quarta-feira, 15 de junho de 2016

FILOSOFIA EM POESIA 3: FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA, parte 1. (Prof. José Antônio Brazão.)


FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA EM POESIA 1 (Prof. José Antônio Brazão.)

Dezenove e vinte os séculos

Do neocolonialismo grande expansão,

Do capitalismo e seus tentáculos

E de humana grande exploração.

 

Séculos de científicas

Ainda maiores descobertas

Químicas, biológicas e físicas:

Um mundo novo de portas abertas.

 

Séculos de filosóficas reflexões

Ideias novas e novas temáticas

Capazes de levar a revoluções

Na história e até nas matemáticas.

 

Estudando a humana história,

Modos de produção Marx nela descobriu

E neles a luta de classes ia

Como um condutor fio.

 

Senhores versus escravos,

Patrícios versus plebeus,

Seres pela exploração marcados

Contra os cruéis exploradores seus.

 

Marx a hegeliana dialética

No entendimento da história aplicou

Para além da visão idealística

A realidade humana concreta apresentou.

 

Não é a consciência, diz Marx,

Da vida material a determinante,

Mas a vida material que é capaz

De determinar o mundo consciente.

 

Augusto Comte o Positivismo criou

Ideias de ordem e progresso,

Por conta da ciência, formulou,

Vendo das invenções o grande sucesso.

 

Tudo pode ser medido,

Tudo pode ser pesado,

De modo positivo,

Tudo cientificamente quantificado.

 

Regendo o mundo naturais leis,

Mais claramente o universo

Elas ajudam no entendimento, a cada vez,

E em cuja busca cientistas ficam imersos.

 

Também por lei rege-se a humana história,

Perpassada por três estágios, como padrão

Observável pela pesquisa e a memória,

Teológico, metafísico e positivo eles são.

 

De deuses, deusas e cultos o teológico tratou,

Do ser, das formas e essências o metafísico,

Da Matemática e da Física a certeza no positivo se afirmou,

Conduzido por leis do pensamento científico.

 

Sentindo necessário compreender a sociedade,

Ciência humana nova Comte criou,

Sociologia, comparada à Física,

Física Social a chamou.

 

Pelas comteanas ideias interessados,

Republicanos pensadores para o Brasil as trouxeram,

Incluindo a da Humanidade positivista Religião,

E na Bandeira Nacional Ordem e Progresso puseram.



Friedrich Nietzsche, o alemão filósofo, inquiriu

De éticos valores a genealogia da moral,

Moral de escravos e moral nobre descobriu,

Tendo a vitória da primeira, no Ocidente, afinal.

 

Estudando do mundo grego o teatro e a arte,

Descobriu também dois princípios fundamentais:

Apolíneo e dionisíaco, harmonizados parte a parte,

De Apolo e Dionísio, deuses imortais.

 

Zaratustra, o persa-nietzscheano profeta,

Do super-homem e do eterno retorno pregador,

Em linguagem de verdadeiro poeta,

Andarilho, com outros, vaticinador.

 

O super-homem, de Zaratustra a visão,

Para além do bem e do mal a se elevar,

Superando intolerâncias e moralista tradição,

Da demasiadamente humana vida cuidar.

 

Buscando o dionisíaco princípio do vivido,

Na antiguidade, perdido com a cristã moral,

Nietzsche sabia que, dionisiacamente compreendido,

Mais serena e alegremente seria encarado cada dia vital.

 

Tudo retornando, eternamente, de tempos em tempos,

Para além de todas as eras,

Cada dia, cada instante, todos os momentos

Experimentados no universo e na humana Terra.
 
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