domingo, 9 de abril de 2023

SEGUNDO BIMESTRE - AULA 11 DE TÓPICOS DE CIÊNCIAS HUMANAS DO SEGUNDO ANO: FORMAÇÃO ADMINISTRATIVA DE GOIÁS E COMENTÁRIOS (Prof. José Antônio Brazão.):

  

SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA/SECRETARIA DE EDUCAÇÃO

COMANDO DE ENSINO POLICIAL MILITAR

 CEPMG - VASCO DOS REIS

Divisão de Ensino / Coordenação Pedagógica

 

SEGUNDO BIMESTRE

AULA 11 DE TÓPICOS DE CIÊNCIAS HUMANAS DO SEGUNDO ANO:

FORMAÇÃO ADMINISTRATIVA DE GOIÁS E COMENTÁRIOS (Prof. José Antônio Brazão.)

OBS.:

*Resumir e comentar, levando em conta os pontos principais e as regiões.

*Observar, nos dados apresentados pelo IBGE, como se deu a expansão dos municípios goianos.

FORMAÇÃO ADMINISTRATIVA DE GOIÁS, AO LONGO DE SUA HISTÓRIA, SEGUNDO O IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA:

História:

Fundada no século XVIII pelo bandeirante Bartolomeu Bueno da Silva Filho, que lhe deu o nome de Vila Boa de Goiás, a cidade foi próspera enquanto havia riqueza na época do ciclo do ouro.

Era a capital do estado até meados de 1930. Apesar da perda deste prestígio para Goiânia, que está a 140 quilômetros e distância, no sentido leste, Goiás Velho, como hoje é conhecida, manteve a arquitetura colonial de suas casas, muitas de pau-a-pique, ruas e nove igrejas.

Formação Administrativa:

NO BRASIL COLÔNIA:

CIDADE DE GOIÁS (GOIÁS VELHO):

Distrito criado com a denominação de Santana de Goiás, em 1729.

Elevado à categoria de vila com a denominação de Boa Vista de Goiás, por Carta Régia, de 11-02-1736. Instalado em 25-07-1739.

Elevado à condição de cidade com a denominação de Goiás, por Carta de Lei de 17-09-1818.” (IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Goiás: Fotos, História e Formação Administrativa. Disponível em: < https://cidades.ibge.gov.br/brasil/go/goias/historico > Acesso em 07/04/2023.)

Entre as cidades mais antigas de Goiás, vale destacar:

1)    Cidade de Goiás [ver acima] (1736 – originalmente: Vila Boa de Goiás).

2)    Cavalcante (1831).

3)    Pirenópolis (1832).

4)    Catalão (1833).

5)    Niquelândia (1833).

6)    Luziânia (1833).

7)    Silvânia (1833).

8)    Jaraguá (1833).

9)    Formosa (1843).

10)                   Sítio d’Abadia (1850).

(CURTA MAIS. As 10 Cidades Mais Antigas de Goiás. Disponível em: < https://www.curtamais.com.br/goiania/as-10-cidades-mais-antigas-de-goias > Acesso em 08/04/2023.)

COMENTÁRIO DO PROFESSOR JOSÉ ANTÔNIO BRAZÃO:

O povoamento cada vez mais acentuado de Goiás, entre o século XVIII e primeira metade do século XIX, sem dúvida, tem sua relação profunda com a mineração – a descoberta de ouro foi fundamental para que muita gente, desejosa de uma vida melhor e até mesmo de riqueza, viesse para a região central do Brasil (de fato, ouro seria encontrado em Mato Grosso e em Goiás). Com o ouro, maior povoamento.

Vale lembrar que em Minas Gerais já se havia descoberto ouro antes, daí, inclusive, o nome MINAS, lembrando que ali foram encontradas minas de ouro, além de outros metais e até mesmo diamantes, de onde, por um tempo maior que o de Goiás, se extrairia ouro.

Com a decadência do ouro, em GOIÁS, no século XIX, consequentemente houve redução populacional, mas muita gente ficou, ainda que espalhada, em vários lugares, formando vilas, algumas das quais viriam a se tornar cidades. Para que isto acontecesse, um elemento foi essencial: a agricultura. Agricultura de que tipo? Há dois tipos de agricultura que viriam a ser empregados em Goiás, cada qual no seu devido tempo: a agricultura extensiva, em boa parte da história goiana, e a agricultura intensiva, mais próxima. Em que elas se diferenciam?

A agricultura extensiva, de acordo com o Site Brasil Escola UOL, tem as seguintes características: “baixa produtividade, realizada em minifúndios, solo sem descanso, técnicas rudimentares, mão de obra não qualificada, produção para subsistência” (BRASIL ESCOLA UOL. Agricultura intensiva e extensiva. Disponível em: < https://brasilescola.uol.com.br/geografia/agricultura-intensiva-extensiva.htm > Acesso em 08/04/2023.).

Como a agricultura extensiva foi muito comum em Goiás, no período colonial, é preciso ir explicando: “realizada em minifúndios”, agricultura que ocorre em pequenas propriedades (minifúndios); “solo sem descanso”, ou seja, todos os anos plantando nas mesmas terras e do mesmo jeito e, muito certamente, os mesmos tipos de plantação; “técnicas rudimentares”, com uso de animais para arar e transportar os grãos, e junto com o arado, misto de madeira e de metal, também a enxada, a pá, o alfange, entre outras ferramentas comuns, nem tanto cuidado com a adubação (lembrar texto de Auguste de Saint Hilaire sobre o dono da Fazenda Babilônia, de Pirenópolis, que usava até adubação de bagaço de cana, com ganhos superiores a outros agricultores goianos de início do século XIX); “mão de obra não qualificada”, geralmente pessoas da própria família dos camponeses, agricultores; “produção para subsistência”, ou seja, produção voltada para a alimentação da família – é claro que, quando sobrava, se fazia comércio nas vilas e pequenas cidades; com isto tudo, “baixa produtividade”, isto é, produzia-se pouco, geralmente o suficiente para a família se manter em épocas em que não havia secas.

Sem dúvida alguma, o comércio também havia e, com o posterior aumento da população, principalmente nos séculos XX e XXI, com a melhoria na agricultura e dos meios de transportes, esse comércio viria a ampliar-se cada vez mais, com produtos de primeira necessidade e também supérfluos (produtos sem tanta necessidade). E pode-se ver que, com o tempo, a concentração de terras nas mãos de poucos, no decurso dos séculos XIX e XX, foi ocorrendo, fazendo surgir os chamados coronéis, fazendeiros ricos e que tiveram grande influência na vida política de Goiás.

Como se pode ver, não foi à toa que Pedro Ludovico Teixeira e aqueles que o apoiavam queriam a mudança da capital – com espaço mais vasto e com possibilidades maiores de comércio e até mesmo de industrialização.

A agricultura, ou melhor, a agropecuária (agricultura e criação de animais), com plena certeza, continuou e continua ainda hoje como elemento de imensa importância para o desenvolvimento de Goiás, mesmo não sendo a única fonte de renda. Hoje, em Goiás, há um número maior de indústrias, empresas dos mais diversos tipos, desde empresas agrícolas até empresas químicas, indústrias de alimentos, de laticínios (ex.: Piracanjuba, Italac e outras), granjas e abatedouros de animais (grandes frigoríficos), entre muitas outras.

Com todo esse desenvolvimento, ao longo dos últimos séculos, o surgimento de novos municípios, a junção de outros – a lista abaixo, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostra cada vila e município que foram surgindo. E, como a lista bem mostra, foi com a República, com destaque para o período Vargas (o mesmo de Pedro Ludovico) adiante, que o impulso na transformação de distritos em cidades foi-se intensificando – fruto do desenvolvimento econômico, aliando agricultura, comércio e industrialização.

É claro que as cidades de Goiás não cresceram ao ritmo de cidades como Rio de Janeiro e São Paulo, que vieram a se tornar megalópoles (cidades enormes), tendo em vista serem centros e polos de imensa produção industrial e de comércio, concentrando estas duas cidades e seus respectivos estados grande parte das riquezas do Brasil.

Voltando ao surgimento dos municípios e distritos de Goiás, segundo o IBGE. Novamente, observar como o aumento do número daqueles acompanhou as mudanças políticas e econômicas ocorridas, nestes últimos dois séculos, no Brasil. O comércio, a agricultura e a industrialização tiveram grande expansão com os transportes (trens, desde o século XIX, mas também, no século XX, de carros, ônibus, caminhões e outros veículos), com novas e amplas estradas, com a posterior construção da capital Brasília em terras goianas, entre outros, a levar ao crescimento urbano e ao êxodo rural que viria a reforçar aquele.

A lista abaixo tem por finalidade se poder ver que municípios surgiram, nos últimos séculos, em Goiás, impulsionados, agora, pela comercialização e a produção crescentes de bens.

OUTROS MUNICÍPIOS:

NO BRASIL IMPÉRIO:

*1842, são criados os distritos de Santa Rita da Anta e Pilar anexados ao município de Goiás.

*1831, é desmembrado de Goiás o distrito de Pilar. Elevado à categoria de vila.

*1833, é criado o distrito de Rio Claro e anexado do município de Goiás.

*1834, é criado o distrito de São José do Araguaia e anexado ao município de Goiás.

*1845, é criado o distrito de São José de Mossâmedes e anexado ao município de Goiás.

*1845, é criado o distrito de Ouro Fino e anexado ao município de Goiás.

*1850, é criado o distrito de Barra e anexado ao município de Goiás.

*1857, é criado o distrito de São Sebastião do Alemão e anexado ao município de Goiás.

*1870, é criado o distrito de Carmo e anexado ao município de Goiás.

*1875, é criado o distrito de Santa Leopoldina e anexado ao município de Goiás.

*1887, é desmembrado do município de Goiás distrito de São Sebastião do Alemão. Elevado à categoria de município.

NO BRASIL REPÚBLICA:

*1901, é criado o distrito de Registro e anexado ao município de Goiás.

*1901, é criado o distrito de Cachoeira e anexado ao município de Goiás.

*1904, é criado o distrito de Bacalhau e anexado ao município de Goiás.

Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município é constituído de 12 distritos: Santana de Goiás, Bacalhau, Barra, Cachoeira, Carmo, Mossâmedes, Ouro Fino, Registro, Rio Claro, Santa Leopoldina, Santa Rita da Anta e São José do Araguaia.

Nos quadros de Apuração do Recenseamento Geral de 1-IX-1920, o município é constituído de 12 distritos: Santana (ex-Santana de Goiás), Bacalhau, Barra, Cachoeira, Carmo, Leopoldina (ex-Santana de Leopoldina), Ouro Fino, Rio Claro, Registro do Araguaia (ex-Registro), Santa Rita da Anta, São José de Mosssamedes (ex-Mosssâmedes) e São José do Araguaia.

*1933, o distrito de Bacalhau passou a denominar-se Davinópolis.

*1933, é criado o distrito de Ilha do Bananal e anexado ao município de Goiás.

Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município é constituído de 13 distritos: Santana de Goiás, Barra, Cachoeira, Carmo, Davinópolis (ex-Bacalhau), Ilha do Bananal, Ouro Fino, Registro do Araguaia, Rio Claro, Leopoldina, Santa Rita da Anta, São José de Mosssâmedes e São José do Araguaia.

*NOVA CAPITAL: Pelo Decreto Estadual n.º 1816, de 23-03-1937, é transferida a capital do estado do município de Goiás para o de Goiânia.

Assim permanecendo em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937.

*1938, os distritos de Carmo e Santana foram reconduzido à condição de zonas administrativas do distrito sede do município de Goiás e o distrito de São José do Araguaia passou a denominar-se Bandeirantes e São José de Mossâmede a denominar-se simplesmente Mossâmede. Sob o mesmo Decreto, o distrito de Cachoeira deixa de pertencer ao município de Goiás para ser anexado ao município de Paraúna.

*1938, o distrito de Barra passou a denominar-se Buenolândia, Ilha do Bananal a chamar-se Macaúba e Rio Claro tomou o nome de Itajubá.

*1943, são criados os distritos de Ceres (ex-povaodo de Colônia Agrícola) e Xixá, ambos com terras desmembradas do distrito de Itaiú e anexados ao município de Goiás. Sob o mesmo Decreto o distrito de Macaúba deixa de pertencer ao município de Goiás para ser anexado ao de Porto Nacional e o distrito de Bandeirante a pertencer ao município de Itacê. E ainda, os distritos de Santa Rita da Anta a denominar-se Jeroaquara, Itajubá a denominar-se Iporã, Leopoldina a denominar-se Aruanã e Ouro Fino a chamar-se Itaiú.

No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município é constituído de 13 distritos: Goiás, Buenolândia (ex-Barra), Caiçara, Carmo, Davinópolis, Itajubá (ex-Rio Claro), Leopoldina, Macaúba (ex-Ilha do Bananal), Mossâmedes, Ouro Fino, Registro do Araguaia, Santa Rita da Anta e Bandeirantes (ex-São José do Araguaia).

No quadro fixado para vigorar no período de 1944-1948, o município é constituído de 11 distritos: Goiás, Aruanã (ex-Leopoldina), Buenolândia (ex-Barra), Ceres (ex-povoado de Colônia Agrícola), Davinópolis, Iporá (ex-Itajubá), Itaiú (ex-Ouro Fino), Jeroaquara (ex-Santa Rita de Antas), Mossâmedes, Registro do Araguaia e Xixa.

*1948, é criado o distrito de São Luiz do Montes Belos (ex-povoado) e anexado ao município de Goiás.

*1948, é criado o distrito de Carmo do Rio Verde (ex-povoado) e anexado ao município de Goiás.

*1948, é criado o distrito de Córrego do Ouro (ex-povoado) e anexado ao município de Goiás.

*1948, é desmembrado do município de Goiás o distrito de Iporá. Elevado à categoria de município.

Em divisão territorial datada de 1-VII-1950, o município é constituído de 12 distritos: Goiás, Aruanã, Buenolândia, Carmo do Rio Verde, Córrego do Ouro, Ceres, Davinópolis, Itaiú, Jeroaquara, Mossâmedes, Registro do Araguaia, Xixa e São Luiz do Montes Belos.

*1952, é desmembrado do município de Goiás o distrito de Carmo do Rio Verde. Elevado à categoria de município.

*1952, é desmembrado do município de Goiás o distrito de Mossâmedes. Elevado à categoria de município.

*1953, é desmembrado do município de Goiás o distrito de Xixá. Elevado à categoria de município com a denominação de Itapuranga.

*1953, é desmembrado do município de Goiás o distrito de Ceres. Elevado à categoria de município.

*1953, é criado o distrito de Itapirapuã (ex-povoado) com terras desmembrada do distrito de Aruanã e anexado ao município de Goiás.

*1953, é criado o distrito de Jussara (ex-povoado de Colônia do Água Limpa) com terras desmembrada do distrito de Aruanã e anexado ao município de Goiás.

*1953, é desmembrado do município de Goiás o distrito de São Luiz do Monte Belos. Elevado à categoria de município.

*1953, é desmembrado do município de Goiás o distrito de Córrego do Ouro. Elevado à categoria de município.

*1953, é criado o distrito de Caiçara (ex-povoado) e anexado ao município de Goiás.

*1954, é criado o distrito de Aropi (ex-povoado) com terras desmembradas do distrito de Registro do Araguaia e anexado ao município de Goiás.

*1954, o distrito de Aropi passou a denominar-se Mendelânida.

*1955, o distrito de Mendelândia teve sua denominação alterada para Diorama.

Em divisão territorial datada de 1-VII-1955, o município é constituído de 11 distritos: Goiás, Aruanã, Buenolândia, Caiçara, Davinópolis, Itaiú, Itapirapuã, Jeroaquara, Jussara, Mendelândia e Registro do Araguaia.

Pela Lei Municipal n.º 203, de 25-04-1956, é criado o distrito de Uvá e anexado ao município de Goiás.

Pela Lei Municipal n.º 203, de 17-11-1956, o distrito de Davinópolis passou a denominar-se Davidópolis.

Pela Lei Municipal n.º 216, de 18-05-1957, é criado o distrito de Santa Fé (ex-povoado) e anexado ao município de Goiás.

*1957, é criado o distrito de São Sebastião do Rio Claro (ex-povoado) com terras desmembradas dos distritos de Jussara, Aruanã e Registro do Araguaia e anexado ao município de Goiás.

*1958, é criado o distrito de Juscelândia e anexado ao município de Goiás.

Pela Lei Municipal n.º 244, de 30-01-1958, é criado o distrito de Salobinho (ex-povoado) e anexado ao município de Goiás.

*1958, é criado o distrito de Mozarlândia e anexado ao município de Goiás.

Pela Lei Estadual n.º 2.113, de 14-11-1958, é desmembrado do município de Goiás o distrito de Itapirapuã. Elevado à categoria de município.

*1958, são desmembrados do município de Goiás os distritos de Jussara, Juscelãndia, Santa Fé e São Sebastião do Rio Claro, para formar o novo município de Jussara.

*1958, são desmembrados do município de Goiás os distritos de Diorama, Registro do Araguaia e Salobinha, para formar o novo município de Diorama.

*1958, é desmembrado do município Goiás o distrito de Aruanã. Elevado à categoria de município.

Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o município é constituído de 8 distritos: Goiás, Buenolândia, Caiçara, Davidópolis (ex Davinópolis), Itaiú, Jeroaquara, Mozarlândia e Uvá.

*1963, é criado o distrito Cavalo Queimado e anexado ao município de Goiás.

*1963, é desmembrado do município de Goiás o distrito de Mozarlândia. Elevado à categoria de município.

*1963, o município é constituído de 8 distritos: Goiás, Buenolândia, Caiçara, Cavalo Queimado, Davidópolis, Itaiú, Jeroaquara e Uvá.

*1966, o distrito de Itaiú passou a denominar-se Calcilândia.

*1966, é criado o distrito de Faina e anexado ao município de Goiás.

*1968, é criado o distrito de São João e anexado ao município de Goiás.

*1968, o distrito de Cavalo Queimado passou a denominar-se Araguapaz.

Pelo Ato Complementar n.º 46, de 07-02-1969, são extintos os distritos de São João e Faina sendo seus territórios anexados ao distrito sede do município de Goiás.

*1976, é recriado o distrito de São João, sendo seu território anexado ao município de Goiás.

Em divisão territorial datada de 1-I-1979, o município é constituído de 9 distritos: Goiás, Araguapaz (ex-Cavalo Queimado), Buenolândia, Caiçara, Calcilândia (ex-Itaiú), Davidópolis, Jeroaquara, São João e Uvá.

*1982, é desmembrado do município de Goiás o distrito de Araguapaz. Elevado à categoria de município.

Em divisão territorial datada de 1-VII-1983, o município é constituído de 8 distritos: Goiás, Buenolândia, Caiçara, Calcilândia, Davidópolis, Jeroaquara, São João e Uvá.

*1988, são desmembrados do município de Goiás os distritos de Faina, Caiçara e Jereoquara, para formar o novo município de Faina.

Em divisão territorial datada de 2003, o município é constituído de 6 distritos: Goiás, Buenolândia, Calcilândia, Davidópolis, São João e Uvá.

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2018.

Fonte:

Goiás (GO). Prefeitura. 2017. Disponível em: < http://www.cidadedegoias.com.br/historico.html. > Acesso em: mar. 2017.

© 2023

(IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Goiás: Fotos, História e Formação Administrativa. Disponível em: < https://cidades.ibge.gov.br/brasil/go/goias/historico > Acesso em 07/04/2023.)

 

COMENTÁRIO COMPLEMENTAR (Prof. José Antônio Brazão.):

Com o aumento da população, veio a ocorrer aumento de distritos e cidades consequentemente, fruto igualmente do aumento da agricultura, do comércio e da indústria, a fim de atender às necessidades dessa população e, com grande reforço nos ganhos (lucros), do mercado externo, seja com outros estados brasileiros, seja até mesmo com países estrangeiros – Goiás, hoje, exporta vários produtos para o mundo afora.

Segundo o site do Governo de Goiás: “Goiás está entre os dez Estados que mais exportaram em 2022”. E acrescenta:

“O Estado de Goiás fechou 2022 com um acréscimo de 51,5%, no número de bens e produtos exportados, em relação a 2021. Em dólares, significa uma arrancada de US$ 9,3 bilhões para US$ 14,1 bilhões, o que fez Goiás também melhorar no ranking nacional das unidades federativas, já que subiu três posições e passou da 11ª colocação para a 8ª. O saldo comercial desse período acumulou superávit de mais de US$ 8 bilhões.

Os principais produtos goianos exportados em 2022 foram: Complexo Soja (55,00%), Carnes (13,73%), Ferroligas (6,79%), Complexo Milho (6,78%) e Ouro (3,54%). Já os importados foram: Adubos fertilizantes (33,53%), Produtos farmacêuticos (21,24%), Veículos automóveis (8,87%), Máquinas e suas partes (8,15%) e Produtos químicos orgânicos (6,75%).” (GOVERNO DE GOIÁS. Goiás aumenta exportação em 51,5% e sobe no ranking nacional. Disponível em: < https://www.goias.gov.br/servico/43-economia/128244-em-um-ano-goi%C3%A1s-aumenta-exporta%C3%A7%C3%A3o-em-51,5-e-sobe-no-ranking-nacional.html#:~:text=Os%20principais%20produtos%20goianos%20exportados,Ouro%20(3%2C54%25). > Acesso em 08/04/2023.)

E quanto se obteve de lucro? Segundo o site do Governo de Goiás: “Número passa de US$ 9,3 bilhões, em 2021, para US$ 14,1 bilhões, em 2022. Programas lançados pela gestão estadual, aliados à qualidade e condições dos produtos goianos, conduziram ao bom resultado comercial.” (GOVERNO DE GOIÁS. Idem.). Curiosamente, neste trecho se pode ver claramente a relação entre a produção e o Estado.

O braço do Estado, seja ele de Goiás, seja com apoio do governo federal, no decorrer do tempo, não somente agora, sempre foi importante, teve e tem grande peso como apoiador de primeira hora dos grupos e a influência destes sobre o poder estatal – no caso da República, basta lembrar os coronéis da República do Café com Leite, o apoio de Getúlio Vargas a Pedro Ludovico e aos grupos a ele ligados, até governos internos, inclusive dominados por famílias tradicionais enriquecidas com a agricultura e o comércio e por outros grupos enriquecidos e em enriquecimento (industriais, empresários, donos de empresas nacionais e multinacionais [de veículos automotores, por exemplo], banqueiros, etc.)  que foram se instalando, no transcorrer de muitas décadas, em Goiás. Uma parceria que teve e tem impacto tanto em termos estaduais quanto nacionais, com representantes desses grupos inclusive no Congresso Nacional (para citar um pequeno exemplo: parte da bancada ruralista)!

Para reforçar a economia, mais um elemento: o TURISMO – seja ele de passeio, seja ele religioso, seja ele de comércio e empreendedorismo, seja por outro motivo, a trazer muito dinheiro para o Estado de Goiás. Sobre o turismo se comentará em outra aula, tema de grande importância para se entender o Estado.

A pujança atual do Estado de Goiás se deve, como se pode ver, à sua história, à sua construção e à sua influência crescente, fruto de projetos e de ações. Um Estado onde muita gente vive e convive, seja gente goiana pé no chão, nele nascida, seja também gente vinda de outros lugares do país e até de fora.

MAPA 1:

 

FONTE DO MAPA:

WIKIVOYAGE. GOIÁS (Estado). Disponível em: < https://pt.wikivoyage.org/wiki/Goi%C3%A1s_%28estado%29#/media/Ficheiro:Regions_of_Goias_(pt).png > Acesso em 08 de abril de 2023.

 

 

 

MAPA 2:

FONTE DO MAPA 2:

GOVERNO DE GOIÁS. Goiás tem novo Mapa da Regionalização do Turismo. Disponível em: < https://www.goias.gov.br/servico/100875-goias-tem-novo-mapa-da-regionalizacao-do-turismo.html > Acesso em 08/04/2023.

 

MAPA 3:

 

FONTE DO MAPA 3:

GOIÁS TURISMO. Governo de Goiás divulga novo Mapa do Turismo que passa a contar com 92 municípios. Disponível em: < https://www.turismo.go.gov.br/index.php/noticias/1764-governo-de-goias-divulga-novo-mapa-do-turismo-que-passa-a-contar-com-92-municipios > Acesso em 08/04/2023.

MAPA 4:

CONJUNTO DE MAPAS DO ESTADO DE GOIÁS E OUTRAS INFORMAÇÕES: VER NAS REFERÊNCIAS BÁSICAS, logo após a conclusão, particularmente no Observatório Geográfico de Goiás da UFG.

CONCLUSÃO (Prof. José Antônio.):

No decorrer da apresentação do tema em estudo, a relação entre o desenvolvimento das cidades, em Goiás, como em outros lugares do Brasil, no transcurso da história, deu-se pela aliança entre interesses econômicos (ouro, agricultura, comércio, industrialização e outros) e políticos, a busca de melhoria de vida por muitas pessoas, até mesmo de enriquecimento em alguns casos (exemplo, da era do ouro).

Um crescimento que não foi contínuo, como bem prova a queda populacional na época do final do período aurífero, mas que teve impulsos outros, igualmente econômicos, como o desenvolvimento e aperfeiçoamento da agricultura, em seu caráter intensivo (produzindo mais, em menos tempo, em terrenos iguais ou maiores, com auxílio de máquinas e conhecimento propriamente científico, aliado ao conhecimento prático acumulado no transcurso de milênios).

Tudo isto, aliado a projetos de grupos economicamente dominantes, viria a ter grande impacto na história goiana dos últimos séculos e, sobretudo, nos dois últimos (séculos XX e XXI). O conteúdo apresentado aqui é apenas uma pequena contribuição, junto com muitas outras até mais aprimoradas e aprofundadas, para o entendimento da formação do povo goiano, de sua cultura e de sua história.

REFERÊNCIAS BÁSICAS:

GOVERNO DE GOIÁS. Goiás tem novo Mapa da Regionalização do Turismo. Disponível em: < https://www.goias.gov.br/servico/100875-goias-tem-novo-mapa-da-regionalizacao-do-turismo.html > Acesso em 08/04/2023.

GOVERNO DE GOIÁS. Goiás aumenta exportação em 51,5% e sobe no ranking nacional. Disponível em: < https://www.goias.gov.br/servico/43-economia/128244-em-um-ano-goi%C3%A1s-aumenta-exporta%C3%A7%C3%A3o-em-51,5-e-sobe-no-ranking-nacional.html#:~:text=Os%20principais%20produtos%20goianos%20exportados,Ouro%20(3%2C54%25). > Acesso em 08/04/2023.

GOIÁS TURISMO. Governo de Goiás divulga novo Mapa do Turismo que passa a contar com 92 municípios. Disponível em: < https://www.turismo.go.gov.br/index.php/noticias/1764-governo-de-goias-divulga-novo-mapa-do-turismo-que-passa-a-contar-com-92-municipios > Acesso em 08/04/2023.

IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Goiás: Fotos, História e Formação Administrativa. Disponível em: < https://cidades.ibge.gov.br/brasil/go/goias/historico > Acesso em 07/04/2023.

ROMEIRO, Julieta et alii. Diálogo: Ciências Humanas e Sociais Aplicadas. São Paulo, Moderna, 2020/2021. Seis volumes.

UFG – UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS. Observatório Geográfico de Goiás UFG – MAPAS. Disponível em: < https://observatoriogeogoias.iesa.ufg.br/p/2343-mapas > Acesso em 08/04/2023.

UFG – UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS. Observatório Geográfico de Goiás. TESES. Disponível em: < https://observatoriogeogoias.iesa.ufg.br/p/2339-teses > Acesso em 08/04/2023.

UFG – UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS. Observatório Geográfico de Goiás. HOME. Disponível em: < https://observatoriogeogoias.iesa.ufg.br/ > Acesso em 08/04/2023.

UOL – MUNDO EDUCAÇÃO. Goiás. Disponível em: < https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/goias.htm > Acesso em 08/04/2023.

WIKIVOYAGE. GOIÁS (Estado). Disponível em: < https://pt.wikivoyage.org/wiki/Goi%C3%A1s_%28estado%29#/media/Ficheiro:Regions_of_Goias_(pt).png > Acesso em 08 de abril de 2023.

 


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