No século XX, um fato de grande importância foi a afirmação de sistemas totalitários (ditatoriais) de governo em países da Europa, mais especificamente na Itália (fascismo) e na Alemanha (nazismo), nos anos que se seguiram à I Guerra Mundial (1914 – 1918).
Após a I Guerra Mundial, a Europa encontrou-se em grande decadência, com o resultado de milhões de mortes de europeus, além de muitas outras pessoas de diferentes partes do mundo. Uma série de problemas internos surgiu nos primeiros anos que se seguiram ao final daquela guerra: cidades inteiras destruídas, com seus prédios e suas casas, destruição dos sistemas de saneamento básico em grande parte dessas cidades, redução na produção agrícola, muitos mortos para enterrar, desorganização social, política e econômica, inflação alta, desemprego, falta de policiamento adequado, alastramento de doenças, pais e mães que perderam filhos, filhos e filhas órfãos, enfim, grande sofrimento. A reconstrução foi difícil e lenta.
O cenário era propício para o surgimento de grupos paramilitares extremistas, como foi o caso dos formados pelos fascistas, na Itália, e pelos nazistas, na Alemanha. Tais grupos se reuniam secretamente e almejavam, além de colocar suas sociedades em ordem, alcançar postos elevados de poder, a fim de estender seu domínio. Opunham-se abertamente ao socialismo-comunismo, defendendo, claramente, os interesses de grupos capitalistas que, de fato, vieram a apoiá-los, vendo neles formas de sustentação ao seu poder e de imposição de uma ordem social conforme aos seus interesses. Dentre esses grupos estavam grandes industriais, latifundiários, grandes banqueiros, além de outros.
Dentre as táticas utilizadas pelos fascistas e os nazistas, que se tornaram também partidos políticos, estavam a destruição de sedes de partidos rivais, principalmente socialistas e comunistas, o assassinatos de líderes determinados, contrários aos interesses daqueles e dos grupos que defendiam.
Para obter o apoio de suas respectivas sociedades, além do uso da força e de manifestações, desfiles e passeatas, fascistas e nazistas fizeram largo uso da propaganda, por diversos meios: jornais, cinema, revistas, panfletos, rádio, etc. Essa propaganda foi-se tornando, cada vez mais, maciça e massiva. Massiva no sentido de buscarem atingir grandes massas, grandes multidões, que passaram a ver naqueles partidos uma certa possibilidade de salvação diante do caos político, econômico e social então existente. Nos desfiles e nas grandes manifestações de cunho paramilitar e militar, aprenderam a fazer uso dos uniformes, de estandartes, bandeiras, armas, dentre outros instrumentos e meios para atingir o coração e a mente das pessoas, tornando-as suscetíveis e favoráveis às novas ideologias e práticas políticas.
No corpo da ideologia nazi-fascista estavam, por exemplo, o anticomunismo, o anti-semitismo, a proposta de eugenia (depuração da raça), a defesa da raça pura (no caso dos nazistas, a ariana), o armamentismo, a centralização do poder nas mãos do partido único, que teria, deste modo, o poder total, político e bélico, passando a controlar mais de perto a vida das pessoas.
Fascistas e nazistas usaram ainda do golpe como meio de alcançar o poder. Na Itália, Mussolini e seu grupo conseguiram seu intento logo na década de 1920. Os nazistas fizeram um golpe fracassado, acarretando, inclusive, a prisão de Hitler, que aprendeu, então, a buscar o poder passo a passo, sem necessidade de novo golpe direto. A oportunidade apareceu quando eclodiu a crise econômica de 1929, que provocou falências, trouxe mais desemprego e muito desespero para países do mundo inteiro. Hitler viu aí uma grande oportunidade e não a perdeu. Conseguiu alcançar o cargo de Chanceler e, a seguir, o de presidente da Alemanha.
A partir desse momento, o empenho em quebrar o Tratado de Versalhes (do final da I Guerra Mundial) tornou-se, cada vez mais, patente e necessário para os nazistas, principalmente. A Alemanha foi-se militarizando cada vez mais, diante dos olhos aparentemente fechados de algumas potências vencedoras daquela guerra. Campos de extermínio, particularmente para judeus, tomaram impulso, chegando a matar milhões, no transcurso dos anos que se seguiram até o final da II Guerra Mundial.
A sede pelo poder foi-se tornando tão grande que invadiram vários países vizinhos. Com isto, a II Guerra Mundial (1939 – 1945). Fascistas e nazistas aliaram-se, logo, ao Japão. O resultado dessa guerra, com a queda dos regimes totalitários apresentados, foi um saldo de mais de cinquenta milhões de mortos e a destruição, novamente, da Europa e de países fora dela.
A proposta nazista da eugenia, isto é, da depuração da raça, provocou a morte de milhões de judeus, ciganos e outras minorias nos campos de concentração. Platão, em A República, já havia defendido a ideia de eugenia, como forma de apurar e aprimorar a raça dos cidadãos da cidade-estado (polis, em grego) ideal. Porém, com os nazistas e os fascistas, essa ideia tornou-se uma forma e numa prática de extermínio coletivo, de genocídio de grandes multidões. Além do mais, ainda utilizaram judeus, ciganos, deficientes físicos e outros em experimentos científicos diversos e, muitas vezes, cruéis, levando à morte de grande parte deles em centros de estudos médicos e biológicos, clínicas especializadas, campos de concentração e institutos de pesquisas.
A manipulação das pessoas, por meio da propaganda intensa, foi outro grande recurso para a obtenção do apoio popular. Souberam manipular as cabeças por meio de recursos visuais, auditivos e áudio-visuais, tornando, nas mentes de muitos, o que era mentira em verdade. Fizeram, com isto, que pessoas acreditassem que seus vizinhos judeus, comunistas e outros eram raças inferiores e até mesmo perigosas, capazes de contaminar a sociedade e responsáveis por muitos males que vinham acontecendo. Isto contribuiu para reabrir e reforçar a entrada pelas portas do extermínio, da matança, da crueldade. Isto prova o quanto uma ideologia pode levar pessoas a agirem conforme interesses e cabeças determinadas, o quanto pode distorcer a verdade em favor da mentira e maldade, trazendo seriíssimos prejuízos a muita gente.
Ao deixar a sede de poder tomar conta, a ponto de buscarem o controle minucioso de suas respectivas sociedades, fascistas e nazistas levaram ao limite extremo a intolerância e a crueldade, até mesmo de pessoas que a eles se sujeitaram e passaram a crer que as ideias daqueles eram as únicas verdadeiras. Muita gente, com efeito, impressionou-se com as demonstrações de poder, com roupas, armas, comunicados, cartazes, propagandas programas radiofônicos e cinematográficos carregados de ideias e de valores sutis, mas que representavam, em última instância, os interesses das classes abastadas que estavam no e/ou que desejavam o poder.
A vontade de poder, de que Nietzsche fala em seus textos, tornada coletiva naqueles partidos e nos grupos neles representados, assumiu, então, um desejo intenso de domínio, de mando e até de destruição e morte. Aliás, os nazistas fizeram mal uso da filosofia de Nietzsche, que fala, por exemplo, do Super Homem ou, em outra tradução da palavra alemã Übermensch, Além do Homem. Deturparam descaradamente a filosofia daquele grande filósofo do século XIX, usando-a inclusive para confirmar seu anti-semitismo. E Nietzsche, por diversas vezes, havia criticado duramente os anti-semitas, dentre os quais o marido de sua irmã e até mesmo esta! Sua irmã, Elizabeth, que soube tirar proveito dos textos do irmão e mesmo distorcer seu conteúdo, foi ovacionada por nazistas, tendo recebido, inclusive, cumprimentos do próprio Adolf Hitler. Nada mais falso e mentiroso em relação à filosofia nietzschiana.
E, no que diz respeito ao Super Homem, apresentado por Nietzsche, é curioso que, primeiramente nos quadrinhos norte-americanos e, a seguir, no cinema de Hollywood e na própria televisão, tenha sido criada a figura do herói (Super Man), com poderes sobre-humanos. Ainda hoje, aqui e ali, aparece esse personagem no cinema e minisséries de televisão, além de revistas em quadrinhos, brinquedos, etc. Curiosamente, na bandeira dos EUA, encontram-se o vermelho e o azul, cores predominantes na roupa do Super Homem. Mas este não é nazista nem fascista.
É claro, não cabe aqui uma análise detalhada da ideologia presente nos heróis de histórias em quadrinho, mas vale a pena comparar com a forma usada e divulgada de super homem dos nazistas, a partir da distorção ideológica da filosofia de Nietzsche, distorção utilizada pelos nazi-fascistas para justificar assassinatos e até a própria guerra, por traz dos quais havia, na verdade, interesses econômicos, políticos e militares muitos fortes em jogo, cujas raízes podem ser buscadas desde o neocolonialismo europeu do século XIX, fruto da Revolução Industrial e da necessidade intensa de novos mercados, isto um objeto para estudos da História.
No campo da ética, a degradação dos valores humanos, levada adiante por causa dos interesses mencionados acima e intensificados. Dentre aqueles valores, o valor mais natural e fundamental de cada ser humano, o direito à vida, além do direito de escolha, de opção religiosa, dentre outros, que foram desrespeitados acintosamente pelos fascistas e pelos nazistas.
No mundo atual (século XXI), ainda existe a sombra do nazi-fascismo, através dos neonazistas e grupos extremistas que defendem essa ideologia, sendo necessária a vigilância constante dos governos, das polícias nacionais e internacionais e, sobretudo, é necessário o conhecimento daqueles fatos e daquelas ideias por parte do trabalho interdisciplinar da história, da filosofia, da geografia e de outras ciências humanas afins. Entra aqui ainda, contra o risco real dessas ideologias extremistas, a educação, que pode ajudar a esclarecer e a conhecer com maior nitidez e o passado, os valores humanísticos e a necessidade de sua vivência, bem como da luta e do empenho em favor destes. Professores, professoras, pais, mães e estudantes, com o conhecimento, junto com a defesa daqueles valores que podem tornar as pessoas melhores, podem fazer muito para evitar manifestações possíveis e extremamente perigosas daquelas ideologias.
Após a I Guerra Mundial, a Europa encontrou-se em grande decadência, com o resultado de milhões de mortes de europeus, além de muitas outras pessoas de diferentes partes do mundo. Uma série de problemas internos surgiu nos primeiros anos que se seguiram ao final daquela guerra: cidades inteiras destruídas, com seus prédios e suas casas, destruição dos sistemas de saneamento básico em grande parte dessas cidades, redução na produção agrícola, muitos mortos para enterrar, desorganização social, política e econômica, inflação alta, desemprego, falta de policiamento adequado, alastramento de doenças, pais e mães que perderam filhos, filhos e filhas órfãos, enfim, grande sofrimento. A reconstrução foi difícil e lenta.
O cenário era propício para o surgimento de grupos paramilitares extremistas, como foi o caso dos formados pelos fascistas, na Itália, e pelos nazistas, na Alemanha. Tais grupos se reuniam secretamente e almejavam, além de colocar suas sociedades em ordem, alcançar postos elevados de poder, a fim de estender seu domínio. Opunham-se abertamente ao socialismo-comunismo, defendendo, claramente, os interesses de grupos capitalistas que, de fato, vieram a apoiá-los, vendo neles formas de sustentação ao seu poder e de imposição de uma ordem social conforme aos seus interesses. Dentre esses grupos estavam grandes industriais, latifundiários, grandes banqueiros, além de outros.
Dentre as táticas utilizadas pelos fascistas e os nazistas, que se tornaram também partidos políticos, estavam a destruição de sedes de partidos rivais, principalmente socialistas e comunistas, o assassinatos de líderes determinados, contrários aos interesses daqueles e dos grupos que defendiam.
Para obter o apoio de suas respectivas sociedades, além do uso da força e de manifestações, desfiles e passeatas, fascistas e nazistas fizeram largo uso da propaganda, por diversos meios: jornais, cinema, revistas, panfletos, rádio, etc. Essa propaganda foi-se tornando, cada vez mais, maciça e massiva. Massiva no sentido de buscarem atingir grandes massas, grandes multidões, que passaram a ver naqueles partidos uma certa possibilidade de salvação diante do caos político, econômico e social então existente. Nos desfiles e nas grandes manifestações de cunho paramilitar e militar, aprenderam a fazer uso dos uniformes, de estandartes, bandeiras, armas, dentre outros instrumentos e meios para atingir o coração e a mente das pessoas, tornando-as suscetíveis e favoráveis às novas ideologias e práticas políticas.
No corpo da ideologia nazi-fascista estavam, por exemplo, o anticomunismo, o anti-semitismo, a proposta de eugenia (depuração da raça), a defesa da raça pura (no caso dos nazistas, a ariana), o armamentismo, a centralização do poder nas mãos do partido único, que teria, deste modo, o poder total, político e bélico, passando a controlar mais de perto a vida das pessoas.
Fascistas e nazistas usaram ainda do golpe como meio de alcançar o poder. Na Itália, Mussolini e seu grupo conseguiram seu intento logo na década de 1920. Os nazistas fizeram um golpe fracassado, acarretando, inclusive, a prisão de Hitler, que aprendeu, então, a buscar o poder passo a passo, sem necessidade de novo golpe direto. A oportunidade apareceu quando eclodiu a crise econômica de 1929, que provocou falências, trouxe mais desemprego e muito desespero para países do mundo inteiro. Hitler viu aí uma grande oportunidade e não a perdeu. Conseguiu alcançar o cargo de Chanceler e, a seguir, o de presidente da Alemanha.
A partir desse momento, o empenho em quebrar o Tratado de Versalhes (do final da I Guerra Mundial) tornou-se, cada vez mais, patente e necessário para os nazistas, principalmente. A Alemanha foi-se militarizando cada vez mais, diante dos olhos aparentemente fechados de algumas potências vencedoras daquela guerra. Campos de extermínio, particularmente para judeus, tomaram impulso, chegando a matar milhões, no transcurso dos anos que se seguiram até o final da II Guerra Mundial.
A sede pelo poder foi-se tornando tão grande que invadiram vários países vizinhos. Com isto, a II Guerra Mundial (1939 – 1945). Fascistas e nazistas aliaram-se, logo, ao Japão. O resultado dessa guerra, com a queda dos regimes totalitários apresentados, foi um saldo de mais de cinquenta milhões de mortos e a destruição, novamente, da Europa e de países fora dela.
A proposta nazista da eugenia, isto é, da depuração da raça, provocou a morte de milhões de judeus, ciganos e outras minorias nos campos de concentração. Platão, em A República, já havia defendido a ideia de eugenia, como forma de apurar e aprimorar a raça dos cidadãos da cidade-estado (polis, em grego) ideal. Porém, com os nazistas e os fascistas, essa ideia tornou-se uma forma e numa prática de extermínio coletivo, de genocídio de grandes multidões. Além do mais, ainda utilizaram judeus, ciganos, deficientes físicos e outros em experimentos científicos diversos e, muitas vezes, cruéis, levando à morte de grande parte deles em centros de estudos médicos e biológicos, clínicas especializadas, campos de concentração e institutos de pesquisas.
A manipulação das pessoas, por meio da propaganda intensa, foi outro grande recurso para a obtenção do apoio popular. Souberam manipular as cabeças por meio de recursos visuais, auditivos e áudio-visuais, tornando, nas mentes de muitos, o que era mentira em verdade. Fizeram, com isto, que pessoas acreditassem que seus vizinhos judeus, comunistas e outros eram raças inferiores e até mesmo perigosas, capazes de contaminar a sociedade e responsáveis por muitos males que vinham acontecendo. Isto contribuiu para reabrir e reforçar a entrada pelas portas do extermínio, da matança, da crueldade. Isto prova o quanto uma ideologia pode levar pessoas a agirem conforme interesses e cabeças determinadas, o quanto pode distorcer a verdade em favor da mentira e maldade, trazendo seriíssimos prejuízos a muita gente.
Ao deixar a sede de poder tomar conta, a ponto de buscarem o controle minucioso de suas respectivas sociedades, fascistas e nazistas levaram ao limite extremo a intolerância e a crueldade, até mesmo de pessoas que a eles se sujeitaram e passaram a crer que as ideias daqueles eram as únicas verdadeiras. Muita gente, com efeito, impressionou-se com as demonstrações de poder, com roupas, armas, comunicados, cartazes, propagandas programas radiofônicos e cinematográficos carregados de ideias e de valores sutis, mas que representavam, em última instância, os interesses das classes abastadas que estavam no e/ou que desejavam o poder.
A vontade de poder, de que Nietzsche fala em seus textos, tornada coletiva naqueles partidos e nos grupos neles representados, assumiu, então, um desejo intenso de domínio, de mando e até de destruição e morte. Aliás, os nazistas fizeram mal uso da filosofia de Nietzsche, que fala, por exemplo, do Super Homem ou, em outra tradução da palavra alemã Übermensch, Além do Homem. Deturparam descaradamente a filosofia daquele grande filósofo do século XIX, usando-a inclusive para confirmar seu anti-semitismo. E Nietzsche, por diversas vezes, havia criticado duramente os anti-semitas, dentre os quais o marido de sua irmã e até mesmo esta! Sua irmã, Elizabeth, que soube tirar proveito dos textos do irmão e mesmo distorcer seu conteúdo, foi ovacionada por nazistas, tendo recebido, inclusive, cumprimentos do próprio Adolf Hitler. Nada mais falso e mentiroso em relação à filosofia nietzschiana.
E, no que diz respeito ao Super Homem, apresentado por Nietzsche, é curioso que, primeiramente nos quadrinhos norte-americanos e, a seguir, no cinema de Hollywood e na própria televisão, tenha sido criada a figura do herói (Super Man), com poderes sobre-humanos. Ainda hoje, aqui e ali, aparece esse personagem no cinema e minisséries de televisão, além de revistas em quadrinhos, brinquedos, etc. Curiosamente, na bandeira dos EUA, encontram-se o vermelho e o azul, cores predominantes na roupa do Super Homem. Mas este não é nazista nem fascista.
É claro, não cabe aqui uma análise detalhada da ideologia presente nos heróis de histórias em quadrinho, mas vale a pena comparar com a forma usada e divulgada de super homem dos nazistas, a partir da distorção ideológica da filosofia de Nietzsche, distorção utilizada pelos nazi-fascistas para justificar assassinatos e até a própria guerra, por traz dos quais havia, na verdade, interesses econômicos, políticos e militares muitos fortes em jogo, cujas raízes podem ser buscadas desde o neocolonialismo europeu do século XIX, fruto da Revolução Industrial e da necessidade intensa de novos mercados, isto um objeto para estudos da História.
No campo da ética, a degradação dos valores humanos, levada adiante por causa dos interesses mencionados acima e intensificados. Dentre aqueles valores, o valor mais natural e fundamental de cada ser humano, o direito à vida, além do direito de escolha, de opção religiosa, dentre outros, que foram desrespeitados acintosamente pelos fascistas e pelos nazistas.
No mundo atual (século XXI), ainda existe a sombra do nazi-fascismo, através dos neonazistas e grupos extremistas que defendem essa ideologia, sendo necessária a vigilância constante dos governos, das polícias nacionais e internacionais e, sobretudo, é necessário o conhecimento daqueles fatos e daquelas ideias por parte do trabalho interdisciplinar da história, da filosofia, da geografia e de outras ciências humanas afins. Entra aqui ainda, contra o risco real dessas ideologias extremistas, a educação, que pode ajudar a esclarecer e a conhecer com maior nitidez e o passado, os valores humanísticos e a necessidade de sua vivência, bem como da luta e do empenho em favor destes. Professores, professoras, pais, mães e estudantes, com o conhecimento, junto com a defesa daqueles valores que podem tornar as pessoas melhores, podem fazer muito para evitar manifestações possíveis e extremamente perigosas daquelas ideologias.
Sugestão de trabalho:
1) Leitura e discussão, em grupo, do texto acima e de outros que podem ser encontrados em livros de Filosofia e História. Colocar, de preferência, a turma em círculo, a fim de que todos possam visualizar-se mutuamente.
2) A discussão pode ser livre e/ou dirigida por meio de questões que possam abrir para a opinião de todos, buscando inteirar-se bem do conteúdo.
3) No meio da sala ou, se a turma estiver em forma de U, no quadro negro, colocar figuras e cartazes que lembrem a realidade do conteúdo referente ao totalitarismo, aqui enfocado o de direita. Vale lembrar que na antiga URSS houve também totalitarismo, com o poder concentrado nas mãos do partido único, perseguições, etc. A razão de debater, aqui, mais especificamente, o nazismo e o fascismo é que, além de campos de concentração, conduziram a uma guerra que matou mais de 50 milhões de pessoas!
4) Solicitar que cada estudante escolha uma figura e fale sobre ela. As figuras poderão referir-se aos mencionados campos de concentração, a desfiles e manifestações grandiosas dos nazi-fascistas, fotos de episódios específicos do nazi-fascismo, soldados em guerra, cidades destruídas e gente morta pela guerra, tolerância e intolerância no passado e no presente, etc.
5) Temas específicos da Filosofia contemporânea aqui presentes: alienação, manipulação de pessoas, ideologia, dominação, ética, racismo, guerra, morte, existência (confrontar com o existencialismo - curiosidade: Sartre pertenceu a um grupo de resistência francesa durante a guerra) etc.
6) É interessante que este trabalho se faça de forma interdisciplinar. Que tal dialogar com professores e professoras de História, Geografia e conteúdos afins?
7) Alertar para os perigos do neonazismo e da intolerância em seus múltiplos aspectos.
8) Ao trabalhar com conteúdos da Wikipedia, usar também os existentes em espanhol e inglês, no caso de um trabalho interdisciplinar entre Filosofia, Inglês e/ou Espanhol.
Para aprender mais:
http://es.wikipedia.org/wiki/Nazismo Também há o texto em português. Basta um clique em "português", no próprio site da Wikipedia.
Sugestões de filmes:
A Lista de Schindler.
A Vida é Bela.
A Fuga de Sobibor.
O Resgate do Soldado Ryan.
A Onda (versão atualizada).
A Queda - As Últimas Horas de Hitler.
O Grande Ditador.
Outros poderão ser pesquisados.
O importante aqui é levar a uma discussão e a uma reflexão filosófica sobre o tema em questão, podendo abrir-se para outros a ele relacionados.
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