quinta-feira, 28 de dezembro de 2023

QUARTO BIMESTRE - AULA 37 DE TÓPICOS DE CIÊNCIAS HUMANAS DOS PRIMEIROS ANOS: A CULTURA COLONIAL GOIANA – OS TROPEIROS (Prof. José Antônio Brazão.)

 

SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA/SECRETARIA DE EDUCAÇÃO

COMANDO DE ENSINO POLICIAL MILITAR

 CEPMG - VASCO DOS REIS

Divisão de Ensino / Coordenação Pedagógica

QUARTO BIMESTRE

AULA 37 DE TCH DOS PRIMEIROS ANOS:

A CULTURA COLONIAL GOIANA – OS TROPEIROS (Prof. José Antônio Brazão.):

A cultura colonial goiana é de uma riqueza imensa. Do encontro das culturas portuguesa, indígena e africana nasceram uma gastronomia própria, uma religiosidade, conhecimentos, histórias, vivências e valores que se encontram presentes, ainda hoje, em meio ao povo goiano. Nas pequenas cidades que se formaram, no campo, enfim, onde quer que houvessem pessoas.

O comércio, feito por meio de tropeiros que carregavam cargas, seja de fazendas para as cidades, seja das cidades para as fazendas e os sítios ou chácaras. Junto a esses tropeiros, gente de confiança dos organizadores, além de escravos que ajudavam a carregar e a descarregar os produtos. Ora em meio a caminhos abertos, ora em caminhos fechados.

O que eram as tropas? Quando se usa essa palavra, muitas vezes, vêm a mente as tropas de batalhões de soldados. Entretanto, naqueles tempos e neste caso, tropa era um conjunto de animais (mulas e/ou burros e/ou jumentos e/ou cavalos) de carga que carregavam em seus lombos produtos variados, como queijo curado, melado, pinga (cachaça), mandioca, farinha, produtos de couro utilizados no dia a dia, além de outros. Além desses animais, compunham a tropa um chefe, escravos e outros, às vezes, homens da família ou ligados à fazenda.

Os tropeiros formavam grupos para poderem carregar mais produtos, por caminhos mais longos às vezes, conseguindo vende-los em armazéns ou empórios das cidades. Algumas das vezes, como no caso do algodão, a condução, por dias, até o litoral, de onde embarcava para a Europa então em plena Revolução Industrial.

Na história das congadas de Catalão, curiosamente, fazendeiros iam, com tropas e escravos, vender produtos. Com algum tempo livre, os escravos rezavam e batucavam para Nossa Senhora, nascendo daí aquela tradição.

Se se pensar bem, nos séculos anteriores, os bandeirantes formavam grupos de tropeiros, com a finalidade de dar apoio às atividades que lhes eram próprias, como reconhecimento e mapeamento de terrenos, captura de índios (considerados selvagens e pagãos), captura de escravos fugidos de fazendas, busca do tão desejado OURO, de pedras preciosas, além e, com o tempo, das chamadas drogas do sertão – plantas com características das especiarias importadas, há muito, pela Europa.

Em tempos de festas religiosas, como a Festa do Divino Espírito Santo, com as cavalhadas, em Pirenópolis, do Divino Pai Eterno, em Trindade, da Procissão do Fogaréu, em Goiás, entre outras atividades de cunho religioso que reuniam muita gente em diferentes cidades, havia famílias que se juntavam em forma de tropas para se dirigirem àqueles locais, no intuito de fazer suas orações, agradecerem, pagar promessas, se confessarem, etc.

As tropas contribuíam para o contato entre o campo e as cidades, entre cidades, numa época em que os meios de transportes eram animais, carroças e carros de bois. Graças a elas, aquele contato permitiu o desenvolvimento de elementos culturais, como festas religiosas e folclore que permanecem ainda no tempo presente.

Nenhum comentário: