domingo, 28 de setembro de 2025

QUARTO BIMESTRE - AULA 31 DE SOCIOLOGIA DOS SEGUNDOS ANOS. MICHEL FOUCAULT (século XX) (Prof. José Antônio Brazão.)

  

SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA/SECRETARIA DE EDUCAÇÃO

COMANDO DE ENSINO POLICIAL MILITAR

 CEPMG - VASCO DOS REIS

Divisão de Ensino / Coordenação Pedagógica

QUARTO BIMESTRE

AULA 31 DE SOCIOLOGIA DOS SEGUNDOS ANOS:

MICHEL FOUCAULT (século XX) (Prof. José Antônio Brazão.)

No seu livro Vigiar e Punir, Michel Foucault trata do poder (domínio, controle, mando, direção etc. – um bom dicionário pode dar outros significados). Mas não, como Marx e Engels, do macropoder de uma classe sobre outras e sim dos micropoderes – poderes que se exercem nas instituições sociais e em diferentes lugares da sociedade.

Em um resumo apresentado pelo Google:

“Macropoder refere-se a uma forma de poder mais ampla e centralizada, associada a instituições como o Estado ou a figuras de autoridade, enquanto micropoder descreve as relações de influência e controle exercidas em menor escala, no dia a dia e nas interações sociais, sendo o micropoder, para Foucault, a base que sustenta e reproduz o macropoder.” (In: < https://www.google.com/search?q=macropoder+ou+macro-poder&oq=macropoder+ou+macro-poder&gs_lcrp=EgZjaHJvbWUyBggAEEUYOTIJCAEQIRgKGKAB0gEJOTYzOGowajE1qAIIsAIB8QW52vGIbQAHtw&sourceid=chrome&ie=UTF-8  >)

O poder, para Foucault, não é uma instituição, mas uma relação de forças. Não é algo pré-definido socialmente, mas relação de forças – que forças? As forças presentes através de quem pode impor-se, por diferentes meios e formas, sobre os demais. No entanto, enquanto micropoder (poder a nível microssocial, isto é, nas instituições e até na família), é um poder disseminado (espalhado), pulverizado.

Dois meios de que o poder faz uso são o registro e a vigilância, de forma contínua, cotidiana. A vigilância é um modo eficaz de controle social, pois impõe sobre quem é vigiado procedimentos esperados e procedimentos a evitar.

Na escola, na prisão e na clínica ou no hospital, o registro e a vigilância se mostram claramente. Como? Na escola, por exemplo, em termos de registros: registro de matrícula, boletim escolar, documentos escritos e fotográficos, histórico escolar, entre outros. Na prisão: registro de entrada de preso, registros de informações sobre o preso, documentos escritos e fotográficos e outros recursos de registro. No hospital há até o boletim médico, entre outros registros! Nesses três lugares também se exerce a vigilância: por meio de pessoas (vigias, policiais e outros), câmeras etc.

Deste modo, Foucault percebeu que ocorre uma disciplinarização dos corpos, tornando-os disciplinados e dóceis (adaptados, controlados), o que normaliza comportamentos, ou seja, comportamentos segundo as normas e regras definidas. O olhar que vigia domina!

IMAGEM (Vigilância):

https://pt.wikipedia.org/wiki/Vigil%C3%A2ncia#/media/Ficheiro:Surveillance_quevaal.jpg

 A disciplina massifica as pessoas. Torna-as semelhantes ao rebanho, de que Nietzsche fala em seus livros. Foucault, de fato, foi um grande leitor de Nietzsche. O poder adentra profundamente nas relações cotidianas entre as pessoas, inclusive – poder que Michel Foucault chama de poder disciplinar.

Foucault estudou as prisões, de modo particular. As masmorras, em castelos e outros lugares do mundo medieval e moderno, eram escuras e dispunham de pouca visibilidade. Com o mundo moderno e o desenvolvimento do capitalismo, as prisões foram se tornando locais de grande exercício do poder e, especialmente, da vigilância.

Foucault, inclusive, estudou a proposta de Jeremy Bentham, inglês, do século XVIII, que apresentou o modelo do PANÓPTICO (ou PANÓTICO) – uma prisão que, como o nome indica, possibilita a visão (do termo óptico) total (pan, grego) de quem é vigiado. O panóptico, inclusive, utilizaria um número menor de guardas para vigiarem todos os presos.

Um modelo do panóptico consta de uma prisão circular, com celas dispostas em círculos, com uma torre central, a partir da qual os guardas vigiariam todos os presos. [Fazer o desenho no quadro.]

IMAGENS (panóptico):

Imagem 1 (Panóptico, Wikipédia):

https://pt.wikipedia.org/wiki/Pan-%C3%B3ptico#/media/Ficheiro:Panopticon.jpg

Conjunto de imagens 2 (conjunto de imagens):

https://www.google.com/search?sca_esv=11e9e5315b8bef9e&udm=2&fbs=AIIjpHydJdUtNKrM02hj0s4nbm4yAFb4PvhjIUcDtaFHkK_tyspyDJg0-Y4Ji8bGEtEDNJGPYR40HYWsbK7HyDMH1XbgsIEBuX2ZRVnpzXw_5CbKOwynqgGPDZc9okNmPOwb9Nmu2i2CEUESpep7jgtgmcl4wxrOdeo3nrEhIH-jGyjd_qXzM33fpqnLtTJVtP1ERiGpXfmFTACVIzsGT_-a60NXLnR7_Q&q=pan%C3%B3ptico+de+bentham&sa=X&ved=2ahUKEwimrvvV5vyPAxUWDrkGHZ5ZBlkQtKgLegQIFRAB&biw=1536&bih=730&dpr=1.25#vhid=7Lp-LN11eO82DM&vssid=mosaic

 

QUARTO BIMESTRE - AULA 31 DE FILOSOFIA DOS PRIMEIROS ANOS. ARISTÓTELES DE ESTAGIRA (Prof. José Antônio )

  

SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA/SECRETARIA DE EDUCAÇÃO

COMANDO DE ENSINO POLICIAL MILITAR

 CEPMG - VASCO DOS REIS

Divisão de Ensino / Coordenação Pedagógica

QUARTO BIMESTRE

AULA 31 DE FILOSOFIA DOS PRIMEIROS ANOS

ARISTÓTELES DE ESTAGIRA (Prof. José Antônio )

Aristóteles viveu no século IV antes de Cristo (a.C.), foi filósofo, cientista, pesquisador, homem culto. Filho de Nicômaco, médico do rei macedônico.  ou seja, conviveu com o rei e os nobres. Em sua juventude, foi estudar com Platão (plato, grego, o “de ombros largos”, mesma raiz de omoplata [escápula], apelido de Arístocles, nome um pouco parecido com o de Aristóteles, mas que não é este). A escola de Platão era chamada de ACADEMIA (em homenagem a um herói chamado Academus).

Mas o que tem a ver o pensamento de Aristóteles e o de Platão conosco, ainda hoje? Para que estudá-los? Tratando de Aristóteles, tocar-se-á, aqui e ali, no pensamento de Platão. Para começar, aproveitemos o nome da escola de Platão, ainda HOJE, muito presente na sociedade ocidental (sociedade influenciada muito pela cultura europeia e que fica, em boa parte, a Oeste do mundo) e, dentro desta, no Brasil. Fala-se, hoje, de: ACADEMIA DE LETRAS, ACADEMIA DE GINÁSTICA, ACADEMIA DE POLÍCIA, ACADEMIA DE MÚSICA, entre outras muitas academias! Usa-se, inclusive, o termo ACADÊMICOS para se referir aos estudantes de faculdades e universidades! Tem até escola de samba, em São Paulo, que se chama ACADÊMICOS DO TATUAPÉ!

Um dos maiores filósofos da antigüidade. Em sua juventude foi discípulo de Platão, em Atenas, na Academia. Em razão de seu interesse pelos estudos e pela leitura assídua, Platão apelidou-o "O Leitor". Após a morte de seu mestre, Aristóteles tentou ocupar a vaga de diretor da Academia, porém perdeu-a para Espeusipo, sobrinho de Platão. Viajou por vários lugares. Casou-se, enviuvou e tornou-se a casar-se tempos depois. Foi tutor de Alexandre Magno, filho do rei Filipe, na Macedônia. De retorno a Atenas, fundou uma escola filosófica à qual deu o nome de LICEU, em honra ao deus Apolo Lício. Apolo é o deus do Sol, da luz. Os discípulos de Aristóteles eram conhecidos como peripatéticos, isto é, "passeadores", em razão de terem aulas passeando pelos jardins do Liceu. Vejam: Goiânia tem uma escola pública chamada LICEU, em homenagem ao Liceu de Aristóteles.

Boa parte de sua vida Aristóteles passou-a em Atenas, dedicando-se ao ensino. Quando Alexandre morreu e os gregos começaram a se rebelar contra o domínio macedônico, Aristóteles fugiu para a ilha de Cálcis, onde havia terras por ele herdadas, evitando que fosse julgado e preso, como o fôra antes dele Sócrates. Tempos depois, veio a falecer ali. Algumas obras de Aristóteles: Política, Metafísica, Física, Órganon, dentre outras, tratando de assuntos os mais diversos. Aristóteles opõe-se à teoria das Idéias, de Platão, não acreditando na existência de formas eternas pré-existentes em um mundo hiperfísico (Mundo das Idéias ou Inteligível). Para ele, as idéias são formadas a partir da ligação estabelecida na mente entre as informações fornecidas pelos cinco sentidos. Nada há na mente que antes não tenha passado pelos sentidos. Aprender, portanto, não é lembrar. Aprender demanda percepção do mundo e apreensão de conteúdos através dos sentidos, particularmente o da visão e da audição. O aprendizado, para Aristóteles, deve ser algo sistemático, ordenado, supõe memorização e compreensão, não uma reminiscência de algo que a alma já tenha contemplado em outro mundo.

No âmbito da física, Aristóteles interessou-se pela compreensão do movimento. De acordo com ele, o movimento seria a passagem da potência ao ato, isto é, da possibilidade de vir a ser para a realização em ato do ser. Por exemplo: uma semente seria uma árvore em potência, pois carrega consigo a possibilidade de vir a ser uma árvore, necessitando, para tanto, de solo adequado e de água. A árvore seria, por sua vez, a realização da potência existente na semente.

ARISTÓTELES (Prof. José Antônio Brazão.)

Em Atenas, uma nova escola Platão fundou

Da filosofia e das verdadeiras ciências o conhecimento

Nova maneira de encarar se disseminou,

Abrindo de grandes discípulos, por séculos, o entendimento.

 

Destacando-se entre todos, na Academia, entre eles,

Um macedônico discípulo apareceu,

Nobre intelectual, filho de médico da corte, Aristóteles,

O Leitor por Platão apelidado, o nome era seu.

 

Tendo muito lido e por imenso empenho se destacando,

Aristóteles homem extremamente culto se tornou,

Do mestre Platão, um mundo das Ideias não aceitando,

Nem ideais, uma filosofia muito própria fundou.

 

Em seus livros, condensou-se o aristotélico conhecimento:

Política, Ética, Física, Metafísica, do mundo e da natureza,

Pois por muitos temas  interessou-se seu filosófico pensamento

E sobre todos eles escreveu e, no Liceu, ensinou com saber e destreza.

 

Ideias grandes teve o estagirita,

Por estudos muitos contidas no pensamento,

Do mundo seria mais rica pepita,

De aurífera grandeza, o conhecimento.

 

Sabendo de Empédocles as sentenças,

Aristóteles concordou que por quatro elementares

Princípios são feitas as coisas terrenas:

Terra, água, ar e fogo, esteios basilares.

 

Conforme reflexões do agrigentino,

Arqués unidas por força do Amor

E desarticuladas pelo Ódio,

Um unificador, o outro desagregador.

 

Para dar à linguagem fundamentação,

Criou Aristóteles o raciocínio silogismo:

De duas premissas tirando a conclusão,

Na lei geral o caso particular necessaríssimo.

 

Do que são os céus feitos,

Perguntava-se o peripatético,

De modo a serem tão perfeitos,

Senão do éter puro, arquetípico?

 

Do aristotélico éter a tese, há tempos, descartada,

Hoje, de cósmicas ondas gravitacionais o requinte,

Na união espaço-tempo, a hipótese comprovada

De um germânico cientista do século vinte.

 

Mas para Aristóteles e seu tempo um universo geocêntrico

Era, por conta do senso comum, uma imensa certeza,

Composto de planetares círculos concêntricos,

De cósmica harmonia e extrema beleza.

 

Sobre a queda dos graves corpos refletindo

Na sublunar, terrena, realidade,

O mais pesado ao chão primeiro acaba indo

Eis algo do que cria ser a mais pura verdade.

 

Matutando da ética o humano destino,

Acerca do que seria a virtude

Concluiu ser esta do meio o caminho,

Como a temperança, no correto alimentar atitude.

 

 

A TEORIA DAS QUATRO CAUSAS DE ARISTÓTELES: (Prof. José Antônio Brazão.)

Do movimento Aristóteles

Ao estudo se lança.

Movimentos são devires:

Transformação, deslocamento, mudança.

 

Movimento é passagem

Da potência ao ato

Nele há fatores que agem

Até tornar-se um fato.

 

Potência é possibilidade

Que tudo tem de vir a ser.

Ato é o tornar realidade,

Fazendo a potência acontecer.

 

Quatro causas fundamentais

Fazem o movimento dos seres no plano terrenal,

Provocando-lhes mudanças essenciais.

São elas material, formal, eficiente e final.

 

Material é a matéria de um ser,

Formal é a forma dada por homem ou natureza,

Eficiente é aquela que faz acontecer,

Final é a razão, o objetivo de toda essa proeza.

 

Uma estátua feita de pedra

Tem nesta sua causa material,

Tendo o escultor na mente a forma,

Sendo ele causa eficiente visando a causa final.

 

Árvore é feita de matéria da terra,

Sua forma, internalizada na semente,

Teve nas condições naturais causa eficiente,

Tornar-se frondosa e/ou frutífera seu fim inerente.

 

No caso da natureza,

A forma contida na semente foi a maneira

Que ela encontrou, com fineza,

Para distinguir jequitibá de pitangueira.

 

A madeira-matéria do carvalho

É transformada na forma de mesa

Na mente do marceneiro, cujo eficiente trabalho

Tem por uma causa final o altar da igreja.

 

Mais causas finais a mesa poderia ter:

Numa bela sala de jantar vir a servir,

Em salas com professor e estudantes a debater

Ou suporte para vasos de plantas a florir.

 

Outras matérias podem a mesa compor:

Metal, pedra, plástico, outras e até vidro.

Conforme deseje o fator

Que venha a tê-la feito e polido.

 

A forma de mesa pode ser

Quadrada, retangular, circular, oval

Da básica geometria o saber

Matemático fundamental.

 

A eficiência do trabalho de quem faz

Transporá a forma na matéria

Conforme o fim-objetivo sagaz,

Tornando-a sólida e não etérea.

 

A eficiência da chuva na natureza,

Faz a semente brotar e crescer com fulgor,

Caindo na terra, faz despontar a beleza

Que tem do pé de maracujá a flor.

 

No geocêntrico universo, no mundo sublunar,

As quatro causas do movimento,

Ao tudo, aqui, pôr em devir, modificar,

Expõem sua força e seu acento.

 

Devir de que falava o efésio Heráclito:

Tudo em movimento se encontra,

Como a imagem de bélico conflito

Que a reis com seus súditos remonta.

 

Chauí as quatro causas analisando,

Descobriu não terem o mesmo valor,

Aristóteles, as hierarquizando,

Relações sociais a nelas transpor.

 

Menos é a eficiente valiosa,

Junto com a causa material,

Sendo a formal prestigiosa

Junto com a causa final.

 

Material e eficiente causas

São ao corpo externas,

Formal e final, frutos de mentais pausas,

São ao humano intelecto internas.

 

Na antiga Grécia escravista,

Havia senhores com muitos escravos

A realizar os afazeres da vida

Tirando daqueles desta os agravos.

 

Senhores podiam dedicar-se à política,

A assistências às tragédias e comédias do teatro,

Intelectuais à filosofia, à poesia e à escrita.

E certos políticos? Em estátuas, seu retrato.

 

Nas atividades técnicas e de fabricação

Senhores e filhos não iam se aventurar:

Eram de escravos e cidadãos de baixa condição.

Mas no governo e na teoria tempo tinham para adentrar.

 

Por milênios, melhor explicação do mundo representou,

No Ocidente, a das quatro causas teoria.

No entender da sublunar realidade perdurou,

Na filosofia, na física e na ciência.

 

No geocêntrico mundo aristotélico

Dois mundos havia: o supralunar,

Dos astros, claro e belo, etérico,

E a Terra, no centro, sublunar.

 

O éter é pura e cristalina substância,

A preencher as formas e a composição

Da Lua, de planetas e estrelas a essência,

Incapazes de sofrer falhas ou imperfeição.

 

Do geocêntrico do mundo sistema

Platão e Eudoxo já tinham dado conta,

Mas foi o aristotélico esquema

Que marcou pensadores e até poetas de ponta.

 

Aprimorado foi por Cláudio Ptolomeu,

A mostrar a cêntrica Terra e sua redondeza,

No Almagesto, por finos cálculos que conheceu

De Euclides e matemáticos de esperteza.

 

De Dante a Comédia Divina,

A ir do Inferno profundo aos céus fecundos,

Aos portugueses, de Camões, que Tétis ensina,

Ao ir da celestial  realidade ao terreno mundo.

 

Com a moderna natural filosofia,

De Copérnico a Isaac Newton,

Que novas leis da natura descobriria,

A teoria das quatro causas perdeu o tom.

 

Aristóteles, sem dúvida,

Foi brilhante filósofo e cientista,

Deixando rica herança legada

Para o mundo à plena vista.

 

REFERÊNCIAS SIMPLES:

 

CHAUÍ, Marilena. O que é Ideologia? 2.ed. São Paulo, Brasiliense, 2008. (Primeiros Passos, 13.)

 

Livros didáticos: (1) Filosofando: Introdução à Filosofia. (Martins e Arruda) (2) Convite à Filosofia. (M. Chauí). (3) Iniciação à Filosofia. (M. Chauí)

DIÁLOGO INTERDISCIPLINAR: Filosofia – Sociologia – História.

 

domingo, 21 de setembro de 2025

TERCEIRO BIMESTRE - AULA 30 DE SOCIOLOGIA DOS SEGUNDOS ANOS. MICHEL FOUCAULT (SÉCULO XX) (Prof. José Antônio Brazão.)

  

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TERCEIRO BIMESTRE

AULA 30 DE SOCIOLOGIA DOS SEGUNDOS ANOS:

1)    Entrega e correção de provas para as turmas que já estiverem prontas.

2)    Solicitar passar a limpo.

3)    Repassar e explicar o conteúdo abaixo.

MICHEL FOUCAULT (SÉCULO XX) (Prof. José Antônio Brazão.)

Michel Foucault foi um pensador do século XX que se interessou intensamente, particularmente, por filosofia, psicologia e história, tendo feito estudos e investigações nessas três áreas. Sua influência vai da Psicologia, da Sociologia, da Filosofia a outras Ciências.

Foucault, inclusive, estudou o poder, mas, diferentemente de Marx, procurou analisar o poder no seu nível menor (micropoderes), mesclado nas relações humanas.

Veja o quadro comparativo a seguir:

KARL MARX (SÉCULO XIX)

MICHEL FOUCAULT (SÉC. XX)

A classe dominante tem poder sobre as demais classes.

O poder está disseminado (espalhado) na sociedade (micropoderes).

A luta de classes move a história. Exemplo: senhores versus escravos, patrícios versus plebeus, capitalistas versus proletários.

O poder faz uso de registros. Exemplo: na prisão, no hospital e até nas escolas.

Os capitalistas exploram os trabalhadores nas fábricas.

O poder faz uso da vigilância contínua em diferentes lugares (hospital, prisão, escola etc.). Hoje: o uso de câmeras.

A pobreza leva homens e mulheres e crianças a se sujeitarem ao trabalho nas fábricas.

O poder disseminado controla os corpos tornando-os dóceis (mais fáceis de serem controlados).

Os proletários se alienam, deixando de se ver como produtores. Veja o Poema “Eu, etiqueta”, de Carlos Drummond de Andrade.

As pessoas introjetam a vigilância e fazem o que delas se espera.

Fetichismo (encantamento da mercadoria) e alienação andam juntos. Veja, novamente, o poema.

A prisão, o hospital, a escola e outras instituições, disciplinam as pessoas, impondo-lhes comportamentos esperados.

Sociedade de classes. Quem domina é quem tem os meios de produção nas mãos (terras, fábricas, ferramentas, máquinas etc.).

Sociedade disciplinar (do culto sutil, quase invisível).

·       O exemplo do panóptico, segundo Foucault. (Desenhar no quadro o diagrama e explicar.)

·       Fazer umas anotações pontuais [elencando pontos importantes] sobre diagrama do panóptico.

TERCEIRO BIMESTRE - AULA 30 DE FILOSOFIA DOS PRIMEIROS ANOS. ARISTÓTELES DE ESTAGIRA (SÉC. IV a.C.) (Prof. José Antônio Brazão.)

  

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TERCEIRO BIMESTRE

AULA 30 DE FILOSOFIA DOS PRIMEIROS ANOS

ARISTÓTELES DE ESTAGIRA (SÉC. IV a.C.) (Prof. José Antônio Brazão.)

(Usar MAPAS, LIVROS DE ARTE e BANNERS da biblioteca da escola. Complemento\exposição.)

*Filósofo de origem macedônica. A Macedônia é um país próximo da Grécia.

*Foi filho de médico da corte macedônica. Desde cedo, tomou gosto pelo conhecimento.

*Em sua juventude, foi estudar com Platão na Academia.

*Platão costumava chamá-lo de O Leitor, pois Aristóteles gostava muito de ler. Esse gosto, juntamente com outros aprendizados e pesquisas, permitiu-lhe adquirir uma grande bagagem de conhecimentos, os quais viriam a refletir-se, posteriormente, em sua própria obra.

*Conheceu todas as obras do mestre Platão.

*Após a morte de seu mestre, candidatou-se à direção da Academia, porém não foi eleito, tendo perdido o cargo para um sobrinho de Platão. Viajou, observou, descobriu novidades.

*Por suas leituras e estudos, acabou tornando-se um homem muito culto, um verdadeiro erudito. Foi um grande filósofo e um homem de ciência, queria entender de muitas coisas.

*Fez algumas viagens e foi professor do príncipe e futuro rei Alexandre Magno, na Macedônia. Foi casado. Foi também grande pesquisador do mundo natural, muito curioso e inteligente.

*Ao retornar a Atenas, fundou o Liceu, escola cujo nome foi dedicado em honra ao deus Apolo Lício. Ali lecionou por vários anos, tendo desenvolvido aí muitas de suas ideias.

*Pelo fato de ensinar caminhando com seus discípulos, foram chamados de peripatéticos, palavra grega que significa passeadores. Para ele o homem é um animal político.

*Encontram-se várias de suas obras ainda hoje, das quais destacam-se: Política, Física, Metafísica, Órganon, Ética a Eudemo, dentre outras.

*Defendeu o geocentrismo, como Eudoxo, outro discípulo de Platão.

*O geocentrismo afirma que a Terra (Geia, em grego) encontra-se no centro do universo e que todos os astros, incluindo o Sol, giram, nos céus, em torno dela em órbitas circulares.

*Há quatro elementos que se unem para formar a Terra: água, ar, terra e fogo. Influência, sem dúvida, do pensamento de Empédocles. Há ainda um quinto, o éter, substância pura e cristalina que preenche o cosmos e que forma os planetas, as estrelas e outros astros celestiais. Sua cosmologia (cosmo + logia\logos) geocêntrica foi retomada por Ptolomeu.

*Os astros são puros e sem defeitos, tese aristotélica que só foi contestada definitivamente com as observações de Galileu Galileu, no mundo moderno, com o telescópio.

*Física das qualidades: quente/frio, no alto/em baixo, havendo lugares naturais, conforme o peso e as características de cada ser. Na ética: o caminho do meio, nem excesso, nem falta.

*Causas do movimento: material (a matéria: bloco de pedra), formal (forma da estátua na cabeça do escultor), eficiente (escultor), final (estátua de Zeus, em sua homenagem). Na natureza: material (a semente), formal (a forma de carvalho dentro da semente), eficiente (água, chuva, condições do solo), final (árvore: carvalho).

*Criticou duramente o idealismo do seu mestre Platão, não admitindo a existência de um mundo das Ideias. O conhecimento passa pela experiência de cada sentido do corpo.

*Também não aceitou a ideia de uma cidade ideal, nem a separação das crianças dos pais, sem a formação de famílias estabelecidas, conforme propunha Platão em A República.

*Passou os últimos anos de sua vida no exílio, em terras de sua mãe, por causa da perseguição aos antigos apoiadores do Império Macedônico. O Ocidente seguiu o rio de suas ideias.

*Suas ideias tiveram grande repercussão e influência na cultura ocidental, principalmente na escolástica medieval. Até hoje é ainda estudado. Platão usou mitos. Aristóteles, a lógica.

*Criou a lógica formal, a fim de dar rigor ao pensamento. Desenvolveu o silogismo (dedução): Todo homem é mortal. Sócrates é homem. Logo, Sócrates é mortal. À falácia (raciocínio enganoso), Aristóteles chamou sofisma, por referência a cada sofista de seu tempo, pois os sofistas (filósofos professores de retórica) faziam uso de raciocínios falaciosos, enganosos.

*A física das qualidades, o geocentrismo e as causas do movimento, tal como propôs Aristóteles, foram postos abaixo com as descobertas da Física Moderna de Copérnico, Galileu, Newton e outros: forças atuam sobre os corpos, heliocentrismo, leis da natureza. Cada lei do universo passaria, no mundo moderno, a ser estudada, descobertas ocorreriam.

*Aristóteles também fez estudos sobre os animais, bem sintetizados no livro HISTÓRIA DOS ANIMAIS. Este fato mostra a versatilidade (“capacidade de ser diverso nas suas habilidades, saberes, empregos, aproveitamento etc.”, segundo o Dicionário Oxford Languages, do Google, verbete versatilidade). Com efeito, Aristóteles interessou-se por diferentes conhecimentos, ao longo da vida.

*A versatilidade do pensamento aristotélico reforça a erudição que obteve por meio de muitos estudos e pesquisas.

*Aristóteles teve e ainda tem grande importância e peso no mundo ocidental.

*Aristóteles não admitia o mundo das Ideias (das Formas ideais) de Platão. Para ele as ideias formam-se a partir do contato sensível com o mundo circundante. Nada há na mente que antes não tenha passado pelos cinco sentidos. A razão o que faz? A razão abstrai – transforma em ideias as informações sensíveis.

CAÇA-PALAVRAS ARISTÓTELES DE ESTAGIRA (Prof. José Antônio Brazão.)

Palavras em negrito e sublinhadas.

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E

DA DIREITA PARA A ESQUERDA, NA VERTICAL, NA HORIZONTAL, NA DIAGONAL. APRENDA SEMPRE!

TAREFA: Procure no dicionário e\ou na internet todas as palavras marcadas e anote os significados no caderno.

Finalidade: ampliar seu vocabulário de língua portuguesa e entender ainda melhor o texto.