quinta-feira, 28 de maio de 2020

EAD CEDJA -VÍDEO CURTO DE FILOSOFIA PARA REVISÃO - SEGUNDOS ANOS: TEORIA DO CONHECIMENTO E REVOLUÇÃO CIENTÍFICA MODERNA. (Prof. José Antônio Brazão.)

Anteriormente, foi solicitada a assistência do vídeo COSMOS, episódio 3: A Harmonia dos Mundos, do astrônomo norte-americano Carl Sagan, que foi um grande cientista e, para popularizar as ciências e, particularmente, a Astronomia, fez uma série em treze episódios chamada COSMOS. Este vídeo pode ser encontrado no YOUTUBE, juntamente com os demais da referida série.

O vídeo COSMOS, episódio 3, foi solicitado anteriormente, como um trabalho de assistência e resumo. 

O vídeo acima é um pequeno comentário a respeito das mudanças científicas, principalmente no que tange à compreensão do universo, ocorridas por volta dos séculos XV, XVI e XVII da era cristã, poucos séculos atrás do nosso. É um vídeo curto, para uma breve revisão.

Junto com a Revolução Científica Moderna e as mudanças que provocou no pensamento pode-se também ver uma preocupação de vários filósofos quanto à questão do conhecimento, destacando-se, por exemplo: RENÉ DESCARTES, JOHN LOCKE e DAVID HUME.

René Descartes, francês, pertenceu à corrente racionalista. Para os racionalistas todo conhecimento tem sua fonte primária na razão (ratio, em latim, donde racio-, que aparece em vários vocábulos da língua portuguesa). René Descartes, além de filósofo, foi também matemático - são famosas suas coordenadas, chamadas hoje coordenadas cartesianas (do nome latino de Descartes: Renato Cartesius). Descartes defendia a ideia de que o pensamento é o que marca o ser humano. É famosa sua frase "Penso, logo existo", comum em livros de filosofia e outros. Descartes acreditava que algumas de nossas ideias seriam inatas, como, por exemplo, a ideia de Deus (um Ser perfeito, eterno, etc.). Para ele os sentidos são meios de conhecimento, mas enganosos. Portanto, não se pode confiar neles. Daí, a defesa da RAZÃO, como fonte primária do conhecimento.

John Locke e, depois dele, David Hume, da Grã-Bretanha, eram empiristas. A corrente empirista defendia que todo conhecimento tem como fonte primária a experiência sensível (empiria, em grego, daí empirismo), ou seja, o contato direto com o mundo através dos cinco sentidos (olfato, tato, paladar, audição e visão). John Locke defendia que a mente é como um papel em branco (uma tradução comumente usada para a expressão latina tabula rasa), isto é, na mente não existem ideias inatas, ao nascer a criança está com a mente ainda como um papel onde serão escritas as informações advindas do contato empírico (experiencial sensível) com o mundo. Era, portanto, contrário ao inatismo. David Hume acrescentou um elemento fundamental: o HÁBITO. Para ele uma experiência sozinha não basta para a formulação de conhecimentos. É preciso o hábito nascido de repetidas experiências, permitindo formar uma compreensão maior da realidade do mundo. Também era contrário ao inatismo - ideias não nascem com as pessoas. O conhecimento vai se formando por meio das experiências sensíveis e do hábito (costume), de acordo com Hume. Hume viveu no séc. XVIII.

E a Revolução Científica? Foi uma revolução no modo de entender o mundo, todo o cosmos. Em uma publicação anterior comentei sobre o vídeo COSMOS, episódio 3: A HARMONIA DOS MUNDOS. Veja, em Postagens Anteriores. Junto com o site do vídeo (no Youtube), um resumo e um comentário um pouco mais longos.

Resumindo, no campo da Astronomia: 
*Principais cientistas: Nicolau Copérnico, Galileu Galilei, Johannes Kepler (que é tratado com detalhes no vídeo de Sagan) e Isaac Newton. 
*Mudanças: (a)Derrubada do geocentrismo (crença de que a Terra seria o centro do universo e que todos os astros girariam ao redor dela em órbitas circulares). (b)Defesa do heliocentrismo (crença de que o Sol é o centro do universo [depois se descobriu que só do sistema solar]) - no caso de Copérnico e Galileu, com os astros, incluindo a Terra e a Lua, girando ao redor desse mesmo Sol (helio\helios, em grego), em órbitas circulares. (c)Kepler descobriu que as órbitas planetárias são elípticas (têm forma de elipses) ao redor do Sol, o que foi reafirmado pela teoria da gravidade de Newton. 
Houve outros campos também que tiveram mudanças: nos estudos da natureza (animais, vegetais, seres humanos, etc.). Um exemplo curioso: Leonardo da Vinci, que fez desenhos os mais variados e detalhadíssimos do corpo humano, de plantas, animais, entre outros, além de pinturas (foi um grande artista), William Harvey, que estudou e descreveu os movimentos do coração e do sangue, a invenção e o uso do microscópio, etc., tudo por volta dos séculos XV, XVI e XVII.

Professor(a) de Filosofia de outra(s) escola(s):
(1)O vídeo acima é muito simples. É um vídeo curto com fins de revisão.
(2)Para a elaboração do vídeo foram usados basicamente: o livro didático de Filosofia atualmente em uso(indicado abaixo) no colégio (Iniciação à Filosofia), um outro anterior (Filosofando), um celular comum e um computador. 
(3)Há falhas de gravação, mas o que se quer passar aqui é a ideia de que é possível fazer algo mais com o que se tem em mãos. O vídeo foi solicitado pela escola e a criatividade simples veio de acompanhamento. O livro didático é um material comum nas mãos de estudantes das escolas públicas e particulares. Qualquer erro, que se desculpe. O essencial, creio, foi aí posto.
(4)Veja também COSMOS, de Carl Sagan, no Youtube.

REFERENCIAL DOS LIVROS:

ARANHA, Maria Lúcia de A. e MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando: Introdução à Filosofia. 4.ed. São Paulo, Moderna, 2009.

CHAUÍ, Marilena. Iniciação à Filosofia. 3.ed. São Paulo, Ática, 2017. (Volume único.) 

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