SECRETARIA DA EDUCAÇÃO DE GOIÁS
ENSINO MÉDIO – PRIMEIROS ANOS
FILOSOFIA– PROF. JOSÉ ANTÔNIO BRAZÃO.
AULA
ZOOM 35 DE FILOSOFIA DOS PRIMEIROS ANOS:
TEMA:
LÓGICA(Prof. José Antônio Brazão.)
LÓGICA – RACIOCÍNIOS: (Prof. José Antônio
Brazão.)
De acordo com o dicionário
comum:
“Raciocínio (substantivo
masculino): 1.ato ou efeito de raciocinar.
2. exercício da razão pelo qual
se procura alcançar o entendimento de atos e fatos, se formulam ideias, se
elaboram juízos [afirmações, negações, julgamentos...], se deduz algo a partir
de uma ou mais premissas. (Definições
de Oxford Languages)” (GOOGLE. O que é
raciocínio? Disponível em: < https://www.google.com/search?q=o+que+%C3%A9+racioc%C3%ADnio&oq=o+que+%C3%A9+racioc%C3%ADnio&aqs=chrome..69i57j0l7.5500j1j15&sourceid=chrome&ie=UTF-8 > Acesso em
17/11/2020.)
“Raciocinar (verbo) 1. (transitivo indireto e intransitivo) fazer uso da razão para estabelecer relações
entre (coisas e fatos), para entender, calcular, deduzir, julgar (algo);
refletir. Exemplo: "pôs-se a raciocinar sobre a melhor solução para o
problema". 2. (transitivo direto) apresentar razões; ponderar. Exemplo:
"convenceu-o raciocinando que as vantagens se sobrepunham às
desvantagens". Origem: ⊙
ETIM lat. ratiocĭnor,ātus sum,āri 'calcular; examinar' (Definições de Oxford
Languages)” (GOOGLE. Raciocinar.
Disponível em: < https://www.google.com/search?q=raciociocinar&oq=raciociocinar&aqs=chrome..69i57j0i13l7.5021j1j15&sourceid=chrome&ie=UTF-8 > Acesso em
17/11/2020.)
Quotidiana
e constantemente fazemos uso de raciocínios. A lógica, por sua vez, enquanto
área do conhecimento que lida com os raciocínios, é mais rigorosa, buscando uma
maior precisão na exposição das ideias, do pensamento, através das palavras.
Raciocínios
dos mais diferentes tipos e a todo momento são usados em JOGOS e BRINCADEIRAS.
Por exemplo: xadrez, damas, dominó, baralho, jogos online, de videogames,
caça-palavras, palavras cruzadas (cruzadinhas), adivinhas (“Adivinhe o que
é...”; “O que é, o que é...”), gamão (Charles Darwin, o cientista evolucionista
inglês do século XIX, gostava de jogar gamão com a esposa), sudoku, ludo,
futebol, entre muitos outros.
Veja-se
as imagens em:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jogo#/media/Ficheiro:ChessSet.jpg (Verbete JOGO, na Wikipédia.)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jogo (Verbete JOGO, na Wikipédia.)
https://en.wikipedia.org/wiki/Game#/media/File:Paris_-_Tout%C3%A2nkhamon,_le_Tr%C3%A9sor_du_Pharaon_-_Plateau_de_jeu_miniature_en_ivoire_-_005.jpg (Mais
imagens da Wikipédia)
As
palavras raciocinar e raciocínio têm a mesma raiz em comum: ratio, do latim, a antiga língua do povo
romano e de regiões vizinhas da Roma antiga (região do Lácio [Latium, em latim]). Ratio, traduzida
para o português, é RAZÃO. Raciocinar é pôr a razão para trabalhar, no intuito
de buscar e encontrar respostas, de resolver problemas e questões, entre outras
tantas ações das quais nem sempre as pessoas se dão conta. Raciocínio é um trabalho
da razão, passando de uma ideia a outra, integrando algumas, descartando
outras, pensando, refletindo, reelaborando, etc.
Razão
é a capacidade humana de formar e formular ideias, reunir ideias, formar
pensamentos, pensar, refletir, entender, duvidar, ponderar, etc. Junto com a
razão, a imaginação, que é a capacidade humana de formar ideias mentais. Ligada
à razão.
No
que diz respeito ao uso cotidiano dos raciocínios, ao longo de um dia, a pessoas pensam, repensam, integram
ideias (síntese, composição) formando novas ou as separam (análise,
decomposição), entre outras atividades, enfim, raciocinam:
(1)Quando querem
escrever uma carta ou qualquer outro documento, por exemplo. Ora, é preciso pôr
uma ordem na fala, a fim de transmitir devidamente a mensagem que se quer
transmitir. Um(a) escritor(a), por exemplo, cotidianamente precisa fazer uso de
raciocínios, pôr a razão para trabalhar, junto com a imaginação, a reflexão,
etc.
(2)Quando fazem um
cálculo matemático, mesmo que seja um cálculo simples, se usam raciocínios. Ao
se fazer uma conta a caneta ou a lápis, talvez de cabeça, por exemplo, são
feitas somas, subtrações, divisões, multiplicações e outras atividades mentais
– tudo envolve raciocínios. (3)Quando respondem a questões de um formulário ou
questionário e é necessário pensar, passando de uma ideia a outra.
(4)Quando buscam
respostas para problemas e desafios do dia a dia, a mente logo é posta a
raciocinar. A razão é posta a trabalhar! Um exemplo bem simples: Como trocar a
lâmpada queimada? Do que vou precisar? Como farei para a trocar? Aí uma
sequência dentro da mente e das ações coordenadas por ela: comprar uma lâmpada
nova do mesmo tipo, desligar a energia para não tomar choque, arrumar uma
cadeira ou escada para subir, tirar a lâmpada estragada desenroscando-a,
enroscar a nova, descer, embrulhar a lâmpada estragada antes de leva-la ao
lixo, religar a energia e ligar a tomada, eis que a luz aparece! Essa sequência
parece simples, mas demanda raciocínio (conectar e separar ideias...) e
aprendizado. Não se raciocina no vazio! O aprendizado é fundamental, como se
verá pouco adiante.
(5)Quando se põem
a “fazer uso da razão para estabelecer relações entre (coisas e fatos)” (Trecho
citado). Que tipo de relações? Relações de causa e efeito, de certo e errado,
de verdadeiro e falso, de verdade e mentira, entre muitas outras relações. Até
mesmo quando duvidam as pessoas fazem uso de relações e raciocínios. Um bom
exemplo disto é René Descartes, que fez uso da dúvida metódica. Esta foi um
caminho na busca de respostas acerca da capacidade humana de conhecer.
(6)Quando
necessitam “apresentar razões; ponderar. Exemplo: ‘convenceu-o raciocinando que
as vantagens se sobrepunham às desvantagens’.” (Outro trecho citado no início.)
Apresentar razões quer dizer apresentar motivações, porquês, causas, luzes,
argumentos (provas, indícios), conhecimentos, etc., com a finalidade de
convencer, resolver, solucionar, etc. Ponderar, por sua vez, é pesar (pesar os prós e os
contras, por exemplo), refletir, pensar, etc. No exemplo citado aqui, alguém
convenceu um homem acerca das vantagens, mostrando que estas estavam acima das
desvantagens de um negócio, de uma compra, de empenhar-se nos estudos, entre
outras possibilidades. O peso
das vantagens foi maior do que os das desvantagens.
(7)Quando
estudantes precisam desmontar orações e períodos da escrita, por meio da
análise sintática. A análise sintática, de fato, envolve raciocínio e
conhecimento. Raciocínios para ver como os elementos da oração e do período
estão ou devem ser ligados para transmitir devidamente a mensagem, perceber
como estão estruturados e os entender. Conhecimentos, porque não é possível
fazer análise sintática sem se saber o que é um sujeito, o que é predicado, o
que é adjetivo, adjunto adverbial, advérbio, etc.
(8) Etc., etc.,
etc.
Entre
os tipos clássicos de raciocínios da lógica encontram-se a DEDUÇÃO, a INDUÇÃO,
a ANALOGIA, o SOFISMA, entre outros. Estes já foram vistos na aula anterior.
Então,
ninguém raciocina no vazio ou a partir do vazio. É preciso o CONHECIMENTO,
desde conhecimentos básicos acerca do mundo circundante (que rodeia as pessoas)
até conhecimentos mais complexos, no caso das ciências mais avançadas. Os
conhecimentos, conforme os filósofos empiristas (empiria, grego = experiência),
que defendem a ideia de que todo conhecimento surge a partir da experiência
sensível, isto é, o contato com o mundo e com as pessoas (ninguém vive sozinho)
através dos sentidos (olfato, tato, paladar, audição, visão), sendo esse
material trabalhado pela razão (intelecto, inteligência). De acordo com os
filósofos racionalistas, como Descartes, o conhecimento passa pela experiência,
mas é a razão que é o fator determinante na elaboração dos conhecimentos.
Enfim, houve e há aqueles filósofos que juntam o empirismo e o racionalismo,
vendo a necessidade tanto da experiência sensível quanto da razão.
Jean
Piaget, um biólogo e cientista do século XX, descobriu que o aprendizado ocorre
por fases, desde o nascimento até a adolescência, tema para outra discussão,
num outro dia.
Enfim,
o fato é que para conhecer é preciso experimentar o mundo, vivenciar, conviver
com pessoas, aprender com elas e, no caso de conhecimentos mais complexos,
aprender na escola, na faculdade, em cursos, por meio de livros, de muitas
leituras, de experimentos, de trocas de ideias, de múltiplas formas. Como foi
dito: não se raciocina a partir do nada. Quem trocou uma lâmpada, com certeza,
aprendeu com outra pessoa. O cientista que descobriu o Big Bang (Edwin Hubble),
no século XX, aprendeu muito: matemática, física, química, astronomia, etc.
Raciocinou muito e descobriu! Aliás, raciocínio e conhecimento andam juntos o
tempo todo, desde a mais tenra infância até a vida adulta, pois até para
aprender é preciso raciocinar, estabelecendo relações, ligando e separando
ideias, etc.
Lembre-se:
Raciocinar bem é fundamental em todos os aspectos da vida, inclusive no
trabalho e para se poder conseguir e manter um bom trabalho. Estudar lógica (e
filosofia) ajuda! Estudar matemática ajuda! Estudar Português ajuda! Estudar de
modo geral, todas as matérias, ajuda mais ainda! Aprenda sempre, seja
curioso(a), investigador(a), queira saber cada vez mais e fazer bom uso do
conhecimento e dos raciocínios. Quem raciocina bem, tem conhecimento e
disposição, com um pouco de ambição (ambição positiva), se dá bem na vida. Quem
raciocina bem evita malogros (males, enganações, sofismas e falsas artimanhas)
e ainda tem condições de ajudar outras tantas pessoas. Ora, ninguém vive
sozinho(a) no mundo.
REFERÊNCIAS:
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda e
MARTINS, Maria Helena Pires. FILOSOFANDO:
Introdução à Filosofia. 4.ed. São Paulo, Moderna, 2009.
BÍBLIA NVI. Atos 17:13-34 (NVI –
Nova Versão Internacional.) Disponível em: <
https://www.bibliaonline.com.br/nvi/atos/17 > Acesso em 21/09/2020.
CHAUÍ, Marilena et alii. Primeira Filosofia: Lições Introdutórias.
7.ed. São Paulo, Brasiliense, 1987.
CHAUÍ, Marilena. Iniciação à Filosofia. 3.ed. São Paulo,
Ática, 2017.
COTRIM, Gilberto e FERNANDES,
Mirna. Fundamentos de Filosofia.
Disponível em: < https://www.academia.edu/37334864/Fundamentos_de_FILOSOFIA_GILBERTO_COTRIM_MIRNA_FERNANDES
> Acesso em 21/09/2020.
EPICURO. Pensamentos. São Paulo, Martin Claret, 2006. (Col. A Obra-Prima de
Cada Autor.)
GOOGLE. O que é raciocínio? Disponível em: < https://www.google.com/search?q=o+que+%C3%A9+racioc%C3%ADnio&oq=o+que+%C3%A9+racioc%C3%ADnio&aqs=chrome..69i57j0l7.5500j1j15&sourceid=chrome&ie=UTF-8 > Acesso em 17/11/2020.
GOOGLE. Raciocinar. Disponível em: < https://www.google.com/search?q=raciociocinar&oq=raciociocinar&aqs=chrome..69i57j0i13l7.5021j1j15&sourceid=chrome&ie=UTF-8 > Acesso em 17/11/2020.
INTERNET ENCYCLOPEDIA OF FILOSOFIA.
Verbete Epicurus. Disponível em: <
https://iep.utm.edu/epicur/
> Acessos de 2015 a 2020. [Em 2020: 21 de setembro.]
WIKIPÉDIA. Verbetes: Helenismo, Zenão de Cítio, Marco Aurélio, Sêneca e outros.
Disponível em: < https://pt.wikipedia.org/wiki/Wikip%C3%A9dia:P%C3%A1gina_principal
> Acesso: 21 de setembro de 2020.
Obs.:
Epicuro, 2013 – Ver livro de COTRIM e FERNANDES.
Para
saber mais:
http://www.ime.unicamp.br/~calculo/history/arquimedes/arquimedes.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Arquimedes
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cinismo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Helenismo
http://plato.stanford.edu/entries/epicurus/ (em inglês) (Use
tradutores online. São bons.)
http://plato.stanford.edu/entries/stoicism/ (em inglês) (Use
tradutores online. São bons.)
http://plato.stanford.edu/entries/epictetus/ (em inglês) (Use
tradutores online. São bons.)
http://plato.stanford.edu/entries/marcus-aurelius/ (em inglês) (Use
tradutores online.)
http://plato.stanford.edu/entries/seneca/ (em inglês) (Use
tradutores online. São bons.)
http://plato.stanford.edu/entries/skepticism-ancient/ (em inglês) (Use
tradutores online.)
http://plato.stanford.edu/entries/ammonius/ (em inglês) (Use
tradutores online. São bons.)
http://plato.stanford.edu/entries/plotinus/ (em inglês) (Use
tradutores online. São bons.)
http://plato.stanford.edu/entries/cosmopolitanism/ (em inglês,
contém informações também sobre Diógenes de Sínope) (Use tradutores online. São
bons.)
Obs.:
Todas as páginas em inglês foram traduzidas com uso do Google Tradutor ou
outro(s) tradutor(es) online:
http://translate.google.com.br/
http://www.clubedoprofessor.com.br/traduz/
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