sábado, 12 de agosto de 2023

TERCEIRO BIMESTRE - AULA 22 DE TCH DOS PRIMEIROS ANOS: CONTEXTO HISTÓRICO INTERNACIONAL NA ÉPOCA DA COLONIZAÇÃO DE GOIÁS (UM POUCO ANTES E DURANTE), ALGUNS ELEMENTOS (Prof. José Antônio Brazão.)

 

SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA/SECRETARIA DE EDUCAÇÃO

COMANDO DE ENSINO POLICIAL MILITAR

 CEPMG - VASCO DOS REIS

Divisão de Ensino / Coordenação Pedagógica

TERCEIRO BIMESTRE

AULA 22 DE TCH DOS PRIMEIROS ANOS:

CONTEXTO HISTÓRICO INTERNACIONAL NA ÉPOCA DA COLONIZAÇÃO DE GOIÁS (UM POUCO ANTES E DURANTE), ALGUNS ELEMENTOS (Prof. José Antônio Brazão.):

A cultura colonial goiana, entre fins do século XVII e o século XVIII, encontra-se situada num contexto, conjunto de fatores e acontecimentos que veio (vieram) a influenciar profundamente a constituição dos estabelecimentos, da formação de vilas e, com o tempo, cidades, que nasceram em torno de necessidades, particularmente, econômicas, como a agricultura, a criação de animais e, de modo profundamente marcante, a mineração, além da busca de expansão de territórios sob o controle da Coroa Portuguesa.

Os bandeirantes, desbravadores portugueses ou filhos de portugueses, tiveram papel extremamente importante na expansão territorial e na busca de ouro e pedras preciosas, abrindo caminhos para a formação, inclusive de vilas e cidades – dentre as cidades históricas de Goiás, por exemplo, destaque para a Cidade de Goiás, carinhosamente chamada Goiás Velho.

A história de Goiás Velho tem seu início com a busca de ouro e outras pelos bandeirantes, devendo-se citar Bartolomeu Bueno Silva, tanto o pai quanto o filho, particularmente este, conhecido como Anhanguera. Entre os séculos XVII e XVIII. Depois de incansável procura, o Anhanguera acabou achando ouro.

Goiás teve sua fundação no ano de 1729 e concentrou o poder de capital do Estado até a primeira metade do século XX (1933). Goiás veio a ter, no período colonial, por conta dos Goyases, índios habitantes de parte da região central do Brasil, que, porém, não subsistiram, por conta de ataques de bandeirantes e de membros de agrupamentos que para cá vieram, levando, enfim, à sua extinção.

Foram reis de Portugal, nesse período do século XVIII, segundo a Wikipédia:

D. João V
O Magnânimo
9 de dezembro de 1706

31 de julho de 1750

D. José I
O Reformador
31 de julho de 1750

24 de fevereiro de 1777

D. Maria I
A Louca
24 de fevereiro de 1777

16 de dezembro de 1815

D. Pedro III
O Capacidônio
24 de fevereiro de 1777

25 de maio de 1786

Fonte: WIKIPÉDIA. Lista de Monarcas do Brasil. Disponível em: < https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_monarcas_do_Brasil > Acesso em 14 de agosto de 2021.

Os governantes de Portugal desse período foram citados, a fim de se saber em nome de  quem os bandeirantes adentraram terras brasileiras, a serviço do Estado Português. Também para saber a quem era pago o QUINTO (a quinta parte, vinte por cento) de todo o ouro produzido no Brasil, nesse período.

Alguns fatos antecedentes e da época da colonização de Goiás, de vital importância para a formação, devem ser mencionados também:

A ERA DOS DESCOBRIMENTOS (AS GRANDES NAVEGAÇÕES):

CONJUNTO 1 DE SLIDES:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Era_dos_Descobrimentos#/media/Ficheiro:OrteliusWorldMap1570.jpg

CONJUNTO 2 DE SLIDES:

https://en.wikipedia.org/wiki/Age_of_Discovery#/media/File:Caravel_Boa_Esperanca_Portugal.jpg

O ouro e as pedras preciosas, além de outras riquezas da América do Sul e Central, incluindo o Brasil (e dentro deste as regiões de Minas Gerais e de Goiás, além de São Paulo), eram levados em barcos, pelo Oceano Atlântico, para Portugal e, daí, com certeza, entravam, de diferentes formas, como o comércio, em outros países, como Inglaterra, França, Itália, além de outros, vindo a financiar a economia, mas também as artes e até mesmo guerras. (Imagens logo acima, nos slides.)

No campo das artes, nos séculos XVII e XVIII, o BARROCO (ver imagens abaixo.).

RENASCIMENTO CULTURAL:

CONJUNTO 1:

https://en.wikipedia.org/wiki/Renaissance#/media/File:%22The_School_of_Athens%22_by_Raffaello_Sanzio_da_Urbino.jpg

CONJUNTO 2:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Renascimento#/media/Ficheiro:Studiolo_de_Federico_da_Montefeltro_-_detalhe.jpg

O Renascimento Cultural e Artístico europeu, que teve seus inícios por volta do século XV da era cristã, talvez um pouco antes. Foi um período de grande desenvolvimento das artes na Europa. Mas foi o BARROCO, que sucedeu ao Renascimento, que acompanhou o boom (a expansão) do CICLO DO OURO no Brasil, chegando até GOIÁS. Na cidade de Goiás Velho, por exemplo, existem igrejas desse período barroco, cujas paredes são muito grossas, próprias dos tipos de construções daqueles tempos coloniais. Elas também têm entalhes e parte de cobertura em ouro, ainda que nem sequer cheguem à quantidade de ouro empregada em igrejas de Minas Gerais (Ouro Preto e Mariana, por exemplo), do Rio de Janeiro e de Salvador (Bahia). (Imagens logo acima.)

No século XVIII, um novo modo de pensar também influenciou até mesmo revoluções, como a Independência dos Estados Unidos da América e as lutas de independência em vários países, inclusive no Brasil.

REFORMA PROTESTANTE NA EUROPA:

CONJUNTO 1:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Reforma_Protestante#/media/Ficheiro:95Thesen_facsimile_colour.png

CONJUNTO 2:

https://en.wikipedia.org/wiki/Reformation#/media/File:95Thesen_facsimile_colour.png

A cultura goiana foi profundamente marcada pelo catolicismo, por, pelo menos, dois ou quase três séculos, desde a colonização e ocupação das terras goianas. Um fator que contribuiu, seguramente, para isto, foi a REFORMA PROTESTANTE, que ocorreu no século XVI, vinha e vem se ampliando, com novas igrejas cristãs, desde então. Só para termos uma curiosidade, atualmente, em pleno século XXI, Goiânia é uma das capitais onde o evangelicismo (protestantismo) tem maior amplitude, com muitas igrejas evangélicas e pentecostais, além, é claro, de muitas paróquias e igrejas católicas. (Imagens logo acima.)

ARTE BARROCA NO PERÍODO COLONIAL BRASILEIRO:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Barroco_no_Brasil#/media/Ficheiro:StFranciscoChurch3-CCBY.jpg

CIDADE DE GOIÁS:

http://www.badini.com.br/go/cgo/

PILAR DE GOIÁS (BARROCO):

https://www.google.com/search?q=pilar+de+goi%C3%A1s&tbm=isch&chips=q:pilar+de+goi%C3%A1s,online_chips:barroco:gXgIkvm6y3k%3D&hl=pt-BR&sa=X&ved=2ahUKEwjt0NaN0ZfyAhWkjZUCHZTqBBgQ4lYoBHoECAEQFw&biw=1226&bih=597

GOIÁS ATRAVÉS DE IMAGENS:

*ASPECTOS GERAIS:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Goi%C3%A1s#/media/Ficheiro:Flag_of_Goi%C3%A1s.svg

*AGRICULTURA GOIANA:

Conjunto 1 de imagens:

https://www.agricultura.go.gov.br/comunica%C3%A7%C3%A3o/not%C3%ADcias/3307-mapeamento-do-agro-revela-o-protagonismo-do-setor-na-economia-goiana.html

Conjunto 2 de imagens:

https://www.google.com/search?q=agricultura+goiania+goias&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwi-5qnHv5PyAhUfqZUCHVHDASsQ_AUoAXoECAEQAw&biw=1242&bih=597#imgrc=SkKIO90YlHeKFM

*INDÚSTRIAS EM GOIÁS:

Laticínios (derivados de leite):

https://www.google.com/search?q=ind%C3%BAstria+de+leite+em+goi%C3%A1s&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwi44u_PwJPyAhV9rZUCHeoOA34Q_AUoAXoECAEQAw&biw=1242&bih=597

Indústria têxtil:

https://www.google.com/search?q=ind%C3%BAstrias+de+produ%C3%A7%C3%A3o+t%C3%AAxtil+em+goi%C3%A1s&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwjFvb-AwZPyAhWwqZUCHckHDaQQ_AUoA3oECAEQBQ&biw=1242&bih=597#imgrc=DrT_mOqO993tfM

Indústria química:

https://www.google.com/search?q=ind%C3%BAstria+qu%C3%ADmica+em+goi%C3%A1s&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwi3tPDCwZPyAhUyqJUCHfGKAhsQ_AUoAnoECAEQBA#imgrc=BuoazOovjGx7ZM

*TURISMO:

https://www.google.com/search?q=TURISMO+EM+GOI%C3%81S&hl=pt-BR&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwidgKiUwpPyAhWaqJUCHTVwAREQ_AUoAnoECAEQBA&biw=1242&bih=597

COMENTÁRIO COMPLEMENTAR:

GOIÁS NO SÉCULO XIX (Prof. José Antônio Brazão.):

Com a decadência da produção aurífera, progressivamente, Goiás encaminhou-se para a ruralização, principalmente.

A vida das pessoas, em cidades pequenas e naquelas um pouco maiores, era pacata, revitalizando-se com festas religiosas e acontecimentos incomuns à rotina, como a visita de alguma autoridade ou de forasteiros, como foi o caso de Auguste de Saint-Hilaire, naturalista francês, que passou por várias cidades, inclusive Meia Ponte (Pirenópolis), indo até a Fazenda Babilônia. Ruas de chão batido ou de pedras (Pirenópolis e Cidade de Goiás ainda têm traços de ruas de pedras, além de outras).

De relatos de Saint-Hilaire, mencionados no Site Pirenópolis Tur, índios ainda se encontravam presentes no território goiano, às vezes sofrendo revezes por conta de conflitos com soldados e fazendeiros.

A mistura de raças foi comum (miscigenação): brancos, negros e índios, o que viria a impactar na formação racial goiana até os dias de hoje. Basta olhar pessoas nas ruas, praças, até mesmo salas de aulas e outros lugares onde se reúnem pessoas para se ver essa riqueza da miscigenação.

Festas, seja advindas do século XVIII, seja do século XIX, sobretudo religiosas, marcavam a vida das pessoas, valendo citar: as Cavalhadas de Pirenópolis, a Procissão do Fogaréu da Cidade de Goiás, a Festa do Divino Pai Eterno de Trindade, as Congadas de Catalão, entre outras tantas. Elas constituíam e constituem parte significativa da religiosidade popular, das crenças e da devoção de grande número de pessoas.

Também casamentos, batizados, catequese, sacramentos, etc. marcaram   efetivamente a vida de muita gente. Pode-se aqui ver também a influência do elemento religioso na vida da comunidade e em sua história.

Em um tempo no qual inexistiam televisão e celular, nem havia rádios, as pessoas que sabiam ler e escrever, incluindo as autoridades, se comunicavam por cartas e bilhetes, levados a outras cidades em lombos de cavalos ou jumentos ou mulas. É claro que a imensa maioria do povo era analfabeta. Ademais, as superstições eram muito comuns.

REFERÊNCIAS BÁSICAS:

BATISTA, Tenente Marcus Vinícius Jorge et alii. Cultura Goiana. Primeira Sério do Ensino Médio. Goiás, 2021. (Apostila)

SITES DE PESQUISA: GOOGLE, GOOGLE IMAGENS, WIKIPÉDIA.

 

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