domingo, 21 de novembro de 2021

AULA ZOOM 35 DE FILOSOFIA DOS SEGUNDOS ANOS: ÉTICA KANTIANA(PROFESSOR JOSÉ ANTÔNIO BRAZÃO.)

 SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DO ESTADO DE GOIÁS

SEGUNDAS SÉRIES DO ENSINO MÉDIO

FILOSOFIA – PROFESSOR JOSÉ ANTÔNIO BRAZÃO.

AULA ZOOM 35 DE FILOSOFIA DOS SEGUNDOS ANOS:    

TEMA: ÉTICA.

TRECHO   DE    FILOSOFANDO:                  INTRODUÇÃO   À       FILOSOFIA         (P.214):

Ética kantiana:

O filósofo alemão Immanuel Kant (1724-1804)

é a máxima expressão do pensamento iluminista.

Na obra Crítica da razão pura, concluíra não ser

possível conhecer as coisas como são em si mesmas.

Em outras palavras, as realidades metafísicas (por

exemplo, a existência de Deus, a imortalidade da

alma, a liberdade humana) não são cognoscíveis.

VISUALIZAÇÃO:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Immanuel_Kant#/media/Ficheiro:Kant_foto.jpg

 

Em outra obra, Crítica da razão prática, Kant

analisou o mundo ético e recuperou – então como

postulados – aqueles conceitos que rejeitara, ou seja,

como pressupostos que permitem explicar a lei moral

e seu exercício. Dizendo de outra maneira, enquanto

a razão pura se ocupa apenas das ideias, a razão

prática volta-se para a ação moral, que decorre da

capacidade humana de agir mediante ato de vontade

e autodeterminação. Assim Kant se justificou: “Tive

de suprimir o saber para encontrar lugar para a fé”.

VISUALIZAÇÃO:

https://fr.wikipedia.org/wiki/K%C3%B6nigsberg#/media/Fichier:Coat_of_Arms_of_K%C3%B6nigsberg.svg

 

O conceito de fé tem diversos sentidos e geralmente

prevalece o de crença religiosa. No entanto,

para Kant trata-se de fé filosófica, baseada na convicção

subjetiva, que, embora não forneça garantia

teórica, dá suporte à vida moral.

VISUALIZAÇÃO:

https://www.google.com.br/search?q=pessoas+praticando+moral&tbm=isch&hl=pt-BR&sa=X&ved=2ahUKEwjD7OS63Kn0AhUtNrkGHdXPCVsQBXoECAEQDw&biw=1349&bih=657#imgrc=0O0tgX2f6TdoxM

 

Formalismo moral

Entre os seres vivos, apenas o ser humano é

capaz de vida moral, porque seus atos resultam do

exercício de sua vontade e são avaliados por ele

mesmo como “bons” ou “maus”. O que caracteriza

uma “vontade boa” é que ela aparece como um

mandamento, um imperativo.

VISUALIZAÇÃO:

https://www.google.com.br/search?q=pessoas+fazendo+bem&tbm=isch&hl=pt-BR&bih=657&biw=1366&sa=X&ved=2ahUKEwi80dmL3Kn0AhXZFLkGHXymAs4QBXoECAEQIg

 

Para agir racionalmente, o ser humano precisa

de princípios, que são dados pela “consciência moral”.

VISUALIZAÇÃO:

https://www.google.com.br/search?q=pessoasdeconscienciamoral&hl=pt-BR&tbm=isch&source=hp&biw=1366&bih=657&ei=nF-aYabUCMXR5OUPt7WL-A0&iflsig=ALs-wAMAAAAAYZptrDKrlxZgqtKgJ4-xWprdQn0mHmv_&ved=0ahUKEwimkpHr3Kn0AhXFKLkGHbfaAt8Q4dUDCAY&uact=5&oq=pessoasdeconscienciamoral&gs_lcp=CgNpbWcQAzoLCAAQgAQQsQMQgwE6BQgAEIAEOggIABCABBCxAzoICAAQsQMQgwE6BggAEAoQGFAAWJ8-YLBEaABwAHgBgAG-A4gBqiSSAQowLjIwLjMuMS4xmAEAoAEBqgELZ3dzLXdpei1pbWc&sclient=img#imgrc=Vb-UTf4-2_jlNM

 

Analisando esses princípios, Kant recorreu ao

conceito de imperativo. Na linguagem comum, um

imperativo pode ser entendido como um mandamento,

uma ordem qualquer: “Faça!”, “Retire-se!”. Ou,

então, como algo que se impõe, um dever: “Respeitar

as pessoas é um imperativo para mim”.

Para Kant, o conceito de imperativo significa um

enunciado que declara o que deve ser e o especifica

sob dois aspectos:

VISUALIZAÇÃO:

https://www.google.com.br/search?q=pessoascuidandodeoutras&hl=pt-BR&tbm=isch&source=hp&biw=1366&bih=657&ei=JWCaYaW3CabA5OUPtqyC0A8&iflsig=ALs-wAMAAAAAYZpuNSjHS-cD5bOzvRKV8Lj2mYwmSQfw&ved=0ahUKEwjl3bus3an0AhUmILkGHTaWAPoQ4dUDCAY&uact=5&oq=pessoascuidandodeoutras&gs_lcp=CgNpbWcQAzoLCAAQgAQQsQMQgwE6BQgAEIAEOggIABCABBCxAzoICAAQsQMQgwE6BggAEAoQGFAAWPhRYMxXaAdwAHgAgAHuAYgBoyWSAQYwLjI1LjSYAQCgAQGqAQtnd3Mtd2l6LWltZ7ABAA&sclient=img#imgrc=UA3vUp8SwaTg6M

 

Imperativo hipotético. Ordena uma ação como

meio de alcançar qualquer outra coisa que se

queira, ou seja, a ação é boa porque possibilita

alcançar outra coisa além dela. Trata-se de agir

tendo em vista benefícios como sentir prazer,

adquirir coisas, alcançar a felicidade, ter sucesso

etc. Por exemplo: “Seja bom, se quiser ser amado”;

“Não roube, se não quiser ir para a prisão”; “Não

minta, para não perder a credibilidade”.

VISUALIZAÇÃO:

https://www.google.com.br/search?q=prisao&hl=pt-BR&tbm=isch&source=hp&biw=1366&bih=657&ei=JWCaYaW3CabA5OUPtqyC0A8&iflsig=ALs-wAMAAAAAYZpuNSjHS-cD5bOzvRKV8Lj2mYwmSQfw&ved=0ahUKEwjl3bus3an0AhUmILkGHTaWAPoQ4dUDCAY&uact=5&oq=prisao&gs_lcp=CgNpbWcQAzIFCAAQgAQyBQgAEIAEMgUIABCABDIFCAAQgAQyBQgAEIAEMgUIABCABDIFCAAQgAQyBQgAEIAEMgUIABCABDIFCAAQgAQ6CwgAEIAEELEDEIMBOggIABCABBCxAzoICAAQsQMQgwFQ8wxYtxdgoCRoAHAAeACAAdsCiAGPCpIBBzAuNC4wLjKYAQCgAQGqAQtnd3Mtd2l6LWltZ7ABAA&sclient=img#imgrc=KLVstvkl5qFahM

 

Imperativo categórico. Visa a uma ação necessária

por si mesma, ou seja, a ação é boa em si, e não

por ter como objetivo outra coisa. Portanto, é

assim chamado por ser incondicionado, absoluto,

voltado para a realização da ação tendo em vista

o dever. Por exemplo: “Seja bom!”; “Não roube!”;

“Não minta!”.

VISUALIZAÇÃO:

https://www.google.com.br/search?q=pessoas+boas&hl=pt-BR&tbm=isch&source=hp&biw=1366&bih=657&ei=JWCaYaW3CabA5OUPtqyC0A8&iflsig=ALs-wAMAAAAAYZpuNSjHS-cD5bOzvRKV8Lj2mYwmSQfw&oq=pessoasboas&gs_lcp=CgNpbWcQARgAMgYIABAKEBg6CwgAEIAEELEDEIMBOgUIABCABDoICAAQgAQQsQM6CAgAELEDEIMBOgYIABAFEB5QmQZYsh9ghDRoAHAAeACAAcIBiAGHDpIBBDAuMTGYAQCgAQGqAQtnd3Mtd2l6LWltZ7ABAA&sclient=img#imgrc=tSG8l6bKQTLvTM

 

Para Kant, a vontade humana é verdadeiramente

moral apenas quando regida por imperativos categóricos.

Vamos exemplificar retomando a norma

moral “Não roube!”. Para Kant, ela se enraíza na

própria natureza da razão. Se aceitarmos o roubo

e se elevarmos essa máxima pessoal ao nível universal,

haverá uma contradição, porque, se todos

podem roubar, não há como manter a posse do que

foi furtado.

 

Em outras palavras, as concepções éticas que

norteiam a ação moral não se baseiam em condicionantes

– imperativos hipotéticos –, como

alcançar o céu, ser feliz ou evitar a dor, a prisão, ou

em qualquer interesse. Pelo imperativo categórico,

o agir moralmente se funda com exclusividade na

razão. Não se trata, contudo, de descoberta subjetiva,

porque visa à universalidade. Nas palavras

de Kant:

Age apenas segundo uma máxima tal que

possas ao mesmo tempo querer que ela se torne

lei universal.

KANT, Immanuel. Fundamentação da metafísica

dos costumes. São Paulo: Abril Cultural, 1980.

p. 129. (Coleção Os Pensadores)

 

Desse modo, os valores morais não estão “fora

de nós”, porque somos portadores de uma vontade

livre e cabe a cada um reconhecer seu dever. Nesse

aspecto, apesar de pessoalmente ter convicções

religiosas, Kant rejeita as instâncias externas dos

mandamentos religiosos, das leis ou das convenções

sociais ao afirmar nossa autonomia.

 (ARANHA, Maria Lúcia de Arruda e MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando: Introdução à Filosofia. 6.ed. São Paulo, Moderna, 2016. P. 214.)

Lembre-se: APRENDA SEMPRE. LEIA SEMPRE. CONHEÇA MAIS!

E TORNE-SE UMA PESSOA CADA VEZ MELHOR!

 

REFERÊNCIAS:

ARANHA, Maria Lúcia de Arruda e MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando: Introdução à Filosofia. 6.ed. São Paulo, Moderna, 2016. P. 209.

ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. Disponível em: < http://www.faberj.edu.br/cfb-2015/downloads/biblioteca/etica/Etica%20a%20Nicomaco%20-%20Aristoteles.pdf  > Acesso em 10/11/2020.

PLATÃO. Apologia de Sócrates, Críton ou do Dever e outras obras de domínio público disponíveis em: < http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/PesquisaObraForm.do?select_action&co_autor=173 > Acesso em 10/11/2020.

WIKIPÉDIA. Aristóteles. Disponível em: < https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%89tica_das_virtudes > Acesso em 10/11/2020.

 

Nenhum comentário: