domingo, 9 de outubro de 2022

QUARTO BIMESTRE – AULA 10/11 DE FILOSOFIA DO PRIMEIRO ANO: TEMA: HELENISMO. ESTUDO DE CASO: O APÓSTOLO PAULO E OS FILÓSOFOS EM ATENAS (Estudo da Tabela comparativa) (Prof. José Antônio Brazão.)

  

SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA/SECRETARIA DE EDUCAÇÃO

COMANDO DE ENSINO POLICIAL MILITAR

 CEPMG - VASCO DOS REIS

Divisão de Ensino / Coordenação Pedagógica

 

QUARTO BIMESTRE – AULA 10/11 DE FILOSOFIA DO PRIMEIRO ANO:

TEMA: HELENISMO.

ESTUDO DE CASO: O APÓSTOLO PAULO E OS FILÓSOFOS EM ATENAS (Estudo da Tabela comparativa) (Prof. José Antônio Brazão.)

 

PAULO E OS FILÓSOFOS HELENÍSTICOS EM ATENAS ( Estudo da Tabela comparativa) (Prof. José Antônio Brazão.)

TABELA PAULO E OS FILÓSOFOS HELENÍSTICOS NO AREÓPAGO DE ATENAS: (Prof. José Antônio Brazão.)

PERSONAGENS:

PAULO

(CRISTÃO)

ATENIENSES

PAGÃOS (Havia judeus e outros, mas aqui será analisados somente os pagãos)

FILÓSOFOS

ESTOICOS

FILÓSOFOS

EPICUREUS

(EPICURISTAS)

MUNDO

*Criado por Deus em seis dias (Gênesis, capítulos 1 a 3).

*Não criado. Do Caos surgiu o Cosmos. (Cf. mitologia grega, Hesíodo, livro [poema] Teogonia).

*Não criado.

*Toda realidade: realidade racional. (COTRIM e FERNANDES, 2013, p. 231).

*Não criado. Não originado do nada. Universo: matéria corpórea (átomos) + vazio (vácuo). Universo infinito e ilimitado. (EPICURO, 2006, pp. 48-49).

IMAGENS:

A criação de acordo com judeus e cristãos:

https://ccyeshuaemportugues.files.wordpress.com/2013/10/week-of-creation-genesis-1p.jpg

Os átomos de Leucipo, Demócrito e Epicuro:

https://www.google.com/search?q=o+vazio+e+os+%C3%A1tomos+em+dem%C3%B3crito&hl=pt-BR&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwi814Kmo-PzAhUCJrkGHXdTCU0Q_AUoAXoECAEQAw&biw=1242&bih=597&dpr=1.1#imgrc=GNSNz2A60cEl4M

Epicuro:

https://www.google.com.br/search?q=os+%C3%A1tomos+de+epicuro&hl=pt-BR&tbm=isch&source=hp&biw=1366&bih=657&ei=2HB1YYL4LabO1sQPmpChyAY&ved=0ahUKEwiCxJ2JpOPzAhUmp5UCHRpICGkQ4dUDCAc&uact=5&oq=os+%C3%A1tomos+de+epicuro&gs_lcp=CgNpbWcQAzoICAAQgAQQsQM6CAgAELEDEIMBOgUIABCABDoLCAAQgAQQsQMQgwE6BAgAEB46BAgAEBhQuwFYxiNg8ypoAHAAeACAAaMCiAH-GZIBBjAuMTguMpgBAKABAaoBC2d3cy13aXotaW1n&sclient=img#imgrc=ZxD7IyOolUEr2M

CRENÇAS OU IDEIAS PRINCIPAIS

*Monoteísta (um único Deus).

*Politeístas (v.16).

Deus: fonte dos princípios racionais que regem a realidade, integrado à natureza – “Somos deste mundo”. Morte: dissolução. (Idem, p. 231.)

*Vivenciando a tranquilidade, “os deuses não têm nenhuma preocupação para conosco.” ([grifo meu] (INTERNET ENCYCLOPEDIA OF PHILOSOPHY. Verbete Epicurus.)

IMAGENS:

Monoteísmo (crença em um Deus único):

https://www.google.com.br/search?q=MONOTE%C3%8DSMO&hl=pt-BR&tbm=isch&source=hp&biw=1366&bih=657&ei=iXF1YYDNHcS_5OUPybi0iAk&ved=0ahUKEwjAtcDdpOPzAhXEH7kGHUkcDZEQ4dUDCAc&uact=5&oq=MONOTE%C3%8DSMO&gs_lcp=CgNpbWcQAzIFCAAQgAQyBQgAEIAEMgUIABCABDIFCAAQgAQyBQgAEIAEMgUIABCABDIECAAQHjIECAAQHjIECAAQHjIECAAQHjoLCAAQgAQQsQMQgwE6CAgAEIAEELEDOggIABCxAxCDAVD4D1iCJWC8MWgAcAB4AIAB1QGIAewMkgEFMC45LjGYAQCgAQGqAQtnd3Mtd2l6LWltZw&sclient=img#imgrc=q_kTamlknu9OGM

Politeísmo grego:

https://www.google.com.br/search?q=deuses+do+pante%C3%A3o+grego&hl=pt-BR&tbm=isch&source=hp&biw=1366&bih=657&ei=3HF1YdyoLNC35OUPud2E4AE&oq=deuses+do+pante%C3%A3o+grego&gs_lcp=CgNpbWcQARgBMgUIABCABDIGCAAQBRAeMgQIABAYMgQIABAYMgQIABAYMgQIABAYMgQIABAYMgQIABAYMgYIABAKEBg6CAgAELEDEIMBOgsIABCABBCxAxCDAToICAAQgAQQsQM6BggAEAgQHlDsEliHLGC8U2gAcAB4AIABzgGIAdQQkgEGMC4xMS4ymAEAoAEBqgELZ3dzLXdpei1pbWc&sclient=img#imgrc=is9aA4_6cWkvXM 

*Deus: Criador, “Senhor do céu e da terra”, independente do homem e dá vida a todos (v. 25); encontrável, não distante das pessoas (v.27); não é semelhante ao que é esculpido (v.29); é um Deus que perdoa (v.30); ressuscitou Jesus (v. 31).

[v. = versículo(s)]

* Gostavam de novidades (v.21).

*Dever: fonte de felicidade. Feliz: o que “vive segundo sua própria natureza, a qual integra a natureza do universo.” (Ibidem, p. 231).

*Prazer ligado ao equilíbrio (ou com equilíbrio). Prazer: “princípio e fim da vida feliz.” (Epicuro, apud ARANHA e MARTINS, 1994, p. 289).

*Muito religiosos (v.22).

*Altar até para o Deus Desconhecido (v. 22-23).

*Busca da ATARAXIA, a imperturbabilidade da alma. (Ibid., p. 231).

*ATARAXIA. (COTRIM e FERNANDES, 2013, p. 230). (cf. Epicuro, 2013, p. 55, n. 17, e p. 107)

*Na cidade de Atenas: praças, tempos pagãos e judaicos (vv. 16-17). Cidade grega de destaque.

Fundador: Zenão de Cítio (335 – 263 a.C.). Teve discípulos até no Império Romano: p. ex.: os filósofos com Paulo no Areópago em Atenas. Também: Sêneca (4-65 d.C.) e o Imperador Marco Aurélio (121-180 d.C. e outros. (Datas: Wikipédia).

*Fundador: Epicuro de Samos.

*Discípulo destacado: Diógenes de Enoanda (século II d.C.), rico, que fez colocarem nos muros da cidade de Enoanda os ensinamentos epicuristas. (Cf. Wikipédia e outros sites.)

Ágora (Praça) de Atenas:

https://www.vounajanela.com/grecia/agora-de-atenas-na-grecia/

Os muros de Diógenes de Enoanda com os ensinamentos de EPICURO:

https://www.english.enoanda.cat/welcome.html (biografia curta)

https://www.english.enoanda.cat/photos.html#grid (fotos gerais da antiga cidade de Enoanda)

IMAGENS (ANTIGA ATENAS):

https://www.google.com.br/search?source=univ&tbm=isch&q=antiga+atenas&hl=pt-BR&fir=M1EoPRXzgiWNuM%252Cw2eWpv3OgwwqAM%252C_%253BAknDeU4xqj4kPM%252CaCh0yh9yvYO_EM%252C_%253Bfg9tgIwuLp6wPM%252CeDYqdjMkDahtzM%252C_%253BVphgGW-ZT4cXnM%252C4ZYOFfqTceBl8M%252C_&usg=AI4_-kRBF3JR_ftPtRe0mdmWFMXPWnJKtA&sa=X&ved=2ahUKEwiKwpXzpuPzAhXVlZUCHeTcCrIQiR56BAhNEAI&biw=1366&bih=657&dpr=1

ATARAXIA (ideal da imperturbabilidade da alma):

https://www.google.com/search?q=pessoas+tranquilas&hl=pt-BR&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwiokIu6q-PzAhVlD7kGHcEQB7IQ_AUoAXoECAEQAw&biw=1242&bih=597&dpr=1.1#imgrc=jLXOwkfzm8-fSM

RESSURREIÇÃO/ PÓS-VIDA

*Paulo acreditava na ressurreição e no julgamento do mundo (v. 31).

*Criam no pós-vida, ainda que não na ressurreição (como no cristianismo). HADES: habitação dos mortos. Cf. Homero – Ilíada e Odisseia.

Ser humano: integrado à natureza. “Somos deste mundo e, ao morrer, nos dissolvemos neste mundo.” (COTRIM e FERNANDES, 2013, p. 231).

*Sobre a morte: “A morte nada é(...), aquilo que já foi dissolvido não possui mais sentimentos” e “não nos importa”. (EPICURO, 2013, p. 61.)

IMAGENS:

RESSURREIÇÃO DE CRISTO:

https://www.google.com/search?q=ressurrei%C3%A7%C3%A3o&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwi-gZvKqePzAhWxqpUCHa-2B30Q_AUoAXoECAEQAw&biw=1242&bih=597&dpr=1.1#imgrc=JzMuov13NZjAfM

O Hades grego (a habitação dos mortos):

https://mitologiagrega.net.br/wp-content/uploads/2017/03/mitologia-grega-reino-de-hades.jpg

Sobre o Hades, sugestão: filme PERCY JACKSON (o primeiro filme).

Audio-livro Sobre a Brevidade da Vida, de Sêneca (antigo filósofo estoico romano):

https://www.youtube.com/watch?v=i8QGbNk5nPE 

Resumo deste livro de Sêneca:

https://www.youtube.com/watch?v=h6oI99l3Xfk

 

Apresentar e explicar a tabela acima.

 

REFERÊNCIAS:

ARANHA, Maria Lúcia de Arruda e MARTINS, Maria Helena Pires. FILOSOFANDO: Introdução à Filosofia. 4.ed. São Paulo, Moderna, 2009.

BÍBLIA NVI. Atos 17:13-34 (NVI – Nova Versão Internacional.) Disponível em: < https://www.bibliaonline.com.br/nvi/atos/17 > Acesso em 21/09/2020.

CHAUÍ, Marilena. Iniciação à Filosofia. 2.ed. São Paulo, Ática, 2014.

COTRIM, Gilberto e FERNANDES, Mirna. Fundamentos de Filosofia. Disponível em: <  https://www.academia.edu/37334864/Fundamentos_de_FILOSOFIA_GILBERTO_COTRIM_MIRNA_FERNANDES > Acesso em 21/09/2020.

EPICURO. Pensamentos. São Paulo, Martin Claret, 2006. (Col. A Obra-Prima de Cada Autor.)

INTERNET ENCYCLOPEDIA OF FILOSOFIA. Verbete Epicurus. Disponível em: < https://iep.utm.edu/epicur/ > Acessos de 2015 a 2020. [Em 2020: 21 de setembro.]

WIKIPÉDIA. Verbetes: Helenismo, Zenão de Cítio, Marco Aurélio, Sêneca e outros. Disponível em: < https://pt.wikipedia.org/wiki/Wikip%C3%A9dia:P%C3%A1gina_principal > Acesso: 21 de setembro de 2020.

Obs.: Epicuro, 2013 – Ver livro de COTRIM e FERNANDES.

 

FILOSOFIA EM POESIA 5: FILÓSOFOS DO HELENISMO (séc. 4 a.C. ao séc. 5 d.C.): (Prof. José Antônio Brazão.)

Quatro séculos antes de Cristo passados,

Macedônicos reis seu reino estenderam

E entre os povos dominados

Encontrou-se o povo grego.

 

Admirando da cultura da Grécia a beleza,

Alexandre Magno, de Aristóteles pupilo,

No império espalhou daquela a grandeza:

A arte, a língua, a filosofia e o arquitetônico estilo.

 

Neste contexto, com perda da cidadania antiga,

Não mais cidades livres, em seu conjunto,

Vinha surgindo cosmopolita perspectiva

E, no filosófico pensar, novo encarar do mundo.

 

Novas escolas, de socrática influência,

Nasceram em cidades do império,

Por alcançar da vida nova ciência

Puseram esforço dedicado e sério.

 

No caminho do saber racional,

Duvidar das verdades propunham os céticos.

Não havendo verdade universal,

Descrer da tradição seria certo.

 

Controle de paixões, desejos e agressividade

Propunha a escola dos filósofos estoicos,

A fim de dominar daqueles a impulsividade,

Por muitos perigos esta registrar históricos.

 

Pelas humanas sociais convenções

Radicalizando o desprezo, em palavras e ações,

Os filósofos chamados cínicos

Foram, por comparar-se aos caninos.

 

Controlavam os cínicos dos desejos as preocupações,

Entre eles estava Diógenes, ao morar em Atenas,

Negando as riquezas e humanas ilusórias atenções,

Em um simples barril morava apenas.

 

Pelo Grande Alexandre admirado,

Perguntado sobre o que o rei lhe poderia fazer,

Somente do Sol, por Diógenes tomado,

Da frente lhe faria grande favor poder sair.

 

Morto Alexandre, seus generais o sucederam

O macedônico império então dividiram

E em seus reinos a helênica cultura mantiveram,

Afetados que estavam por alexandrina admiração.

 

Séculos seguiram e por novo império dominado

Foi o povo grego pelo romano, parte a parte,

Mas igualmente acabou este sujeitado

Pela cultura daquele e sua arte.

 

Fugindo do cínico radicalismo,

Devotaram ao prazer vital valor

Os seguidores do epicurismo

E, com equilíbrio, fugir da dor.

 

Epicuro, descrendo dos deuses a influência,

Deles havia ensinado a discípulos não terem medo,

Pois, sendo tudo por átomos e vazio feito,

Ao morrer, os seres perdem a vital existência.

 

No Romano Império, no período cristão,

Plotino, de Amônio, em Alexandria, discípulo,

Com o mestre redescobriu as ideias de Platão,

Construindo na filosofia novo idealismo.

 

Do Bem, perfeita Forma, o neoplatônico,

Relendo de Platão, via o Uno,

Transcendendo dos seres a realidade, Único

Infinito, puro, perfeito e pleno.

 

Em Alexandria, no Egito, numa biblioteca tesouros

Do antigo saber suas estantes guardavam,

Livros em pergaminhos, papiros e outros,

E em suas salas grandes intelectuais estudavam.

 

Aí conviveram Eratóstenes, Ptolomeu, tantos

Homens e mulheres, destacando-se entre todos

A grandiosa filósofa e professora Hipácia,

Que dominava a grega sabedoria com audácia.

 

Defrontada por religiosos que a atacaram,

Por mulher sábia e independente ser,

Mas sua liberdade intelectual não atingiram,

Ela preferiu a morte que dobrar-se a fanático poder.

 

 

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