COMANDO DE
ENSINO POLICIAL MILITAR
CEPMG -
VASCO DOS REIS
Divisão de
Ensino / Coordenação Pedagógica
SEGUNDO BIMESTRE
AULA 19 DE SOCIOLOGIA DOS PRIMEIROS ANOS:
ÉMILE DURKHEIM E OS JUDEUS (Prof. José Antônio
Brazão.)
Émile Durkheim, pensador
francês que viveu entre meados do século XIX e as duas primeiras décadas do XX,
era de família judaica. Esse fato é preciso ser levado em conta, visto que os
judeus sempre presaram e presam pela importância do conhecimento geral e
científico, praticamente, desde a antiguidade, algo que pode ser visto até
mesmo na Tanah (Antigo Testamento, segundo o cristianismo). No Livro dos
Provérbios se diz claramente:
“7 A
sabedoria é a coisa principal; adquire, pois, a sabedoria, emprega tudo o que
possuis na aquisição de entendimento.
8 Exalta-a,
e ela te exaltará; e, abraçando-a tu, ela te honrará.
9 Dará
à tua cabeça um diadema de graça e uma coroa de glória te entregará.” (BÍBLIA ONLINE. Provérbios
4,7-8.
Disponível em: < https://www.bibliaonline.com.br/acf/pv/4/7-9 >
Acesso em 24/05/2024.)
O conhecimento tem o
poder de transformar a vida das pessoas e o mundo, inclusive. Buscar o
conhecimento através de diferentes formas de aprendizado: das aulas, de cursos,
da observação da natureza e dos mundos natural e humano, do debate de ideias,
do aprendizado de coisas novas, do aprendizado prático, empírico, isto é,
aquele aprendizado que envolve o fazer e o criar, em suma, de todas as maneiras
possíveis.
No que diz respeito a
judeus famosos, vale lembrar:
“O vencedor, em primeiro lugar, é Moisés, libertador dos
judeus escravizados do Egito e, mais importante, divulgador dos Dez Mandamentos
que orientaram os limites da ação humana civilizada.
Ficou em segundo lugar Jesus. Perdeu porque seu
nome teria sido usado e abusado em vão, servindo para massacres, perseguições e
intolerância; a Inquisição, por exemplo. A
lista tem vários consensos. Karl Marx, Sigmund Freud e Albert Einstein. Estão
na companhia de Lévi-Strauss, criador da calça jeans, ou do cineasta Steven
Spielberg. Mais um consenso: Abraão,
criador do conceito de monoteísmo, absorvido pelo islamismo, catolicismo e
protestantismo. (...)” (DIMENSTEIN, Gilberto. O Segredo da Riqueza dos
Judeus. São Paulo, Folha de São Paulo, domingo, 26 de janeiro de 1997.
Disponível em: < https://www1.folha.uol.com.br/fsp/1997/1/26/mundo/12.html#:~:text=Os%20judeus%20s%C3%A3o%20ensinados%20a,princ%C3%ADpio%20b%C3%A1sico%20da%20pedagogia%20moderna. > Acesso em
24/05/2024.)
Outra religião que valorizou e valoriza muito o conhecimento, além do cristianismo que assimilou muito do judaísmo, é a religião islâmica. O Alcorão fala também da necessidade da busca do conhecimento, do aprendizado e do aperfeiçoamento dos seguidores.
O conhecimento tem
impacto na vida cotidiana, no trabalho, na ciência, em todo lugar. Quanto maior
esse conhecimento, auxiliado pela visão de como bem usá-lo, tanto maiores as possibilidades
e portas abertas. Émile Durkheim, por exemplo, teve portas abertas em
universidades e centros de pesquisas, sendo, ainda hoje, uma referência nos
estudos da Sociologia.
Se se pensar bem, o
conceito de SOLIDARIEDADE (ajuda, apoio, auxílio, amparo, assistência, etc.),
seja ela mecânica ou orgânica, como fator essencial para a coesão social, é um
conceito ético, além de social e político. Mesmo não tendo se tornado rabino
(sacerdote judeu), como a família desejava, Durkheim bebeu a fundo na cultura
judaica.
Vale lembrar da Bíblia
hebraica, exemplos óbvios de solidariedade: Rute a preocupar-se com a sogra,
sozinha e sem filhos; a ação dos juízes israelitas em prol de seu povo; a
preocupação em manter o povo judeu unido, mesmo nas adversidades, por parte,
por exemplo, de sacerdotes e profetas; a preocupação com a viúva, o órfão, o
estrangeiro; a boa acolhida de estrangeiros por parte de Abraão; etc. Todos
esses fatos bíblicos apontam para a solidariedade que antecede as ideias de
Durkheim, podendo ter impactado seu pensamento, ainda que a visão deste seja de
uma preocupação de cunho científico-estrutural da sociedade.
A solidariedade, segundo
Durkheim é um fator de coesão social, sem o qual a sociedade pode
desestruturar-se, caindo na ANOMIA (falta de regramento, de normas) e na
PATOLOGIA social (sociedade doentia, como um organismo que não está funcionando
bem e que precisa ser curado). Um fato social patológico é um acontecimento ou
ação que, envolvendo grupo de pessoas ou até a sociedade em seu conjunto,
carrega traços de anormalidade: a violência, a pobreza, a injustiça, a miséria,
manifestações agressivas, entre outros fatos sociais com repercussões negativas
para o conjunto da sociedade e que precisam ser resolvidos.
REFERÊNCIAS:
BÍBLIA
ONLINE. Provérbios 4,7-8. Disponível em: < https://www.bibliaonline.com.br/acf/pv/4/7-9 > Acesso em 24/05/2024.
DIMENSTEIN,
Gilberto. O Segredo da Riqueza dos Judeus. São Paulo, Folha de São
Paulo, domingo, 26 de janeiro de 1997. Disponível em: < https://www1.folha.uol.com.br/fsp/1997/1/26/mundo/12.html#:~:text=Os%20judeus%20s%C3%A3o%20ensinados%20a,princ%C3%ADpio%20b%C3%A1sico%20da%20pedagogia%20moderna. > Acesso em 24/05/2024.
Nenhum comentário:
Postar um comentário