COMANDO DE
ENSINO POLICIAL MILITAR
CEPMG -
VASCO DOS REIS
Divisão de
Ensino / Coordenação Pedagógica
QUARTO BIMESTRE
AULA 37 DE FILOSOFIA DOS PRIMEIROS ANOS
LÓGICA (Prof. José Antônio Brazão.)
EXERCÍCIO 1
EXERCÍCIO DOS BLOCOS LÓGICO-FILOSÓFICOS
(Prof. José Antônio Brazão.)
EXEMPLO 1: RACIOCÍNIO
INDUTIVO OU INDUÇÃO: Muito útil na ciência. É um tipo de raciocínio que
parte dos casos particulares encadeados e tira deles uma conclusão universal,
geral, como uma lei científica.
O chumbo é um metal e é bom
condutor de eletricidade. |
O ouro é um metal e é bom condutor
de eletricidade. |
A platina é um metal e é bom
condutor de eletricidade. |
Logo, todos os metais são bons
condutores de eletricidade. |
O alumínio é um metal e é bom
condutor de eletricidade. |
O mercúrio é um metal e é bom
condutor de eletricidade. |
O ferro é um metal e é bom condutor
de eletricidade. |
O cobre é um metal e é bom condutor
de eletricidade. |
EXEMPLO 2: O RACIOCÍNIO
LÓGICO-INDUTIVO CIENTÍFICO DE GALILEU GALILEI:
Certo dia, Galileu apontou o
telescópio para os céus, em direção ao planeta Saturno. |
Se as estrelas são fixas no céu,
então onde está aquela que vi outro dia? |
Ora, então a Terra não é o único astro
a ter lua girando em torno de si. |
Em outro dia fez o
mesmo e observou um quarto ponto (um quarto astro). |
Ora, se as estrelas estão fixas no
céu, então aquelas que vi não podem ser estrelas. O que podem ser? |
Galileu imaginou: Ora, as estrelas
são astros fixos no céu!! |
Saturno, então, deve ser um planeta
grande, para ter quatro luas girando em torno dele! |
Junto de Saturno,
deparou-se com três astros, parecidos com estrelas. |
Aristarco, bem
antes dele, na antiguidade, defendeu também o heliocentrismo. E, como
Copérnico, estava certo. |
(A crença, na
época de Galileu (séc. XVII), de fato, era de que as estrelas estavam fixas
no céu! Só no século XX, com o cientista Hubble, é que se descobriu o
contrário, de que as galáxias, com tudo o que há dentro delas, nos céus, se movem.) |
Ora, pois,
Ptolomeu errou feio! |
Então, esta é uma
evidência de que há outros centros no sistema planetário. |
Diferentemente do
sistema geocêntrico ptolomaico, o heliocêntrico de Copérnico põe a Terra com
a Lua, ambas, girando em torno do Sol. |
Continuou também
fazendo cálculos, medidas e observações precisas para provar,
definitivamente, sua crença e, depois, certeza heliocêntrica. |
E, em outro dia,
outra sumiu de vista, para tempos depois reaparecer. |
Outro dia,
observou que faltava uma daquelas estrelas. |
Diferentemente do
sistema geocêntrico ptolomaico, o heliocêntrico de Copérnico põe a Terra com
a Lua, ambas, girando em torno do Sol. |
De acordo com o
sistema geocêntrico de Ptolomeu, os planetas não têm luas girando em torno
deles, exceto a Terra, e tudo gira somente em torno desta. |
Humm, devem,
portanto, ser luas que giram em torno de Saturno. |
Tal evidência, das
luas girando em torno de Saturno, como a Lua em torno da Terra, me aponta
para uma prova de que Copérnico, com seu sistema heliocêntrico, está certo. |
A primeira também
reapareceu. Depois, sumiu de vista de novo, como as outras três. |
E assim, Galileu
continuou fazendo suas investigações com o telescópio, afim de dar mais
sustentação ao heliocentrismo (aristarco-)copernicano. |
Mas esta é apenas
uma prova. Preciso de outras! |
Partindo do pressuposto de um
planeta girando com sua lua em torno do Sol, o sistema heliocêntrico também
pode admitir a possibilidade de outros planetas terem luas e girarem em torno
do Sol com elas, como a Terra! |
Logo, luas girando em torno de Saturno são admissíveis
no sistema planetário heliocêntrico, sem sombras de dúvidas! Copérnico está
certíssimo. |
EXEMPLO 3: DEDUÇÃO
CLÁSSICA, DA LÓGICA FORMAL.A dedução é um tipo de raciocínio que vai do
universal (geral) ao particular, que está incluso no universal necessariamente.
Sócrates é homem. |
Premissa maior. |
Logo, Sócrates é mortal. |
Premissa menor. |
Todo homem é mortal. |
Conclusão. |
EXEMPLO 4: SOFISMA
(RACIOCÍNIO ENGANOSO E ENGANADOR.) É um raciocínio falacioso, isto é, que
tem aparência de verdade, mas é um raciocínio enganador.
Minha vizinha se
chama Margarida. |
Toda margarida é
uma flor. |
Logo, minha
vizinha é uma flor. |
EXEMPLO 5: ANALOGIA:
Raciocínio indutivo não muito rigoroso, que tira conclusões particulares de
premissas ou casos particulares.
Minha avó, por sua
vez, aprendeu com a mãe dela, minha bisavó! |
Tomei um xarope de
limão feito pela minha mãe e melhorei. |
Portanto, deve
fazer bem também a você, te curando da gripe. |
Eu também fiquei
gripado, dias atrás. |
Ela aprendeu com a
mãe dela, minha vovozinha querida. |
João, vejo que
você está gripado. |
PASSO A PASSO: (1)Divida a turma em
grupos de 3 a 4 estudantes juntos. (2)Entregue a cada grupo um conjunto de
blocos, num envelope ou não. (3)Peça a cada grupo que coloque todas as partes
(bloquinhos retangulares) em ordem lógica, que tenha sentido. (4)Quando todos
os grupos tiverem montado, verifique um a um, para ver como ficou. (5)Enfim,
com a ordem certa em mãos, sugira leitura do material para que todos vejam a
sequência correta. Essa leitura será mais necessária nos blocos sobre Galileu
Galilei. (6)Faça os comentários finais e explique.
LÓGICA (Prof. José Antônio Brazão.)
EXERCÍCIO 2
(RECORTAR EM TIRAS E PEDIR QUE
GRUPOS DE ESTUDANTES OS ORDENEM NUMA SEQUÊNCIA LÓGICA.)
*DEPOIS DO ORDENAMENTO:
CONFERÊNCIA E EXPLICAÇÕES.
OUTRO EXEMPLO: O
POSSÍVEL RACIOCÍNIO INDUTIVO CIENTÍFICO E HIPOTÉTICO – EINSTEIN E A DESCOBERTA
DE E = MC2. (Prof. José A. Brazão.
- Portanto, o melhor modo de
acrescentar a velocidade da luz à fórmula deve ser multiplicando-a por si
mesma, ao quadrado. Eis então: E = MC2. A energia é resultado da massa (da
matéria) multiplicada à velocidade da luz ao quadrado. O contrário também é possível:
uma energia tremenda, mas dividida pelo quadrado da velocidade da luz, pode
dar origem à matéria, ou seja, transformar-se em átomos e agregar-se em
matéria. Puxa! Numa fórmula simples, consegui, enfim, condensar a relação
entre energia e matéria! |
- A energia elétrica é
movimento de elétrons liberados por átomos, passando de um átomo a outro. Ela
também tem a capacidade de transformar-se em energia luminosa na lâmpada, que
tem um fio material que se aquece e libera luz. Ademais, tudo é feito de
átomos. |
Einstein lia muito e fazia
muito boas observações da natureza. Junto com elas, cálculos. Chegou até a
fundar, com amigos interessados em física, uma academia de física, só entre
eles. |
-A energia de uma estrela é
imensa, a ponto de iluminá-la e mantê-la aquecida. Mas como ela é obtida? O
tamanho dela é gigantesco e a gravidade também. A pressão sobre a massa dos
átomos é tremenda, a ponto de ligar a tomada da estrela e a manter funcionando
por milhões, quem sabe, bilhões de anos! Para entender bem a produção da
energia estelar precisarei de uma constante no universo. Só multiplicando é
possível conseguir isto, com um número grande e constante. Ora, não há
velocidade maior que a da luz. E se eu multiplicar a velocidade da luz por si
mesma? Eis o que eu preciso para completar a fórmula! |
- Ora, no universo existe uma
constante: a velocidade da luz. Como posso acrescentá-la à fórmula? Como?
Somando, multiplicando, dividindo, reduzindo...? Vamos definir a constante da
velocidade da luz como C. |
Einstein cresceu e continuou
mantendo um interesse sobre os fenômenos físicos que regem o universo. |
- Matéria, composta de massa,
portanto, pode transformar-se em energia. Então tenho uma relação entre M
(massa, matéria) e E (energia). Mas a que velocidade a massa pode ser
transformada em energia? E = M, como? É preciso algo mais. |
Einstein sabia que a força
muscular dos braços é capaz de movimentar um saco pesado e de o colocar nas
costas. Sabia também que a energia elétrica transformava-se, outrora, em
energia cinética (movimento) nas máquinas da fábrica de seu pai. E ainda
continuará se transformando em movimento em outras máquinas. |
- Como se vê, matéria e energia
têm alguma relação: o Sol é feito de átomos, os quais compõem a matéria dessa
estrela. Essa matéria, por sua vez, libera muita energia. Então, existe uma
relação entre matéria e energia. |
Quando era criança, Einstein
gostava de andar pela fábrica de seu pai e via uma série de máquinas
mecânicas e elétricas que lá havia. E observava como elas produziam a
eletricidade. |
Einstein sabia, como Faraday
antes dele, que energia elétrica pode transformar-se movimento
eletromagnético e vice-versa, como no caso das turbinas de uma usina
produtora de energia elétrica. E sabia, como Lavoisier, que na natureza tudo
se transforma. |
LEMBRETE: OBSERVAR E EXPLICAR
COMO OS RACIOCÍNIOS SE ENCAIXAM.
A SEQUÊNCIA
PROPRIAMENTE DITA DO TEXTO PARA CORREÇÕES:
1)Quando era criança,
Einstein gostava de andar pela fábrica de seu pai e via uma série de máquinas
mecânicas e elétricas que lá havia. E observava como elas produziam a
eletricidade.
2)Einstein cresceu e
continuou mantendo um interesse sobre os fenômenos físicos que regem o
universo.
3)Einstein lia muito e
fazia muito boas observações da natureza. Junto com elas, cálculos. Chegou até
a fundar, com amigos interessados em física, uma academia de física, só entre
eles.
4)Einstein sabia que a
força muscular dos braços é capaz de movimentar um saco pesado e de o colocar
nas costas. Sabia também que a energia elétrica transformava-se, outrora, em
energia cinética (movimento) nas máquinas da fábrica de seu pai. E ainda continuará
se transformando em movimento em outras máquinas.
5)Einstein sabia, como
Faraday antes dele, que energia elétrica pode transformar-se movimento
eletromagnético e vice-versa, como no caso das turbinas de uma usina produtora
de energia elétrica. E sabia, como Lavoisier, que na natureza tudo se
transforma.
6)-A energia elétrica é
movimento de elétrons liberados por átomos, passando de um átomo a outro. Ela
também tem a capacidade de transformar-se em energia luminosa na lâmpada, que
tem um fio material que se aquece e libera luz. Ademais, tudo é feito de átomos.
7)-Como se vê, matéria e
energia têm alguma relação: o Sol é feito de átomos, os quais compõem a matéria
dessa estrela. Essa matéria, por sua vez, libera muita energia. Então, existe
uma relação entre matéria e energia.
8)-Matéria, composta de
massa, portanto, pode transformar-se em energia. Então tenho uma relação entre
M (massa, matéria) e E (energia). Mas a que velocidade a massa pode ser
transformada em energia? E = M, como? É preciso algo mais. Preciso de uma constante,
ligada à velocidade. Mas qual?
9)-Ora, no universo existe
uma constante: a velocidade da luz. Como posso acrescentá-la à fórmula? Como?
Somando, multiplicando, dividindo, reduzindo...? Vamos definir a constante da
velocidade da luz como C.
10)-A energia de uma
estrela é imensa, a ponto de iluminá-la e mantê-la aquecida. Mas como ela é
obtida? O tamanho dela é gigantesco e a gravidade também. A pressão sobre a
massa dos átomos é tremenda, a ponto de ligar a tomada da estrela e a manter
funcionando por milhões, quem sabe, bilhões de anos! Para entender bem a
produção da energia estelar precisarei de uma constante no universo. Só
multiplicando é possível conseguir isto, com um número grande e constante. Ora,
não há velocidade maior que a da luz. E se eu multiplicar a velocidade da luz
por si mesma? Eis o que eu preciso para completar a fórmula!
11)-Portanto, o melhor
modo de acrescentar a velocidade da luz à fórmula deve ser multiplicando-a por
si mesma, ao quadrado. Eis então: E = MC2. A energia é resultado da massa (da
matéria) multiplicada à velocidade da luz ao quadrado. O contrário também é
possível: uma energia tremenda, mas dividida pelo quadrado da velocidade da
luz, pode dar origem à matéria, ou seja, transformar-se em átomos e agregar-se
em matéria. Puxa! Numa fórmula simples, consegui, enfim, condensar a relação
entre energia e matéria!
OBSERVAÇÃO: O raciocínios de Galileu
e de Einstein, acima e antes apresentados, muito provavelmente não aconteceram
com absoluta exatidão do jeito que aí está exposto. Sua finalidade é apenas
mostrar como raciocínios indutivos e hipotéticos podem se desenvolver. Acima
de tudo, vale lembrar que são apenas sequências para permitir que estudantes
busquem combinar, uma parte do raciocínio após a outra, a fim de descobrirem a
sequência lógica do texto. Leituras mais amplas podem ser feitas. Os dois
raciocínios propostos são frutos da imaginação apoiada em leituras, como, por
exemplo, dos livros: (1) Os Grandes
Físicos que Mudaram o Mundo, de Georg Feulner, da Editora Escala, col.
Quero Saber. (2) O maravilhoso mundo das
descobertas da antiguidade ao século XX, de Imke Martens, Editora Escala,
col. Quero Saber; (3) Galileu Galilei:
Mistérios e Segredos do Gênio, de Cláudia S. Coelho, da Discovery
Publicações; (4) capítulos dos livros didáticos e de história da filosofia
citados no referencial final que tratam da ciência contemporânea. E é bom
lembrar que, para aquelas descobertas, os dois cientistas citados estudaram
muito, fizeram muitas observações e cálculos incontáveis, até alcançarem as
conclusões a que chegaram. Raciocínio indutivo, porque tem vários casos particulares (muitas observações e
estudos) que antecedem a conclusão final (heliocentrismo; a fórmula simples e
universal E = MC2).
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