Uma atividade interessante e rica para o aprendizado de filosofia pode ser o jornal ou jornalzinho filosófico. Com efeito, nos jornais diários, escritos, pode-se observar uma série de informações sobre o mundo, a sociedade, pessoas, etc. Algo parecido pode ser aplicado ao ensino de filosofia: a elaboração de um jornal. Vale lembrar que sua elaboração demanda pesquisa, estudos complementares, leituras, escrita, elaboração de resumos, redações de textos, etc., tudo feito pelos estudantes, contando com a ajuda do professor, da professora. Além do mais, envolve o uso de tecnologias presentes no dia a dia dos estudantes, bem como um verdadeiro trabalho interdisciplinar, como se verá abaixo.
O jornal ou jornalzinho filosófico exige um grande trabalho de montagem, contendo informações filosóficas, sociais, políticas, culturais e econômicas discutidas à luz da ética, da filosofia da arte, etc. Poderá conter dicas, piadas, charges, imagens (fotos, desenhos) de filósofos ou de temas relacionados aos assuntos apresentados, etc. Cerca de duas a quatro páginas, em uma folha (duas páginas) ou duas (quatro páginas, de um lado e do outro das folhas). Como pode ser feito? Simples: abra o Microsoft Word ou equivalente em outra plataforma, clique em Formatar à Colunas à Duas (supondo que o jornalzinho será feito em folha A4 ou Ofício).
Quanto ao título do jornalzinho, caberá a cada turma propor possíveis nomes e votar naquele que melhor encaixe, lembrando que o nome deverá ter conteúdo filosófico. E quanto aos artigos? Os próprios estudantes poderão se encarregar da elaboração dos artigos. Caberá ao professor e à professora a atividade de verificar a qualidade dos artigos, sua pertinência e efetuar correções.
Esse trabalho poderá ser feito de forma interdisciplinar com a Língua Portuguesa. Quem sabe, também com as línguas espanhola e inglesa! Outras disciplinas poderão participar, porém será preciso lembrar que cada artigo deve ter fundamento filosófico. O trabalho interdisciplinar, sem dúvida, enriquece muito o aprendizado. Um artigo sobre Pitágoras ou sobre Descartes, por exemplo, poderá ser enriquecido com outro do professor de Matemática ou de alunos interessados também na matemática desenvolvida por aqueles filósofos matemáticos. Um artigo sobre o nascimento da filosofia moderna poderá ser seguido por outro de História, a respeito do que estava acontecendo historicamente naquele tempo.
Lembrete: é preciso também que se esteja atento à nova ortografia da língua portuguesa. Escrever bem e corretamente constitui-se numa forma boa de reforço do aprendizado e do conhecimento de alunos e alunas. Neste ponto, além de outros, a interdisciplinaridade com a língua portuguesa fica muito evidente e necessária.
Que tal discutir questões atuais sob a ótica da filosofia? Temas como violência, esportes, vida, beleza, arte, ciências, etc. Quanto às ciências, por exemplo, temas interessantes, dentre muitos outros atuais, por exemplo, o desenvolvimento científico de células artificiais (descoberta apresentada por um cientista em 2010), clonagem de plantas e animais, descobertas sobre o universo, etc. Poderão ser apresentados, juntamente com esses temas, teorias de filósofos antigos, contemporâneos, etc. O tema vida, por exemplo, chama atenção para as discussões dos existencialistas sobre a vida humana.
Outro aspecto do jornal filosófico é que envolve trabalho em equipe. Esse trabalho pode ser dividido entre equipes de três a quatro estudantes por um ou dois computadores, no laboratório de informática escolar (L.I.E.). Exige planejamento em equipe, criatividade na construção das partes, na disposição dos artigos, trazendo, com isto, muitos benefícios para o aprendizado.
Em termos de pesquisas e leituras, que deverão ser muitas, poderão ser utilizados o laboratório de informática escolar, com a internet, enciclopédias digitais, sites contendo informações sobre o filósofo, a teoria filosófica ou o assunto filosófico pesquisado. Também poderão ser utilizados livros, revistas e outros materiais disponíveis na biblioteca da escola. E aqui, algo interessante é que os estudantes têm a oportunidade de sair do ambiente exclusivo da sala de aula, realizando trabalhos no L.I.E. e na biblioteca.
E para que o trabalho seja bem realizado naqueles ambientes, é preciso conversar com o(a) dinamizador(a) do laboratório de informática e com o(a) bibliotecário(a) previamente, a fim de que tudo esteja preparado. O professor e a professora deverão também um levantamento de informações e de materiais existentes nesses lugares, podendo até mesmo verificar a existência de máquinas fotográficas, de scanner, dentre outros equipamentos.
Naquelas escolas que não disponham de L.I.E., havendo uma salinha com computador, este poderá ser utilizado, bem como a biblioteca da escola. Naquelas casas de estudantes que tenham computador, este também poderá ser usado. Outro possível computador é o notebook que algum(ns) aluno(s) e/ou o(a) professor(a) possam dispor para levar para a escola. Neste caso, é preciso muito cuidado. Aliás, o cuidado deve estar sempre presente, até mesmo no laboratório de informática da escola, com os equipamentos, com seu correto manuseio, com todas as pessoas envolvidas, com os livros e os materiais disponíveis na biblioteca.
O governo federal, através do Ministério da Educação, em parceria com as secretarias estaduais de educação (SEEs) de diversas escolas, desenvolve o programa PROINFO. E vale a pena as escolas pleitearem, junto ao MEC e as SEEs, a obtenção de um laboratório de informática e colocarem em seus PDEs a necessidade de outros equipamentos. É claro, cabe a cada professor e professora aprender a manusear esses equipamentos, aproveitando também, em vários momentos, de conhecimentos dos próprios estudantes, muitos dos quais dominam bem as tecnologias no dia a dia. Com isto, a escola, os estudantes e a comunidade só terão a ganhar.
E é preciso realçar a leitura dos textos filosóficos, base primária e essencial de contato com as ideias dos filósofos de todos os tempos. Uma das vantagens do jornal filosófico é que demanda muita leitura, correção, revisão e aprimoramento do aprendizado. A leitura enriquece o aprendizado de filosofia, o aprendizado de novas palavras (enriquecimento vocabular), a abertura de novos horizontes na compreensão da realidade e do mundo circundante e das ideias, confronto de opiniões, a capacidade de argumentação, possibilita uma constante atualização, dentre muitos outros benefícios.
Ao mesmo tempo em que aprendem filosofia, os estudantes aprendem, interdisciplinarmente, como foi visto, outros conteúdos escolares, bem como o uso das tecnologias interativas usadas no âmbito da educação, o que poderá ser de imensa valia para a sua vida. Ademais, aprendem a trabalhar em grupo, formando, com isto, amizades, aprendendo a discutir ideias diferentes, sendo confrontados por argumentos diferentes dos próprios, aprendendo com estes. Além de aprender com o professor e a professora, aprendem com os próprios colegas de sala.
Ao revisar um texto do colega, o revisor, primeiramente um estudante e a seguir o professor, estará ajudando no aperfeiçoamento do aprendizado daquele. E é preciso ter em mente que o enfoque principal, central, é o aprendizado de filosofia. É este aprendizado que deve estar no centro desta iniciativa, abrindo sempre para uma perspectiva intedisciplinar.
O jornal poderá ser impresso para todos, poderá ser um jornal mural, publicado em um blog da turma ou, simplesmente, como material de consulta e leitura nos computadores do L.I.E. Vale a pena guardar também uma cópia impressa na biblioteca da escola. A vantagem do impresso é que todos podem ler, individualmente ou em pequenos grupos, porém a desvantagem é o gasto de papel, com seu respectivo impacto ambiental. Todavia, uma campanha de reciclagem pode ser posta em ação, havendo aqui um ponto positivo em meio ao que parece ser negativo.
A vantagem do jornal mural é que poderá encontrar-se afixado num local estratégico da sala, no mural desta e/ou no mural central da escola, mas sua desvantagem é que nem sempre todos vão acorrer à leitura nesses locais. No entanto, mesmo aqui há uma vantagem: o interesse pela leitura dos conteúdos ali presentes, que pode ser despertado pelos conteúdos apresentados, pela forma como são apresentados e pela disposição (o layout) do jornal filosófico, um verdadeiro desafio à criatividade.
Para alguma outra forma de divulgação do jornal, que se use a criatividade! Aliás, a criatividade é outro valor que se desenvolve com esse trabalho com jornal, a criatividade geral e a especificamente filosófica. Com efeito, os grandes filósofos, escritores, pensadores em geral, ao longo da história dos últimos milênios, foram e são pessoas muito criativas.
A vantagem do jornal filosófico em um blog é que, além dos estudantes, professores e comunidade escolar, outras pessoas, de outros lugares do Brasil e do mundo, e de outras escolas, poderão ter acesso a essa produção. Aqui pode-se recordar do trabalho de um educador francês chamado Célestin Freinet (1896 – 1966), que propiciava atividades desse tipo a seus estudantes, levando-os a trocar informações com outras escolas, com a finalidade de um aprendizado mais rico e dinâmico daqueles.
Uma sugestão é que o jornalzinho seja mensal, talvez bimestral, tendo em vista todo o trabalho exigido em sua elaboração, como foi visto. Dá muito trabalho, não? E como! Entretanto, vale a pena, tendo em vista a quantidade de coisas e ideias que estudantes e professores envolvidos vão aprender, podendo aplicar isto ao longo da vida, no trabalho, de muitas formas.
Sem dúvida, o aprendizado de filosofia pode tornar-se muito rico com todo esse trabalho, que leva da leitura à divulgação de ideias filosóficas e interdisciplinares afins. Estudantes, professores e até mesmo os demais membros da comunidade escolar.
O jornal ou jornalzinho filosófico exige um grande trabalho de montagem, contendo informações filosóficas, sociais, políticas, culturais e econômicas discutidas à luz da ética, da filosofia da arte, etc. Poderá conter dicas, piadas, charges, imagens (fotos, desenhos) de filósofos ou de temas relacionados aos assuntos apresentados, etc. Cerca de duas a quatro páginas, em uma folha (duas páginas) ou duas (quatro páginas, de um lado e do outro das folhas). Como pode ser feito? Simples: abra o Microsoft Word ou equivalente em outra plataforma, clique em Formatar à Colunas à Duas (supondo que o jornalzinho será feito em folha A4 ou Ofício).
Quanto ao título do jornalzinho, caberá a cada turma propor possíveis nomes e votar naquele que melhor encaixe, lembrando que o nome deverá ter conteúdo filosófico. E quanto aos artigos? Os próprios estudantes poderão se encarregar da elaboração dos artigos. Caberá ao professor e à professora a atividade de verificar a qualidade dos artigos, sua pertinência e efetuar correções.
Esse trabalho poderá ser feito de forma interdisciplinar com a Língua Portuguesa. Quem sabe, também com as línguas espanhola e inglesa! Outras disciplinas poderão participar, porém será preciso lembrar que cada artigo deve ter fundamento filosófico. O trabalho interdisciplinar, sem dúvida, enriquece muito o aprendizado. Um artigo sobre Pitágoras ou sobre Descartes, por exemplo, poderá ser enriquecido com outro do professor de Matemática ou de alunos interessados também na matemática desenvolvida por aqueles filósofos matemáticos. Um artigo sobre o nascimento da filosofia moderna poderá ser seguido por outro de História, a respeito do que estava acontecendo historicamente naquele tempo.
Lembrete: é preciso também que se esteja atento à nova ortografia da língua portuguesa. Escrever bem e corretamente constitui-se numa forma boa de reforço do aprendizado e do conhecimento de alunos e alunas. Neste ponto, além de outros, a interdisciplinaridade com a língua portuguesa fica muito evidente e necessária.
Que tal discutir questões atuais sob a ótica da filosofia? Temas como violência, esportes, vida, beleza, arte, ciências, etc. Quanto às ciências, por exemplo, temas interessantes, dentre muitos outros atuais, por exemplo, o desenvolvimento científico de células artificiais (descoberta apresentada por um cientista em 2010), clonagem de plantas e animais, descobertas sobre o universo, etc. Poderão ser apresentados, juntamente com esses temas, teorias de filósofos antigos, contemporâneos, etc. O tema vida, por exemplo, chama atenção para as discussões dos existencialistas sobre a vida humana.
Outro aspecto do jornal filosófico é que envolve trabalho em equipe. Esse trabalho pode ser dividido entre equipes de três a quatro estudantes por um ou dois computadores, no laboratório de informática escolar (L.I.E.). Exige planejamento em equipe, criatividade na construção das partes, na disposição dos artigos, trazendo, com isto, muitos benefícios para o aprendizado.
Em termos de pesquisas e leituras, que deverão ser muitas, poderão ser utilizados o laboratório de informática escolar, com a internet, enciclopédias digitais, sites contendo informações sobre o filósofo, a teoria filosófica ou o assunto filosófico pesquisado. Também poderão ser utilizados livros, revistas e outros materiais disponíveis na biblioteca da escola. E aqui, algo interessante é que os estudantes têm a oportunidade de sair do ambiente exclusivo da sala de aula, realizando trabalhos no L.I.E. e na biblioteca.
E para que o trabalho seja bem realizado naqueles ambientes, é preciso conversar com o(a) dinamizador(a) do laboratório de informática e com o(a) bibliotecário(a) previamente, a fim de que tudo esteja preparado. O professor e a professora deverão também um levantamento de informações e de materiais existentes nesses lugares, podendo até mesmo verificar a existência de máquinas fotográficas, de scanner, dentre outros equipamentos.
Naquelas escolas que não disponham de L.I.E., havendo uma salinha com computador, este poderá ser utilizado, bem como a biblioteca da escola. Naquelas casas de estudantes que tenham computador, este também poderá ser usado. Outro possível computador é o notebook que algum(ns) aluno(s) e/ou o(a) professor(a) possam dispor para levar para a escola. Neste caso, é preciso muito cuidado. Aliás, o cuidado deve estar sempre presente, até mesmo no laboratório de informática da escola, com os equipamentos, com seu correto manuseio, com todas as pessoas envolvidas, com os livros e os materiais disponíveis na biblioteca.
O governo federal, através do Ministério da Educação, em parceria com as secretarias estaduais de educação (SEEs) de diversas escolas, desenvolve o programa PROINFO. E vale a pena as escolas pleitearem, junto ao MEC e as SEEs, a obtenção de um laboratório de informática e colocarem em seus PDEs a necessidade de outros equipamentos. É claro, cabe a cada professor e professora aprender a manusear esses equipamentos, aproveitando também, em vários momentos, de conhecimentos dos próprios estudantes, muitos dos quais dominam bem as tecnologias no dia a dia. Com isto, a escola, os estudantes e a comunidade só terão a ganhar.
E é preciso realçar a leitura dos textos filosóficos, base primária e essencial de contato com as ideias dos filósofos de todos os tempos. Uma das vantagens do jornal filosófico é que demanda muita leitura, correção, revisão e aprimoramento do aprendizado. A leitura enriquece o aprendizado de filosofia, o aprendizado de novas palavras (enriquecimento vocabular), a abertura de novos horizontes na compreensão da realidade e do mundo circundante e das ideias, confronto de opiniões, a capacidade de argumentação, possibilita uma constante atualização, dentre muitos outros benefícios.
Ao mesmo tempo em que aprendem filosofia, os estudantes aprendem, interdisciplinarmente, como foi visto, outros conteúdos escolares, bem como o uso das tecnologias interativas usadas no âmbito da educação, o que poderá ser de imensa valia para a sua vida. Ademais, aprendem a trabalhar em grupo, formando, com isto, amizades, aprendendo a discutir ideias diferentes, sendo confrontados por argumentos diferentes dos próprios, aprendendo com estes. Além de aprender com o professor e a professora, aprendem com os próprios colegas de sala.
Ao revisar um texto do colega, o revisor, primeiramente um estudante e a seguir o professor, estará ajudando no aperfeiçoamento do aprendizado daquele. E é preciso ter em mente que o enfoque principal, central, é o aprendizado de filosofia. É este aprendizado que deve estar no centro desta iniciativa, abrindo sempre para uma perspectiva intedisciplinar.
O jornal poderá ser impresso para todos, poderá ser um jornal mural, publicado em um blog da turma ou, simplesmente, como material de consulta e leitura nos computadores do L.I.E. Vale a pena guardar também uma cópia impressa na biblioteca da escola. A vantagem do impresso é que todos podem ler, individualmente ou em pequenos grupos, porém a desvantagem é o gasto de papel, com seu respectivo impacto ambiental. Todavia, uma campanha de reciclagem pode ser posta em ação, havendo aqui um ponto positivo em meio ao que parece ser negativo.
A vantagem do jornal mural é que poderá encontrar-se afixado num local estratégico da sala, no mural desta e/ou no mural central da escola, mas sua desvantagem é que nem sempre todos vão acorrer à leitura nesses locais. No entanto, mesmo aqui há uma vantagem: o interesse pela leitura dos conteúdos ali presentes, que pode ser despertado pelos conteúdos apresentados, pela forma como são apresentados e pela disposição (o layout) do jornal filosófico, um verdadeiro desafio à criatividade.
Para alguma outra forma de divulgação do jornal, que se use a criatividade! Aliás, a criatividade é outro valor que se desenvolve com esse trabalho com jornal, a criatividade geral e a especificamente filosófica. Com efeito, os grandes filósofos, escritores, pensadores em geral, ao longo da história dos últimos milênios, foram e são pessoas muito criativas.
A vantagem do jornal filosófico em um blog é que, além dos estudantes, professores e comunidade escolar, outras pessoas, de outros lugares do Brasil e do mundo, e de outras escolas, poderão ter acesso a essa produção. Aqui pode-se recordar do trabalho de um educador francês chamado Célestin Freinet (1896 – 1966), que propiciava atividades desse tipo a seus estudantes, levando-os a trocar informações com outras escolas, com a finalidade de um aprendizado mais rico e dinâmico daqueles.
Uma sugestão é que o jornalzinho seja mensal, talvez bimestral, tendo em vista todo o trabalho exigido em sua elaboração, como foi visto. Dá muito trabalho, não? E como! Entretanto, vale a pena, tendo em vista a quantidade de coisas e ideias que estudantes e professores envolvidos vão aprender, podendo aplicar isto ao longo da vida, no trabalho, de muitas formas.
Sem dúvida, o aprendizado de filosofia pode tornar-se muito rico com todo esse trabalho, que leva da leitura à divulgação de ideias filosóficas e interdisciplinares afins. Estudantes, professores e até mesmo os demais membros da comunidade escolar.
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