domingo, 25 de setembro de 2022

TERCEIRO BIMESTRE – AULA 9 DE ATUALIDADES POLÍTICAS, ECONÔMICAS E SOCIAIS DOS TERCEIROS ANOS: AS CONQUISTAS ESPACIAIS (Prof. José Antônio Brazão.)

  

SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA/SECRETARIA DE EDUCAÇÃO

COMANDO DE ENSINO POLICIAL MILITAR

 CEPMG - VASCO DOS REIS

Divisão de Ensino / Coordenação Pedagógica


TERCEIRO BIMESTRE – AULA 9 DE ATUALIDADES POLÍTICAS, ECONÔMICAS E SOCIAIS DOS TERCEIROS ANOS:

AS CONQUISTAS ESPACIAIS (Prof. José Antônio Brazão.)

É muito comum se falar, hoje, em conquistas espaciais e da busca de habitação humana da lua e de outros planetas, como é o caso de Marte. Há, inclusive, filmes que tocam no assunto, como Perdido em Marte, Star Wars, além de outros tantos. O ser humano se pergunta, até mesmo, se está sozinho no universo e, em muitos casos, sonha encontrar alienígenas inteligentes.

IMAGENS:

https://www.google.com/search?q=descobertas+espaciais&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwiwzMu9krD6AhVejZUCHUbnCCgQ_AUoAnoECAIQBA&biw=1536&bih=746&dpr=1.25#imgrc=FMyLfm1hdaeGdM

O trabalho do empresário e bilionário Elon Reeve Musk (dono da Tesla e da SpaceX) é muito destacado, por conta do interesse em querer levar os avanços espaciais à transposição de limites cada vez maior. Além dele, entre 2021 e 2022 e outros anos que virão, outro destaque de extrema importância está no telescópio James Webb (em homenagem a antigo diretor da NASA), da Agência Espacial Norte-Americana (NASA), que tem permitido a percepção de imagens do universo e do sistema solar nunca antes vistas.

IMAGENS:

SpaceX:

https://www.spacex.com/launches/

NASA:

https://www.nasa.gov/

Existindo ainda hoje, vale destacar o trabalho realizado por meio do telescópio Hubble, lançado pela NASA em 1990, a bordo do ônibus espacial Discovery. Desde 1990 até hoje, milhares e milhares de fotos e imagens do universo têm contribuído para o esclarecimento cada vez maior acerca do universo. E, como foi dito, atualmente, com o acréscimo do James Webb.

IMAGENS:

Hubble Project (Projeto Hubble), da NASA:

https://www.nasa.gov/mission_pages/hubble/main/index.html

James Webb Space Telescope (Telescópio Espacial James Webb):

https://www.nasa.gov/mission_pages/webb/main/index.html

Há, a décadas, uma corrida espacial, entre os EUA (Estados Unidos da América) e a Rússia, à qual, hoje, se somam outros países, como a China e a Arábia Saudita, que mandaram, há pouco tempo, instrumentos robóticos a Marte. Os EUA, a mais tempo.

IMAGENS:

https://www.google.com/search?q=ar%C3%A1bia+saudita+e+china+na+disputa+espacial&hl=pt-BR&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwiiq6XYlLD6AhVjLrkGHQbuCOIQ_AUoAnoECAIQBA&biw=1536&bih=746&dpr=1.25#imgrc=vDugTA59wGjTYM

Mas como surgiu esse impulso enorme no desenvolvimento de foguetes e naves espaciais, da conquista do espaço sideral? No século XX, um elemento que contribuiu imensamente para um ampliar das investigações e das investidas em direção ao espaço foi a CORRIDA ESPACIAL, que tomou impulso depois da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) entre os EUA e a antiga URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. Mas que tem frutos advindos do que antecedeu a guerra e se seguiu durante a mesma. Vejamos.

IMAGENS:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Corrida_espacial#/media/Ficheiro:Sputnik_asm.jpg

O Partido Nazista, ao tomar o poder na Alemanha, em 1933 e o manter até 1945, rasgou o Tratado de Versalhes (de depois da Primeira Guerra Mundial, que proibia o desenvolvimento do setor bélico alemão), investiu imensamente os recursos científicos, tecnológicos e o trabalho de muitos cientistas e engenheiros na fabricação de armas cada vez mais potentes e letais: aviões, submarinos, torpedos, mísseis, bombas, armas cada vez mais bem construídas e com poderes até então inimagináveis. Um destaque se deu com as pesquisas do cientista e engenheiro Werner Magnus Maxilian von Braun (1912 – 1977).

IMAGENS:

Conjunto 1: Von Braun.

https://en.wikipedia.org/wiki/Wernher_von_Braun#/media/File:Wernher_von_Braun_1960.jpg

Conjunto 2: Foguete V2.

https://pt.wikipedia.org/wiki/V-2#/media/Ficheiro:Fus%C3%A9e_V2.jpg

Von Braun, desde menino, muito interessado no estudo dos foguetes, em sua juventude fez diversos destes. Com os estudos na área de engenharia, aprimorou mais ainda esses foguetes, sonhando com o uso destes para futuras viagens espaciais, além, é claro, de seu potencial uso bélico. Contratado pelos nazistas, foi um dos responsáveis (o principal) pelo desenvolvimento dos foguetes V2, que iriam atingir, de cheio, a Inglaterra, em guerra contra a Alemanha.

Além do mais, engenheiros nazistas desenvolveram aviões com turbinas, hoje muito usadas em diferentes tipos de aviões, inclusive comerciais. Queriam inventar a bomba atômica, mas foram impedidos pelos Aliados – ela seria feita pelos EUA durante a II Guerra Mundial e lançada sobre duas cidades japonesas (Hiroshima e Nagasaki), em 1945.

Von Braun e sua equipe, ao final da II Guerra Mundial, se entregaram aos Aliados, vindo a trabalhar, durante muitos anos, naquele que viria a ser o programa espacial norte-americano, tendo, nas décadas de 1960 e 1970, até mesmo levado homens à Lua. Quanto à URSS, fez o mesmo com cientistas alemães, além dos seus próprios. Aliás, a URSS antecedeu em duas vezes as conquistas espaciais norte-americanas – com o satélite Sputnik (o mesmo que deu nome à vacina Russa atual contra a COVID-19), em 1957, e o primeiro astronauta, Yuri Gagarin, que em 1961 foi o primeiro homem a dar voltas na Terra no espaço sideral. Daí para diante, o empenho de cada lado (capitalistas e comunistas) em conquistarem o espaço.

Tanto soviéticos quanto americanos queriam chegar à Lua primeiro e trazer de volta à Terra. O feito foi realizado, em 1969, por astronautas estadunidenses. E não parou por aí: sondas espaciais, de um lado e do outros, viriam a ser lançadas na exploração de planetas, foguetes de excelente qualidade, entre outros, com destaque para as estações espaciais. Décadas depois, os EUA desenvolveram os ônibus espaciais, capazes de levar vários astronautas, ao mesmo tempo, ao espaço, impulsionados, da Terra, por enormes foguetes aos quais se acoplavam. Como era extremamente caro, o programa dos ônibus espaciais teve uma parada, mas não a pesquisa e o aprimoramento de foguetes e telescópios, além de satélites artificiais.

Das sondas espaciais estadunidenses, duas se destacam: as Voyager 1 e 2, lançadas em 1977 e ainda em funcionamento parcial, atualmente encontrando-se para além dos limites do sistema solar.

O Japão, a Índia, entre outros países, também o Brasil, têm se preocupado, como os citados (EUA, Rússia e China). O Brasil, inclusive, anos atrás, mandou o primeiro astronauta para o espaço, no trabalho, por alguns dias, numa estação espacial, o tenente-coronel Marcos Pontes, hoje com 59 anos de idade.

No mundo atual, há empresas particulares que também fabricam foguetes e outros veículos aéreos e espaciais, como é o caso da SpaceX.

Estas e muitas outras descobertas e invenções espaciais foram e continuam sendo avanços enormes da humanidade, em seu sonho antigo de conquistar os céus, desde a mitologia grega, com Dédalo e seu filho Ícaro, que haviam fugido do labirinto do Minotauro com asas projetadas pelo genial arquiteto-inventor. Eis o que se diz deles:

“Ícaro era filho de Dédalo, o genial arquiteto e inventor que trabalhava para o Rei Minos, na Ilha de Creta. Foi Dédalo quem projetou o labirinto onde vivia o temível Minotauro, e foi também ele quem ensinou a Princesa Ariadne como ajudar Teseu a entrar e sair do labirinto sem se perder em seus corredores.

Depois que Teseu derrotou o Minotauro (essa história a gente conta outro dia...), Dédalo foi preso no labirinto, junto com seu filho, Ícaro.

Para conseguirem fugir, ele teve a ideia de construir asas feitas com penas de gaivotas coladas com cera de abelhas. E, como era um grande inventor, suas asas realmente funcionaram e os dois saíram voando do labirinto e fugiram de Creta.

Porém, ao sentir-se livre como um pássaro, voando pelos céus, Ícaro pensou que era tão poderoso quanto um deus e voou cada vez mais alto, sem ouvir os conselhos de seu pai, que alertava para o perigo de um voo tão ousado.

O castigo pela ousadia não demorou. Pouco a pouco, o calor do sol foi derretendo a cera e descolando as penas, desfazendo as asas. Sem poder ajudar o filho, Dédalo assistiu horrorizado enquanto Ícaro despencava das alturas até cair no mar Egeu, onde acabou se afogando.

Mas o sonho de voar como os pássaros não morreu junto com Ícaro, pelo contrário. Continuou a inspirar inventores tão geniais quanto o lendário Dédalo, entre eles Leonardo da Vinci e o brasileiro Santos-Dumont, o inventor do avião.” (MULTIRIO. Ícaro. Disponível em: < http://www.multirio.rj.gov.br/index.php/multiclube/3a5/diz-a-lenda/10304-%C3%ADcaro > Acesso em 25 de setembro de 2022.)

Além do mais, o sonho humano de chegar a outros planetas pode ser claramente mostrado no caso do livro Da Terra à Lua, do francês Júlio Verne, em que imagina uma nave projetada por tiro de enorme canhão até o espaço, em direção à Lua e seu retorno à Terra, depois de descobertas feitas ali.

Além deles, desde tempos muito antigos, o desejo humano de conhecer o universo, de o entender, de o explicar, por conta da curiosidade, da observação dos céus, mesmo a olhos nus, da percepção da regularidade dos movimentos celestiais, como as fases da Lua, o movimento contínuo dos astros, entre outros fenômenos ligados aos céus. Houve até mesmo a crença da influência deles sobre a vida e as ações humanas, como é o caso da Astrologia, que viria a ser contrastada pela Astronomia.

Muitos nomes poderiam ser citados nessa busca humana de conhecimento do universo, com destaque, no mundo ocidental, para Aristóteles, Cláudio Ptolomeu, Dante Alighieri (que descreve uma ida da Terra às partes mais externas do sistema geocêntrico em seu livro A Divina Comédia), Nicolau Copérnico, Galileu Galilei, Isaac Newton, William Herschel e sua esposa, Albert Einstein, Edwin Hubble, Cecilia Payne, Carl Sagan, Stephen Hawking, Neil deGrasse Tyson, entre muitos outros e outras.

O Brasil ainda tem muito a desenvolver nesse campo. Cabeças científicas, grandes estudiosos e estudiosas não faltam. Precisa, inclusive, voltar seu programa espacial futuramente, parado há algumas décadas, desde o governo FHC.

 

 

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