domingo, 20 de outubro de 2024

QUARTO BIMESTRE - AULA 34 DE FILOSOFIA DOS PRIMEIROS ANOS. HELENISMO – ESTUDO DE TEXTOS [Parte 1] (Prof. José Antônio Brazão.)

  

SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA/SECRETARIA DE EDUCAÇÃO

COMANDO DE ENSINO POLICIAL MILITAR

 CEPMG - VASCO DOS REIS

Divisão de Ensino / Coordenação Pedagógica

QUARTO BIMESTRE

AULA 34 DE FILOSOFIA DOS PRIMEIROS ANOS

HELENISMO – ESTUDO DE TEXTOS [Parte 1] (Prof. José Antônio Brazão.):

CARTA SOBRE A FELICIDADE (A MENECEU), DE EPICURO DE SAMOS. TRECHOS ESCOLHIDOS:

Professor: ler com as turmas e explicar trecho por trecho.

TRECHO 1: A filosofia.

“Que ninguém hesite em se dedicar à filosofia enquanto jovem, nem se canse de fazê-lo depois de velho, porque ninguém jamais é demasiado jovem ou demasiado velho para alcançar a saúde do espírito. Quem afirma que a hora de dedicar-se à filosofia ainda não chegou, o que ela já passou, é como se dissesse que ainda não chegou ou que já passou a hora de ser feliz. Desse modo, a filosofia é útil tanto ao jovem quanto ao velho: para quem está envelhecendo sentir-se rejuvenescer através da grata recordação das coisas que já se foram, e para o jovem poder envelhecer sem sentir medo das coisas que estão por vir; é necessário, portanto, cuidar das coisas que trazem a felicidade, já que, estando esta presente, tudo temos, e, sem ela, tudo fazemos para alcança-la.

Pratica e cultiva então aqueles ensinamentos que sempre te transmiti, na certeza de que eles constituem os elementos fundamentais para uma vida feliz.” (EPICURO DE SAMOS. Carta sobre a felicidade (a Meneceu). Disponível em: < https://fernandonogueiracosta.files.wordpress.com/2015/01/epicuro-carta-sobre-a-felicidade.pdf > Acesso em 18/10/2024.)

TRECHO 2: O futuro.

“Nunca devemos nos esquecer de que o futuro não é nem totalmente nosso, nem totalmente não-nosso, para não sermos obrigados a espera-lo como se estivesse por vir com toda a certeza, nem nos desesperarmos como se não estivesse por vir jamais.” (EPICURO. Op. cit., p. 33.)

TRECHO 3: Os alimentos.

“Os alimentos mais simples proporcionam o mesmo prazer que as iguarias mais requintadas, desde que se remova a dor provocada pela falta: pão e água produzem o prazer mais profundo quando ingeridos por quem deles necessita.

Habituar-se às coisas simples, a um modo de vida não luxuoso, portanto, não só é conveniente para a saúde, como ainda proporciona ao homem os meios de enfrentar corajosamente as adversidades da vida: nos períodos em que conseguimos levar uma existência rica, predispõe o nosso ânimo para melhor aproveita-la, e nos prepara para enfrentar sem temos as vicissitudes da sorte.” (EPICURO. Op. cit., pp. 41 e 43).

TRECHO 4: A crença no mito dos deuses e a sorte.

“Mais vale aceitar o mito dos deuses, do que ser escravo do destino dos naturalistas: o mito pelo menos nos oferece a esperança do perdão dos deuses através das homenagens que lhes prestamos, ao passo que o destino é uma necessidade inexorável.

Entendendo que a sorte não é uma divindade, como a maioria das pessoas acredita (pois um deus não faz nada ao acaso), nem algo incerto, o sábio não crê que ela proporcione aos homens nenhum bem ou nenhum mal que sejam fundamentais para uma vida feliz, mas, sim, que dela pode surgir o início de grandes bens [boa sorte] e de grandes males [má sorte]. A seu ver, é preferífel ser desafortunado e sábio, a ser afortunado e tolo; na prática, é melhor que um bom projeto não chegue a bom termo, do que chegue a ter êxito um projeto mau.” (EPICURO. Op. cit., pp. 49 e 51.). (O que está entre colchetes é do Prof. José Antônio, para fins de esclarecimento.)

TRECHO 5 – Os átomos (Trecho de Carta a Heródoto, de Epicuro.):

" ... além disso, os átomos, dos quais se formam os compostos e nos quais os compostos se dissolvem, não são somente impenetráveis, mas têm uma variedade infinita de figuras; com efeito, não seria possível que a variedade ilimitada dos fenómenos derivasse do mínimo limitado das mesmas figuras. Os átomos semelhantes de cada figura são absolutamente infinitos, porém, pela variedade de figuras, não são absolutamente infinitos, apesar de serem ilimitados diante da capacidade de nossa mente ... Os átomos estão em movimento contínuo para toda a eternidade ... Não há um início para tudo isso, porque os átomos e o vazio existem eternamente (Epicuro diz mais adiante que os átomos não têm qualidade alguma à exceção do tamanho, do peso e da forma, e que as cores mudam de acordo com a posição dos átomos. E acrescenta que os átomos não têm todos os tamanhos possíveis; seja como for, jamais um átomo foi percebido por um dos sentidos)". (Carta a Her. 42-43) (EPICURO. Trecho da Carta a Heródoto. In: SILVA, Markus, Figueira da. A Noção de Physis apresentada na ‘Carta a Heródoto’ de Epicuro. P. 72. Disponível em: < https://www.researchgate.net/publication/334610577_A_nocao_de_physis_apresentada_na_'Carta_a_Herodoto'_de_Epicuro/fulltext/5d35bc2d299bf1995b3feffb/A-nocao-de-physis-apresentada-na-Carta-a-Herodoto-de-Epicuro.pdf > Acesso em 18/10/2024.)

REFERÊNCIAS:

EPICURO DE SAMOS. Carta sobre a felicidade (a Meneceu). Disponível em: < https://fernandonogueiracosta.files.wordpress.com/2015/01/epicuro-carta-sobre-a-felicidade.pdf > Acesso em 18/10/2024.

EPICURO. Trecho da Carta a Heródoto. In: SILVA, Markus, Figueira da. A Noção de Physis apresentada na ‘Carta a Heródoto’ de Epicuro. P. 72. Disponível em: < https://www.researchgate.net/publication/334610577_A_nocao_de_physis_apresentada_na_'Carta_a_Herodoto'_de_Epicuro/fulltext/5d35bc2d299bf1995b3feffb/A-nocao-de-physis-apresentada-na-Carta-a-Herodoto-de-Epicuro.pdf > Acesso em 18/10/2024.

 

 

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