(Prof.
José Antônio Brazão.)
Quatro
séculos antes de Cristo passados
Macedônicos
reis seu reino estenderam
E
entre os povos dominados
Encontrou-se
o povo grego.
Admirando
da cultura da Grécia a beleza,
Alexandre
Magno, de Aristóteles pupilo,
No
império espalhou daquela a grandeza:
A
arte, a língua, a filosofia e o arquitetônico estilo.
Neste
contexto, com perda da cidadania antiga,
Não
mais cidades livres, em seu conjunto,
Vinha
surgindo cosmopolita perspectiva
E,
no filosófico pensar, novo encarar do mundo.
Novas
escolas, de socrática influência,
Nasceram
em cada império,
Por
alcançar da vida nova ciência
Puseram
esforço dedicado e sério.
No
caminho do saber racional,
Duvidar
das verdades propunham os céticos.
Não
havendo verdade universal,
Descrer
da tradição seria certo.
Controle
dos desejos, das paixões e dos desejos
Propunha
a escola dos filósofos estoicos,
A
fim de dominar daqueles a impulsividade,
Por
muitos perigos esta registrar históricos.
Pelas
humanas sociais convenções
Radicalizando
o desprezo, em palavras e ações,
Os
filósofos chamados cínicos
Foram
por comparar-se aos caninos.
Controlavam
os cínicos dos desejos as preocupações,
Entre
eles estava Diógenes, ao morar em Atenas,
Negando
as riquezas e humanas ilusórias atenções,
Em
um simples barril morava apenas.
Pelo
Grande Alexandre admirado,
Perguntado
sobre o que o rei lhe poderia fazer,
Somente
do Sol, por Diógenes tomado,
Da
frente lhe daria grande favor poder sair.
Morto
Alexandre, seus generais o sucederam
O
macedônico império então dividiram
E
em seus reinos a grega cultura mantiveram,
Afetados
que estavam por alexandrina admiração.
Séculos
seguiram e por novo império dominado
Foi
o povo grego pelo romano, parte a parte,
Mas
igualmente acabou este sujeitado
Pela
cultura daquele e sua arte.
Fugindo
do cínico radicalismo,
Devotaram ao prazer vital valor
Os
seguidores do epicurismo
E,
com equilíbrio, fugir da dor.
Epicuro, descrendo dos
deuses a influência,
Deles
havia ensinado a discípulos não terem medo,
Pois,
sendo tudo por átomos feito,
Ao
morrer, os seres perdem a vital existência.
No
Romano Império, no período cristão,
Plotino,
de Amônio, em Alexandria discípulo,
Com
o mestre redescobriu as ideias de Platão,
Construindo
na filosofia novo idealismo.
Do
Bem, perfeita Forma, o neoplatônico,
Relendo
de Platão, via o Uno,
Transcendendo
dos seres a realidade, Único
Infinito,
puro, perfeito e pleno.
Em
Alexandria, no Egito, numa biblioteca tesouros
Do
antigo saber suas estantes guardavam,
Livros
em pergaminhos, papiros e outros,
E
em suas salas grandes intelectuais estudavam.
Aí
conviveram Eratóstenes, Ptolomeu, tantos
Homens
e mulheres, destacando-se entre todos
A
grandiosa filósofa e professora Hipácia,
Que
dominava a grega sabedoria com audácia.
Defrontada
por religiosos que a atacavam,
Por
mulher sábia e independente ser,
Mas
sua liberdade intelectual não atingiram,
E ela preferiu antes a morte que dobrar-se a um fanático poder.
FILOSOFIA
EM POESIA: FILOSOFIA PATRÍSTICA (Prof.
José Antônio Brazão.)
Com
o secular grego
Filosófico
entendimento
Teve
que se haver, no início,
O
cristão pensamento.
Da
Grécia a língua se usou
E
o nome de Cristo por ela
A
muitos povos se levou
Abrindo
ao mundo uma nova janela.
Cristãs
biografias, textos, cartas
Nas
neotestamentárias escritas
Por
meio de gregas palavras e letras
Mensagens
de vida foram ditas.
Logos,
discurso e razão
Logos
(palavra) falado
Logos
expresso por João
Logos
carne divina tornado.
Com
helenísticos filósofos ateus
Paulo
Apóstolo, em Atenas, teve inquirição
Mas
despediram-se estoicos e epicureus
Por
não crerem na ressurreição.
Nos
séculos que então se seguiram
A
fundamentação e a defesa da fé mística
Intelectuais
cristãos a tarefa assumiram
Íntegros
em santidade, Pais da Igreja – Patrística.
Desconfiado
da grega filosofia
Por
ver nela o risco de heresia,
Na
defesa da fé insistente
Tertuliano,
culto e crente.
Justino
e Clemente, outros sábios da nova religião
A
lógica estrutura do filosófico pensamento
Empenharam-se,
na doutrina, com boa intenção,
Tornar
presente em cada argumento.
Defrontando-se
com as dúvidas do ceticismo,
O
Bem e o Mal do pensar maniqueísta,
Com
o neoplatonismo e o cristianismo,
Da
fé Agostinho tornou-se mais um apologista.
Em
suas Confissões, o hiponense expôs
sua vida
Na
Cidade de Deus, a bíblico-platônica
cidade
Já
a Educação no De Magistro é refletida
A
iluminação conduz à suprema verdade.
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