COMANDO DE
ENSINO POLICIAL MILITAR
CEPMG -
VASCO DOS REIS
Divisão de
Ensino / Coordenação Pedagógica
TERCEIRO BIMESTRE
AULA 22 DE TCH DOS PRIMEIROS ANOS:
CONTEXTO
HISTÓRICO INTERNACIONAL NA ÉPOCA DA COLONIZAÇÃO DE GOIÁS (UM POUCO ANTES E
DURANTE), ALGUNS ELEMENTOS (Prof. José Antônio Brazão.):
A cultura colonial goiana, entre fins
do século XVII e o século XVIII, encontra-se situada num contexto, conjunto de
fatores e acontecimentos que veio (vieram) a influenciar profundamente a
constituição dos estabelecimentos, da formação de vilas e, com o tempo,
cidades, que nasceram em torno de necessidades, particularmente, econômicas,
como a agricultura, a criação de animais e, de modo profundamente marcante, a
mineração, além da busca de expansão de territórios sob o controle da Coroa
Portuguesa.
Os bandeirantes, desbravadores
portugueses ou filhos de portugueses, tiveram papel extremamente importante na
expansão territorial e na busca de ouro e pedras preciosas, abrindo caminhos
para a formação, inclusive de vilas e cidades – dentre as cidades históricas de
Goiás, por exemplo, destaque para a Cidade de Goiás, carinhosamente chamada
Goiás Velho.
A história de Goiás Velho tem seu
início com a busca de ouro e outras pelos bandeirantes, devendo-se citar
Bartolomeu Bueno Silva, tanto o pai quanto o filho, particularmente este,
conhecido como Anhanguera. Entre os séculos XVII e XVIII. Depois de incansável
procura, o Anhanguera acabou achando ouro.
Goiás teve sua fundação no ano de
1729 e concentrou o poder de capital do Estado até a primeira metade do século
XX (1933). Goiás veio a ter, no período colonial, por conta dos Goyases, índios habitantes de
parte da região central do Brasil, que, porém, não subsistiram, por conta de
ataques de bandeirantes e de membros de agrupamentos que para cá vieram,
levando, enfim, à sua extinção.
Foram reis de Portugal, nesse período
do século XVIII, segundo a Wikipédia:
D. João
V |
D. José I |
D. Maria I |
D. Pedro III |
Fonte: WIKIPÉDIA. Lista de Monarcas do Brasil. Disponível em: < https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_monarcas_do_Brasil
> Acesso em 14 de agosto de 2021.
Os governantes de Portugal desse
período foram citados, a fim de se saber em nome de quem os bandeirantes adentraram terras
brasileiras, a serviço do Estado Português. Também para saber a quem era pago o
QUINTO (a quinta parte, vinte por cento) de todo o ouro produzido no Brasil,
nesse período.
Alguns fatos antecedentes e da época
da colonização de Goiás, de vital importância para a formação, devem ser
mencionados também:
A ERA DOS
DESCOBRIMENTOS (AS GRANDES NAVEGAÇÕES):
CONJUNTO 1
DE SLIDES:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Era_dos_Descobrimentos#/media/Ficheiro:OrteliusWorldMap1570.jpg
CONJUNTO 2
DE SLIDES:
https://en.wikipedia.org/wiki/Age_of_Discovery#/media/File:Caravel_Boa_Esperanca_Portugal.jpg
O ouro e as pedras preciosas, além de
outras riquezas da América do Sul e Central, incluindo o Brasil (e dentro deste
as regiões de Minas Gerais e de Goiás, além de São Paulo), eram levados em
barcos, pelo Oceano Atlântico, para Portugal e, daí, com certeza, entravam, de
diferentes formas, como o comércio, em outros países, como Inglaterra, França,
Itália, além de outros, vindo a financiar a economia, mas também as artes e até
mesmo guerras. (Imagens logo acima, nos slides.)
No campo das artes, nos séculos XVII e
XVIII, o BARROCO (ver imagens abaixo.).
RENASCIMENTO
CULTURAL:
CONJUNTO 1:
CONJUNTO 2:
O Renascimento Cultural e Artístico
europeu, que teve seus inícios por volta do século XV da era cristã, talvez um
pouco antes. Foi um período de grande desenvolvimento das artes na Europa. Mas
foi o BARROCO, que sucedeu ao Renascimento, que acompanhou o boom (a expansão)
do CICLO DO OURO no Brasil, chegando até GOIÁS. Na cidade de Goiás Velho, por
exemplo, existem igrejas desse período barroco, cujas paredes são muito
grossas, próprias dos tipos de construções daqueles tempos coloniais. Elas
também têm entalhes e parte de cobertura em ouro, ainda que nem sequer cheguem
à quantidade de ouro empregada em igrejas de Minas Gerais (Ouro Preto e
Mariana, por exemplo), do Rio de Janeiro e de Salvador (Bahia). (Imagens logo
acima.)
No século XVIII, um novo modo de
pensar também influenciou até mesmo revoluções, como a Independência dos Estados
Unidos da América e as lutas de independência em vários países, inclusive no
Brasil.
REFORMA
PROTESTANTE NA EUROPA:
CONJUNTO 1:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Reforma_Protestante#/media/Ficheiro:95Thesen_facsimile_colour.png
CONJUNTO 2:
https://en.wikipedia.org/wiki/Reformation#/media/File:95Thesen_facsimile_colour.png
A cultura goiana foi profundamente
marcada pelo catolicismo, por, pelo menos, dois ou quase três séculos, desde a
colonização e ocupação das terras goianas. Um fator que contribuiu,
seguramente, para isto, foi a REFORMA PROTESTANTE, que ocorreu no século XVI,
vinha e vem se ampliando, com novas igrejas cristãs, desde então. Só para
termos uma curiosidade, atualmente, em pleno século XXI, Goiânia é uma das capitais
onde o evangelicismo (protestantismo) tem maior amplitude, com muitas igrejas
evangélicas e pentecostais, além, é claro, de muitas paróquias e igrejas
católicas. (Imagens logo acima.)
ARTE BARROCA
NO PERÍODO COLONIAL BRASILEIRO:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Barroco_no_Brasil#/media/Ficheiro:StFranciscoChurch3-CCBY.jpg
CIDADE DE
GOIÁS:
http://www.badini.com.br/go/cgo/
PILAR DE
GOIÁS (BARROCO):
GOIÁS ATRAVÉS DE IMAGENS:
*ASPECTOS
GERAIS:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Goi%C3%A1s#/media/Ficheiro:Flag_of_Goi%C3%A1s.svg
*AGRICULTURA
GOIANA:
Conjunto 1
de imagens:
Conjunto 2
de imagens:
*INDÚSTRIAS
EM GOIÁS:
Laticínios
(derivados de leite):
Indústria
têxtil:
Indústria
química:
*TURISMO:
COMENTÁRIO COMPLEMENTAR:
GOIÁS NO SÉCULO XIX (Prof. José Antônio Brazão.):
Com a decadência da
produção aurífera, progressivamente, Goiás encaminhou-se para a ruralização,
principalmente.
A vida das pessoas, em cidades
pequenas e naquelas um pouco maiores, era pacata, revitalizando-se com festas
religiosas e acontecimentos incomuns à rotina, como a visita de alguma
autoridade ou de forasteiros, como foi o caso de Auguste de Saint-Hilaire,
naturalista francês, que passou por várias cidades, inclusive Meia Ponte
(Pirenópolis), indo até a Fazenda Babilônia. Ruas de chão batido ou de pedras
(Pirenópolis e Cidade de Goiás ainda têm traços de ruas de pedras, além de
outras).
De relatos de
Saint-Hilaire, mencionados no Site Pirenópolis Tur, índios ainda se encontravam
presentes no território goiano, às vezes sofrendo revezes por conta de
conflitos com soldados e fazendeiros.
A mistura de raças foi
comum (miscigenação): brancos, negros e índios, o que viria a impactar na formação
racial goiana até os dias de hoje. Basta olhar pessoas nas ruas, praças, até
mesmo salas de aulas e outros lugares onde se reúnem pessoas para se ver essa
riqueza da miscigenação.
Festas, seja advindas do
século XVIII, seja do século XIX, sobretudo religiosas, marcavam a vida das
pessoas, valendo citar: as Cavalhadas de Pirenópolis, a Procissão do Fogaréu da
Cidade de Goiás, a Festa do Divino Pai Eterno de Trindade, as Congadas de
Catalão, entre outras tantas. Elas constituíam e constituem parte significativa
da religiosidade popular, das crenças e da devoção de grande número de pessoas.
Também casamentos,
batizados, catequese, sacramentos, etc. marcaram efetivamente a vida de muita gente. Pode-se
aqui ver também a influência do elemento religioso na vida da comunidade e em
sua história.
Em um tempo no qual
inexistiam televisão e celular, nem havia rádios, as pessoas que sabiam ler e
escrever, incluindo as autoridades, se comunicavam por cartas e bilhetes,
levados a outras cidades em lombos de cavalos ou jumentos ou mulas. É claro que
a imensa maioria do povo era analfabeta. Ademais, as superstições eram muito
comuns.
REFERÊNCIAS BÁSICAS:
BATISTA, Tenente Marcus Vinícius Jorge et
alii. Cultura Goiana. Primeira Sério do Ensino Médio. Goiás, 2021. (Apostila)
SITES DE PESQUISA: GOOGLE, GOOGLE IMAGENS,
WIKIPÉDIA.
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