&tbm=isch&source=hp&biw=1366&bih=657&ei=fOkrYYG_It7U1sQPvMmjsAE&oq=pena&gs_lcp=CgNpbWcQAzIICAAQgAQQsQMyBQgAEIAEMgUIABCABDIFCAAQgAQyBQgAEIAEMgUIABCABDIFCAAQgAQyBQgAEIAEMgUIABCABDIFCAAQgAQ6CwgAEIAEELEDEIMBOggIABCxAxCDAVDwFViKGmD8OmgAcAB4AIABhgKIAfsFkgEFMC4zLjGYAQCgAQGqAQtnd3Mtd2l6LWltZw&sclient=img&ved=0ahUKEwiB7ePbhNfyAhVeqpUCHbzkCBYQ4dUDCAc&uact=5

4)     toda geração e corrupção dos corpos, isto é, o nascimento e o perecimento das coisas e dos homens.

IMAGENS:

https://www.google.com.br/search?q=apodrecimento+de+uma+fruta+%C3%A9+um+fen%C3%B4meno+f%C3%ADsico+ou+qu%C3%ADmico&hl=pt-BR&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwib9fSYhtfyAhXaqZUCHY13DzEQ_AUoAXoECAEQAw&biw=1366&bih=657#imgrc=zpYG0UQ8_tNzqM 

Movimento, portanto, significa para um grego [antigo] toda e qualquer alteração de uma realidade, seja ela qual for.

O filósofo Aristóteles afirmou que só há conhecimento da realidade (portanto, da permanência e do movimento dos seres) quando há conhecimento da causa – ‘conhecer é conhecer pela causa’. Para tornar possível o conhecimento, elaborou então uma teoria da causalidade que ficou conhecida como teoria das quatro causas.

IMAGENS (do conhecimento dos vírus à fabricação de vacinas para os combater – hoje):

Conhecimento dos vírus:

https://www.google.com.br/search?q=v%C3%ADrus&hl=pt-BR&tbm=isch&source=hp&biw=1366&bih=657&ei=zusrYfm-AabR1sQP7KSRgA4&oq=v%C3%ADrus&gs_lcp=CgNpbWcQAzIICAAQgAQQsQMyBQgAEIAEMgUIABCABDIFCAAQgAQyBQgAEIAEMgUIABCABDIFCAAQgAQyBQgAEIAEMgUIABCABDIFCAAQgAQ6CAgAELEDEIMBUJsJWOwVYLYhaABwAHgAgAH8AYgBuQeSAQUwLjMuMpgBAKABAaoBC2d3cy13aXotaW1n&sclient=img&ved=0ahUKEwj53eH2htfyAhWmqJUCHWxSBOAQ4dUDCAc&uact=5

Fabricação de vacinas:

https://www.google.com.br/search?q=fabrica%C3%A7%C3%A3o+de+vacinas&hl=pt-BR&tbm=isch&source=hp&biw=1366&bih=657&ei=zusrYfm-AabR1sQP7KSRgA4&oq=fabrica%C3%A7%C3%A3o+de+vacinas&gs_lcp=CgNpbWcQAzIFCAAQgAQyBQgAEIAEMgQIABAYMgQIABAYMgQIABAYMgQIABAYOgsIABCABBCxAxCDAToICAAQsQMQgwE6CAgAEIAEELEDOgQIABADOgYIABAFEB46BggAEAgQHlDbJFi0RWCrTGgAcAB4AIABsgGIAZsYkgEEMC4yMZgBAKABAaoBC2d3cy13aXotaW1n&sclient=img&ved=0ahUKEwj53eH2htfyAhWmqJUCHWxSBOAQ4dUDCAc&uact=5

Uma causa é o que responde ou se responsabiliza por algum aspecto da realidade, e as quatro causas são responsáveis por todos os aspectos de um ser. Haveria, assim, a causa material (responsável pela matéria de alguma coisa), a causa formal (responsável pela essência ou natureza [aquilo que define o que é] da coisa), a causa motriz [que põe em movimento] ou eficiente [que age, que atua] (responsável pela presença de uma forma em uma matéria) e a causa final (responsável pelo motivo e pelo sentido da existência da coisa).

Tomemos uma coisa qualquer, por exemplo, uma mesa de madeira. Diremos que a causa material da mesa é a madeira; a causa formal é o que faz esse pedaço de madeira ser uma mesa (ter as propriedades e características  de uma mesa, e não de outra coisa); a causa motriz ou eficiente é o artesão, que coloca na madeira a forma da mesa [que estava em sua mente]; a causa final é o uso da mesa, o motivo ou a razão pela qual ela foi fabricada.

IMAGENS:

https://en.wikipedia.org/wiki/Aristotle#/media/File:Aristotle's_Four_Causes_of_a_Table.svg

As quatro causas permitem explicar a permanência e o movimento (a mudança: uma coisa permanece enquanto permanecerem sua forma (sua causa formal) e sua finalidade (sua causa final); uma coisa muda ou move-se porque a matéria está sujeita à mudança (a causa material está em movimento [no caso da mesa, transformação, alteração]) e quando uma causa eficiente altera a matéria, mudando o que ela possuía (a causa eficiente é o agente da mudança).

Um aspecto fundamental dessa teoria da causalidade consiste no fato de que as quatro causas não possuem o mesmo valor, isto é, são percebidas como hierarquizadas [ordenadas, organizadas, em termos de valores: as que valem mais, as que valem menos...], indo da causa mais inferior à causa superior. Nessa hierarquia, a causa menos valiosa ou menos importante é a causa eficiente [a que faz a mesa, no caso] (a operação de fazer a causa material receber a causa formal, ou seja, o fabricar natural ou humano), e as causas mais valiosas ou mais importantes são a causa formal (a essência [o elemento que define o que é ou será] da coisa e a causa final (o motivo ou finalidade da existência de  uma coisa). Por isso, a causa material e a eficiente são ditas causas externas, enquanto a formal e a final são ditas causas internas. Percebe-se que são mais importantes as causas da permanência e menos importantes as causas da mudança ou movimento.” (CHAUÍ, 2008, pp. 9 – 11.) (O que está entre chaves é do Prof. José Antônio.)

OBSERVAÇÕES (Prof. José Antônio.):

No caso da produção da mesa:

Causas menos valorizadas:

(1)Causa material: a matéria da mesa. Extraída, pelo TRABALHO BRAÇAL humano, da natureza. Esse trabalho era feito por ESCRAVOS ou CIDADÃOS que precisavam se dedicar a esse tipo de trabalho (POBRES, geralmente).

(2)Causa eficiente: o TRABALHO BRAÇAL de escravo artesão ou artesão (carpinteiro ou marceneiro). Por terem muitos escravos e poderem se dedicar a atividades ligadas ao tempo livre, os antigos gregos desprezavam o trabalho braçal.

Causas de maior valor:

(3)Causa formal: a FORMA (idea, eidos, em grego) na mente do carpinteiro ou marceneiro. A forma faz recordar o que está na mente. Os gregos antigos, que tinham muitos escravos em suas cidades, desprezavam o trabalho braçal e valorizavam o trabalho TEÓRICO, como a matemática pura, separada de suas aplicações concretas.

(4)Causa final: a finalidade ou o objetivo para o qual a mesa foi feita. Por exemplo: uma mesa de jantar, um altar num templo, etc.

Em outra aula veremos o restante da explicação e Marilena Chauí.

Curiosidade extremamente atual: dificilmente alguém que estuda diz que está estudando para se tornar gari (lixeiro/lixeira), pedreiro(a), cozinheiro(a) ou outra profissão braçal considerada de menor valor econômico ou, geralmente, com valor de pagamento menor; quando se dedica ao estudo intelectual é porque não se quer trabalhar com trabalho braçal, mas um trabalho que faça uso dos conhecimentos teóricos, geralmente. Como se pode ver, ainda temos algo em comum com os gregos antigos (com os romanos antigos também, com seu sistema igualmente escravista). Um exemplo – os dez cursos universitários mais procurados no Brasil:

1)    Direito.

2)    Administração.

3)    Pedagogia.

4)    Engenharia Civil.

5)    Ciências Contábeis.

6)    Enfermagem.

7)    Psicologia.

8)    Educação Física.

9)    Arquitetura e Urbanismo.

10)                      Engenharia de Produção.

Nenhum desses cursos se refere a trabalho braçal muito cansativo com o de pedreiro, de “chapa” (carregador de sacos e outros produtos, por pagamento diário em geral), agricultor, pintor de parede, etc. Exigem conhecimento prático sim, sem dúvida, mas também alto grau de conhecimento teórico. Se os gregos antigos concordariam ou não, seria outra questão que não será aqui discutida. Desses, a enfermagem é que demanda mais trabalho direto.

REFERÊNCIAS SIMPLES:

CHAUÍ, Marilena. O que é Ideologia? 2.ed. São Paulo, Brasiliense, 2008. (Primeiros Passos, 13.)

 

WIKIPÉDIA. Verbete Teoria aristotélica da gravitação. Disponível em: < https://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_aristot%C3%A9lica_da_gravita%C3%A7%C3%A3o > Acesso em 14 de agosto de 2021.

 

Livros didáticos: (1) Filosofando: Introdução à Filosofia. (Martins e Arruda) (2) Convite à Filosofia. (M. Chauí). (3) Iniciação à Filosofia. (M. Chauí)

DIÁLOGO INTERDISCIPLINAR: Filosofia – Sociologia – História.

AULA ZOOM 24 DOS SEGUNDOS ANOS: TEORIA DO CONHECIMENTO – IMMANUEL KANT: A REVOLUÇÃO COPERNICANA DE KANT E O ILUMINISMO. (Prof. José Antônio Brazão.)

 SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DO ESTADO DE GOIÁS

SEGUNDAS SÉRIES DO ENSINO MÉDIO

FILOSOFIA – PROFESSOR JOSÉ ANTÔNIO BRAZÃO.

AULA ZOOM 24 DOS SEGUNDOS ANOS: TEORIA DO CONHECIMENTO – IMMANUEL KANT: A REVOLUÇÃO COPERNICANA DE KANT E O ILUMINISMO. (Prof. José Antônio Brazão.)

TEORIA DO CONHECIMENTO (Prof. José A. Brazão.)

IMMANUEL (ou EMMANUEL) KANT (1724-1804) (Prof. José Antônio Brazão).

PARTE III:

A REVOLUÇÃO COPERNICANA DE KANT:

*Ao valorizar o sujeito do conhecimento, percebendo nele formas a priori da sensibilidade (tempo e espaço), Kant deslocou o foco dado até então ao objeto (aquilo que é percebido pelo sujeito), colocando em seu lugar o sujeito. Eis aí a revolução copernicana de Kant. Copérnico deslocou o centro do universo, colocando aí o Sol, não a Terra. Similarmente, Kant deslocou o centro do conhecimento: pôs aí o sujeito cognoscente (aquele que conhece), não o objeto cognoscível (que é conhecido). Percebe-se aqui um casamento entre as teorias provindas do empirismo e o pensamento racionalista, entre a experiência e a razão (ratio, lat.). No sujeito encontram-se os sentidos que lhe dão a experiência sensível, mas também as formas a priori da sensibilidade. É claro que o destaque, em Kant, é dado à RAZÃO. Por isto, muitos veem em Kant um racionalista.

IMAGENS:

Geocentrismo:

https://www.google.com.br/search?q=geocentrismo&hl=pt-BR&tbm=isch&source=hp&biw=1366&bih=657&ei=zusrYfm-AabR1sQP7KSRgA4&oq=geocentrismo&gs_lcp=CgNpbWcQAzIICAAQgAQQsQMyBQgAEIAEMgUIABCABDIFCAAQgAQyBQgAEIAEMgUIABCABDIFCAAQgAQyBQgAEIAEMgUIABCABDIFCAAQgAQ6CAgAELEDEIMBOgsIABCABBCxAxCDAToECAAQA1C6gw1YsMUNYOfoDWgBcAB4AIABnAKIAeUSkgEGMC4xNC4xmAEAoAEBqgELZ3dzLXdpei1pbWewAQA&sclient=img&ved=0ahUKEwj53eH2htfyAhWmqJUCHWxSBOAQ4dUDCAc&uact=5#imgrc=z94TuTFDfoKSpM

A revolução copernicana (heliocentrismo):

https://en.wikipedia.org/wiki/Heliocentrism#/media/File:Heliocentric.jpg

*REVISANDO: de acordo com Kant, existem no sujeito duas formas a priori: o tempo e o espaço. Não são formas que estão fora dele, mas dentro dele. Ambas possibilitam ao sujeito organizar as informações enviadas pelos cinco sentidos. Sem as formas do tempo e espaço seria impossível haver organização dessas informações. Poderiam ser comparadas, de um modo simples, talvez simplório, mas meramente didático, com as fôrmas de bolo. O bolo seria o conhecimento, os ingredientes seriam as informações enviadas pelos sentidos (no caso da intuição sensível) e as ideias dentro da mente (no caso da intuição intelectual), as formas seriam o tempo e o espaço, o forno seria a mente humana. As informações sensoriais são postas nas formas do tempo e do espaço, que as organizam e as transformam no bolo do conhecimento.

IMAGENS:

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*Em outras aulas comentaremos sobre outros elementos ligados à razão humana, segundo as reflexões de Kant.

*O QUE É ILUMINISMO?

*No tempo de Kant, surgiu, em um jornal, uma pergunta desafiadora: “O que é o Iluminismo?”. Kant, então, escreveu um opúsculo com o título dessa pergunta. Ele vai dizer aí que o Iluminismo é a saída da menoridade, na qual as pessoas se encontram até por vontade própria, não tendo coragem de sair dela. Mas para que se alcance as luzes da razão é preciso ousar saber, ter coragem de querer saber mais e aprender cada vez mais, saindo progressiva e decididamente da ignorância, da superstição e do erro. Em O que é o Iluminismo? Kant critica os guias (intelectuais, religiosos e outros), que acabam mantendo as pessoas dependentes.

*Kant diz que as pessoas são mantidas também na menoridade por conta de seus guias\tutores e convida os governantes para que deem liberdade aos seus súditos para que possam perguntar, investigar sobre a verdade e buscar respostas próprias. A saída dos súditos da menoridade, da dependência e da ignorância a que estão sujeitos, pode ajudar até mesmo no desenvolvimento dos reinos. A educação e o conhecimento são razões de desenvolvimento e do progresso das técnicas, da compreensão do mundo, da investigação científica e das descobertas, elevando o progresso dos países, das nações, contribuindo para que as pessoas se tornem menos dependentes e dominadas por outras.

Trecho do texto de Kant:

RESPOSTA À PERGUNTA: O QUE É O ILUMINISMO? (1784) 1 (3 Dez. 1783. p. 516)(2 )

O Iluminismo é a saída do homem do sua menoridade de que ele próprio é culpado. A menoridade é a incapacidade de se servir do entendimento sem a orientação de outrem. Tal menoridade é por culpa própria se a sua causa não reside na falta de entendimento, mas na falta de decisão e de coragem em se servir de si mesmo sem a orientação de outrem. Sapere aude! [Ouse saber!] Tem a coragem de te servires do teu próprio entendimento! Eis a palavra de ordem do iluminismo.

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A preguiça e a cobardia  [covardia] são as causas par que os homens em tão grande parte. Após a natureza os ter há muito libertado do controlo [controle] alheio (naturaliter maiorennes [naturalmente mais velho]) continuem, no entanto, de boa vontade menores durante toda a vida; e também por que a outros se toma do fácil assumirem-se como seus tutores. E tão cômodo ser menor. Se eu tiver um livro que tem entendimento por mim, um diretor espiritual que tem em minha vez consciência moral, um médico que por mim decide da dieta, etc., então não precise de eu próprio me esforçar. Não me é forçoso pensar, quando posso simplesmente pagar; outros empreenderão por mim essa tarefa aborrecida.

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Conjunto 1 (Médico dando consulta a paciente) [Obs.: Kant não é contra a medicina nem contra o trabalho médico – aqui usa uma imagem de linguagem para criticar a dependência em relação à cura da ignorância, da intolerância, do autoritarismo, entre outros males provocados pelo controle exercido pelas pessoas por aqueles considerados autoridades. (Prof. José.)]:

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Conjunto 2 (O diretor ou tutor espiritual – o problema em si não está na religião, está na intolerância, na aceitação do diferente; o perigo para o qual Kant alerta é a dependência das pessoas em relação aos “tutores” [pessoas que dirigem outras, ditando o que devem fazer e o que não devem fazer, impedindo-as de pensarem por conta própria]. [Obs. do Prof. José.]):

https://www.google.com.br/search?q=diretor+espiritual+dando+conselho&hl=pt-BR&tbm=isch&source=hp&biw=1366&bih=657&ei=9v0rYbbwM7jQ1sQPwa69kA4&oq=diretor+espiritual+dando+conselho&gs_lcp=CgNpbWcQAzoFCAAQgAQ6CAgAEIAEELEDOggIABCxAxCDAToECAAQAzoLCAAQgAQQsQMQgwE6BggAEAUQHjoGCAAQCBAeOgQIABAYOgQIABAeUNISWJBcYMhjaABwAHgAgAH3AYgBxCeSAQYwLjMyLjGYAQCgAQGqAQtnd3Mtd2l6LWltZ7ABAA&sclient=img&ved=0ahUKEwi2w7-fmNfyAhU4qJUCHUFXD-IQ4dUDCAc&uact=5#imgrc=TC6VuFjAz-VPsM

Porque a imensa maioria dos homens (inclusive todo o belo sexo) considera a passagem à maioridade difícil e também muito perigosa é que os tutores de boa vontade tomaram a seu cargo a superintendência deles. Depois de, primeiro, terem embrutecido os seus animais domésticos e evitado cuidadosamente que estas criaturas pacíficas ousassem dar um passo para fora da carroça em que as encerraram, mostram-lhes em seguida o perigo que as ameaça, se tentarem andar sozinhas. Ora, este perigo não é assim tão grande, pois aprenderiam por fim muito bem a andar. Só que um tal exemplo intimida e, em geral, gera pavor perante todas as tentativas ulteriores.

IMAGENS:

Conjunto 1:

https://www.google.com.br/search?q=cavalo+puxando+charrete&hl=pt-BR&tbm=isch&source=hp&biw=1366&bih=657&ei=oPorYe-OH4ff1sQP_fGuuAg&oq=cavalo+puxando+charrete&gs_lcp=CgNpbWcQAzoLCAAQgAQQsQMQgwE6BQgAEIAEOggIABCABBCxAzoICAAQsQMQgwE6BAgAEB46BggAEAUQHjoGCAAQCBAeOgQIABAYUMYRWK5DYPZMaABwAHgAgAH0AYgB3xuSAQYwLjIxLjKYAQCgAQGqAQtnd3Mtd2l6LWltZw&sclient=img&ved=0ahUKEwjv3o6IldfyAhWHr5UCHf24C4cQ4dUDCAc&uact=5#imgrc=9C3I91AqZTAIwM

Conjunto 2:

https://www.google.com.br/search?q=bois+puxando+carro+de+bois&hl=pt-BR&tbm=isch&source=hp&biw=1366&bih=657&ei=oPorYe-OH4ff1sQP_fGuuAg&oq=bois+puxando+carro+de+bois&gs_lcp=CgNpbWcQAzoLCAAQgAQQsQMQgwE6BQgAEIAEOggIABCABBCxAzoICAAQsQMQgwE6BQgAELEDOgQIABAeOgQIABATOgYIABAeEBM6CAgAEAUQHhATOggIABAIEB4QE1CXD1j7S2CCUWgAcAB4AIABpAKIAdAgkgEGMC4yMy4zmAEAoAEBqgELZ3dzLXdpei1pbWewAQA&sclient=img&ved=0ahUKEwjv3o6IldfyAhWHr5UCHf24C4cQ4dUDCAc&uact=5 

É, pois, difícil a cada homem desprender-se da menoridade que para ele se tomou quase uma natureza. Até lhe ganhou amor e é por agora realmente incapaz de se servir do seu próprio entendimento, porque nunca se lhe permitiu fazer uma tal tentativa. Preceitos e fórmulas, instrumentos mecânicos do uso racional ou, antes, do mau uso dos seus dons naturais são os grilhões [algemas...] de uma menoridade perpétua. Mesmo quem deles se soltasse só daria um salto inseguro sobre o mais pequeno fosso, porque não está habituado a este movimento livre. São, pois, muito poucos apenas os que conseguiram mediante a transformação do seu espírito arrancar-se à menoridade e iniciar então um andamento seguro.

IMAGENS:

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Mas é perfeitamente possível que um público a si mesmo se esclareça. Mais ainda, é quase inevitável, se para tal lhe for dada liberdade. Com efeito, sempre haverá alguns que pensam por si, mesmo entre os tutores estabelecidos da grande massa que, após terem arrojado de si o jugo da menoridade, espalharão à sua volta o espírito de uma avaliação racional do próprio valor e da vocação de cada homem para por si mesmo pensar. Importante aqui é que o público, o qual antes fora por eles sujeito a este jugo, os obriga doravante a permanecer sob ele quando por alguns dos seus tutores, pessoalmente incapazes de qualquer ilustração, é a isso incitado. Semear preconceitos é muito pernicioso, porque acabam por se vingar dos que pessoalmente, ou os seus predecessores, foram os seus autores. Por conseguinte, um público só muito lentamente pode chegar a ilustração.”

IMAGENS:

https://www.google.com.br/search?q=conhecereis+a+verdade+e+a+verdade+vos+libertar%C3%A1&hl=pt-BR&tbm=isch&source=hp&biw=1366&bih=657&ei=oPorYe-OH4ff1sQP_fGuuAg&oq=conhecereis+a+&gs_lcp=CgNpbWcQARgAMggIABCABBCxAzIFCAAQgAQyBQgAEIAEMgUIABCABDIFCAAQgAQyBQgAEIAEMgUIABCABDIFCAAQgAQyBQgAEIAEMgUIABCABDoLCAAQgAQQsQMQgwE6CAgAELEDEIMBUJsQWKonYOc7aABwAHgBgAHKDogBwEWSAREwLjQuMC4yLjEuMS4wLjEuM5gBAKABAaoBC2d3cy13aXotaW1nsAEA&sclient=img

[KANT. RESPOSTA À PERGUNTA: O QUE É O ILUMLNISM0? (1784) Disponível  em: < http://www.uel.br/cch/his/arqdoc/kantPDEHIS.pdf > Acesso em 29 de agosto de 2021.]

*PAZ PERPÉTUA (proposta kantiana de uma sociedade das nações):

*No seu livro À Paz Perpétua, propõe uma sociedade das nações que busque o diálogo entre todas, que contribua para o desenvolvimento delas e que não aceite a tirania. A paz, mencionada no título, pode haver, de forma contínua e até permanente, se todos os países do mundo se empenharem coletivamente em sua busca, no respeito recíproco, no empenho do diálogo e baseados em leis comuns, elaboradas coletivamente e pelas quais todos são responsáveis.

QUADRO COMPARATIVO:

JOHN LOCKE

RENÉ DESCARTES

IMMANUEL KANT

Experiência sensorial.

Razão.

Experiência e razão.

Não há ideias inatas.

Ideias inatas (exemplos): Deus/Cogito.

Formas a priori da sensibilidade: tempo e espaço.

Conheceu a ciência de seu tempo.

Também conheceu a ciência de seu tempo.

Idem. Fortemente

influenciado

pelas

descobertas

de

Isaac

Newton.

Sentidos: ponto de partida.

Dúvida hiperbólica.

Ponto de partida: o sujeito.

Ideias primárias e secundárias.

Método.

Tribunal (julgamento) da razão.

 

REFEFÊNCIAS:

CHAUÍ, Marilena. Iniciação à Filosofia. 3.ed. São Paulo, Ática, 2017.

CURY, Fernanda. Copérnico e a Revolução da Astronomia. São Paulo, Odysseus, 2003. (Col. Iluminados da Humanidade.)

KANT. RESPOSTA À PERGUNTA: O QUE É O ILUMLNISM0? (1784) Disponível  em: < http://www.uel.br/cch/his/arqdoc/kantPDEHIS.pdf > Acesso em 29 de agosto de 2021.]

MARTINS, André Ferrer P. e ZANETIC, João. TEMPO: ESSE VELHO ESTRANHO CONHECIDO. Disponível em: < http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0009-67252002000200029 > Acesso em 22 de agosto de 2021.

WIKIPÉDIA. Página principal da Wikipédia. Disponível em: < https://www.wikipedia.org/ > Acessos ao longo de agosto de 2021.