COMANDO DE
ENSINO POLICIAL MILITAR
CEPMG -
VASCO DOS REIS
Divisão de
Ensino / Coordenação Pedagógica
SEGUNDO BIMESTRE – AULA 9 DE TÓPICOS DE
CIÊNCIAS HUMANAS DOS SEGUNDOS ANOS:
AGRICULTURA EM GOIÁS (CONTINUAÇÃO):
*VER RESTANTE DO TEXTO DA AULA 8.
OBS.: O TEXTO ABAIXO TEM USO EXCLUSIVAMENTE DIDÁTICO. Dele se fará uma apresentação em forma de resumo-esquema, posteriormente a ser acrescentado aqui.
Textos a citar e explicar/comentar:
ESQUEMATIZAR NO QUADRO E EXPLICAR:
(FAZER RESUMO-ESQUEMA)
Texto 1:
“A Produção de Ouro Em Goiás: A partir
do ano de 1725 o território goiano inicia sua produção aurífera. Os primeiros
anos são repletos de achados. Vários arraiais vão se formando onde ocorrem os
novos descobertas, o ouro extraído das datas era fundido na Capitania de São
Paulo. Os primeiros arraiais vão se formando aos arredores do rio vermelho,
Anta, Barra, Ferreiro, Ouro Fino e Santa Rita que contribuíram para a atração
da população. À medida que vão surgindo novos descobertos os arraiais vão se
multiplicando por todo o território. Toda essa expansão demográfica serviu para
disseminar focos de população em várias partes do território e, dessa forma,
estruturar economicamente e administrativamente várias localidades, mesmo que
sobre o domínio da metrópole Portuguesa, onde toda produção que não sofria o
descaminho era taxada.” (NOVA CONCURSOS. HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE GOIÁS E GOIÂNIA. Disponível em: < https://www.novaconcursos.com.br/blog/pdf/historia-geografia-goias-goiania.pdf > Acesso em 25/03/2023. P. 1.)
Texto 2:
“A Decadência da Mineração. A
diminuição da produtividade das minas é a característica marcante do início da
decadência do sistema, esse fenômeno passa a ocorrer já nos primeiros anos após
a descoberta. Com a exaustão das minas superficiais e o fim dos novos
descobertos, fatores dinâmicos da manutenção do processo expansionista da
mineração aurífera, a economia entra em estagnação, o declínio da população
ocasionado pelo fim da imigração reflete claramente a desaceleração de vários
setores como o comércio responsável pela manutenção da oferta de gêneros
oriundos das importações. A agropecuária que, embora sempre orientada para a
subsistência, fornecia alguns elementos e o próprio setor público sofria com a
queda da arrecadação. Após verificar o inevitável esgotamento do sistema
econômico baseado na extração do ouro a partir do segundo quartel do século XVIII,
o governo Português implanta algumas medidas visando reerguer a economia no
território, dentre elas o incentivo à agricultura e à manufatura, e a navegação
dos rios Araguaia, Tocantins, e Paranaíba, que se fizeram indiferentes ao
desenvolvimento do sistema. Ocorre então a falência do sistema e o
estabelecimento de uma economia de subsistência, com ruralização da população e
o consequente empobrecimento cultural.” (Idem, p. 1.)
Texto 3:
“Agropecuária nos séculos XIX e XX A
característica básica do século XIX foi a transição da economia extrativa
mineral para a agropecuária, os esforços continuados do império em estabelecer
tal economia acabaram se esbarrando, nas restrições legais que foram impostas
inicialmente, como forma de coibir tais atividades, a exemplo da taxação que
recaía sobre os agricultores, e também em outros fatores de ordem econômica,
como a inexistência de um sistema de escoamento adequado, o que inviabilizava
as exportações pelo alto custo gerado, e cultural, onde predominava o preconceito
contra as atividades agropastoris, já que a profissão de minerador gerava
status social na época.
Goiás chegou ao século XX como um território
de representatividade economica. Nesse século iria se concretizar a
agropecuária no Estado, como consequência do processo de expansão da fronteira
agrícola para a região central do país. Nas primeiras décadas do século em
questão, o Estado permaneceu com baixíssima densidade demográfica, onde a
maioria da população se encontrava espalhada por áreas remotas do território,
modificando-se apenas na segunda metade do mesmo século. O deslocamento da
fronteira agrícola para as regiões centrais do país foi resultado da própria
dinâmica do desenvolvimento de regiões como São Paulo, Minas Gerais e o Sul do
País, que ao adaptarem sua economia com os princípios capitalistas realizaram
uma inversão de papéis, onde regiões que eram consumidoras de produtos de
primeira necessidade passaram a produzir tais produtos e as regiões centrais,
antes produtoras desses produtos passaram a produzir os produtos
industrializados que antes eram importados.
As estradas de ferro e a modernização da
economia de goiana e as transformações econômicas com a construção de Goiânia e
Brasília.
A distância do estado em relação aos
principais centros exportadores onerava a produção goiana, inviabilizando a
comercialização dos excedentes agrários, acrescenta-se a isso o fato do elevado
custo do dia de trabalho nas empreitas, que chegava a ser superior ao preço da
terra, dificultando o desenvolvimento do processo produtivo agrícola. Para
Estevam in Ferreira, I. M. e Mendes, E. P. P.(2009), “as relações
socioeconômicas em Goiás, durante as primeiras décadas do século XX,
permaneceram nos trâmites tradicionais até a década de 1960”. “A implantação
das ferrovias que davam acesso a São Paulo possibilitou a ampliação da demanda
agrícola e a valorização das terras goianas”.
O crescimento e a especialização da
agropecuária em Goiás ocorreram a partir das primeiras décadas do século XX
graças ao avanço da fronteira agrícola do Sudeste. Outros fatores que deram
sustentação para tal expansão foi à implantação de uma infraestrutura de
transporte, as mudanças político institucionais após 1930 e a construção de
duas capitais (Goiânia e Brasília).
Embora a economia goiana tivesse uma aparente
autonomia, a especialização da produção agrária deu-se, principalmente em
decorrência da demanda criada pela economia paulista, que era responsável pelo
fornecimento dos produtos primários e representava um mercado para os produtos
de uma indústria emergente. Segundo Ferreira, I. M. e Mendes, E. P. P.(2009):
“Goiás passou a substituir as rotas comerciais
nordestinas, integrando-se ao mercado brasileiro como produção marginal, em que
o fator de produção mais atrativo era a própria terra. O sistema produtivo era
pouco diversificado, apoiando-se na produção de arroz e na criação de gado. A
construção de Goiânia, na década de 1930, e a divulgação política agrária de
uma ‘Marcha para o Oeste’ aceleraram o processo de reorganização espacial. O
projeto de colonização agrícola nacional de Goiás deixou marcas na estrutura
local. A integração de Goiás ao circuito do mercado brasileiro apoiou-se no
sistema exportador ferroviário. Em 1935 chega até Anápolis a Estrada de Ferro
Goiás, trazendo à região as demandas paulistas por produtos alimentícios,
auxiliada por duas outras ferrovias – a Companhia Paulista de Estrada de Ferro,
que chegava até Barretos (SP), e a Companhia Mogiana de Estrada de Ferro, que
ligava Campinas (SP) a Araguari (MG). A rede ferroviária proporcionou
estreitamento da articulação inter-regional com São Paulo, convertendo o
Triângulo Mineiro em entreposto mercantil e, ainda, incrementou a urbanização e
fomentou a produção agrícola comercial, embora não tenha eliminado as relações
tradicionais de trabalho”.
Foi com a crise internacional de 1929 que se
deu a organização da produção, tendo como base uma economia
primário-exportadora. Assim, Goiás passou a atuar como fornecedor de gêneros
alimentícios e matérias-primas ao mercado brasileiro, sendo gradativamente,
incorporado ao processo produtivo nacional.
A incorporação de Goiás à economia brasileira
é reforçada no final da década de 60 e início de 70, pela estratégia de
ocupação da Amazônia e do Planalto Central. Visando ampliar o mercado e os
investimentos em infraestrutura, integrando o Centro-Oeste aos núcleos
dinâmicos e modernos da economia brasileira.” (Idem ibidem, p. 2.)
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