COMANDO DE
ENSINO POLICIAL MILITAR
CEPMG -
VASCO DOS REIS
Divisão de
Ensino / Coordenação Pedagógica
QUARTO BIMESTRE
AULA 33 DE SOCIOLOGIA DOS SEGUNDOS ANOS:
TRABALHO E DESIGUALDADE SOCIAL:
ESTRATIFICAÇÃO E DESIGUALDADES SOCIAIS - GÊNERO/RAÇA
(Prof. José Antônio Brazão.):
A desigualdade social está presente
também na questão de gênero, envolvendo homens e mulheres, bem como pessoas de
diferentes raças e cores de pele.
A desigualdade é um drama vivido, por
exemplo, por muitas mulheres, no que tange ao trabalho e a outras atividades,
ditas femininas. Nesse sentido, um bom número de mulheres, ainda hoje, realiza
a chamada dupla jornada de trabalho (no trabalho e em casa, no cuidado de
filhos, do marido e da casa).
Além disto, as mulheres sofrem
discriminações trabalhistas, com salários abaixo de homens e, muitas vezes, não
conseguindo acessar cargos mais altos de comando, ainda que mudanças tenham
começado a algum tempo.
O texto abaixo, de Afrânio Silva e
outros, trata justamente dessas questões. Será lido, comentado e esquematizado,
inclusive, no quadro. Portanto, atenção e cuidado de anotar os esquemas no
caderno.
TEXTO
DO LIVRO DIDÁTICO:
As desigualdades de gênero
[masculino/feminino] e de raça no Brasil
No
conjunto de ideias e conceitos com base em crenças e tradições compartilhadas
que denominamos imaginário coletivo, há um modelo de indivíduo e de
sociedade no qual as diferenças culturais
e biológicas têm função hierarquizadora em espaços distintos da vida social. É assim, por exemplo, que a mulher é
percebida como “naturalmente inferior” ao
homem. Essa concepção, base da discriminação presente nas relações de gênero, coloca a mulher em
desvantagem nas diversas maneiras de relação
social.
VISUALIZAÇÃO:
A
desvantagem se intensifica se associada a outro modo de desigualdade, como classe ou raça. No mundo do trabalho, por
exemplo, de acordo com a Pesquisa Mensal de
Emprego (PME) realizada pelo IBGE, em 2011 as mulheres ganharam, em média, até 28% menos do que os homens para desempenhar
as mesmas funções.
VISUALIZAÇÃO:
https://nosmulheresdaperiferia.com.br/negras-no-mercado-de-trabalho/
Apesar
de a legislação determinar que não haja diferenças salariais entre os sexos,
tanto na Constituição quanto na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT),
pesquisas (como as da empresa Catho, líder em recrutamento on-line)
demonstram que de 2002 para cá, em algumas regiões metropolitanas brasileiras,
as mulheres aumentaram sua participação no mercado de trabalho (na liderança
das empresas, por exemplo, o crescimento foi de cerca de 109%) e melhoraram o
grau de instrução em relação aos homens,
mas continuam recebendo menos do que eles. Quando se trata de mulheres negras,
tal diferença supera os 170%.
VISUALIZAÇÃO:
https://nosmulheresdaperiferia.com.br/negras-no-mercado-de-trabalho/
VISUALIZAÇÃO:
Essa
relação desigual aparece também fora do mundo do trabalho. Boa parte das
mulheres exercem dupla jornada, no emprego e em casa. E, ainda que tenham
ocorrido avanços nessa relação, os casos de exploração, violência e
discriminação são comuns.
VISUALIZAÇÃO:
O Global
Gender Gap Report é um relatório do Fórum Econômico Mundial que considera
índices obtidos nas áreas da educação, saúde, economia e na possibilidade de
acesso a cargos políticos para aferir as desigualdades de gênero no mundo. De
acordo com a edição de 2014, mais de 80% dos países melhoraram alguns de seus
indicadores em matéria de igualdade de gênero, mas, em outros itens, como a
igualdade social, a situação piorou.
VISUALIZAÇÃO:
No
ranking da igualdade social, o Brasil encontra-se na 84a posição, último
colocado da América do Sul (Cuba está em 1o lugar na região e em 20o no
mundo).
Um dos problemas mais graves em nosso país, de acordo com o relatório, é a
disparidade salarial entre homens e mulheres que ocupam o mesmo cargo.
VISUALIZAÇÃO:
Relatora
da ONU que tem se debruçado sobre o direito das mulheres à moradia e à terra, a
urbanista e professora Raquel Rolnik (1956-) faz um alerta para um aspecto
dramático dessa questão: a violência doméstica. De acordo com a estudiosa,
muitas mulheres não conseguem romper o ciclo da violência porque não possuem
alternativas economicamente viáveis de moradia. Os salários mais baixos para a
mesma atividade também impactam a dependência financeira que elas têm dos
companheiros ou familiares e, portanto, limitam sua autonomia.
VISUALIZAÇÃO:
Por
conta da desigualdade de gênero, as mulheres “recebem” menos que os homens no
mercado de trabalho, mesmo quando possuem a mesma qualificação e exercem as
mesmas funções.
VISUALIZAÇÃO:
Outra
manifestação recorrente da desigualdade social no Brasil é aquela sofrida por
negros, indígenas e seus descendentes desde o período colonial. O fim da
escravidão não significou para os negros sua inserção em condições de igualdade
na sociedade brasileira.
VISUALIZAÇÃO:
https://www.ipea.gov.br/desafios/index.php?option=com_content&id=2673%3Acatid%3D28
VISUALIZAÇÃO:
Para
o sociólogo paulista Octavio Ianni, o que ocorreu foi a transformação do negro
de escravo em mão de obra livre e subalterna. O processo de privação material e
de dominação ideológica empreendido desde então exemplifica o tratamento
desigual dispensado aos negros na sociedade brasileira.
Conteúdo
do capítulo 10 do livro SOCIOLOGIA EM
MOVIMENTO.
https://pt.calameo.com/read/0028993270bf48599a68e?authid=XBPlbB734l1t
Referências Básicas:
GOOGLE
IMAGENS. Disponível em: < https://www.google.com.br/imghp?hl=pt-BR&ogbl > Acessos em novembro de 2021.
SILVA, Afrânio et alii. Trabalho e Sociedade. In:
__________. Sociologia em Movimento.
2.ed. São Paulo, Moderna, 2016. (Cap. 9 e 10)
*ABRIR DEBATE E ANOTAR A TEMPESTADE DE IDEIAS NO QUADRO, SOLICITANDO OPINIÕES DE ALUNAS E ALUNOS SOBRE A QUESTÃO.
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