quinta-feira, 28 de dezembro de 2023

QUARTO BIMESTRE - AULA 37 DE FILOSOFIA DOS PRIMEIROS ANOS. LÓGICA. EXERCÍCIOS 1 e 2. (Prof. José Antônio Brazão.)

 

SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA/SECRETARIA DE EDUCAÇÃO

COMANDO DE ENSINO POLICIAL MILITAR

 CEPMG - VASCO DOS REIS

Divisão de Ensino / Coordenação Pedagógica

QUARTO BIMESTRE

AULA 37 DE FILOSOFIA DOS PRIMEIROS ANOS

LÓGICA (Prof. José Antônio Brazão.)

EXERCÍCIO 1

EXERCÍCIO DOS BLOCOS LÓGICO-FILOSÓFICOS

(Prof. José Antônio Brazão.)

EXEMPLO 1: RACIOCÍNIO INDUTIVO OU INDUÇÃO: Muito útil na ciência. É um tipo de raciocínio que parte dos casos particulares encadeados e tira deles uma conclusão universal, geral, como uma lei científica.

O chumbo é um metal e é bom condutor de eletricidade.

O ouro é um metal e é bom condutor de eletricidade.

A platina é um metal e é bom condutor de eletricidade.

Logo, todos os metais são bons condutores de eletricidade.

O alumínio é um metal e é bom condutor de eletricidade.

O mercúrio é um metal e é bom condutor de eletricidade.

O ferro é um metal e é bom condutor de eletricidade.

O cobre é um metal e é bom condutor de eletricidade.

EXEMPLO 2: O RACIOCÍNIO LÓGICO-INDUTIVO CIENTÍFICO DE GALILEU GALILEI:

Certo dia, Galileu apontou o telescópio para os céus, em direção ao planeta Saturno.

Se as estrelas são fixas no céu, então onde está aquela que vi outro dia?

Ora, então a Terra não é o único astro a ter lua girando em torno de si.

Em outro dia fez o mesmo e observou um quarto ponto (um quarto astro).

Ora, se as estrelas estão fixas no céu, então aquelas que vi não podem ser estrelas. O que podem ser?

Galileu imaginou: Ora, as estrelas são astros fixos no céu!!

Saturno, então, deve ser um planeta grande, para ter quatro luas girando em torno dele!

Junto de Saturno, deparou-se com três astros, parecidos com estrelas.

Aristarco, bem antes dele, na antiguidade, defendeu também o heliocentrismo. E, como Copérnico, estava certo.

(A crença, na época de Galileu (séc. XVII), de fato, era de que as estrelas estavam fixas no céu! Só no século XX, com o cientista Hubble, é que se descobriu o contrário, de que as galáxias, com tudo o que há dentro delas, nos céus,  se movem.)

Ora, pois, Ptolomeu errou feio!

Então, esta é uma evidência de que há outros centros no sistema planetário.

Diferentemente do sistema geocêntrico ptolomaico, o heliocêntrico de Copérnico põe a Terra com a Lua, ambas, girando em torno do Sol.

Continuou também fazendo cálculos, medidas e observações precisas para provar, definitivamente, sua crença e, depois, certeza heliocêntrica.

E, em outro dia, outra sumiu de vista, para tempos depois reaparecer.

Outro dia, observou que faltava uma daquelas estrelas.

Diferentemente do sistema geocêntrico ptolomaico, o heliocêntrico de Copérnico põe a Terra com a Lua, ambas, girando em torno do Sol.

De acordo com o sistema geocêntrico de Ptolomeu, os planetas não têm luas girando em torno deles, exceto a Terra, e tudo gira somente em torno desta.

Humm, devem, portanto, ser luas que giram em torno de Saturno.

Tal evidência, das luas girando em torno de Saturno, como a Lua em torno da Terra, me aponta para uma prova de que Copérnico, com seu sistema heliocêntrico, está certo.

A primeira também reapareceu. Depois, sumiu de vista de novo, como as outras três.

E assim, Galileu continuou fazendo suas investigações com o telescópio, afim de dar mais sustentação ao heliocentrismo (aristarco-)copernicano.

Mas esta é apenas uma prova. Preciso de outras!

Partindo do pressuposto de um planeta girando com sua lua em torno do Sol, o sistema heliocêntrico também pode admitir a possibilidade de outros planetas terem luas e girarem em torno do Sol com elas, como a Terra!

Logo, luas girando em torno de Saturno são admissíveis no sistema planetário heliocêntrico, sem sombras de dúvidas! Copérnico está certíssimo.

EXEMPLO 3: DEDUÇÃO CLÁSSICA, DA LÓGICA FORMAL.A dedução é um tipo de raciocínio que vai do universal (geral) ao particular, que está incluso no universal necessariamente.

Sócrates é homem.

Premissa maior.

Logo, Sócrates é mortal.

Premissa menor.

Todo homem é mortal.

Conclusão.

EXEMPLO 4: SOFISMA (RACIOCÍNIO ENGANOSO E ENGANADOR.) É um raciocínio falacioso, isto é, que tem aparência de verdade, mas é um raciocínio enganador.

Minha vizinha se chama Margarida.

Toda margarida é uma flor.

Logo, minha vizinha é uma flor.

EXEMPLO 5: ANALOGIA: Raciocínio indutivo não muito rigoroso, que tira conclusões particulares de premissas ou casos particulares.

Minha avó, por sua vez, aprendeu com a mãe dela, minha bisavó!

Tomei um xarope de limão feito pela minha mãe e melhorei.

Portanto, deve fazer bem também a você, te curando da gripe.

Eu também fiquei gripado, dias atrás.

Ela aprendeu com a mãe dela, minha vovozinha querida.

João, vejo que você está gripado.

PASSO A PASSO: (1)Divida a turma em grupos de 3 a 4 estudantes juntos. (2)Entregue a cada grupo um conjunto de blocos, num envelope ou não. (3)Peça a cada grupo que coloque todas as partes (bloquinhos retangulares) em ordem lógica, que tenha sentido. (4)Quando todos os grupos tiverem montado, verifique um a um, para ver como ficou. (5)Enfim, com a ordem certa em mãos, sugira leitura do material para que todos vejam a sequência correta. Essa leitura será mais necessária nos blocos sobre Galileu Galilei. (6)Faça os comentários finais e explique.

 

LÓGICA (Prof. José Antônio Brazão.)

EXERCÍCIO 2

(RECORTAR EM TIRAS E PEDIR QUE GRUPOS DE ESTUDANTES OS ORDENEM NUMA SEQUÊNCIA LÓGICA.)

*DEPOIS DO ORDENAMENTO: CONFERÊNCIA E EXPLICAÇÕES.

OUTRO EXEMPLO: O POSSÍVEL RACIOCÍNIO INDUTIVO CIENTÍFICO E HIPOTÉTICO – EINSTEIN E A DESCOBERTA DE  E = MC2. (Prof. José A. Brazão.

- Portanto, o melhor modo de acrescentar a velocidade da luz à fórmula deve ser multiplicando-a por si mesma, ao quadrado. Eis então: E = MC2. A energia é resultado da massa (da matéria) multiplicada à velocidade da luz ao quadrado. O contrário também é possível: uma energia tremenda, mas dividida pelo quadrado da velocidade da luz, pode dar origem à matéria, ou seja, transformar-se em átomos e agregar-se em matéria. Puxa! Numa fórmula simples, consegui, enfim, condensar a relação entre energia e matéria!

- A energia elétrica é movimento de elétrons liberados por átomos, passando de um átomo a outro. Ela também tem a capacidade de transformar-se em energia luminosa na lâmpada, que tem um fio material que se aquece e libera luz. Ademais, tudo é feito de átomos.

Einstein lia muito e fazia muito boas observações da natureza. Junto com elas, cálculos. Chegou até a fundar, com amigos interessados em física, uma academia de física, só entre eles.

-A energia de uma estrela é imensa, a ponto de iluminá-la e mantê-la aquecida. Mas como ela é obtida? O tamanho dela é gigantesco e a gravidade também. A pressão sobre a massa dos átomos é tremenda, a ponto de ligar a tomada da estrela e a manter funcionando por milhões, quem sabe, bilhões de anos! Para entender bem a produção da energia estelar precisarei de uma constante no universo. Só multiplicando é possível conseguir isto, com um número grande e constante. Ora, não há velocidade maior que a da luz. E se eu multiplicar a velocidade da luz por si mesma? Eis o que eu preciso para completar a fórmula!

- Ora, no universo existe uma constante: a velocidade da luz. Como posso acrescentá-la à fórmula? Como? Somando, multiplicando, dividindo, reduzindo...? Vamos definir a constante da velocidade da luz como C.

Einstein cresceu e continuou mantendo um interesse sobre os fenômenos físicos que regem o universo.

- Matéria, composta de massa, portanto, pode transformar-se em energia. Então tenho uma relação entre M (massa, matéria) e E (energia). Mas a que velocidade a massa pode ser transformada em energia? E = M, como? É preciso algo mais.

Einstein sabia que a força muscular dos braços é capaz de movimentar um saco pesado e de o colocar nas costas. Sabia também que a energia elétrica transformava-se, outrora, em energia cinética (movimento) nas máquinas da fábrica de seu pai. E ainda continuará se transformando em movimento em outras máquinas.

- Como se vê, matéria e energia têm alguma relação: o Sol é feito de átomos, os quais compõem a matéria dessa estrela. Essa matéria, por sua vez, libera muita energia. Então, existe uma relação entre matéria e energia.

Quando era criança, Einstein gostava de andar pela fábrica de seu pai e via uma série de máquinas mecânicas e elétricas que lá havia. E observava como elas produziam a eletricidade.

Einstein sabia, como Faraday antes dele, que energia elétrica pode transformar-se movimento eletromagnético e vice-versa, como no caso das turbinas de uma usina produtora de energia elétrica. E sabia, como Lavoisier, que na natureza tudo se transforma.

LEMBRETE: OBSERVAR E EXPLICAR COMO OS RACIOCÍNIOS SE ENCAIXAM.

A SEQUÊNCIA PROPRIAMENTE DITA DO TEXTO PARA CORREÇÕES:

1)Quando era criança, Einstein gostava de andar pela fábrica de seu pai e via uma série de máquinas mecânicas e elétricas que lá havia. E observava como elas produziam a eletricidade.

2)Einstein cresceu e continuou mantendo um interesse sobre os fenômenos físicos que regem o universo.

3)Einstein lia muito e fazia muito boas observações da natureza. Junto com elas, cálculos. Chegou até a fundar, com amigos interessados em física, uma academia de física, só entre eles.

4)Einstein sabia que a força muscular dos braços é capaz de movimentar um saco pesado e de o colocar nas costas. Sabia também que a energia elétrica transformava-se, outrora, em energia cinética (movimento) nas máquinas da fábrica de seu pai. E ainda continuará se transformando em movimento em outras máquinas.

5)Einstein sabia, como Faraday antes dele, que energia elétrica pode transformar-se movimento eletromagnético e vice-versa, como no caso das turbinas de uma usina produtora de energia elétrica. E sabia, como Lavoisier, que na natureza tudo se transforma.

6)-A energia elétrica é movimento de elétrons liberados por átomos, passando de um átomo a outro. Ela também tem a capacidade de transformar-se em energia luminosa na lâmpada, que tem um fio material que se aquece e libera luz. Ademais, tudo é feito de átomos.

7)-Como se vê, matéria e energia têm alguma relação: o Sol é feito de átomos, os quais compõem a matéria dessa estrela. Essa matéria, por sua vez, libera muita energia. Então, existe uma relação entre matéria e energia.

8)-Matéria, composta de massa, portanto, pode transformar-se em energia. Então tenho uma relação entre M (massa, matéria) e E (energia). Mas a que velocidade a massa pode ser transformada em energia? E = M, como? É preciso algo mais. Preciso de uma constante, ligada à velocidade. Mas qual?

9)-Ora, no universo existe uma constante: a velocidade da luz. Como posso acrescentá-la à fórmula? Como? Somando, multiplicando, dividindo, reduzindo...? Vamos definir a constante da velocidade da luz como C.

10)-A energia de uma estrela é imensa, a ponto de iluminá-la e mantê-la aquecida. Mas como ela é obtida? O tamanho dela é gigantesco e a gravidade também. A pressão sobre a massa dos átomos é tremenda, a ponto de ligar a tomada da estrela e a manter funcionando por milhões, quem sabe, bilhões de anos! Para entender bem a produção da energia estelar precisarei de uma constante no universo. Só multiplicando é possível conseguir isto, com um número grande e constante. Ora, não há velocidade maior que a da luz. E se eu multiplicar a velocidade da luz por si mesma? Eis o que eu preciso para completar a fórmula!

11)-Portanto, o melhor modo de acrescentar a velocidade da luz à fórmula deve ser multiplicando-a por si mesma, ao quadrado. Eis então: E = MC2. A energia é resultado da massa (da matéria) multiplicada à velocidade da luz ao quadrado. O contrário também é possível: uma energia tremenda, mas dividida pelo quadrado da velocidade da luz, pode dar origem à matéria, ou seja, transformar-se em átomos e agregar-se em matéria. Puxa! Numa fórmula simples, consegui, enfim, condensar a relação entre energia e matéria!

OBSERVAÇÃO: O raciocínios de Galileu e de Einstein, acima e antes apresentados, muito provavelmente não aconteceram com absoluta exatidão do jeito que aí está exposto. Sua finalidade é apenas mostrar como raciocínios indutivos e hipotéticos podem se desenvolver. Acima de tudo, vale lembrar que são apenas sequências para permitir que estudantes busquem combinar, uma parte do raciocínio após a outra, a fim de descobrirem a sequência lógica do texto. Leituras mais amplas podem ser feitas. Os dois raciocínios propostos são frutos da imaginação apoiada em leituras, como, por exemplo, dos livros: (1) Os Grandes Físicos que Mudaram o Mundo, de Georg Feulner, da Editora Escala, col. Quero Saber. (2) O maravilhoso mundo das descobertas da antiguidade ao século XX, de Imke Martens, Editora Escala, col. Quero Saber; (3) Galileu Galilei: Mistérios e Segredos do Gênio, de Cláudia S. Coelho, da Discovery Publicações; (4) capítulos dos livros didáticos e de história da filosofia citados no referencial final que tratam da ciência contemporânea. E é bom lembrar que, para aquelas descobertas, os dois cientistas citados estudaram muito, fizeram muitas observações e cálculos incontáveis, até alcançarem as conclusões a que chegaram. Raciocínio indutivo, porque tem vários  casos particulares (muitas observações e estudos) que antecedem a conclusão final (heliocentrismo; a fórmula simples e universal E = MC2).

 

Nenhum comentário: