segunda-feira, 27 de março de 2023

SEGUNDO BIMESTRE – AULA 9 DE TÓPICOS DE CIÊNCIAS HUMANAS DOS SEGUNDOS ANOS: AGRICULTURA EM GOIÁS (CONTINUAÇÃO) (Prof. José Antônio Brazão.)

  

SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA/SECRETARIA DE EDUCAÇÃO

COMANDO DE ENSINO POLICIAL MILITAR

 CEPMG - VASCO DOS REIS

Divisão de Ensino / Coordenação Pedagógica


SEGUNDO BIMESTRE – AULA 9 DE TÓPICOS DE CIÊNCIAS HUMANAS DOS SEGUNDOS ANOS:

AGRICULTURA EM GOIÁS (CONTINUAÇÃO):

*VER RESTANTE DO TEXTO DA AULA 8.

OBS.: O TEXTO ABAIXO TEM USO EXCLUSIVAMENTE DIDÁTICO. Dele se fará uma apresentação em forma de resumo-esquema, posteriormente a ser acrescentado aqui.

Textos a citar e explicar/comentar:

ESQUEMATIZAR NO QUADRO E EXPLICAR:

(FAZER RESUMO-ESQUEMA)

Texto 1:

A Produção de Ouro Em Goiás: A partir do ano de 1725 o território goiano inicia sua produção aurífera. Os primeiros anos são repletos de achados. Vários arraiais vão se formando onde ocorrem os novos descobertas, o ouro extraído das datas era fundido na Capitania de São Paulo. Os primeiros arraiais vão se formando aos arredores do rio vermelho, Anta, Barra, Ferreiro, Ouro Fino e Santa Rita que contribuíram para a atração da população. À medida que vão surgindo novos descobertos os arraiais vão se multiplicando por todo o território. Toda essa expansão demográfica serviu para disseminar focos de população em várias partes do território e, dessa forma, estruturar economicamente e administrativamente várias localidades, mesmo que sobre o domínio da metrópole Portuguesa, onde toda produção que não sofria o descaminho era taxada.” (NOVA CONCURSOS. HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE GOIÁS E GOIÂNIA. Disponível em: < https://www.novaconcursos.com.br/blog/pdf/historia-geografia-goias-goiania.pdf > Acesso em 25/03/2023. P. 1.)

 

Texto 2:

A Decadência da Mineração. A diminuição da produtividade das minas é a característica marcante do início da decadência do sistema, esse fenômeno passa a ocorrer já nos primeiros anos após a descoberta. Com a exaustão das minas superficiais e o fim dos novos descobertos, fatores dinâmicos da manutenção do processo expansionista da mineração aurífera, a economia entra em estagnação, o declínio da população ocasionado pelo fim da imigração reflete claramente a desaceleração de vários setores como o comércio responsável pela manutenção da oferta de gêneros oriundos das importações. A agropecuária que, embora sempre orientada para a subsistência, fornecia alguns elementos e o próprio setor público sofria com a queda da arrecadação. Após verificar o inevitável esgotamento do sistema econômico baseado na extração do ouro a partir do segundo quartel do século XVIII, o governo Português implanta algumas medidas visando reerguer a economia no território, dentre elas o incentivo à agricultura e à manufatura, e a navegação dos rios Araguaia, Tocantins, e Paranaíba, que se fizeram indiferentes ao desenvolvimento do sistema. Ocorre então a falência do sistema e o estabelecimento de uma economia de subsistência, com ruralização da população e o consequente empobrecimento cultural.” (Idem, p. 1.)

 

Texto 3:

“Agropecuária nos séculos XIX e XX A característica básica do século XIX foi a transição da economia extrativa mineral para a agropecuária, os esforços continuados do império em estabelecer tal economia acabaram se esbarrando, nas restrições legais que foram impostas inicialmente, como forma de coibir tais atividades, a exemplo da taxação que recaía sobre os agricultores, e também em outros fatores de ordem econômica, como a inexistência de um sistema de escoamento adequado, o que inviabilizava as exportações pelo alto custo gerado, e cultural, onde predominava o preconceito contra as atividades agropastoris, já que a profissão de minerador gerava status social na época.

Goiás chegou ao século XX como um território de representatividade economica. Nesse século iria se concretizar a agropecuária no Estado, como consequência do processo de expansão da fronteira agrícola para a região central do país. Nas primeiras décadas do século em questão, o Estado permaneceu com baixíssima densidade demográfica, onde a maioria da população se encontrava espalhada por áreas remotas do território, modificando-se apenas na segunda metade do mesmo século. O deslocamento da fronteira agrícola para as regiões centrais do país foi resultado da própria dinâmica do desenvolvimento de regiões como São Paulo, Minas Gerais e o Sul do País, que ao adaptarem sua economia com os princípios capitalistas realizaram uma inversão de papéis, onde regiões que eram consumidoras de produtos de primeira necessidade passaram a produzir tais produtos e as regiões centrais, antes produtoras desses produtos passaram a produzir os produtos industrializados que antes eram importados.

As estradas de ferro e a modernização da economia de goiana e as transformações econômicas com a construção de Goiânia e Brasília.

A distância do estado em relação aos principais centros exportadores onerava a produção goiana, inviabilizando a comercialização dos excedentes agrários, acrescenta-se a isso o fato do elevado custo do dia de trabalho nas empreitas, que chegava a ser superior ao preço da terra, dificultando o desenvolvimento do processo produtivo agrícola. Para Estevam in Ferreira, I. M. e Mendes, E. P. P.(2009), “as relações socioeconômicas em Goiás, durante as primeiras décadas do século XX, permaneceram nos trâmites tradicionais até a década de 1960”. “A implantação das ferrovias que davam acesso a São Paulo possibilitou a ampliação da demanda agrícola e a valorização das terras goianas”.

O crescimento e a especialização da agropecuária em Goiás ocorreram a partir das primeiras décadas do século XX graças ao avanço da fronteira agrícola do Sudeste. Outros fatores que deram sustentação para tal expansão foi à implantação de uma infraestrutura de transporte, as mudanças político institucionais após 1930 e a construção de duas capitais (Goiânia e Brasília).

Embora a economia goiana tivesse uma aparente autonomia, a especialização da produção agrária deu-se, principalmente em decorrência da demanda criada pela economia paulista, que era responsável pelo fornecimento dos produtos primários e representava um mercado para os produtos de uma indústria emergente. Segundo Ferreira, I. M. e Mendes, E. P. P.(2009):

“Goiás passou a substituir as rotas comerciais nordestinas, integrando-se ao mercado brasileiro como produção marginal, em que o fator de produção mais atrativo era a própria terra. O sistema produtivo era pouco diversificado, apoiando-se na produção de arroz e na criação de gado. A construção de Goiânia, na década de 1930, e a divulgação política agrária de uma ‘Marcha para o Oeste’ aceleraram o processo de reorganização espacial. O projeto de colonização agrícola nacional de Goiás deixou marcas na estrutura local. A integração de Goiás ao circuito do mercado brasileiro apoiou-se no sistema exportador ferroviário. Em 1935 chega até Anápolis a Estrada de Ferro Goiás, trazendo à região as demandas paulistas por produtos alimentícios, auxiliada por duas outras ferrovias – a Companhia Paulista de Estrada de Ferro, que chegava até Barretos (SP), e a Companhia Mogiana de Estrada de Ferro, que ligava Campinas (SP) a Araguari (MG). A rede ferroviária proporcionou estreitamento da articulação inter-regional com São Paulo, convertendo o Triângulo Mineiro em entreposto mercantil e, ainda, incrementou a urbanização e fomentou a produção agrícola comercial, embora não tenha eliminado as relações tradicionais de trabalho”.

Foi com a crise internacional de 1929 que se deu a organização da produção, tendo como base uma economia primário-exportadora. Assim, Goiás passou a atuar como fornecedor de gêneros alimentícios e matérias-primas ao mercado brasileiro, sendo gradativamente, incorporado ao processo produtivo nacional.

A incorporação de Goiás à economia brasileira é reforçada no final da década de 60 e início de 70, pela estratégia de ocupação da Amazônia e do Planalto Central. Visando ampliar o mercado e os investimentos em infraestrutura, integrando o Centro-Oeste aos núcleos dinâmicos e modernos da economia brasileira.” (Idem ibidem, p. 2.)

SEGUNDO BIMESTRE - AULA 9 DE TÓPICOS DE CIÊNCIAS HUMANAS DO PRIMEIRO ANO: BANDEIRAS AURÍFERAS (Prof. José Antônio Brazão.)

  

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COMANDO DE ENSINO POLICIAL MILITAR

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SEGUNDO BIMESTRE

AULA 9 DE TÓPICOS DE CIÊNCIAS HUMANAS DO PRIMEIRO ANO:

BANDEIRAS AURÍFERAS (Prof. José Antônio Brazão.)

INTRODUÇÃO (Prof. José Antônio.):

O ouro é um metal relativamente incomum e precioso por conta de sua cor, de sua maleabilidade (capacidade de ser moldado), sua quase raridade (ainda que não tanta como a de outros metais), sua perenidade (capacidade de resistir à ferrugem e durar muito tempo), entre outras características. Fruto de processos que o fizeram e fazem surgir em estrelas massivas e supernovas (estrelas que explodiram ou explodem, por conta de sua massa e sua instabilidade).

Desde tempos muito antigos, como os mencionados na Bíblia e em livros de história, diferentes povos se interessaram pelo ouro e sua busca incessante. Até hoje o ouro é valorizado, havendo lugares do mundo, em alguns países, como o Fort Knox nos EUA, que guardam depósitos de ouro em barra. Ouro também usado para fazer joias, incrustações (fixações) diversas, incluindo o seu uso em pó em certos alimentos caros, em alguns países.

O ouro foi, desde muito tempo, fruto de disputas e de conflitos graves. Ainda é. A Bíblia, por exemplo, menciona o saque do ouro contido no Templo de Jerusalém, tanto pelos Babilônicos quanto, bem depois, pelos Romanos, impérios do mundo antigo. O ouro também viria a ser buscado e imensamente desejado pelos espanhóis e portugueses, no mundo moderno, entre os séculos XV e XIX. Os espanhóis, por exemplo, saqueariam povos como os maias e astecas, da América Central, e Incas, da América do Sul, vindo a impor uma escravidão em minas, sem condições adequadas de vida e até de sobrevivência.

Os portugueses, em sua sede por ouro e pedras preciosas, como os espanhóis, seguiram os passos destes, no afã de construir também seu império. De fato, com a riqueza advinda do ouro, da prata e inclusive de pedras preciosas, Espanha e Portugal viriam a ser, por vários séculos, grandes potências marítimas.

No Brasil, os portugueses fariam largo uso das chamadas bandeiras e entradas, com aventureiros e desbravadores armados e ambiciosos. Enfim, o ouro seria descoberto e, com ele, o fortalecimento de Portugal e o reforço na gerência do Brasil. Entre os bandeirantes, no caso de Goiás, não se pode deixar de falar das ações de Bartolomeu Bueno da Silva, o Anhanguera apelidado pelos índios, tanto o pai quanto o filho, bem como sua importância para a formação do povo goiano. Claro, nada de exaltação heroica desmedida, mas também não desmerecimento absoluto. Para ser bandeirante, naqueles tempos, além da ambição, era preciso ter certo preparo no uso de armas e muita coragem para enfrentar regiões desconhecidas, bem como uma vida nada fácil, como se pôde ver em uma das aulas anteriores. Em diversos casos, não se pode olvidar [esquecer], foram responsáveis por muita matança e até extermínio de tribos indígenas e quilombolas. Sem dúvida, no caso de Goiás, ajudaram a forjar a posterior capitania e o futuro Estado.

 

TEXTO INICIAL DA APOSTILA DE CULTURA GOIANA DO COMANDO DE ENSINO DA POLÍTICA MILITAR DO ESTADO DE GOIÁS:

“Aula 2 [do segundo bimestre]:

Conteúdo: Bandeiras auríferas.

Habilidade: (EM13CHS301)

Objetivo de aprendizagem: (EM13CHS301) Analisar e avaliar os impactos econômicos e socioambientais de cadeias produtivas ligadas à exploração de recursos naturais e às atividades agropecuárias em diferentes ambientes e escala de análise, considerando ao modo de vida das populações locais e o compromisso com a sustentabilidade.

Sugestão de estratégia: o texto a seguir poderá ser usado como um ponto de partida.

1.1  bandeiras auríferas

IMAGENS: MAPAS DE BANDEIRAS:

Conjunto 1 (Mapas):

https://www.google.com/search?q=mapa+das+bandeiras+saindo+das+capitanias&hl=pt-BR&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwjbl66l9fn9AhXbppUCHZNsA_oQ_AUoAXoECAEQAw&biw=1536&bih=746&dpr=1.25#imgrc=3EVX4Mm_08SQ3M

Conjunto 2 (Bandeirantes):

https://pt.wikipedia.org/wiki/Bandeirantes#/media/Ficheiro:Henrique_Bernardelli_-_Ciclo_da_Ca%C3%A7a_ao_%C3%8Dndio,_Acervo_do_Museu_Paulista_da_USP.jpg

A atividade mineradora passou a ser desenvolvida a partir das expedições exploradoras, conhecidas como entradas e bandeiras. As entradas eram expedições organizadas pelas autoridades portuguesas, cujo objetivo era explorar o interior do Brasil, procurar minas e apresar indígenas e escraviza-los. As bandeiras eram expedições organizadas por particulares, oriundos principalmente de São Paulo. Tais expedições poderiam sair em busca de indígenas, as chamadas bandeiras de apresamento. Outras, as bandeiras de sertanismo de contrato, tinham o objetivo de combater indígenas, considerados hostis aos colonizadores também destruir os quilombos. E as bandeiras de prospecção, que objetivavam procurar pedras preciosas:

Em 1690 descobriram-se as minas de ouro de Minas Gerais. Aquele território até então povoado só por índios, assim como Goiás, começou a cobrir-se de arraiais e de vilas: Vila Rica, Vila do Carmo, entre outras. Em 1718, foram descobertas, muito mais para o interior, as minas de Cuiabá, iniciando-se também o povoamento de Mato Grosso. Foi então que o Anhanguera, paulista que tinha vivido em Minas Gerais, juntamente com outros dois parentes, pediu licença ao rei para organizar uma bandeira que viesse a Goiás buscar minas de ouro (PALACÍM ; MORAES, 2006, p . 9 ).

O Anhanguera mencionado acima, é Bartolomeu Bueno da Silva, o filho, que quando adolescente acompanhou seu pai, o também Bartolomeu Bueno da Silva, o Anhanguera pai, numa expedição as terras goianas. A expedição do Anhanguera pai, saiu de São Paulo no ano de 1682, chegando até o território de Goiás, em busca de ouro, o que não foi encontrado pela bandeira comandada por ele.(APOSTILA DE CULTURA GOIANA DO COMANDO DE ENSINO DA POLÍTICA MILITAR DO ESTADO DE GOIÁS, [década de 2010], pp. 5-6.)

COMENTÁRIO DO PROFESSOR JOSÉ ANTÔNIO BRAZÃO:

*Analisar o mapa acima apresentado, tanto oralmente quanto em sua descrição direta no quadro da sala de aula.

IMAGENS (MAPAS DE BANDEIRAS):

https://www.google.com/search?q=mapa+das+bandeiras+saindo+das+capitanias&hl=pt-BR&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwjbl66l9fn9AhXbppUCHZNsA_oQ_AUoAXoECAEQAw&biw=1536&bih=746&dpr=1.25#imgrc=3EVX4Mm_08SQ3M

PONTOS A DESTACAR:

A Capitania de São Paulo como ponto de partida para muitas bandeiras. A Capitania de São Paulo, à qual pertenciam as terras onde Goiás fica, serviu como ponto de partida para diversas bandeiras: rumo a Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais e até mesmo para o Nordeste, como se pode ver no mapa.

O número de bandeiras, seja em busca de ouro, de índios para escravizar, seja para destruir quilombos como o de Palmares, em Pernambuco (século XVII), mapeamento, entre outros objetivos. Para enfrentar os desafios e escravizar índios era preciso, além de grupo forte, os bandeirantes precisavam ter preparo para lutar, força e armas, como o arcabuz, espadas e facas. Precisavam saber manejar essas armas. Como o desafio era grande e os sofrimentos enfrentados também, a crueldade era grande, aliada à ambição, como foi visto em aula anterior.

A quantidade enorme de léguas percorridas. Os caminhos eram longos, percorridos, na maioria das vezes, a pé e com o auxílio de animais de carga. De acordo com Edson Veiga, da BBC: “Eles eram rudes, geralmente iletrados, passavam longos períodos embrenhados em matas e campos desconhecidos, comiam mal e perseguiam índios.(...)” (Citação: ver nas Referências Bibliográficas).

Mesmo com o Tratado de Tordesilhas (1494), antes de seu fim, no século XVII, com a União Ibérica, como se pode ver no mapa, bandeiras já entravam territórios afora, partindo da Capitania de São Paulo e de outros lugares, como Recife e Olinda, no Pernambuco, bem como de Salvador, na Bahia. Com o fim do Tratado de Tordesilhas, a partir daquela união entre Portugal e Espanha sob o reinado espanhol, entre 1580 e 1640, sem dúvida, as bandeiras se intensificaram.

A ida ao norte em busca de drogas do sertão. Indo para o norte do Brasil, entre outras regiões, um outro elemento se encaixa na busca de fortuna: a obtenção das chamadas drogas do sertão. O que eram as drogas do sertão? De acordo com o UOL EDUCAÇÃO:

As chamadas drogas do sertão abarcavam uma série de produtos como o guaraná, o anil, a salsa, o urucum, a noz de pixurim [uma amêndoa parecida com o amendoim], pau-cravo, gergelim, cacau, baunilha e castanha-do-pará. Todas essas especiarias tinham alto valor de revenda no Velho Continente e, com isso, logo o contrabando apareceu nessas áreas. Para controlar a exploração das drogas do sertão, Portugal optou por deixar a exploração desses gêneros a cargo das missões jesuíticas que empregava mão-de-obra indígena.
A descoberta das drogas do sertão ocorreu em um período em que a busca por especiarias no Mundo Oriental estava em franco processo de decadência. Dessa maneira, a exploração da região norte teve grande desenvolvimento no momento em que assumiu o papel econômico outrora desempenhado por outras nações. Além disso, a busca e o comércio das drogas do sertão tiveram fundamental importância para a ocupação da região norte do Brasil.”
(UOL MUNDO EDUCAÇÃO. Drogas do sertão. Disponível em: < https://mundoeducacao.uol.com.br/historiadobrasil/drogas-sertao.htm > Acesso em 25/03/2023.) (O que está entre chaves[] é meu. O negrito também.)

IMAGENS (DROGAS DO SERTÃO):

Conjunto 1:

https://www.google.com/search?q=drogas+do+sert%C3%A3o&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwjgjYLL-_n9AhUGq5UCHZDiAzYQ_AUoAXoECAIQAw&biw=1536&bih=746&dpr=1.25#imgrc=xYM2krAHzn2MaM&imgdii=JnPVLez-mDWGlM

Conjunto 2:

https://www.google.com/search?q=drogas+do+sert%C3%A3o&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwjgjYLL-_n9AhUGq5UCHZDiAzYQ_AUoAXoECAIQAw&biw=1536&bih=746&dpr=1.25#imgrc=roR7KDF5YaKEdM

Como se pode ver, o comércio realizado por meio dos bandeirantes era variado e suas atividades também. O termo droga, às vezes incomoda, por conta do significado que tem (“Droga: qualquer substância que é capaz de modificar a função dos organismos vivos, resultando em mudanças fisiológicas ou de comportamento” [UNIFESP]). Originalmente, esse termo (droga), de acordo com a UNIFESP, definia: “Origem da palavra: droga vem da palavra droog ( holandês antigo) que significa folha seca. Isto porque, antigamente, a maioria dos medicamentos era à base de vegetais.” (UNIFESP. Ver citação completa nas Referências). Aqui, como foi usado naqueles tempos da colonização, o termo se refere a PLANTAS e produtos advindos de plantas, que serviam para alimentação, tempero (condimentos, especiarias), como remédios (uso medicinal, sem dúvida alguma), entre outros, muito apreciados na Europa e usados como substituintes das especiarias advindas das Índias e do Oriente, ainda que não as substituíssem totalmente. E sertão? Terras interioranas.

No caso do Brasil, como eram abundantes na Região Norte e em regiões próximas, o comércio das drogas do sertão era bom. Além dos produtos terem bom preço, aqueles lugares ficam mais perto de Portugal e da Europa, na travessia do Oceano Atlântico. Ademais, o comércio desse material permitiu a afirmação da presença portuguesa também naquelas regiões (Norte e próximas) do território brasileiro.

Em Goiás, como em Minas Gerais, o incremento populacional, efetivamente, viria com a mineração do ouro, motivando a se trazer, inclusive, negros escravizados para o trabalho pesado. Além da economia, como se verá, o ouro foi muito útil também à arte, por conta de encomendas.

REFERÊNCIAS BÁSICAS:

COMANDO DE ENSINO DA POLÍTICA MILITAR DO ESTADO DE GOIÁS. APOSTILA DE CULTURA GOIANA. [Década de 2010.] Documento impresso.

DEPARTAMENTO DE PSICOBIOLOGIA UNIFESP/EPM. Drogas. Disponível em: < https://www2.unifesp.br/dpsicobio/drogas/defini.htm#:~:text=Origem%20da%20palavra%3A%20droga%20vem,mudan%C3%A7as%20fisiol%C3%B3gicas%20ou%20de%20comportamento. > Acesso em 25/03/2023.

UOL MUNDO EDUCAÇÃO. Drogas do sertão. Disponível em: < https://mundoeducacao.uol.com.br/historiadobrasil/drogas-sertao.htm > Acesso em 25/03/2023.

VEIGA, Edson. Como os bandeirantes, cujas homenagens hoje são questionadas, foram alçados a 'heróis paulistas'. Disponível em: < https://www.bbc.com/portuguese/brasil-53116270 > Acesso em 25/03/2023.

 

SEGUNDO BIMESTRE - AULA 9 DE SOCIOLOGIA DOS SEGUNDOS ANOS. DEMOCRACIA, CIDADANIA E DIREITOS HUMANOS: OS DIREITOS HUMANOS NO PASSADO PRÓXIMO E HOJE (Prof. José Antônio Brazão.):

  

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SEGUNDO BIMESTRE

AULA 9 DE SOCIOLOGIA DOS SEGUNDOS ANOS:

DEMOCRACIA, CIDADANIA E DIREITOS HUMANOS:

OS DIREITOS HUMANOS NO PASSADO PRÓXIMO E HOJE (Prof. José Antônio Brazão.):

Quando se fala em direitos humanos, é preciso ver que a luta em favor deles não é de hoje. É antiga. Se se fizer uma viagem no tempo, na imaginação e com base nos documentos, poder-se-á ver que já na antiguidade havia empenho para que direitos básicos fossem obtidos e garantidos, inclusive, por meio de textos legais-religiosos. Um texto curioso, é o que trata do direito ao descanso semanal, como se pode ver na Bíblia judaica e na Bíblia cristã.

Um dos mandamentos da Lei Divina, segundo o livro do Êxodo (Êxodo, cap. 20, versículo 4 diz o seguinte:

“Lembra-te do dia de sábado, para santificá-lo. Trabalharás seis dias e neles farás todos os teus trabalhos, mas o sétimo dia é o sábado dedicado ao Senhor, o teu Deus. Nesse dia não farás trabalho algum, nem tu, nem teus filhos ou filhas, nem teus servos ou servas, nem teus animais, nem os estrangeiros que morarem em tuas cidades. Pois em seis dias o Senhor fez os céus e a terra, o mar e tudo o que neles existe, mas no sétimo dia descansou. Portanto, o Senhor abençoou o sétimo dia e o santificou.” (BÍBLIA ONLINE. Êxodo, cap. 20, versículo 4. Disponível em: < https://www.bibliaon.com/os_10_mandamentos/ > Acesso em 25/03/2023.)

Curiosamente, além da pessoa propriamente dita (o judeu), a obediência do sábado, com caráter divino, se estende a membros da família e ainda a servos, servas, animais e até a estrangeiros que morassem nas cidades do povo judeu (israelita). O texto menciona até mesmo o fato de o dia de descanso seguir o acontecimento de Deus ter descansado no sétimo dia, após os seis dias da criação, mencionados nos dois primeiros capítulos do Livro do Gênesis (Gênesis, cap. 1,1 ao cap. 2,4). O descanso inclui os próprios animais!

O descanso como um direito e, ao mesmo tempo, uma obrigação com caráter divino, religioso, um dia a ser dedicado ao descanso e ao próprio Deus. Um direito que reapareceria, ao longo dos séculos, e viria a se firmar em leis claras, especialmente, no mundo ocidental (influenciado pelo pensamento e a cultura da Europa). O cristianismo assimilou essa lei, o islamismo também, ainda que em dias diferentes: o domingo e a sexta-feira, respectivamente.

A luta pelos demais direitos humanos teriam, ao longo dos séculos, um caráter humanístico (embates), mas ainda também religioso, com os Livros Sagrados incentivando, de certa maneira, o empenho de diferentes pessoas em prol dos direitos humanos: direito à vida, à liberdade, ao trabalho, a uma carga horária menor de trabalho e outros tantos. É claro, a influência de posições filosófico-sociológicas, históricas, viriam a ter peso sobre a luta por direitos humanos: discussões éticas, por exemplo, foram imprescindíveis.

Um caso que vale a pena ser citado, de luta pelos direitos humanos, encontra-se no Frei Bartolomeu de Las Casas, espanhol que viveu entre os séculos XV e XVI e que viria a se empenhar intensamente em prol dos direitos dos índios em colônias espanholas na América. De acordo com a Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas:

“(...)Em 1510, Bartolomeu de Las Casas retornou à ilha Espanhola, agora como missionário, para combater o tratamento cruel e desumano dado aos índios pelos colonizadores. Para defender os índios no novo continente, Bartolomeu viajou várias vezes à Espanha, apelando aos oficiais do governo e a todos que o quisessem ouvir. Desde que ingressou na vida religiosa dominicana, ele se dedicou à causa indígena em defesa da vida, da liberdade e da dignidade. Lutou, também, para que tivessem direitos políticos, de povos livres e capazes de realizar uma nova sociedade, mais próxima do Evangelho.” (PIA SOCIEDADE FILHAS DE SÃO PAULO PAULINAS. Bartolomeu de Las Casas. Disponível em: < https://arquisp.org.br/liturgia/santo-do-dia/bartolomeu-de-las-casas > Acesso em 25/03/2023.)

Entre as posições filosófico-sociológicas, mais próximos do século XXI encontram-se os socialistas utópicos e científicos, que imaginavam, propunham e lutavam por uma sociedade igualitária. Karl Marx e Friedrich Engels, inclusive, escreveram o Manifesto Comunista (século XIX), no qual falam da luta pela construção de uma sociedade socialista e igual para todos, na qual todos teriam trabalho e direitos garantidos, opostamente à desigual e exploradora sociedade capitalista. E qual era a situação de ataque aos direitos humanos, no século XIX, particularmente, que levou a essa luta?

*Muitas horas de trabalho por dia.

*Trabalho de homens, mulheres e crianças.

*Fábricas insalubres.

*Salários muito baixos.

*Direitos trabalhistas quase inexistentes.

*Atendimento precário ou inexistente a acidentes leves e graves, sem possibilidade de recurso ou de direito, chegando-se a perder o emprego e, pior ainda, perder a vida por esgotamento de sangue ou infecção.

*Entre outros ataques aos direitos humanos.

Antes desses dois grandes pensadores, vale lembrar de pensadores antecedentes que refletiram sobre os direitos humanos. Entre eles, além do já mencionado Bartolomeu de Las Casas, vale citar Thomas Morus (More), inglês do século XVI, que escreveu a Utopia. Nesse livro, imagina uma sociedade ideal, vivendo em uma ilha (Ilha de Utopia), na qual não havia fome, nem desemprego, nem qualquer outra injustiça, havendo justiça efetivamente igual para todos os cidadãos e cidadãs.  O que não se podia fazer era a vadiagem. Todo mundo trabalhando. Uma sociedade organizada e sem corrupção! More denuncia, inclusive, muitas injustiças que via em seu tempo, na Inglaterra. Vale a pena ler o livro.

O socialismo, nos séculos XVIII e, principalmente, XIX em diante, não seria o único movimento de luta por direitos humanos, trabalhistas. Haveriam também o anarquismo e sindicalismo!

No século XX, vale citar o movimento feminista, que se intensifica e se fortalece, lutando em prol dos direitos das mulheres: direito ao voto, direito mais extenso à educação formal, direito de igualdade de condições de trabalho e salários com os homens, entre outros.

Ainda no século XX, com o ocorrido nas duas guerras mundiais, um clamor cada vez maior para a constituição de direitos humanos internacionais, o que ocorreu com formação da ONU – Organização das Nações Unidas, idealizada pela Carta das Nações Unidas, um tratado que nasceu nos primeiros anos da década de 1940, porém:

“As Nações Unidas, entretanto, começaram a existir oficialmente em 24 de outubro de 1945, após a ratificação da Carta por China, Estados Unidos, França, Reino Unido e a ex-União Soviética, bem como pela maioria dos signatários. O 24 de outubro é comemorado em todo o mundo, por este motivo, como o Dia das Nações Unidas.” (ONU. A Carta das Nações Unidas. Disponível em: < https://brasil.un.org/pt-br/91220-carta-das-na%C3%A7%C3%B5es-unidas#:~:text=As%20Na%C3%A7%C3%B5es%20Unidas%2C%20entretanto%2C%20come%C3%A7aram,o%20Dia%20das%20Na%C3%A7%C3%B5es%20Unidas. > Acesso em 25 de março de 2023.)

Com a ONU, a Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 1948, três anos após o fim da II Guerra Mundial (1939 – 1945), documento de referência no empenho em prol dos direitos humanos, ainda hoje.

Duas figuras importantes do século XX, na luta pela garantia e efetivação dos direitos humanos, entre outras muitas pessoas, foram o brâmane indiano Mahatma Gandhi e o Pastor estadunidense Martin Luther King, dos quais se falará, no tempo devido, mais adiante.

Direitos humanos e sua discussão são temáticas vivas, ainda hoje (século XXI), tempo em que situações desumanizantes continuam a existir, como: pobreza dentro e fora do Brasil, escravização de pessoas (com denúncias que têm aparecido com frequência em jornais e até mesmo na internet), guerras, como a da Ucrânia, em que muita gente sofre por conta do jogo de interesses internacional em torno desta e de outras regiões do mundo, o trabalho infantil que continua existindo, infelizmente, além de outros casos que virão a ser discutidos com as aulas por vir.

REFERÊNCIAS:

SILVA, Afrânio et alii. Sociologia em Movimento. (Manual do Professor) 2.ed. São Paulo, Moderna, 2017.

WIKIPÉDIA. Verbete Analfabetismo Político e outros verbetes acima citados. Disponível em: <  https://pt.wikipedia.org/wiki/Analfabetismo_pol%C3%ADtico#:~:text=O%20Analfabeto%20Pol%C3%ADtico%20de%20Bertolt%20Brecht,-Bertolt%20Brecht%20em&text=Ele%20n%C3%A3o%20sabe%20que%20o,rem%C3%A9dio%20dependem%20das%20decis%C3%B5es%20pol%C3%ADticas.&text=e%20estufa%20o%20peito%20dizendo%20que%20odeia%20a%20pol%C3%ADtica. > Acesso em 17 de fevereiro de 2021.

MINISTÉRIO DA CIDADANIA. Ministério da Cidadania abre consulta pública para compor documento-base para os desafios da agenda de Segurança Alimentar e Nutricional. Disponível em: < https://www.gov.br/cidadania/pt-br/noticias-e-conteudos/desenvolvimento-social/noticias-desenvolvimento-social/ministerio-da-cidadania-abre-consulta-publica-para-compor-documento-base-para-os-desafios-da-agenda-de-seguranca-alimentar-e-nutricional > Acesso em 06 de abril de 2021.

WIKIPÉDIA. Disponível em: <  https://pt.wikipedia.org/wiki/Wikip%C3%A9dia:P%C3%A1gina_principal > Acesso em 15 e 16 de março de 2021.

 

SEGUNDO BIMESTRE – AULA 9 DE FILOSOFIA DO PRIMEIRO ANO: OS SOFISTAS (Prof. José Antônio Brazão.)

  

SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA/SECRETARIA DE EDUCAÇÃO

COMANDO DE ENSINO POLICIAL MILITAR

 CEPMG - VASCO DOS REIS

Divisão de Ensino / Coordenação Pedagógica


SEGUNDO BIMESTRE – AULA 9 DE FILOSOFIA DO PRIMEIRO ANO:

OS SOFISTAS (Prof. José Antônio Brazão.)

Entre os séculos seis, cinco e quatro,

Cidades-estados iam crescendo,

Necessidades novas iam surgindo

E da política os quadros

Maior preparação iam exigindo.

IMAGENS (DEMOCRACIA ATENIENSE, na Wikipédia):

https://en.wikipedia.org/wiki/Athenian_democracy

Em slides:

Conjunto 1:

https://en.wikipedia.org/wiki/Athenian_democracy#/media/File:Discurso_funebre_pericles.PNG

Conjunto 2 (Bulé – “assembleia restrita de cidadãos”, no Areópago):

https://pt.wikipedia.org/wiki/Bul%C3%A9

https://pt.wikipedia.org/wiki/Bul%C3%A9#/media/Ficheiro:Areopagus_from_the_Acropolis.jpg

Conjunto 3 (Areópago, onde se reunia a bulé):

https://es.wikipedia.org/wiki/Boul%C3%A9

https://es.wikipedia.org/wiki/Boul%C3%A9#/media/Archivo:Areopagus_from_the_Acropolis.jpg

(Ver também Atos dos Apóstolos cap. 17, posterior a este período.)

Da tradição os valores descrendo,

Os sofistas, filósofos professores,

De cidade em cidade

Seus conhecimentos iam vendendo:

Retórica e Dialética, o domínio da linguagem.

IMAGENS (Grécia Antiga, na Wikipédia):

https://fr.wikipedia.org/wiki/Gr%C3%A8ce_antique

Em slides (conjunto 1, principal):

https://fr.wikipedia.org/wiki/Gr%C3%A8ce_antique#/media/Fichier:Carte_Grece_antique_02.jpg

Jovens e outros em condição de pagar

Eles preparavam para na vida política atuar,

Tão importante nas gregas póleis,

Nas aquecidas discussões

E nas legais decisões.

Em slides (conjunto 2, em português):

https://pt.wikipedia.org/wiki/Gr%C3%A9cia_Antiga#/media/Ficheiro:Greek_Colonization_Archaic_Period-es.svg

Górgias, Protágoras, Trasímaco e outros

A verdade relativizaram,

Dizendo que dependia de cada um.

Dobrando o pensamento,

A visão de muitos convenciam.

Imagens (Protágoras):

https://pt.wikipedia.org/wiki/Prot%C3%A1goras

https://pt.wikipedia.org/wiki/Prot%C3%A1goras#/media/Ficheiro:Salvator_Rosa_-_D%C3%A9mocrite_et_Protagoras.jpg

Trasímaco na Wikipédia:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Tras%C3%ADmaco

Os gregos sofistas caminhos abriram

De antropocêntrica visão,

Sobre o cosmos não se interessando,

Por cada humana questão,

Nas cidades, se preocuparam.

Slides (conjunto 3):

https://it.wikipedia.org/wiki/Sofistica#/media/File:Acropolis_and_agora_of_Athens.jpg

Questões de poder,

De mando e direção,

De Direito e linguística expressão,

Não deixando oportunidade perder

Da Ética e da verdade a discussão.

IMAGENS (ECLÉSIA, assembleia dos cidadãos de cidades-estados gregas):

https://es.wikipedia.org/wiki/Ekkles%C3%ADa

Em slides:

https://es.wikipedia.org/wiki/Ekkles%C3%ADa#/media/Archivo:Demosthenes_before_the_Athenian_Council_by_Louis_Loeb_(1898).jpg

Curiosidade: Da palavra grega Eclésia (assembleia) surgiu o nome IGREJA, em português. Também a palavra eclesiástico (membro da igreja).

O homem de todas as coisas a medida,

Assim Protágoras defendia,

Colocando o humano no centro,

Medida-referência,

Conhecedor da dialética e da ciência.

IMAGENS (Assembleias gregas antigas):

https://www.google.com/search?q=assembleias+gregas+antigas&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwiP_K_Rw-XvAhWhA9QKHYhaDKsQ_AUoAXoECAEQAw&biw=1242&bih=597

Sofismas elaboravam,

Raciocínios capciosos

Com aparência de verdade,

Úteis na arte da persuasão,

Em assembleias, obter apoio e adesão.

IMAGENS (Retórica/dialética):

https://fr.wikipedia.org/wiki/Rh%C3%A9torique

Conjunto 1 (Retórica):

https://fr.wikipedia.org/wiki/Rh%C3%A9torique#/media/Fichier:D%C3%A9mosth%C3%A8ne_s'exer%C3%A7ant_%C3%A0_la_parole_(1870)_by_Jean-Jules-Antoine_Lecomte_du_Nou%C3%BF.jpg

Conjunto 2 (Retórica):

https://es.wikipedia.org/wiki/Ret%C3%B3rica#/media/Archivo:D%C3%A9mosth%C3%A8ne_s'exer%C3%A7ant_%C3%A0_la_parole_(1870)_by_Jean-Jules-Antoine_Lecomte_du_Nou%C3%BF.jpg

Conjunto 3 (Dialética eurística – usada para convencer as pessoas):

https://fr.wikipedia.org/wiki/La_Dialectique_%C3%A9ristique

Górgias, advogando,

De Helena fez a defesa

Com rica argumentação.

Se movida por algum deus ou deusa,

Não teve ela culpa por sua ação.

Tese (afirmação) 1 de Górgias: NADA EXISTE.

https://es.wikipedia.org/wiki/Gorgias#Tesis_1:_Nada_existe

Obs.: O poema de Górgias sobre Helena será estudado em momento propício.

As artes do debate e do convencimento

Ensinavam, por meio de cursos

Em casas e lugares públicos,

Fazendo deles instrumentos

Para obter vitórias no parlamento.   

[Obs.: parlamento, aqui, é assembleia.]

Tese (afirmação) 2 de Górgias: Se alguma coisa existia, seria incompreensível:

https://es.wikipedia.org/wiki/Gorgias#Tesis_2:_Si_algo_existiese,_ser%C3%ADa_incognoscible

Tese (afirmação) 3 de Górgias: Se algo cognoscível, seria incomunicável.

https://es.wikipedia.org/wiki/Gorgias#Tesis_3:_Si_algo_fuese_conocible,_ser%C3%ADa_incomunicable

De debates, em casas, em várias ocasiões,

Os sofistas participavam,

Como os retratados pelo filósofo Platão,

Em diferentes e aquecidos diálogos

De socráticas discussões.

 

Em tais diálogos algum sofista discutia

Seja o amor, a justiça ou outro ético valor.

Enfrentando argumentativamente

O platônico mestre Sócrates,

Expondo suas opiniões.

 

Argumentativamente: com o uso de argumentos (uso de ideias expressas em palavras [em discurso] para defender e negar posições, para CONVENCER as pessoas).

 

Diversos sabiam fazer uso da mitologia

E dos conhecimentos

Históricos, políticos e sociais

Do passado e de seu tempo,

Com lógica própria e maestria.

 

Os sofísticos pensamentos

Abriram caminhos novos,

Demandando respostas

A desafios nada ortodoxos,

Novos conceitos e argumentos.

 

Repensar a linguagem,

A visão de mundo e da educação,

Dos seres divinos a imagem

Proposta pela popular religião,

Fazendo surgir nova filosofia.

 

Hoje, por certo, de forma nada branda,

Sofistas e sofísticas declarações

Existem na política,

Na advocacia e até na propaganda,

No dia a dia e em muitas profissões.

IMAGENS (ESCOLA SOFÍSTICA, na Wikipédia):

https://pt.wikipedia.org/wiki/Escola_sof%C3%ADstica

Em slides:

Imagem 1:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Escola_sof%C3%ADstica#/media/Ficheiro:Bust_Polemon_philosopher_140_AD,_NAMA_427_102864.jpg

No Slideshare (conjunto 1):

https://pt.slideshare.net/leandronazareth/aula-de-filosofia-antiga-tema-sofistas

No Slideshare (conjunto 2):

https://pt.slideshare.net/daysefaro/os-sofistas

OBS.: Fazer uma ponte entre o passado e o presente pode ser muito enriquecedor no aprendizado da filosofia, mostrando sua vivacidade e atualidade!

Há cursos de retórica e dialética ainda hoje. Pagos!

REFERÊNCIAS:

ARANHA, Maria L. de A. e MARTINS, Maria H. P. Filosofando: Introdução à Filosofia. 4.ed. São Paulo, Moderna, 2009.

CHAUÍ, Marilena. Iniciação à Filosofia. 3.ed. São Paulo, Ática, 2017.

WIKIPÉDIA. Verbetes: ZENÃO DE ELEIA, PARADOXOS DE ZENÃO. Disponível em: < https://pt.wikipedia.org/wiki/Wikip%C3%A9dia:P%C3%A1gina_principal > Acesso em 07 de março de 2021.