COMANDO DE
ENSINO POLICIAL MILITAR
CEPMG -
VASCO DOS REIS
Divisão de
Ensino / Coordenação Pedagógica
TERCEIRO
BIMESTRE – AULA 9 DE ATUALIDADES POLÍTICAS, ECONÔMICAS E SOCIAIS DOS TERCEIROS
ANOS:
AS CONQUISTAS
ESPACIAIS (Prof. José Antônio Brazão.)
É muito comum se falar, hoje, em
conquistas espaciais e da busca de habitação humana da lua e de outros
planetas, como é o caso de Marte. Há, inclusive, filmes que tocam no assunto,
como Perdido em Marte, Star Wars, além de outros tantos. O ser
humano se pergunta, até mesmo, se está sozinho no universo e, em muitos casos,
sonha encontrar alienígenas inteligentes.
IMAGENS:
O trabalho do empresário e
bilionário Elon Reeve Musk (dono da Tesla e da SpaceX) é muito destacado, por
conta do interesse em querer levar os avanços espaciais à transposição de
limites cada vez maior. Além dele, entre 2021 e 2022 e outros anos que virão,
outro destaque de extrema importância está no telescópio James Webb (em
homenagem a antigo diretor da NASA), da Agência Espacial Norte-Americana
(NASA), que tem permitido a percepção de imagens do universo e do sistema solar
nunca antes vistas.
IMAGENS:
SpaceX:
https://www.spacex.com/launches/
NASA:
Existindo ainda hoje, vale
destacar o trabalho realizado por meio do telescópio Hubble, lançado pela NASA
em 1990, a bordo do ônibus espacial Discovery. Desde 1990 até hoje, milhares e
milhares de fotos e imagens do universo têm contribuído para o esclarecimento
cada vez maior acerca do universo. E, como foi dito, atualmente, com o
acréscimo do James Webb.
IMAGENS:
Hubble Project (Projeto Hubble), da NASA:
https://www.nasa.gov/mission_pages/hubble/main/index.html
James Webb Space Telescope (Telescópio Espacial
James Webb):
https://www.nasa.gov/mission_pages/webb/main/index.html
Há, a décadas, uma corrida
espacial, entre os EUA (Estados Unidos da América) e a Rússia, à qual, hoje, se
somam outros países, como a China e a Arábia Saudita, que mandaram, há pouco
tempo, instrumentos robóticos a Marte. Os EUA, a mais tempo.
IMAGENS:
Mas como surgiu esse impulso
enorme no desenvolvimento de foguetes e naves espaciais, da conquista do espaço
sideral? No século XX, um elemento que contribuiu imensamente para um ampliar
das investigações e das investidas em direção ao espaço foi a CORRIDA ESPACIAL,
que tomou impulso depois da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) entre os EUA e a
antiga URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. Mas que tem frutos
advindos do que antecedeu a guerra e se seguiu durante a mesma. Vejamos.
IMAGENS:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Corrida_espacial#/media/Ficheiro:Sputnik_asm.jpg
O Partido Nazista, ao tomar o
poder na Alemanha, em 1933 e o manter até 1945, rasgou o Tratado de Versalhes
(de depois da Primeira Guerra Mundial, que proibia o desenvolvimento do setor
bélico alemão), investiu imensamente os recursos científicos, tecnológicos e o
trabalho de muitos cientistas e engenheiros na fabricação de armas cada vez
mais potentes e letais: aviões, submarinos, torpedos, mísseis, bombas, armas
cada vez mais bem construídas e com poderes até então inimagináveis. Um
destaque se deu com as pesquisas do cientista e engenheiro Werner Magnus
Maxilian von Braun (1912 – 1977).
IMAGENS:
Conjunto 1: Von Braun.
https://en.wikipedia.org/wiki/Wernher_von_Braun#/media/File:Wernher_von_Braun_1960.jpg
Conjunto 2: Foguete V2.
https://pt.wikipedia.org/wiki/V-2#/media/Ficheiro:Fus%C3%A9e_V2.jpg
Von Braun, desde menino, muito
interessado no estudo dos foguetes, em sua juventude fez diversos destes. Com
os estudos na área de engenharia, aprimorou mais ainda esses foguetes, sonhando
com o uso destes para futuras viagens espaciais, além, é claro, de seu
potencial uso bélico. Contratado pelos nazistas, foi um dos responsáveis (o
principal) pelo desenvolvimento dos foguetes V2, que iriam atingir, de cheio, a
Inglaterra, em guerra contra a Alemanha.
Além do mais, engenheiros
nazistas desenvolveram aviões com turbinas, hoje muito usadas em diferentes
tipos de aviões, inclusive comerciais. Queriam inventar a bomba atômica, mas
foram impedidos pelos Aliados – ela seria feita pelos EUA durante a II Guerra
Mundial e lançada sobre duas cidades japonesas (Hiroshima e Nagasaki), em 1945.
Von Braun e sua equipe, ao final
da II Guerra Mundial, se entregaram aos Aliados, vindo a trabalhar, durante
muitos anos, naquele que viria a ser o programa espacial norte-americano,
tendo, nas décadas de 1960 e 1970, até mesmo levado homens à Lua. Quanto à
URSS, fez o mesmo com cientistas alemães, além dos seus próprios. Aliás, a URSS
antecedeu em duas vezes as conquistas espaciais norte-americanas – com o satélite
Sputnik (o mesmo que deu nome à vacina Russa atual contra a COVID-19), em 1957,
e o primeiro astronauta, Yuri Gagarin, que em 1961 foi o primeiro homem a dar
voltas na Terra no espaço sideral. Daí para diante, o empenho de cada lado
(capitalistas e comunistas) em conquistarem o espaço.
Tanto soviéticos quanto
americanos queriam chegar à Lua primeiro e trazer de volta à Terra. O feito foi
realizado, em 1969, por astronautas estadunidenses. E não parou por aí: sondas
espaciais, de um lado e do outros, viriam a ser lançadas na exploração de
planetas, foguetes de excelente qualidade, entre outros, com destaque para as
estações espaciais. Décadas depois, os EUA desenvolveram os ônibus espaciais,
capazes de levar vários astronautas, ao mesmo tempo, ao espaço, impulsionados,
da Terra, por enormes foguetes aos quais se acoplavam. Como era extremamente
caro, o programa dos ônibus espaciais teve uma parada, mas não a pesquisa e o
aprimoramento de foguetes e telescópios, além de satélites artificiais.
Das sondas espaciais
estadunidenses, duas se destacam: as Voyager 1 e 2, lançadas em 1977 e ainda em
funcionamento parcial, atualmente encontrando-se para além dos limites do
sistema solar.
O Japão, a Índia, entre outros
países, também o Brasil, têm se preocupado, como os citados (EUA, Rússia e
China). O Brasil, inclusive, anos atrás, mandou o primeiro astronauta para o
espaço, no trabalho, por alguns dias, numa estação espacial, o tenente-coronel
Marcos Pontes, hoje com 59 anos de idade.
No mundo atual, há empresas particulares
que também fabricam foguetes e outros veículos aéreos e espaciais, como é o
caso da SpaceX.
Estas e muitas outras descobertas
e invenções espaciais foram e continuam sendo avanços enormes da humanidade, em
seu sonho antigo de conquistar os céus, desde a mitologia grega, com Dédalo e
seu filho Ícaro, que haviam fugido do labirinto do Minotauro com asas
projetadas pelo genial arquiteto-inventor. Eis o que se diz deles:
“Ícaro era filho de Dédalo, o genial arquiteto e inventor que trabalhava
para o Rei Minos, na Ilha de Creta. Foi Dédalo quem projetou o labirinto onde
vivia o temível Minotauro, e foi também ele quem ensinou a Princesa Ariadne
como ajudar Teseu a entrar e sair do labirinto sem se perder em seus
corredores.
Depois que Teseu derrotou o Minotauro (essa história a gente conta outro
dia...), Dédalo foi preso no labirinto, junto com seu filho, Ícaro.
Para conseguirem fugir, ele teve a ideia de construir asas feitas com
penas de gaivotas coladas com cera de abelhas. E, como era um grande inventor,
suas asas realmente funcionaram e os dois saíram voando do labirinto e fugiram
de Creta.
Porém, ao sentir-se livre como um pássaro, voando pelos céus, Ícaro
pensou que era tão poderoso quanto um deus e voou cada vez mais alto, sem ouvir
os conselhos de seu pai, que alertava para o perigo de um voo tão ousado.
O castigo pela ousadia não demorou. Pouco a pouco, o calor do sol foi
derretendo a cera e descolando as penas, desfazendo as asas. Sem poder ajudar o
filho, Dédalo assistiu horrorizado enquanto Ícaro despencava das alturas até
cair no mar Egeu, onde acabou se afogando.
Mas o sonho de voar como os pássaros não morreu junto com Ícaro, pelo
contrário. Continuou a inspirar inventores tão geniais quanto o lendário
Dédalo, entre eles Leonardo da Vinci e o brasileiro Santos-Dumont, o inventor
do avião.” (MULTIRIO. Ícaro. Disponível em: < http://www.multirio.rj.gov.br/index.php/multiclube/3a5/diz-a-lenda/10304-%C3%ADcaro > Acesso em 25 de setembro de 2022.)
Além do mais, o sonho humano de
chegar a outros planetas pode ser claramente mostrado no caso do livro Da
Terra à Lua, do francês Júlio Verne, em que imagina uma nave projetada por
tiro de enorme canhão até o espaço, em direção à Lua e seu retorno à Terra,
depois de descobertas feitas ali.
Além deles, desde tempos muito
antigos, o desejo humano de conhecer o universo, de o entender, de o explicar,
por conta da curiosidade, da observação dos céus, mesmo a olhos nus, da
percepção da regularidade dos movimentos celestiais, como as fases da Lua, o
movimento contínuo dos astros, entre outros fenômenos ligados aos céus. Houve
até mesmo a crença da influência deles sobre a vida e as ações humanas, como é
o caso da Astrologia, que viria a ser contrastada pela Astronomia.
Muitos nomes poderiam ser citados
nessa busca humana de conhecimento do universo, com destaque, no mundo
ocidental, para Aristóteles, Cláudio Ptolomeu, Dante Alighieri (que descreve
uma ida da Terra às partes mais externas do sistema geocêntrico em seu livro A
Divina Comédia), Nicolau Copérnico, Galileu Galilei, Isaac Newton, William
Herschel e sua esposa, Albert Einstein, Edwin Hubble, Cecilia Payne, Carl
Sagan, Stephen Hawking, Neil deGrasse Tyson, entre muitos outros e outras.
O Brasil ainda tem muito a
desenvolver nesse campo. Cabeças científicas, grandes estudiosos e estudiosas
não faltam. Precisa, inclusive, voltar seu programa espacial futuramente,
parado há algumas décadas, desde o governo FHC.
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