COMANDO DE
ENSINO POLICIAL MILITAR
CEPMG -
VASCO DOS REIS
Divisão de
Ensino / Coordenação Pedagógica
QUARTO BIMESTRE
AULA 35 DE SOCIOLOGIA DOS SEGUNDOS ANOS:
MUNDO DO TRABALHO E DESIGUALDADE SOCIAL:
CLASSE – MAX WEBER (PROF. JOSÉ ANTÔNIO BRAZÃO.)
TEXTO
DO LIVRO DIDÁTICO:
Classe para Weber (Afrânio Silva e outros):
Max Weber afirmou que a
estratificação social não se resume às determinações econômicas das classes sociais, mas decorre das diferentes
maneiras de distribuição de poder
em uma sociedade. Para ele, a estratificação decorrente dessa diferença de
poder acontece de acordo com pelo menos
três dimensões: econômica, política e social. Portanto, diferentemente da
base teórica marxista, a
estratificação da ordem social não se organiza
apenas com base no poder econômico, mas também em termos de distribuição de poder político e de prestígio.
Por isso, além da classe, a divisão da sociedade pode ser observada em outros fenômenos de
distribuição de poder, como o partido e o status.
VISUALIZAÇÃO:
Prestígio:
Poder político:
Weber
definiu as classes sociais como o conjunto de probabilidades típicas de
propriedade de bens, de posição
externa (status) e de destino pessoal. Uma classe se forma por interesses e oportunidades. Contudo, esse autor não pensava que
um critério único (posição no
processo produtivo) determinasse a posição
de classe: esta seria definida pela “situação de mercado” da pessoa,
o que incluía não somente a posse de bens, mas também
outros fatores, como o nível de escolaridade e o grau de habilidade técnica.
VISUALIZAÇÃO:
Classes sociais:
Educação (Brasil-gráficos):
Conjunto1:
https://educa.ibge.gov.br/jovens/conheca-o-brasil/populacao/18317-educacao.html
Conjunto2:
Expandindo sua teoria da
estratificação, Weber tipifica, além da classe, outros dois grupos: círculos de status e partidos.
Conceitua o grupo status como coletividade que se diferencia pelo prestígio ou pela honra social de que goza
e por seu estilo de vida. Desse modo, não
se pode explicar adequadamente a aquisição de status examinando somente características individuais, como anos
de estudo e ocupação dos pais.
VISUALIZAÇÃO:
Deve-se, também, verificar as características dos grupos. Por
exemplo, os “novos ricos”, mesmo tendo conquistado riqueza igual ou até superior à de outros grupos privilegiados,
são vistos com certo desprezo pelos
ricos, cujas fortunas são anteriores a eles mesmos, provenientes de famílias consideradas “tradicionais”.
VISUALIZAÇÃO:
Já os partidos, na
terminologia de Weber, não são apenas grupos que disputam eleições, e sim, mais propriamente, organizações que
procuram impor sua vontade aos outros.
VISUALIZAÇÃO (O controle do partido central nazista, por exemplo):
O controle de partidos, em especial de grandes organizações
burocráticas, não depende apenas
de riqueza ou de outro critério de classe: alguém pode dirigir uma burocracia militar, científica ou de outro
tipo e não ser rico, da mesma maneira que é possível ser rico e ter pouco prestígio.
VISUALIZAÇÃO (burocracia):
A teoria weberiana de
estratificação é importante para mostrar que outras dimensões além da classe (econômica) influenciam a vida
das pessoas. O autor chamou a atenção para
a interação complexa entre grupos de status e partidos, e para o fato de que eles operam separadamente,
ampliando os fatores envolvidos nas análises de estratificação
social.
VISUALIZAÇÃO:
Conteúdo
do capítulo 10 do livro SOCIOLOGIA EM
MOVIMENTO.
https://pt.calameo.com/read/0028993270bf48599a68e?authid=XBPlbB734l1t
Referências Básicas:
GOOGLE
IMAGENS. Disponível em: < https://www.google.com.br/imghp?hl=pt-BR&ogbl > Acessos em novembro de 2021.
SILVA, Afrânio et alii. Trabalho e Sociedade. In:
__________. Sociologia em Movimento.
2.ed. São Paulo, Moderna, 2016. (Cap. 9 e 10)
COMENTÁRIO DO PROFESSOR JOSÉ ANTÔNIO:
Max Weber não teve a
preocupação marxiana (de Marx) em situar a divisão social em classes dentro do
âmbito da luta de classes. Segundo o texto acima, de Afrânio Silva e outros: “diferentemente da base teórica marxista, a
estratificação da ordem social não se organiza
apenas com base no poder econômico, mas também em termos de distribuição de poder político e de prestígio” (SILVA,
Afrânio et alii. Op.cit., cap. 9-10).
Estratificação é ação de estratificar, de formar
estratos. Estratos são camadas que se sobrepõem. No caso, os estratos são as
classes sociais, sobrepostas na forma de pirâmide comumente.
Se, para Marx, o poder econômico tinha grande
preponderância, para Weber, além dele é preciso olhar a “distribuição de poder
político e de prestígio”, isto é, como o poder de mando dentro da sociedade
está distribuído, nas mãos de quem e como, juntamente com o prestígio, isto é,
a influência e aos benefícios a que cada classe social tem acesso.
Claro que Weber não foi radical como Karl Marx,
apelando, como este e Friedrich Engels, à necessidade de luta dos explorados
contra os exploradores. Weber foi professor e esteve a serviço do Estado,
diferente de Marx, perseguido por esse mesmo Estado.
Segundo os autores do texto acima: “Weber definiu
as classes sociais como o conjunto de probabilidades típicas de propriedade de bens, de posição externa (status)
e de destino pessoal. Uma classe se forma por
interesses e oportunidades” (SILVA, Afrânio et alii. Idem.). Então, há aqui o
que define uma classe social: propriedade, posição (status) e destino pessoal,
além da escolaridade e da habilidade técnica, como concluem os autores.
Propriedade: posse de bens.
Posição (status): local social em que se situa a
classe.
Destino pessoal: conforme a classe social a que se
pertence, cada um(a) ocupará um cargo determinado na sociedade e terá mais ou
menos condições de poder viver melhor ao longo da vida.
Escolaridade: no século XIX, vale lembrar, muitas
pessoas, na Alemanha, na Europa e em outros lugares do mundo eram analfabetas.
O acesso a níveis mais elevados de ensino-aprendizagem estava nas mãos das
classes mais ricas, sem dúvida alguma.
Habilidade técnica: médicos, contadores,
engenheiros e outros, da classe média e da classe rica, por exemplo; pedreiros,
carpinteiros, entre outros com habilidades braçais e manuais, da classe pobre.
Weber não entra na questão da EXPLORAÇÃO de uma
classe sobre outras, exploração que, segundo Marx e Engels era fundamental para
manter a riqueza e o poder da classe dominante economicamente. Ao falar da
propriedade, do status, da escolaridade, etc., Weber não reforça a discussão em
torno da questão da exploração de uma classe sobre outras, não incomodando,
portanto, a classe dominante como fizeram os outros dois pensadores citados.
Marx foi, inclusive, perseguido. Weber não.
Ver o restante do texto e ir explicando trecho por
trecho.
Nenhum comentário:
Postar um comentário