COMANDO DE
ENSINO POLICIAL MILITAR
CEPMG -
VASCO DOS REIS
Divisão de
Ensino / Coordenação Pedagógica
SEGUNDO BIMESTRE
AULA 11 DE TÓPICOS DE CIÊNCIAS HUMANAS DO SEGUNDO ANO:
FORMAÇÃO ADMINISTRATIVA DE GOIÁS E COMENTÁRIOS (Prof. José Antônio Brazão.)
OBS.:
*Resumir e comentar, levando em conta os
pontos principais e as regiões.
*Observar, nos dados apresentados pelo IBGE,
como se deu a expansão dos municípios goianos.
FORMAÇÃO ADMINISTRATIVA DE GOIÁS, AO LONGO DE
SUA HISTÓRIA, SEGUNDO O IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA:
“História:
Fundada no século XVIII pelo bandeirante Bartolomeu
Bueno da Silva Filho, que lhe deu o nome de Vila Boa de Goiás, a cidade foi
próspera enquanto havia riqueza na época do ciclo do ouro.
Era a capital do estado até meados de 1930. Apesar
da perda deste prestígio para Goiânia, que está a 140 quilômetros e distância,
no sentido leste, Goiás Velho, como hoje é conhecida, manteve a arquitetura
colonial de suas casas, muitas de pau-a-pique, ruas e nove igrejas.
Formação Administrativa:
NO BRASIL COLÔNIA:
CIDADE DE GOIÁS (GOIÁS VELHO):
Distrito criado com a denominação de Santana de
Goiás, em 1729.
Elevado à categoria de vila com a denominação de
Boa Vista de Goiás, por Carta Régia, de 11-02-1736. Instalado em 25-07-1739.
Elevado à condição de cidade com a denominação de
Goiás, por Carta de Lei de 17-09-1818.” (IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE
GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Goiás: Fotos, História e Formação Administrativa.
Disponível em: < https://cidades.ibge.gov.br/brasil/go/goias/historico > Acesso em 07/04/2023.)
Entre as cidades mais antigas de Goiás, vale
destacar:
1) Cidade de Goiás [ver acima] (1736 –
originalmente: Vila Boa de Goiás).
2) Cavalcante (1831).
3) Pirenópolis (1832).
4) Catalão (1833).
5) Niquelândia (1833).
6) Luziânia (1833).
7) Silvânia (1833).
8) Jaraguá (1833).
9) Formosa (1843).
10)
Sítio
d’Abadia (1850).
(CURTA MAIS. As 10 Cidades Mais Antigas de Goiás.
Disponível em: < https://www.curtamais.com.br/goiania/as-10-cidades-mais-antigas-de-goias > Acesso em 08/04/2023.)
COMENTÁRIO DO PROFESSOR JOSÉ ANTÔNIO BRAZÃO:
O povoamento cada vez
mais acentuado de Goiás, entre o século XVIII e primeira metade do século XIX,
sem dúvida, tem sua relação profunda com a mineração – a descoberta de ouro foi
fundamental para que muita gente, desejosa de uma vida melhor e até mesmo de
riqueza, viesse para a região central do Brasil (de fato, ouro seria encontrado
em Mato Grosso e em Goiás). Com o ouro, maior povoamento.
Vale lembrar que em Minas
Gerais já se havia descoberto ouro antes, daí, inclusive, o nome MINAS,
lembrando que ali foram encontradas minas de ouro, além de outros metais e até
mesmo diamantes, de onde, por um tempo maior que o de Goiás, se extrairia ouro.
Com a decadência do ouro,
em GOIÁS, no século XIX, consequentemente houve redução populacional, mas muita
gente ficou, ainda que espalhada, em vários lugares, formando vilas, algumas
das quais viriam a se tornar cidades. Para que isto acontecesse, um elemento
foi essencial: a agricultura. Agricultura de que tipo? Há dois tipos de
agricultura que viriam a ser empregados em Goiás, cada qual no seu devido
tempo: a agricultura extensiva, em boa parte da história goiana, e a
agricultura intensiva, mais próxima. Em que elas se diferenciam?
A agricultura extensiva,
de acordo com o Site Brasil Escola UOL, tem as seguintes características:
“baixa produtividade, realizada em minifúndios, solo sem descanso, técnicas
rudimentares, mão de obra não qualificada, produção para subsistência” (BRASIL
ESCOLA UOL. Agricultura intensiva e extensiva. Disponível em: < https://brasilescola.uol.com.br/geografia/agricultura-intensiva-extensiva.htm > Acesso em
08/04/2023.).
Como a agricultura extensiva foi muito comum em Goiás, no período colonial, é
preciso ir explicando: “realizada em minifúndios”, agricultura que ocorre em
pequenas propriedades (minifúndios); “solo sem descanso”, ou seja, todos os
anos plantando nas mesmas terras e do mesmo jeito e, muito certamente, os
mesmos tipos de plantação; “técnicas rudimentares”, com uso de animais para
arar e transportar os grãos, e junto com o arado, misto de madeira e de metal,
também a enxada, a pá, o alfange, entre outras ferramentas comuns, nem tanto
cuidado com a adubação (lembrar texto de Auguste de Saint Hilaire sobre o dono
da Fazenda Babilônia, de Pirenópolis, que usava até adubação de bagaço de cana,
com ganhos superiores a outros agricultores goianos de início do século XIX);
“mão de obra não qualificada”, geralmente pessoas da própria família dos
camponeses, agricultores; “produção para subsistência”, ou seja, produção
voltada para a alimentação da família – é claro que, quando sobrava, se fazia
comércio nas vilas e pequenas cidades; com isto tudo, “baixa produtividade”,
isto é, produzia-se pouco, geralmente o suficiente para a família se manter em
épocas em que não havia secas.
Sem dúvida alguma, o comércio
também havia e, com o posterior aumento da população, principalmente nos
séculos XX e XXI, com a melhoria na agricultura e dos meios de transportes,
esse comércio viria a ampliar-se cada vez mais, com produtos de primeira
necessidade e também supérfluos (produtos sem tanta necessidade). E pode-se ver
que, com o tempo, a concentração de terras nas mãos de poucos, no decurso dos
séculos XIX e XX, foi ocorrendo, fazendo surgir os chamados coronéis,
fazendeiros ricos e que tiveram grande influência na vida política de Goiás.
Como se pode ver, não foi
à toa que Pedro Ludovico Teixeira e aqueles que o apoiavam queriam a mudança da
capital – com espaço mais vasto e com possibilidades maiores de comércio e até
mesmo de industrialização.
A agricultura, ou melhor,
a agropecuária (agricultura e criação de animais), com plena certeza, continuou
e continua ainda hoje como elemento de imensa importância para o
desenvolvimento de Goiás, mesmo não sendo a única fonte de renda. Hoje, em
Goiás, há um número maior de indústrias, empresas dos mais diversos tipos,
desde empresas agrícolas até empresas químicas, indústrias de alimentos, de
laticínios (ex.: Piracanjuba, Italac e outras), granjas e abatedouros de
animais (grandes frigoríficos), entre muitas outras.
Com todo esse
desenvolvimento, ao longo dos últimos séculos, o surgimento de novos
municípios, a junção de outros – a lista abaixo, do IBGE (Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística) mostra cada vila e município que foram surgindo. E,
como a lista bem mostra, foi com a República, com destaque para o período
Vargas (o mesmo de Pedro Ludovico) adiante, que o impulso na transformação de
distritos em cidades foi-se intensificando – fruto do desenvolvimento
econômico, aliando agricultura, comércio e industrialização.
É claro que as cidades de
Goiás não cresceram ao ritmo de cidades como Rio de Janeiro e São Paulo, que
vieram a se tornar megalópoles (cidades enormes), tendo em vista serem centros
e polos de imensa produção industrial e de comércio, concentrando estas duas
cidades e seus respectivos estados grande parte das riquezas do Brasil.
Voltando ao surgimento
dos municípios e distritos de Goiás, segundo o IBGE. Novamente, observar como o
aumento do número daqueles acompanhou as mudanças políticas e econômicas
ocorridas, nestes últimos dois séculos, no Brasil. O comércio, a agricultura e
a industrialização tiveram grande expansão com os transportes (trens, desde o
século XIX, mas também, no século XX, de carros, ônibus, caminhões e outros
veículos), com novas e amplas estradas, com a posterior construção da capital
Brasília em terras goianas, entre outros, a levar ao crescimento urbano e ao êxodo
rural que viria a reforçar aquele.
A lista abaixo tem por
finalidade se poder ver que municípios surgiram, nos últimos séculos, em Goiás,
impulsionados, agora, pela comercialização e a produção crescentes de bens.
“OUTROS MUNICÍPIOS:
NO BRASIL IMPÉRIO:
*1842, são criados os distritos de Santa Rita da
Anta e Pilar anexados ao município de Goiás.
*1831, é desmembrado de Goiás o distrito de Pilar.
Elevado à categoria de vila.
*1833, é criado o distrito de Rio Claro e anexado
do município de Goiás.
*1834, é criado o distrito de São José do Araguaia
e anexado ao município de Goiás.
*1845, é criado o distrito de São José de
Mossâmedes e anexado ao município de Goiás.
*1845, é criado o distrito de Ouro Fino e anexado
ao município de Goiás.
*1850, é criado o distrito de Barra e anexado ao
município de Goiás.
*1857, é criado o distrito de São Sebastião do
Alemão e anexado ao município de Goiás.
*1870, é criado o distrito de Carmo e anexado ao
município de Goiás.
*1875, é criado o distrito de Santa Leopoldina e
anexado ao município de Goiás.
*1887, é desmembrado do município de Goiás distrito
de São Sebastião do Alemão. Elevado à categoria de município.
NO BRASIL REPÚBLICA:
*1901, é criado o distrito de Registro e anexado ao
município de Goiás.
*1901, é criado o distrito de Cachoeira e anexado
ao município de Goiás.
*1904, é criado o distrito de Bacalhau e anexado ao
município de Goiás.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1911,
o município é constituído de 12 distritos: Santana de Goiás, Bacalhau, Barra,
Cachoeira, Carmo, Mossâmedes, Ouro Fino, Registro, Rio Claro, Santa Leopoldina,
Santa Rita da Anta e São José do Araguaia.
Nos quadros de Apuração do Recenseamento Geral de
1-IX-1920, o município é constituído de 12 distritos: Santana (ex-Santana de Goiás),
Bacalhau, Barra, Cachoeira, Carmo, Leopoldina (ex-Santana de Leopoldina), Ouro
Fino, Rio Claro, Registro do Araguaia (ex-Registro), Santa Rita da Anta, São
José de Mosssamedes (ex-Mosssâmedes) e São José do Araguaia.
*1933, o distrito de Bacalhau passou a denominar-se
Davinópolis.
*1933, é criado o distrito de Ilha do Bananal e
anexado ao município de Goiás.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1933,
o município é constituído de 13 distritos: Santana de Goiás, Barra, Cachoeira,
Carmo, Davinópolis (ex-Bacalhau), Ilha do Bananal, Ouro Fino, Registro do
Araguaia, Rio Claro, Leopoldina, Santa Rita da Anta, São José de Mosssâmedes e
São José do Araguaia.
*NOVA CAPITAL: Pelo Decreto Estadual n.º 1816, de
23-03-1937, é transferida a capital do estado do município de Goiás para o de
Goiânia.
Assim permanecendo em divisões territoriais datadas
de 31-XII-1936 e 31-XII-1937.
*1938, os distritos de Carmo e Santana foram
reconduzido à condição de zonas administrativas do distrito sede do município
de Goiás e o distrito de São José do Araguaia passou a denominar-se
Bandeirantes e São José de Mossâmede a denominar-se simplesmente Mossâmede. Sob
o mesmo Decreto, o distrito de Cachoeira deixa de pertencer ao município de
Goiás para ser anexado ao município de Paraúna.
*1938, o distrito de Barra passou a denominar-se
Buenolândia, Ilha do Bananal a chamar-se Macaúba e Rio Claro tomou o nome de
Itajubá.
*1943, são criados os distritos de Ceres
(ex-povaodo de Colônia Agrícola) e Xixá, ambos com terras desmembradas do
distrito de Itaiú e anexados ao município de Goiás. Sob o mesmo Decreto o
distrito de Macaúba deixa de pertencer ao município de Goiás para ser anexado
ao de Porto Nacional e o distrito de Bandeirante a pertencer ao município de
Itacê. E ainda, os distritos de Santa Rita da Anta a denominar-se Jeroaquara,
Itajubá a denominar-se Iporã, Leopoldina a denominar-se Aruanã e Ouro Fino a
chamar-se Itaiú.
No quadro fixado para vigorar no período de
1939-1943, o município é constituído de 13 distritos: Goiás, Buenolândia
(ex-Barra), Caiçara, Carmo, Davinópolis, Itajubá (ex-Rio Claro), Leopoldina,
Macaúba (ex-Ilha do Bananal), Mossâmedes, Ouro Fino, Registro do Araguaia,
Santa Rita da Anta e Bandeirantes (ex-São José do Araguaia).
No quadro fixado para vigorar no período de
1944-1948, o município é constituído de 11 distritos: Goiás, Aruanã
(ex-Leopoldina), Buenolândia (ex-Barra), Ceres (ex-povoado de Colônia
Agrícola), Davinópolis, Iporá (ex-Itajubá), Itaiú (ex-Ouro Fino), Jeroaquara
(ex-Santa Rita de Antas), Mossâmedes, Registro do Araguaia e Xixa.
*1948, é criado o distrito de São Luiz do Montes
Belos (ex-povoado) e anexado ao município de Goiás.
*1948, é criado o distrito de Carmo do Rio Verde
(ex-povoado) e anexado ao município de Goiás.
*1948, é criado o distrito de Córrego do Ouro
(ex-povoado) e anexado ao município de Goiás.
*1948, é desmembrado do município de Goiás o
distrito de Iporá. Elevado à categoria de município.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1950, o
município é constituído de 12 distritos: Goiás, Aruanã, Buenolândia, Carmo do
Rio Verde, Córrego do Ouro, Ceres, Davinópolis, Itaiú, Jeroaquara, Mossâmedes,
Registro do Araguaia, Xixa e São Luiz do Montes Belos.
*1952, é desmembrado do município de Goiás o
distrito de Carmo do Rio Verde. Elevado à categoria de município.
*1952, é desmembrado do município de Goiás o
distrito de Mossâmedes. Elevado à categoria de município.
*1953, é desmembrado do município de Goiás o
distrito de Xixá. Elevado à categoria de município com a denominação de
Itapuranga.
*1953, é desmembrado do município de Goiás o
distrito de Ceres. Elevado à categoria de município.
*1953, é criado o distrito de Itapirapuã
(ex-povoado) com terras desmembrada do distrito de Aruanã e anexado ao
município de Goiás.
*1953, é criado o distrito de Jussara (ex-povoado
de Colônia do Água Limpa) com terras desmembrada do distrito de Aruanã e
anexado ao município de Goiás.
*1953, é desmembrado do município de Goiás o
distrito de São Luiz do Monte Belos. Elevado à categoria de município.
*1953, é desmembrado do município de Goiás o
distrito de Córrego do Ouro. Elevado à categoria de município.
*1953, é criado o distrito de Caiçara (ex-povoado)
e anexado ao município de Goiás.
*1954, é criado o distrito de Aropi (ex-povoado)
com terras desmembradas do distrito de Registro do Araguaia e anexado ao
município de Goiás.
*1954, o distrito de Aropi passou a denominar-se
Mendelânida.
*1955, o distrito de Mendelândia teve sua
denominação alterada para Diorama.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1955, o
município é constituído de 11 distritos: Goiás, Aruanã, Buenolândia, Caiçara,
Davinópolis, Itaiú, Itapirapuã, Jeroaquara, Jussara, Mendelândia e Registro do
Araguaia.
Pela Lei Municipal n.º 203, de 25-04-1956, é criado
o distrito de Uvá e anexado ao município de Goiás.
Pela Lei Municipal n.º 203, de 17-11-1956, o
distrito de Davinópolis passou a denominar-se Davidópolis.
Pela Lei Municipal n.º 216, de 18-05-1957, é criado
o distrito de Santa Fé (ex-povoado) e anexado ao município de Goiás.
*1957, é criado o distrito de São Sebastião do Rio
Claro (ex-povoado) com terras desmembradas dos distritos de Jussara, Aruanã e
Registro do Araguaia e anexado ao município de Goiás.
*1958, é criado o distrito de Juscelândia e anexado
ao município de Goiás.
Pela Lei Municipal n.º 244, de 30-01-1958, é criado
o distrito de Salobinho (ex-povoado) e anexado ao município de Goiás.
*1958, é criado o distrito de Mozarlândia e anexado
ao município de Goiás.
Pela Lei Estadual n.º 2.113, de 14-11-1958, é
desmembrado do município de Goiás o distrito de Itapirapuã. Elevado à categoria
de município.
*1958, são desmembrados do município de Goiás os
distritos de Jussara, Juscelãndia, Santa Fé e São Sebastião do Rio Claro, para
formar o novo município de Jussara.
*1958, são desmembrados do município de Goiás os
distritos de Diorama, Registro do Araguaia e Salobinha, para formar o novo
município de Diorama.
*1958, é desmembrado do município Goiás o distrito
de Aruanã. Elevado à categoria de município.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o
município é constituído de 8 distritos: Goiás, Buenolândia, Caiçara,
Davidópolis (ex Davinópolis), Itaiú, Jeroaquara, Mozarlândia e Uvá.
*1963, é criado o distrito Cavalo Queimado e
anexado ao município de Goiás.
*1963, é desmembrado do município de Goiás o
distrito de Mozarlândia. Elevado à categoria de município.
*1963, o município é constituído de 8 distritos:
Goiás, Buenolândia, Caiçara, Cavalo Queimado, Davidópolis, Itaiú, Jeroaquara e
Uvá.
*1966, o distrito de Itaiú passou a denominar-se
Calcilândia.
*1966, é criado o distrito de Faina e anexado ao
município de Goiás.
*1968, é criado o distrito de São João e anexado ao
município de Goiás.
*1968, o distrito de Cavalo Queimado passou a
denominar-se Araguapaz.
Pelo Ato Complementar n.º 46, de 07-02-1969, são
extintos os distritos de São João e Faina sendo seus territórios anexados ao
distrito sede do município de Goiás.
*1976, é recriado o distrito de São João, sendo seu
território anexado ao município de Goiás.
Em divisão territorial datada de 1-I-1979, o
município é constituído de 9 distritos: Goiás, Araguapaz (ex-Cavalo Queimado),
Buenolândia, Caiçara, Calcilândia (ex-Itaiú), Davidópolis, Jeroaquara, São João
e Uvá.
*1982, é desmembrado do município de Goiás o
distrito de Araguapaz. Elevado à categoria de município.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1983, o
município é constituído de 8 distritos: Goiás, Buenolândia, Caiçara,
Calcilândia, Davidópolis, Jeroaquara, São João e Uvá.
*1988, são desmembrados do município de Goiás os
distritos de Faina, Caiçara e Jereoquara, para formar o novo município de
Faina.
Em divisão territorial datada de 2003, o município
é constituído de 6 distritos: Goiás, Buenolândia, Calcilândia, Davidópolis, São
João e Uvá.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de
2018.”
Fonte:
Goiás (GO). Prefeitura. 2017. Disponível em: < http://www.cidadedegoias.com.br/historico.html. > Acesso em: mar. 2017.
© 2023
(IBGE –
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Goiás: Fotos, História e Formação
Administrativa.
Disponível em: < https://cidades.ibge.gov.br/brasil/go/goias/historico > Acesso em 07/04/2023.)
COMENTÁRIO COMPLEMENTAR (Prof. José Antônio
Brazão.):
Com o
aumento da população, veio a ocorrer aumento de distritos e cidades
consequentemente, fruto igualmente do aumento da agricultura, do comércio e da
indústria, a fim de atender às necessidades dessa população e, com grande
reforço nos ganhos (lucros), do mercado externo, seja com outros estados
brasileiros, seja até mesmo com países estrangeiros – Goiás, hoje, exporta
vários produtos para o mundo afora.
Segundo
o site do Governo de Goiás: “Goiás está entre os dez Estados que mais
exportaram em 2022”. E acrescenta:
“O Estado de Goiás fechou 2022 com um
acréscimo de 51,5%, no número de bens e produtos exportados, em relação a 2021.
Em dólares, significa uma arrancada de US$ 9,3 bilhões para US$ 14,1 bilhões, o
que fez Goiás também melhorar no ranking nacional das unidades federativas, já
que subiu três posições e passou da 11ª colocação para a 8ª. O saldo comercial
desse período acumulou superávit de mais de US$ 8 bilhões.
Os principais produtos goianos exportados em
2022 foram: Complexo Soja (55,00%), Carnes (13,73%), Ferroligas (6,79%),
Complexo Milho (6,78%) e Ouro (3,54%). Já os importados foram: Adubos
fertilizantes (33,53%), Produtos farmacêuticos (21,24%), Veículos automóveis
(8,87%), Máquinas e suas partes (8,15%) e Produtos químicos orgânicos (6,75%).”
(GOVERNO DE GOIÁS. Goiás
aumenta exportação em 51,5% e sobe no ranking nacional. Disponível em: < https://www.goias.gov.br/servico/43-economia/128244-em-um-ano-goi%C3%A1s-aumenta-exporta%C3%A7%C3%A3o-em-51,5-e-sobe-no-ranking-nacional.html#:~:text=Os%20principais%20produtos%20goianos%20exportados,Ouro%20(3%2C54%25). > Acesso em 08/04/2023.)
E
quanto se obteve de lucro? Segundo o site do Governo de Goiás: “Número passa
de US$ 9,3 bilhões, em 2021, para US$ 14,1 bilhões, em 2022. Programas lançados
pela gestão estadual, aliados à qualidade e condições dos produtos goianos,
conduziram ao bom resultado comercial.” (GOVERNO DE GOIÁS. Idem.).
Curiosamente, neste trecho se pode ver claramente a relação entre a produção e
o Estado.
O
braço do Estado, seja ele de Goiás, seja com apoio do governo federal, no
decorrer do tempo, não somente agora, sempre foi importante, teve e tem grande
peso como apoiador de primeira hora dos grupos e a influência destes sobre o
poder estatal – no caso da República, basta lembrar os coronéis da República do
Café com Leite, o apoio de Getúlio Vargas a Pedro Ludovico e aos grupos a ele
ligados, até governos internos, inclusive dominados por famílias tradicionais
enriquecidas com a agricultura e o comércio e por outros grupos enriquecidos e
em enriquecimento (industriais, empresários, donos de empresas nacionais e
multinacionais [de veículos automotores, por exemplo], banqueiros, etc.) que foram se instalando, no transcorrer de
muitas décadas, em Goiás. Uma parceria que teve e tem impacto tanto em termos
estaduais quanto nacionais, com representantes desses grupos inclusive no
Congresso Nacional (para citar um pequeno exemplo: parte da bancada ruralista)!
Para
reforçar a economia, mais um elemento: o TURISMO – seja ele de passeio, seja
ele religioso, seja ele de comércio e empreendedorismo, seja por outro motivo,
a trazer muito dinheiro para o Estado de Goiás. Sobre o turismo se comentará em
outra aula, tema de grande importância para se entender o Estado.
A
pujança atual do Estado de Goiás se deve, como se pode ver, à sua história, à
sua construção e à sua influência crescente, fruto de projetos e de ações. Um
Estado onde muita gente vive e convive, seja gente goiana pé no chão, nele
nascida, seja também gente vinda de outros lugares do país e até de fora.
MAPA 1:
|
FONTE DO MAPA:
WIKIVOYAGE. GOIÁS
(Estado). Disponível em: < https://pt.wikivoyage.org/wiki/Goi%C3%A1s_%28estado%29#/media/Ficheiro:Regions_of_Goias_(pt).png >
Acesso em 08 de abril de 2023.
MAPA 2:
FONTE DO MAPA 2:
GOVERNO DE GOIÁS. Goiás tem novo Mapa da Regionalização do Turismo. Disponível em: < https://www.goias.gov.br/servico/100875-goias-tem-novo-mapa-da-regionalizacao-do-turismo.html > Acesso em 08/04/2023.
MAPA 3:
FONTE DO MAPA 3:
GOIÁS TURISMO. Governo de Goiás divulga novo Mapa do Turismo que passa a contar com 92
municípios. Disponível em: < https://www.turismo.go.gov.br/index.php/noticias/1764-governo-de-goias-divulga-novo-mapa-do-turismo-que-passa-a-contar-com-92-municipios >
Acesso em 08/04/2023.
MAPA 4:
CONJUNTO DE MAPAS DO ESTADO DE GOIÁS E OUTRAS
INFORMAÇÕES: VER
NAS REFERÊNCIAS BÁSICAS, logo após a conclusão, particularmente no Observatório Geográfico de Goiás
da UFG.
CONCLUSÃO (Prof. José Antônio.):
No decorrer da apresentação
do tema em estudo, a relação entre o desenvolvimento das cidades, em Goiás,
como em outros lugares do Brasil, no transcurso da história, deu-se pela
aliança entre interesses econômicos (ouro, agricultura, comércio,
industrialização e outros) e políticos, a busca de melhoria de vida por muitas
pessoas, até mesmo de enriquecimento em alguns casos (exemplo, da era do ouro).
Um crescimento que não
foi contínuo, como bem prova a queda populacional na época do final do período
aurífero, mas que teve impulsos outros, igualmente econômicos, como o
desenvolvimento e aperfeiçoamento da agricultura, em seu caráter intensivo
(produzindo mais, em menos tempo, em terrenos iguais ou maiores, com auxílio de
máquinas e conhecimento propriamente científico, aliado ao conhecimento
prático acumulado no transcurso de milênios).
Tudo isto, aliado a
projetos de grupos economicamente dominantes, viria a ter grande impacto na
história goiana dos últimos séculos e, sobretudo, nos dois últimos (séculos XX
e XXI). O conteúdo apresentado aqui é apenas uma pequena contribuição, junto
com muitas outras até mais aprimoradas e aprofundadas, para o entendimento da
formação do povo goiano, de sua cultura e de sua história.
REFERÊNCIAS BÁSICAS:
GOVERNO
DE GOIÁS. Goiás tem novo Mapa da Regionalização do Turismo. Disponível
em: < https://www.goias.gov.br/servico/100875-goias-tem-novo-mapa-da-regionalizacao-do-turismo.html > Acesso em 08/04/2023.
GOVERNO DE GOIÁS. Goiás
aumenta exportação em 51,5% e sobe no ranking nacional. Disponível em: <
https://www.goias.gov.br/servico/43-economia/128244-em-um-ano-goi%C3%A1s-aumenta-exporta%C3%A7%C3%A3o-em-51,5-e-sobe-no-ranking-nacional.html#:~:text=Os%20principais%20produtos%20goianos%20exportados,Ouro%20(3%2C54%25). > Acesso em 08/04/2023.
GOIÁS
TURISMO. Governo
de Goiás divulga novo Mapa do Turismo que passa a contar com 92 municípios. Disponível em: < https://www.turismo.go.gov.br/index.php/noticias/1764-governo-de-goias-divulga-novo-mapa-do-turismo-que-passa-a-contar-com-92-municipios > Acesso em 08/04/2023.
IBGE –
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Goiás: Fotos, História e
Formação Administrativa. Disponível em: < https://cidades.ibge.gov.br/brasil/go/goias/historico > Acesso em 07/04/2023.
ROMEIRO,
Julieta et
alii. Diálogo: Ciências Humanas e
Sociais Aplicadas. São
Paulo, Moderna, 2020/2021. Seis volumes.
UFG –
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS. Observatório Geográfico de Goiás UFG – MAPAS. Disponível em: < https://observatoriogeogoias.iesa.ufg.br/p/2343-mapas > Acesso em 08/04/2023.
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