(Prof.
José Antônio Brazão.)
Nos
séculos seis e sete, na Península Arábica,
A
islâmica religião surgiu,
Por
Maomé a fé corânica,
E
uma nova civilização construiu.
Dominando
de partes da Ásia à África do Norte,
Avançada
nos medicinais conhecimentos,
Com
a filosofia grega, um contato forte,
Por
descobrir coisas novas e delas ter novo entendimento.
Alto
amor ao aprender devotando,
Com
observatórios e belíssima arquitetura,
A
astronomia também estudando,
Alcançou
dos céus imensa cultura.
Nos
séculos seguintes, de tradução
Imenso
movimento se empreendeu.
Textos
de tecnologia, de medicina e de toda educação,
O
saber nessa civilização se desenvolveu.
A
matemática hindu numeração
O
comércio e outros usos facilitou,
Mais
simples de calcular por se tornar a ação,
Até
do universo a compreensão aumentou.
Filósofos
judeus e árabes
Com
a filosofia grega se depararam,
Maimônides,
Al-Ghazali, Al-Kindi, Avicena e Averroes
Com
Platão, Plotino, Aristóteles se defrontaram.
De
gregos e Aristóteles, em comentários de grande riqueza,
E
uns também na medicina, outros no Direito,
Na matemática ou no interpretar da natureza,
Cada
filósofo buscou um conhecer mais perfeito.
Forte
influência, no pensamento europeu,
Nas
escolas e nas medievais universidades,
Todo
esse movimento exerceu,
Trazendo
novas e questionadoras verdades.
O
embate de ideias
De
cristãos, pagãos e islâmicos filósofos,
Efervesceu
estudantis e doutorais plateias,
Ávidas
por discutir e descobrir saberes novos.
FILOSOFIA: A ESCOLÁSTICA: (Prof. José A. Brazão.)
Dos
feudos a nova era
Servos
nos campos a trabalhar,
De
guerreiros e eclesiásticos senhores de terra
Tributos,
dízimos e serviços a pagar.
Uma
vida rigorosa e dura
De
trabalho nos campos nem sempre férteis
Sulcando
e plantando a terra pura,
Cerzindo
com lã e couro grosseiros têxteis.
Cercados
de perigos e de doenças férreas,
De
cruzadas contra mouros,
Tempos
sombrios de guerras
Para
expandir de reis os reinos e tesouros.
Tempo
de mosteiros e castelos
De
românica arquitetura em posição
Tempos
depois, em cidades e vilarejos,
Igrejas
e prédios de gótica construção.
Do
secular intelectual trabalho de monges e teólogos
Cópias
e trocas de textos antigos em estudo,
De
gregos e muçulmanos filósofos
Pelas
cruzadas e aumentado comércio obtidos.
O
aprendizado em escolas monacais,
Muito
além do tempo a brevidade,
Também
acrescido estudo em escolas catedrais
E,
além delas, as primeiras universidades.
Associações
de ofício de alunos e professores, com certeza,
As
universidades, de início, eram
Incorporadas
foram pela Católica Igreja,
Institucionalizados
centros de estudos se tornaram.
Filosofia
nova aí se gestava e expandia,
Calorosos
embates aí se punham de pé,
Platônicas
e aristotélicas novas ideias se debatia,
Argumentos
contra e em prol da doutrina e da fé.
Dentre
os intelectuais da escolástica, “crânios”,
Leitores,
professores e pesquisadores em ação,
Franciscanos,
agostinianos e dominicanos
Se
destacavam na empreitada da razão.
Tempo
de heresias, doutrinas contrárias à fé católica,
Do
confronto de pensamentos religiosos e ateus,
Demanda
de Anselmo a prova teórica
De
certeza da existência de Deus.
O
décimo terceiro século caminhava,
Na
Universidade de Paris,
Um
dominicano culto ensinava
De
aristotélicas ideias a matriz.
Alberto,
Magno por ser grande
Em
teológicos e filosóficos conhecimentos,
Com
aristotélicos livros na mesa e na estante,
Decifrando
e divulgando destes os pensamentos.
Um
jovem monge beneditino,
Certo
dia, na parisiense universidade,
Por
nome Tomás de Aquino,
Com
Alberto, encarou a aristotélica novidade.
Tempos
depois, entusiasmado,
A
beneditina ordem deixando,
Por
mais que riquezas, no conhecer interessado,
Dominicano
Tomás acabou se tornando.
Com
o Magno mestre, no aprender alegrias,
Adequar
às doutrinárias católicas crenças
As
aristotélicas afirmações e teorias,
Para
não se perderem estas pelas diferenças.
Pois
nestas criam algo muito valioso ter,
Que
perdido não poderia ser:
A
estrutura e os argumentos da Lógica,
A
visão da Física, da Ética e da Política.
Por
cinco vias, Aquino a existência
De
Deus empreendeu demonstrar,
Ainda
que não chegando deste à pura essência,
A
platônica e a aristotélica filosofias nelas ousou usar.
Provas
do Primeiro Motor e da Primeira das causas,
Do
ser necessário e dos seres contingentes em ação,
Dos
graus de perfeição,
Da
finalidade e do governo das coisas.
Guilherme
de Occam a Escolástica completa,
Uma
navalha lógica veio a criar:
Para
fenômenos entender, explicação complexa
É
desnecessária, se uma simples os consegue explicar.
Criticando
de papas nas ações e no poder
De
reis e imperadores quererem interferir
Por
crerem destes honras e obediência a receber,
Occam,
por ver nisto erro, ousou intervir.
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