COMANDO DE
ENSINO POLICIAL MILITAR
CEPMG -
VASCO DOS REIS
Divisão de
Ensino / Coordenação Pedagógica
QUARTO BIMESTRE
AULA 33 DE TCH DOS PRIMEIROS ANOS:
AUGUSTE DE SAINT-HILAIRE – INFORMAÇÕES BIOGRÁFICAS
(Prof. José Antônio Brazão.)
Auguste de Saint-Hilaire
foi um naturalista francês extremamente destacado, que viveu no século XIX. O
texto que será estudado aponta alguns elementos da vida desse cientista que
chegou a andar e a fazer pesquisas até mesmo em Goiás.
TRABALHO:
*LER O TEXTO INTEIRO.
*ELABORAR UM RESUMO, NA
FORMA DE REDAÇÃO, DO MESMO (UMAS QUINZE LINHAS), COM SUAS PALAVRAS (recriar o
conjunto apresentado no texto por meio das próprias palavras). Pode comentar,
explicar o que entendeu e apontando o que achou de mais interessante ou,
simplesmente, resumir.
*NA SEQUÊNCIA: (1)Alguns(Algumas)
estudantes poderão fazer leitura do resumo feito. (2)Debate. (3)Professor:
anotar a tempestade de ideias no quadro.
TEXTO:
“2.1 AUGUSTE FRANÇOIS CÉSAR PROVENÇAL DE
SAINT-HILAIRE: Saint-Hilaire foi um ilustre naturalista francês que, sob a
influência do Conde de Luxemburgo, embaixador da França, veio ao Brasil em
1816, permanecendo neste país até o ano de 1822. Em seu roteiro de viagem,
explorou as regiões do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Goiás, São
Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. O principal interesse desse viajante
em suas excursões recaía em estudos botânicos, chegando a reunir um herbário de
30.000 espécimes, que abrangia 7.000 espécies, muitas das quais até então
avaliadas como desconhecidas. Além disso, coletou material de origem zoológica
e forneceu impressões sobre aspectos econômicos, políticos e culturais da
sociedade em geral. Na província de Goiás, permaneceu de maio a setembro de
1819. Assim como nas demais províncias visitadas, Saint-Hilaire fornece
informações sobre a situação socioeconômica e política dessa população, sem
deixar de aludir aos aspectos culturais da mesma. Ademais, faz apontamentos
sobre a fauna, a flora, o clima e os meios de comunicação dessa região. ‘O
clima da América é mais favorável ao homem de cor que aos europeus, a raça
caucasoide tende a se enfraquecer na América do Sul e a raça africana a se
fortalecer. Enfraquecidos, irritados pelo calor das regiões tropicais, os
homens da raça caucásica tornam-se apáticos e perdem a alegria.’
(SAINT-HILAIRE, 1975, p. 51) Considerando a fala do viajante, é possível
perceber que a interpretação do ambiente é feita com base em si mesmo, nos seus
próprios signos e significados, valores e visões de mundo. Segundo Andrade
(2010, p. 52), ‘Saint-Hilaire apresenta-se, em seus relatos, desfavorável à
miscigenação das raças, defendendo um conteúdo ideológico determinista e
racial, impregnado de uma visão etnocêntrica’.
Quadro 1 - Topônimos identificados por
Saint-Hilaire (1975) Topônimo indígena Etimologia de Sampaio (1987) Córrego do
Jaraguá - Corr. Yara-guá, a baixa do senhor, o vale do dono. Pode ser corrupção
de yara-guã, que significa o dedo de Deus, a ponta do senhor. São Paulo. Goiás,
Alagoas.
Rio Tocantins - Corr. Tucan-tim, nariz de
tucano. Nome de um gentio que deu apelido ao rio. Pará. Goiás. Alt. Tocantim.
Rio Urubu - Corr. Urú-bũ, a galinha preta, a ave negra (Cathartes). Alt. Urumú.
Serra do Corumbá - Corr. Curu-mbá, o banco de cascalho. Mato Grosso.” (BASTIANI, Carla & ANDRADE, Karylleila dos Santos. Viajantes naturalistas do século XIX na região da
Província de Goiás: levantamento de topônimos indígenas. IN: UEFS. Revista A Cor das Letras. Revista Digital
dos Programas de Pós-Graduação do Departamento de Letras e Artes da UEFS Feira
de Santana, v. 20, n. 1, p. 71-87, janeiro-abril 2019. Pp. 75-77. Disponível
em: < https://periodicos.uefs.br/index.php/acordasletras/article/download/4738/pdf/18846 > Acesso em 04/11/2023.)
REFERÊNCIA:
BASTIANI,
Carla & ANDRADE, Karylleila dos Santos. Viajantes naturalistas do século
XIX na região da Província de Goiás: levantamento de topônimos indígenas.
IN: UEFS. Revista A Cor das Letras. Revista Digital dos Programas de
Pós-Graduação do Departamento de Letras e Artes da UEFS Feira de Santana, v.
20, n. 1, p. 71-87, janeiro-abril 2019. Pp. 75-77. Disponível em: < https://periodicos.uefs.br/index.php/acordasletras/article/download/4738/pdf/18846
> Acesso em 04/11/2023.
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