FILOSOFIA
CONTEMPORÂNEA EM POESIA 1 (Prof. José Antônio Brazão.)
Dezenove e vinte os
séculos
Do neocolonialismo grande
expansão,
Do capitalismo e seus tentáculos
E de humana grande exploração.
Séculos de científicas
Ainda maiores descobertas
Químicas, biológicas e físicas:
Um mundo novo de portas abertas.
Séculos de filosóficas reflexões
Ideias novas e novas temáticas
Capazes de levar a revoluções
Na história e até nas
matemáticas.
Estudando a humana história,
Modos de produção Marx nela
descobriu
E neles a luta de classes ia
Como um condutor fio.
Senhores versus escravos,
Patrícios versus plebeus,
Seres pela exploração marcados
Contra os cruéis exploradores seus.
Marx a hegeliana dialética
No entendimento da história
aplicou
Para além da visão idealística
A realidade humana concreta
apresentou.
Não é a consciência, diz Marx,
Da vida material a determinante,
Mas a vida material que é capaz
De determinar o mundo consciente.
Augusto Comte o Positivismo criou
Ideias de ordem e progresso,
Por conta da ciência, formulou,
Vendo das invenções o grande
sucesso.
Tudo pode ser medido,
Tudo pode ser pesado,
De modo positivo,
Tudo cientificamente
quantificado.
Regendo o mundo naturais leis,
Mais claramente o universo
Elas ajudam no entendimento, a
cada vez,
E em cuja busca cientistas ficam
imersos.
Também por lei rege-se a humana
história,
Perpassada por três estágios,
como padrão
Observável pela pesquisa e a memória,
Teológico, metafísico e positivo
eles são.
De deuses, deusas e cultos o
teológico tratou,
Do ser, das formas e essências o
metafísico,
Da Matemática e da Física a certeza no positivo
se afirmou,
Conduzido por leis do pensamento
científico.
Sentindo necessário compreender a
sociedade,
Ciência humana nova Comte criou,
Sociologia, comparada à Física,
Física Social a chamou.
Pelas comteanas ideias
interessados,
Republicanos pensadores para o
Brasil as trouxeram,
Incluindo a da Humanidade positivista
Religião,
E na Bandeira Nacional Ordem e
Progresso puseram.
Friedrich
Nietzsche, o alemão filósofo, inquiriu
De
éticos valores a genealogia da moral,
Moral
de escravos e moral nobre descobriu,
Tendo
a vitória da primeira, no Ocidente, afinal.
Estudando
do mundo grego o teatro e a arte,
Descobriu
também dois princípios fundamentais:
Apolíneo
e dionisíaco, harmonizados parte a parte,
De
Apolo e Dionísio, deuses imortais.
Zaratustra,
o persa-nietzscheano profeta,
Do
super-homem e do eterno retorno pregador,
Em
linguagem de verdadeiro poeta,
Andarilho,
com outros, vaticinador.
O
super-homem, de Zaratustra a visão,
Para
além do bem e do mal a se elevar,
Superando
intolerâncias e moralista tradição,
Da
demasiadamente humana vida cuidar.
Buscando
o dionisíaco princípio do vivido,
Na
antiguidade, perdido com a cristã moral,
Nietzsche
sabia que, dionisiacamente compreendido,
Mais
serena e alegremente seria encarado cada dia vital.
Tudo
retornando, eternamente, de tempos em tempos,
Para
além de todas as eras,
Cada
dia, cada instante, todos os momentos
Experimentados
no universo e na humana Terra.
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