domingo, 3 de dezembro de 2023

QUARTO BIMESTRE - AULA 33 DE SOCIOLOGIA DOS SEGUNDOS ANOS: TRABALHO E DESIGUALDADE SOCIAL: ESTRATIFICAÇÃO E DESIGUALDADES SOCIAIS - GÊNERO/RAÇA (Prof. José Antônio Brazão.)

 

SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA/SECRETARIA DE EDUCAÇÃO

COMANDO DE ENSINO POLICIAL MILITAR

 CEPMG - VASCO DOS REIS

Divisão de Ensino / Coordenação Pedagógica

QUARTO BIMESTRE

AULA 33 DE SOCIOLOGIA DOS SEGUNDOS ANOS:

TRABALHO E DESIGUALDADE SOCIAL:

ESTRATIFICAÇÃO E DESIGUALDADES SOCIAIS  - GÊNERO/RAÇA

(Prof. José Antônio Brazão.):

A desigualdade social está presente também na questão de gênero, envolvendo homens e mulheres, bem como pessoas de diferentes raças e cores de pele.

A desigualdade é um drama vivido, por exemplo, por muitas mulheres, no que tange ao trabalho e a outras atividades, ditas femininas. Nesse sentido, um bom número de mulheres, ainda hoje, realiza a chamada dupla jornada de trabalho (no trabalho e em casa, no cuidado de filhos, do marido e da casa).

Além disto, as mulheres sofrem discriminações trabalhistas, com salários abaixo de homens e, muitas vezes, não conseguindo acessar cargos mais altos de comando, ainda que mudanças tenham começado a algum tempo.

O texto abaixo, de Afrânio Silva e outros, trata justamente dessas questões. Será lido, comentado e esquematizado, inclusive, no quadro. Portanto, atenção e cuidado de anotar os esquemas no caderno.

TEXTO DO LIVRO DIDÁTICO:

As desigualdades de gênero  [masculino/feminino] e de raça no Brasil

No conjunto de ideias e conceitos com base em crenças e tradições compartilhadas que denominamos imaginário coletivo, há um modelo de indivíduo e de sociedade no qual as diferenças culturais e biológicas têm função hierarquizadora em espaços    distintos da vida social. É assim, por exemplo, que a mulher é percebida como “naturalmente  inferior” ao homem. Essa concepção, base da discriminação presente nas    relações de gênero, coloca a mulher em desvantagem nas diversas maneiras de relação

social.

VISUALIZAÇÃO:

https://www.google.com/search?q=mulheres+no+mundo+do+trabalho&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwjc8tyQzob0AhVFpZUCHTbwCQUQ_AUoAXoECAEQAw&biw=1242&bih=597&dpr=1.1#imgrc=F7VHlBA3PrV_oM 

A desvantagem se intensifica se associada a outro modo de desigualdade, como classe ou raça. No mundo do trabalho, por exemplo, de acordo com a Pesquisa Mensal de Emprego (PME) realizada pelo IBGE, em 2011 as mulheres ganharam, em média, até     28% menos do que os homens para desempenhar as mesmas funções.

VISUALIZAÇÃO:

https://nosmulheresdaperiferia.com.br/negras-no-mercado-de-trabalho/

Apesar de a legislação determinar que não haja diferenças salariais entre os sexos, tanto na Constituição quanto na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), pesquisas (como as da empresa Catho, líder em recrutamento on-line) demonstram que de 2002 para cá, em algumas regiões metropolitanas brasileiras, as mulheres aumentaram sua participação no mercado de trabalho (na liderança das empresas, por exemplo, o crescimento foi de cerca de 109%) e melhoraram o grau de instrução em relação aos  homens, mas continuam recebendo menos do que eles. Quando se trata de mulheres negras, tal diferença supera os 170%.

VISUALIZAÇÃO:

https://nosmulheresdaperiferia.com.br/negras-no-mercado-de-trabalho/

VISUALIZAÇÃO:

https://www.google.com/search?q=mulheres+negras+mundo+do+trabalho&hl=pt-BR&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwiBoJG-zob0AhXsqpUCHYIAAnEQ_AUoAXoECAEQAw&biw=1242&bih=597&dpr=1.1

Essa relação desigual aparece também fora do mundo do trabalho. Boa parte das mulheres exercem dupla jornada, no emprego e em casa. E, ainda que tenham ocorrido avanços nessa relação, os casos de exploração, violência e discriminação são comuns.

VISUALIZAÇÃO:

https://www.google.com/search?q=dupla+jornada+feminina&hl=pt-BR&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwiJ6qCSz4b0AhVBCrkGHf8gBUEQ_AUoAXoECAIQAw&biw=1242&bih=597&dpr=1.1#imgrc=yL1JFA-v_khxTM

O Global Gender Gap Report é um relatório do Fórum Econômico Mundial que considera índices obtidos nas áreas da educação, saúde, economia e na possibilidade de acesso a cargos políticos para aferir as desigualdades de gênero no mundo. De acordo com a edição de 2014, mais de 80% dos países melhoraram alguns de seus indicadores em matéria de igualdade de gênero, mas, em outros itens, como a igualdade social, a situação piorou.

VISUALIZAÇÃO:

https://www.google.com/search?q=ranking+mundial+do+trabalho+feminino&hl=pt-BR&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwjN6Pnxz4b0AhXHGbkGHZnCCWYQ_AUoA3oECAEQBQ&biw=1242&bih=597&dpr=1.1#imgrc=YsUC7CI0hq_FsM

No ranking da igualdade social, o Brasil encontra-se na 84a posição, último colocado da América do Sul (Cuba está em 1o lugar na região e em 20o no

mundo). Um dos problemas mais graves em nosso país, de acordo com o relatório, é a disparidade salarial entre homens e mulheres que ocupam o mesmo cargo.

VISUALIZAÇÃO:

https://www.google.com/search?q=mulheres+cuba&hl=pt-BR&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwi1vYu10Ib0AhWXH7kGHfnGBboQ_AUoAXoECAEQAw&biw=1242&bih=597&dpr=1.1#imgrc=RglsAkFwf7MVyM

Relatora da ONU que tem se debruçado sobre o direito das mulheres à moradia e à terra, a urbanista e professora Raquel Rolnik (1956-) faz um alerta para um aspecto dramático dessa questão: a violência doméstica. De acordo com a estudiosa, muitas mulheres não conseguem romper o ciclo da violência porque não possuem alternativas economicamente viáveis de moradia. Os salários mais baixos para a mesma atividade também impactam a dependência financeira que elas têm dos companheiros ou familiares e, portanto, limitam sua autonomia.

VISUALIZAÇÃO:

https://www.google.com/search?q=violencia+contra+mulheres&hl=pt-BR&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwjtt62s0Yb0AhV7rZUCHUJ_C-4Q_AUoAnoECAEQBA&biw=1242&bih=597&dpr=1.1#imgrc=c1uVC4bNJoRHGM

 

Por conta da desigualdade de gênero, as mulheres “recebem” menos que os homens no mercado de trabalho, mesmo quando possuem a mesma qualificação e exercem as mesmas funções.

VISUALIZAÇÃO:

https://www.google.com/search?q=sal%C3%A1rios+de+mulheres+ehomens+pelas+mesmas+fun%C3%A7%C3%B5es&hl=pt-BR&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwiE8ePh0Ib0AhXtqpUCHXdAA3kQ_AUoA3oECAEQBQ&biw=1242&bih=597&dpr=1.1#imgrc=fm-3vTBsuh5CoM

Outra manifestação recorrente da desigualdade social no Brasil é aquela sofrida por negros, indígenas e seus descendentes desde o período colonial. O fim da escravidão não significou para os negros sua inserção em condições de igualdade na sociedade brasileira.

VISUALIZAÇÃO:

https://www.ipea.gov.br/desafios/index.php?option=com_content&id=2673%3Acatid%3D28

VISUALIZAÇÃO:

https://www.google.com/search?q=escravos+libertos+no+brasil+s%C3%A9culo+xix&hl=pt-BR&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwivvMjd0Yb0AhXLpZUCHUTUCVkQ_AUoAXoECAEQAw&biw=1242&bih=597&dpr=1.1#imgrc=8E5q8gnx8TxjcM

Para o sociólogo paulista Octavio Ianni, o que ocorreu foi a transformação do negro de escravo em mão de obra livre e subalterna. O processo de privação material e de dominação ideológica empreendido desde então exemplifica o tratamento desigual dispensado aos negros na sociedade brasileira.

Conteúdo do capítulo 10 do livro SOCIOLOGIA EM MOVIMENTO.

https://pt.calameo.com/read/0028993270bf48599a68e?authid=XBPlbB734l1t

Referências Básicas:

GOOGLE IMAGENS. Disponível em: < https://www.google.com.br/imghp?hl=pt-BR&ogbl > Acessos em novembro de 2021.

SILVA, Afrânio et alii. Trabalho e Sociedade. In: __________. Sociologia em Movimento. 2.ed. São Paulo, Moderna, 2016. (Cap. 9 e 10)



*ABRIR DEBATE E ANOTAR A TEMPESTADE DE IDEIAS NO QUADRO, SOLICITANDO OPINIÕES DE ALUNAS E ALUNOS SOBRE A QUESTÃO.

 

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