sexta-feira, 15 de outubro de 2021

AULA ZOOM 30 DE SOCIOLOGIA DOS SEGUNDOS ANOS DO ENSINO MÉDIO: MUNDO DO TRABALHO E DESIGUALDADE SOCIAL: ESTRATIFICAÇÃO E DESIGUALDADES SOCIAIS - DESIGUALDADES SOCIAIS NÃO SÃO NATURAIS, SÃO HISTÓRICAS (Prof. José Antônio Brazão.)

 SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DE GOIÁS

ENSINO MÉDIO – SEGUNDOS ANOS

PROF. JOSÉ ANTÔNIO BRAZÃO.

AULA 30:  MUNDO DO TRABALHO E DESIGUALDADE SOCIAL:

ESTRATIFICAÇÃO E DESIGUALDADES SOCIAIS

Conteúdo do capítulo 10 do livro SOCIOLOGIA EM MOVIMENTO.

DESIGUALDADES SOCIAIS NÃO SÃO NATURAIS, SÃO HISTÓRICAS (Prof. José Antônio Brazão.)

As desigualdades sociais são marcantes e visíveis no mundo atual. Por exemplo, pode-se ver:

(1)Na estrutura das cidades, com uma região central e regiões periféricas.

IMAGENS:

https://www.google.com/search?q=centro+e+periferia+rela%C3%A7%C3%B5es+diferen%C3%A7as+e+desigualdades&hl=pt-BR&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwjVkNSLwczzAhVmHLkGHUQcBI4Q_AUoAnoECAEQBA&biw=1242&bih=597&dpr=1.1#imgrc=rmAYXb81HvAW-M

(2)Em favelas.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Favela#/media/Ficheiro:Dharavi_India.jpg

(3)Pessoas morando embaixo das pontes e dos viadutos.

https://www.google.com.br/search?q=pessoas+morando+embaixo+da+ponte&hl=pt-BR&tbm=isch&source=hp&biw=1366&bih=657&ei=hoBpYaubE9HL1sQPs7y6uAU&ved=0ahUKEwir9oWrwczzAhXRpZUCHTOeDlcQ4dUDCAc&uact=5&oq=pessoas+morando+embaixo+da+ponte&gs_lcp=CgNpbWcQAzIECAAQHjoFCAAQgAQ6CwgAEIAEELEDEIMBOggIABCxAxCDAToICAAQgAQQsQM6BggAEAUQHjoECAAQGDoGCAAQChAYOgYIABAIEB5Q2AlYnT9g00VoAHAAeAGAAeEEiAH1NpIBDDAuMTkuNy41LjAuMZgBAKABAaoBC2d3cy13aXotaW1n&sclient=img#imgrc=bAPZqFpJDHrimM

(4)Pedintes nas ruas.

https://www.google.com.br/search?q=pedintes+nas+ruas&hl=pt-BR&tbm=isch&source=hp&biw=1366&bih=657&ei=oIFpYb62JITV1sQPwfClgAo&ved=0ahUKEwi-htOxwszzAhWEqpUCHUF4CaAQ4dUDCAc&uact=5&oq=pedintes+nas+ruas&gs_lcp=CgNpbWcQAzoFCAAQgAQ6CwgAEIAEELEDEIMBOggIABCxAxCDAToICAAQgAQQsQM6BggAEAUQHjoECAAQGFCdCViTMWDsN2gBcAB4AIABwwKIAcsbkgEHMC45LjguMZgBAKABAaoBC2d3cy13aXotaW1n&sclient=img#imgrc=6aIdWCKz7j45dM

(5)Vendedores ambulantes desempregados. Em tempos de doenças coletivas, mais ainda.

https://www.google.com.br/search?q=vendedores+ambulantes&hl=pt-BR&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwjx4-nfwszzAhX4q5UCHR7HBt4Q_AUoAXoECAEQAw&biw=1366&bih=657&dpr=1#imgrc=Q1dwFr0t6GNnDM

(6)No pouco acesso ao sistema de saúde por parte de muitas pessoas.

https://www.google.com.br/search?q=corredores+de+hospitais+publicos+cheios&hl=pt-BR&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwj29rSXw8zzAhWVq5UCHXPZDGwQ_AUoAXoECAEQAw&biw=1366&bih=657&dpr=1#imgrc=EEvs2WPxOXKnEM

(7)No pouco acesso a níveis mais elevados de escolaridade por parte de muitas pessoas.

https://www.google.com.br/search?q=desigualdades+na+educa%C3%A7%C3%A3o+brasileira&hl=pt-BR&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwig9ry-w8zzAhXsppUCHWAiDhsQ_AUoAXoECAEQAw&biw=1366&bih=657&dpr=1#imgrc=pvdvYkruiFEKKM

(8)No analfabetismo que, infelizmente, ainda existe até mesmo no Brasil e próximo de nós, presente entre muita gente pobre.

https://www.google.com.br/search?q=analfabetismo+no+brasil&hl=pt-BR&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwj6gcDrw8zzAhVvrJUCHYBiCUsQ_AUoAnoECAEQBA&biw=1366&bih=657&dpr=1#imgrc=hmKnfknthvPvAM

(9)No analfabetismo digital.

https://www.google.com.br/search?q=analfabetismo+digital&hl=pt-BR&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwiQr6ymxMzzAhV9r5UCHQhDDB0Q_AUoA3oECAIQBQ&biw=1366&bih=657&dpr=1#imgrc=AK8UEdagHj7dIM

(10)Em acampamentos ao longo de estradas.

https://www.google.com.br/search?q=acampamentos+em+beira+de+estradas&hl=pt-BR&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwipuvnqxMzzAhXTpZUCHWiABh8Q_AUoAXoECAEQAw&biw=1366&bih=657&dpr=1#imgrc=fWjSx26XFzzXBM

(11)No número maior de pessoas de classes populares que morreram e têm morrido na pandemia de 2020-2021.

https://noticias.r7.com/saude/perfil-de-mortos-mantem-pobres-e-homens-como-maiores-vitimas-08032021

 

(12)Em notícias de TV sobre a África, a Índia e outros lugares do mundo.

https://www.google.com/search?q=pobreza+na+%C3%A1frica+e+na+%C3%ADndia&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwiIsN3ExczzAhUZFbkGHWaiD9IQ_AUoAXoECAEQAw&biw=1242&bih=597&dpr=1.1#imgrc=HyAgWuzR1nkE0M 

(13)Na acumulação da maior parte da riqueza do mundo nas mãos de um por cento dos mais ricos do mundo, em detrimento de uma maioria imensa que não tem sequer o que comer direito. (Informações de jornais e livros didáticos, por exemplo.)

https://www.google.com/search?q=ac%C3%BAmulo+de+riquezas+do+capitalismo&hl=pt-BR&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwjT3sTkxczzAhWiKLkGHc52DccQ_AUoAnoECAEQBA&biw=1242&bih=597&dpr=1.1#imgrc=A6yWvAF8oc40oM

(14)No quase nenhum acesso a tecnologias de ponta por parte de muitas pessoas.

(15)Na corrupção, noticiada todos os dias por via dos meios de comunicação social. De fato, a corrupção tira de todas as pessoas e, principalmente das mais pobres, uma série de direitos, como o direito aos bens básicos da vida.

https://www.google.com/search?q=corrup%C3%A7%C3%A3o+no+brasil&hl=pt-BR&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwjq1LvPxszzAhXHEbkGHVWHA_QQ_AUoAnoECAEQBA&biw=1242&bih=597&dpr=1.1#imgrc=FgSywB-g00hpLM

(16)Na péssima infraestrutura de esgoto, de água e de outros serviços básicos em muitos bairros de periferia e em favelas. Fruto da má gestão do dinheiro público e, principalmente, da corrupção, além da divisão social propriamente dita.

https://www.google.com/search?q=falta+de+estrutura+de+esgoto+e+%C3%A1gua+no+brasil&hl=pt-BR&tbm=isch&source=lnms&sa=X&ved=2ahUKEwjnq-mEx8zzAhWIrpUCHQsOB_QQ_AUoAnoECAEQBA&biw=1242&bih=597&dpr=1.1#imgrc=tAO119ZQP6bpIM

(17)Etc. Se se observar, poder-se-á ver, às claras, muitas outras formas de manifestação da desigualdade social. Muitas vezes, basta sair às ruas.

Mas a desigualdade social (divisão entre ricos e pobres) não é natural nem fruto da visão religiosa acerca do pecado ou da graça. Ela é fruto, sobretudo, da ACUMULAÇÃO DE RIQUEZAS NAS MÃOS DE POUCOS, fruto, por sua vez, muitas vezes, da EXPLORAÇÃO DO TRABALHO ALHEIO, além da corrupção. Nos últimos séculos, por exemplo, podem ser citados os FATOS REAIS e HISTÓRICOS a evidenciar esses fatos:

(1)Final do século XV em diante (até hoje): A matança de tribos e povos na África, na Ásia, na América Latina e do Norte, etc., em busca de terras, ouro e riquezas. Por exemplo: conquistadores de diferentes países em nome de governos desses países e de companhias (por ex.: Companhias das Índias Orientais e Ocidentais).

(2)A matança de outras tribos e outros povos de lugares já citados também por meio de doenças, no intuito de apropriação de suas riquezas e terras.

(3)Escravidão de índios e negros (destes, a grande maioria), empregados em enormes fazendas de produção de açúcar (ciclo da cana de açúcar), depois nas minas, no ciclo do café e em outros lugares onde o trabalho pesado e escravo era necessário.

(4)A exploração terrível na época da Revolução Industrial, com a formação de bairros paupérrimos em vários cantos da Europa e do mundo. Os livros de Sociologia e de História bem mostram esse fato real e histórico.

(5)A escravização de pessoas, hoje ainda, em fazendas, empresas de tecelagem e outros lugares, denunciada pela Justiça Trabalhista e atacada, dentro do possível, pela Polícia Federal do Brasil.

(6)Guerras localizadas e mundiais, frutos claramente de interesses coloniais e neocoloniais (neocolonialismo do século XIX, por exemplo, que veio a provocar a Primeira Guerra Mundial e, a seguir, a Segunda, no século XX) em que muitas pessoas morreram, ficaram desabrigadas e sem recursos, aumentando seu empobrecimento. Com as guerras, os setores ricos de países vencedores enriqueceram mais ainda: indústria de armas, de veículos, bancos, de construção (e reconstrução) [empreiteiras], além de outras tantas, enquanto uma maioria empobreceu ou morreu em tais guerras. Fato visível em livros de História e de Sociologia.

(7)Quando os negros foram libertos no Brasil, no final do século XIX, foram libertos sem quaisquer direitos, simplesmente despedidos, vindo, muitos deles(as) a exercer trabalhos pesados dos mais diversos tipos para sobreviver e sujeitar-se a condições desumanas de vida. Onde muitos encontraram abrigos? No que viriam a ser as favelas, em morros principalmente. Até hoje, por exemplo, o racismo é real e até frequente, fruto da história e da desigualdade social.

(8)O desemprego de vastos setores da população brasileira (e mundial), em tempos de crises e, particularmente, fora destes. Maioria imensa: pobres. (Nos últimos anos, variando entre 12 e 14 milhões de desempregados e desempregadas, conforme noticiários e outros meios de comunicação social.)

(9)CORRUPÇÃO parte de setores diversos da sociedade, principalmente envolvendo setores da política. Impostos não pagos por certas grandes empresas, por exemplo, igualmente fazem falta para muita gente. Em tempos de pandemia, por exemplo, jornais de TV falam frequentemente de empresas, ligadas a políticos, que superfaturam os valores de produtos farmacológicos e de atendimento médico, como respiradores, remédios e outros. Fato. Nos tempos do “Petrolão” (denunciado na Operação Lava-Jato), um bom número de empreiteiras envolvidas e que se enriqueciam com obras superfaturadas e outros artifícios, com vários empresários presos naquela operação da Justiça Federal com a Polícia Federal. O Caso das Empreiteiras, na década de 1990, outro exemplo histórico. No Rio de Janeiro... A corrupção prejudica muitíssimos setores das sociedades do Brasil e do mundo, além dos empobrecidos propriamente ditos.

(10)Etc.

Todos esses casos evidenciam a acumulação do capital que teve e tem, como contrapartida, o empobrecimento e o sofrimento de muitas pessoas, de grupos e até mesmo povos quase inteiros, destituídos de tudo ou quase tudo, gerando a desigualdade social.

REFERÊNCIAS:

CAMPOS, Flávio de e CLARO, Regina. A Escrita da História (Manual do Professor). São Paulo, Escala Educacional, 2010. (Três volumes.)

MODERNA. História do Brasil. São Paulo, Moderna, 2006. (ENCICLOPÉDIA DO ESTUDANTE, Vol. 16)

ESTADÃO. Empreiteira da Lava Jato afirma que cartel atuou na década de 90. Disponível em: < https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,empreiteira-da-lava-jato-afirma-que-cartel-atuou-na-decada-de-90,1654892 > Acesso em 20 de outubro de 2020.

JUS.COM.BR. Uma visão do combate ao trabalho escravo contemporâneo no Brasil pela ótica dos direitos humanos. Disponível em: < https://jus.com.br/artigos/66171/uma-visao-do-combate-ao-trabalho-escravo-contemporaneo-no-brasil-pela-otica-dos-direitos-humanos > Acesso em 19 de outubro de 2020.

R7. Escravos bolivianos são resgatados na zona leste de SP. Disponível em: < https://noticias.r7.com/sao-paulo/escravos-bolivianos-sao-resgatados-na-zona-leste-de-sp-13102014 > Acesso em 20 de outubro de 2020.

SILVA, Afrânio et alii. Mundo do trabalho e desigualdade social. In: _________________. Sociologia em Movimento. 2.ed. São Paulo, Moderna, 2016/2017. (Unidade 4)

 

Nenhum comentário: