sábado, 12 de agosto de 2023

TERCEIRO BIMESTRE - AULA 22 DE TCH DOS SEGUNDOS ANOS: O PERÍODO IMPERIAL NO BRASIL E EM GOIÁS (Prof. José Antônio Brazão.)

 

SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA/SECRETARIA DE EDUCAÇÃO

COMANDO DE ENSINO POLICIAL MILITAR

 CEPMG - VASCO DOS REIS

Divisão de Ensino / Coordenação Pedagógica

TERCEIRO BIMESTRE

AULA 22 DE TCH DOS SEGUNDOS ANOS:

O PERÍODO IMPERIAL NO BRASIL E EM GOIÁS (Prof. José Antônio Brazão.):

Com a vinda da Família Real Portuguesa para o Brasil (1808 a 1821), com a Independência (1822) e o Império (1822 a 1889), Goiás viria a deixar de ser capitania para se tornar uma província. O governo da província, como em outras, ficava a cargo do presidente (da província). O governo maior era do rei.

Em todo caso, a cobrança de impostos continuou, sendo agora levados ao Rio de Janeiro, nova capital a substituir Lisboa, dominada pelos franceses por alguns anos.

Esse período foi marcado pela decadência da produção de ouro, mas também pela a ruralização, com uma economia agrícola de subsistência, em parte, e de agropecuária, com paulatina formação de latifúndios (grandes fazendas), por outra. Ora, a criação de gado, aumentando, foi exigindo mais terras com pasto.

A Goiás pertenciam parte do Mato Grosso, as terras onde fica o atual Triângulo Mineiro e as terras do atual Estado de Tocantins, ou seja, Goiás se estendia para norte e para sul. Com o passar do tempo, por conta de interesses políticos e econômicos de Minas Gerais, as terras do Triângulo Mineiro foram transferidas para Minas Gerais, ainda no século XIX. Tocantins separou-se de Goiás na década de 1990 e terras disputadas com Mato Grosso foram entregues a este por decisão da Justiça, no início dos anos 2000.

Elementos importantes a citar (ver Wikipédia, Província de Goiás):

*Província de Goiás:

Província de Goiás
Província de Goiás

Província do Reino Unido de Portugal,
Brasil e Algarves
 (1821-1822)
Província do Império do Brasil (1822-1889)

Localização da Província

Continente

América do Sul

Capital

Vila Boa de Goiás
15° 02' S 49° 15' O

Língua oficial

Português

Religião

Católica romana [a]

Governo

Monarquia constitucional

Presidente de Província

 • 1824 - 1827

Caetano Maria Lopes Gama (primeiro)

 • 1889

Eduardo Augusto Montandon (último)

Legislatura

Assembleia Legislativa Provincial [b]

Período histórico

Século XIX

 • 28 de fevereiro de 1821

Mudança de Capitania para Província

 • 15 de novembro de 1889

Proclamação da República

Moeda

Réis

a. Art. 5º: A Religião Católica Apostólica Romana continuará a ser a religião do Império. Todas as outras religiões serão permitidas com seu culto doméstico, ou particular, em casas para isso destinadas, sem forma alguma exterior de templo.[1]
b.
 Criada a partir do Ato Adicional de 1834.

No que diz respeito ao governo do Brasil, a monarquia foi representada por Dom João VI, filho da Rainha Dona Maria, Dom Pedro I, filho de Dom João VI, e Dom Pedro II, filho de Dom Pedro II e neto de Dom João VI, cada um à sua vez, no período que vai de 1808 a 1889.

A Religião Católica era a religião oficial, sem dúvida. Vale lembrar que foi ela que fez a primeira celebração cristã (missa, no caso) no Brasil, no século XVI, e desde então manteve-se ao lado do poder real. Além disto, a Igreja converteu muitos índios à fé cristã. Pode-se ver, inclusive, em um relato de Auguste de Saint-Hilaire, a presença da Igreja Católica entre os índios goianos:

“Desde os primeiros tempos da descoberta de Goiás, os aventureiros que se espalharam por estas terras fizeram contra os índios as mais temíveis crueldades, e estes se vingaram muitas vezes por meio de represálias não menos terríveis. O governo português, geralmente generoso em relação aos índios, tomou-os sob sua proteção, expedindo ordens para que fossem tratados com doçura, mandando chamar jesuítas para que os catequizassem e civilizassem, determinando que não fosse poupada nenhuma despesa e se fizesse um inquérito contra os seus carrascos. É grande, porém, a distância entre Lisboa e Goiás, e essas medidas bem-intencionadas não surtiram nenhum resultado.

Não obstante, foram fundadas algumas aldeias, com grande dispêndio de dinheiro, entre elas as do Douro e de Formiga, perto do Arraial das Almas, na parte setentrional da província. Inicialmente, foi confiada a direção dessas aldeias aos jesuítas, que logo exerceram sobre os Acróas ali reunidos uma enorme influência. Todavia, cinco anos mais tarde foi instalada uma guarnição militar junto aos indígenas. Estes se revoltaram e a maioria foi massacrada.” (SAINT-HILAIRE, Auguste de. Os índios coiapós. Disponível em: < https://pirenopolis.tur.br/cultura/historia/saint-hilaire#Os%20%C3%8Dndios%20Coiap%C3%B3s > Acesso em 04/08/2023.) (Grifo e sublinhado meus.)

O trecho grifado e sublinhado mostra bem a grande influência exercida pelos padres jesuítas sobre os índios. Influência, infelizmente, posta abaixo com o massacre posterior dos índios por soldados ali postos. Os padres jesuítas eram famosos por conviver com os índios, observar sua língua, assimila-la, dicionariza-la, construir sua gramática e, a partir do conhecimento, realizar seu trabalho de conversão e catequese dos indígenas.

REFERÊNCIAS:

COMANDO DE ENSINO DA POLÍCIA MILITAR DE GOIÁS. Apostila de Cultura Goiana. Goiânia, [Década de 2010.]

PIRENÓPOLIS TUR. História de Pirenópolis. Disponível em: < https://pirenopolis.tur.br/cultura/historia > Acesso em 04/08/2023.

WIKIPÉDIA. Província de Goiás. Disponível em: < https://pt.wikipedia.org/wiki/Prov%C3%ADncia_de_Goi%C3%A1s > Acesso em 04/08/2023.

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