quarta-feira, 4 de agosto de 2010

ENSINO DE FILOSOFIA - FICHÁRIO FILOSÓFICO (Professor José Antônio Brazão.)

O fichário filosófico é um conjunto de pequenas fichas, em folhas comuns A4 ou ofício, contendo breves e resumidas informações sobre filósofos, outros pensadores e correntes filosóficas e científicas.
Os fichários podem ser montados através de tabelas, no Microsoft Word ou programa equivalente no seu computador (por ex., um que use o sistema Linux, que tem um programa de elaboração de textos próprio). Cada tabela pode conter algumas colunas e linhas. Na primeira linha, em cada coluna, colocar uma informação a ser solicitada, resumida: Filósofo ou pensador (nome completo)/ Breves informações biográficas e/ou históricas/ Principais ideias/ Principal(is) obra(s)/ Etc.Etc., como o(a) professor(a) queira. Na primeira coluna, em cada célula, o nome de um filósofo ou intelectual de uma dada época ou período histórico e filosófico. As demais células, das outras colunas, deverão ficar em branco, justamente para que venham a ser preenchidas pelos estudantes.
O fichário tem grandes vantagens: demanda pesquisa, leituras complementares, elaboração de resumo bem pequeno de informações básicas, envolvendo, portanto, capacidade de síntese de estudantes e do(a) próprio(a) professor(a)! Além destas, a vantagem de que pode ser consultado, lido e relido, facilitando o aprendizado de ideias fundamentais de grandes filósofos. Com o passar do tempo, poderá, sem dúvida, ser enriquecido e atualizado. No caso de professores e professoras, cada fichário poderá ser arquivado, servindo-lhe de consulta e auxílio em aulas do mesmo ano e de outros anos, contanto que seja, como foi dito há pouco, enriquecido e atualizado, também quanto à bibliografia nele citada.
O fichário poderá ser feito à caneta (sugestão: de escrita fina, por causa do espaço) ou diretamente no computador.
É interessante e muito valioso que o(a) próprio(a) professor(a) exercite-se na elaboração de tais fichários, antecedendo a utilização destes como atividade para alunos e alunas. Pode até mostrar a estes e estas o modelo que fez, a fim de que tenham uma ideia de como fazer. É claro, tudo precisa ser feito com capricho e muito bem feito.
O fichário exercita também, sem dúvida, além da capacidade de síntese, o conhecimento da escrita, tão importante para a vida, e, além disto, pode ser feito de forma interdisciplinar com a Língua Portuguesa e/ou Espanhola e/ou Inglesa, com a História, as Ciências, etc.
O fichário é uma atividade exigente e que dá trabalho, demandando leitura, pesquisa, estudo e colocar a cabeça para funcionar na hora de sintetizar as informações estudadas. Para a pesquisa poderão ser utilizados livros, apostilas, enciclopédias e outros tipos de textos que, com certeza, a biblioteca de cada escola tem ou porventura possa ter parcial ou totalmente. Professor(a), se sua escola não tem uma biblioteca, fale com a direção e solicitem ao MEC, à Secretaria de Educação de seu município ou estado. De repente, a própria comunidade escolar e a vizinhança podem ajudar! Não custa pedir!
Além dos livros, revistas, etc., outra fonte de pesquisa excelente é a internet.

FICHÁRIOS FILOSÓFICOS (MODELOS POSSÍVEIS)

FICHÁRIO FILOSÓFICO 1 – FILOSOFIA ANTIGA.

COLÉGIO ESTADUAL DEPUTADO JOSÉ DE ASSIS

DISCIPLINA: FILOSOFIA.        PROFESSOR: JOSÉ ANTÔNIO.

PRIMEIRA SÉRIE DO ENSINO MÉDIO

Abaixo seguem alguns filósofos importantes do mundo antigo. Preencha os quadradinhos com as informações solicitadas:

FILÓSOFO/ CORRENTE FILOSÓFICA
BREVES INFORMAÇÕES BIOGRÁFICAS ou HISTÓRICAS
IDEIAS PRINCIPAIS
PRINCIPAL OBRA (no caso de filósofos específicos) ou PRINCIPAIS EXPOENTES (no caso de correntes filosóficas)
TALES DE MILETO
(século VI a.C.)
*Filósofo milesiano grego, observador da natureza e de seus fenômenos.
* Mileto fica na Ásia Menor, atual Turquia.
*Foi um dos filósofos pré-socráticos.
*Primeiro filósofo grego.
*A ÁGUA é o princípio (arqué, em grego) de todas as coisas. Certamente concluiu isto observando a quantidade de água do mar, dos rios, no corpo humano, nos seres vivos, etc.
*Tudo é um.
*Condensação/rarefação.
* De seus textos originais restam apenas alguns frag-mentos, na forma de ideias citadas ou comentadas por pen-sadores posteriores.
ANAXÍMENES DE MILETO
(século VI a.C.)
*Um dos filósofos pré-socráticos gregos
*Também observou,  investigou e analisou a natureza, sua regularidade e seus fenômenos.
*O ar é o princípio (a arqué) de todas as coisas existentes.
*Processos naturais de condensação e rarefação do ar: responsáveis pela formação dos seres.
* De seus textos originais restam apenas alguns frag-mentos, na forma de ideias citadas ou comentadas por pen-sadores posteriores.
ANAXIMANDRO DE MILETO
(século VI a.C.)
*Um dos filósofos pré-socráticos gregos
*Também observou,  investigou e analisou a natureza, sua regularidade e seus fenômenos.
*O Ápeiron (Ilimitado /Indeterminado) é a arqué.
*Usou bastão para medir o tempo (relógio solar). Tempo mensurável, calculável: não divino, não deus.
* De seus textos originais restam apenas alguns frag-mentos, na forma de ideias citadas ou comentadas por pen-sadores posteriores.
XENÓFANES DE CÓLOFON
(século VI a.C.)
*Um dos filósofos pré-socráticos gregos
*Observador e investigador da natureza.
*Cólofon: na Ásia Menor.
*A terra é a arqué.
* Os seres vivos surgiram do barro.
*Os deuses são invenção humana.
* De seus textos originais restam apenas alguns frag-mentos, na forma de ideias citadas ou comentadas por pen-sadores posteriores.
HERÁCLITO DE ÉFESO
(século VI a.C.)
* Um dos filósofos pré-socráticos gregos
*Observador e investigador da natureza.
*Éfeso: na Ásia Menor.
*O fogo é o princípio (a arqué) de todas as coisas.
*Tudo encontra-se em devir (vir a ser), transformação.
* De seus textos originais restam apenas alguns frag-mentos, na forma de ideias citadas ou comentadas por pen-sadores posteriores.
PARMÊNIDES DE ELEIA
(século VI a.C.)
* Um dos filósofos pré-socráticos gregos
*Observador e investigador da natureza.
*Eleia: na Magna Grécia (Sul da Itália).
*O SER é imutável e eterno.
*”O ser é; o não ser não é.”
*Poema que relata ida à habitação da deusa da Justiça e os dois caminhos: o do ser, que afirma que o ser é (eternidade), e o do não-ser, que afirma o não ser, o devir.
* De seus textos originais restam apenas alguns frag-mentos, na forma de ideias citadas ou comentadas por pen-sadores posteriores.
ZENÃO DE ELEIA
(SÉC. VI a.C.)
*Filósofo pré-socrático.
*Discípulo de Parmênides e defensor de suas ideias.
*O argumento da corrida do corredor veloz com a tartaruga. Subdivisão do espaço matematicamente. A ilusão do devir, do movimento.
*Argumento da flecha lançada. Sequência de estados parados. A ilusão do devir, do movimento.
* De seus textos originais restam apenas alguns frag-mentos, na forma de ideias citadas ou comentadas por pen-sadores posteriores.
PITÁGORAS DE SAMOS
(século VI a.C.)
* Um dos filósofos pré-socráticos gregos
*Observador e inves-tigador da natureza, do cosmos.
*Samos: ilha próxi-ma da Ásia Menor.
*Fundou uma escola filosófico-matemática.
*Os números são a arqué (princípio) de todas as coisas.
*Harmonia, música e números.
*Estudo das notas musicais.
*Cosmos(gr.): ordem, harmonia. Matemática, precisão.
*De suas ideias filosófico-matemáticas, sabe-se através de textos de discípulos seus, esparsos, citados e comentados por pensadores posteriores.
EMPÉDOCLES DE AGRIGENTO
(século V a.C.)
*Filósofo pré-socrático grego.
*Observador e investigador da natureza.
*Agrigento: na Magna Grécia (Sul da Itália).
*Quatro princípios  (raízes) (arqué, em gr. = princípio) de todas as coisas: terra, água, ar e fogo.
*Duas forças: o Amor (Eros) e o Ódio ou Discórdia (Neikos, em gr.).
* De seus textos originais restam apenas alguns frag-mentos, na forma de ideias citadas ou comentadas por pen-sadores posteriores.
ANAXÁGORAS DE CLAZÔMENA
(século V a.C.)
*Filósofo pré-socrático grego.
*Observador e investigador da natureza.
*Clazômenas: na Ásia Menor.
*O Sol é uma pedra enorme de fogo no céu, não sendo, portanto, um deus.
*Homeomerias: múltiplas partículas, minúsculas, formadoras de todos os seres
* De seus textos originais restam apenas alguns frag-mentos, na forma de ideias citadas ou comentadas por pen-sadores posteriores.
DEMÓCRITO DE ABDERA
(século V a.C.)
*Filósofo pré-socrático grego.
*Observador e investigador da natureza.
*Abdera: na Trácia.
*Viagens/risos.
*Os átomos, partículas minúsculas e indivisíveis, formam os seres e se unem por engates.
*”Uma vida sem festas é como um longo caminho sem hospedarias.”Demócrito
* De seus textos originais restam apenas alguns frag-mentos, na forma de ideias citadas ou comentadas por pen-sadores posteriores.
GÓRGIAS DE LEONTINI
(século V a.C.)
*Sofista.
*Professor de Retórica e Dialética.
*Cobrava pelo ensino.
*Relativismo de costumes e  leis.
*Ceticismo. A incompreen-sibilidade das coisas (as coisas não podem ser compreendidas).
*Convencimento e refutação de argumentos.
*Boa parte de seus escritos encontra-se na forma de fragmentos esparsos em obras de outros pensadores antigos ou comentados por estes.
PROTÁGORAS
(século V a.C.)
*Sofista.
*Professor de Retórica e Dialética.
*Cobrava pelo ensino.
*O homem é a medida de todas as coisas.
*Convencimento e refutação de argumentos.
*Boa parte de seus escritos encontra-se na forma de fragmentos esparsos em obras de outros pensadores antigos ou comentados por estes.
SÓCRATES
(século V a.C.)
*Filósofo ateniense.
*Gostava de ensinar nas praças e locais públicos da cidade de Atenas, fazendo muitos discípulos. Não cobrava.
*Foi julgado e condenado à morte.
*Ironia (perguntar si-mulando não saber, até levar o outro à contradição) e maiêutica(parto de ideias).
*Defesa de valores éticos e sociais, valores da pólis.
*Respeito às leis da pólis (cidade-estado).
*NÃO DEIXOU OBRA ESCRITA. Xenofonte e Platão, discípulos seus, o descrevem em várias obras.
PLATÃO
(aprox. 428 – 348 antes de Cristo)
*Platão (apelido): o de ombros largos. Nome: Arístocles.
*Membro da aristocracia de Atenas.
*Discípulo de Sócrates.
*Fundou Academia.
*Sofreu influência  do pensamento pitagórico.
*Diante do dilema do devir de Heráclito e da imobilidade e eternidade do ser, de Parmênides, propõe a existência de dois mundos: o mundo Inteligível (das Ideias, formas eternas, modelos perfeitos) e o mun-do sensível (material, em devir).
*A pólis ideal.
*A República.
*O Banquete.
*Apologia de Sócrates.
*Leis.
*Fédon.
*Críton.
ARISTÓTELES DE ESTAGIRA (384 – 322 a.C.)
*De Estagira, na Macedônia.
*Foi aluno de Platão, na Academia.
*Fundou o Liceu, outra escola filosófica em Atenas. Peripatéticos: estuda-vam passeando.
*Homem culto.
*Opõe-se ao idealismo do mestre.
*Movimento: passagem da potência (possibilidade de vir a ser) ao ato (realização da potência); tem 4 causas: material, formal, eficiente e final.
*Geocentrismo.
*O éter, substância cristalina e pura que preenche o espaço entre os astros, que também são feitos pela concentração dele. Portanto, sem defeito.
*Mundo sublunar e mundo supralunar.
*Os 4 elementos (raízes) de Empédocles (ar, água, terra e fogo) compõem o mundo sublunar (a Terra).
*Política.
*Metafísica.
*Órganon.
*Arte Retórica e Arte Poética.
*Ética a Nicômaco.
EPICURISMO
*Um dos movimentos filosóficos do período helenístico.
*Busca do prazer.
*Moderação e equilíbrio.
*Materialismo. Todas as coisas são compostas de partículas.
*Para Epicuro não se deve preocupar com os deuses.
*Epicuro (aprox.. 341 – 270 a.C.) à Carta a Heródoto; Carta a Meneceu.
*Lucrécio (aprox. 96 a 55 a.C.) à Sobre a natureza das coisas.
CINISMO
*Kinos (gr.) = cão.
*Outro movimento filosófico presen-te no período helenístico.
*Indiferença com relação às coisas do mundo.
*Autodomínio.
*Anticonvencionalismo: não aceitação das convenções sociais. Diógenes, p. ex., vivia em um barril.
*Regresso à natureza.
*Antístenes (aprox. 444 a 365 a. C.). “Forma de vida, surgida num momento de crise.” (Mora).
*Diógenes (aprox. 413 – 327 a.C.).
ESTOICISMO
*Presente no período helenístico.
*Espalhou-se, chegando ao período romano.
*Stoá (gr.) = Pórtico. Pórtico de Atenas, onde se reuniam.
*Ataraxia (imperturbabilidade da alma) à busca.
*Autocontrole.
*Controle das paixões.
*Zenão de Cítio (aprox. 335 a 264 a.C.
*Epicteto (50 a 198).
*Sêneca (4 – 65 d.C).
* Marco Aurélio (imperador romano) (121 a 180 d.C.).
 CETICISMO
*Presente no período helenístico.
*Reapareceu no mundo moderno, com filósofos como Montaigne e Hume.
*Cético: “O que olha cuidadosamente, o que examina atentamente.” (Mora, 1991).
*Dúvida.
*Discute a questão dos fundamentos e da possibilidade do conhecimento humano.
*Pirro de Élis (aprox. 360 a 270 a.C.).
*Sexto Empírico (séc. I/II d.C.).
*Enesidemo (séc. I a.C.).
NEOPLATONISMO
*Presente no período helenístico.
*Retoma o pensamento platônico.
*Influenciou a filosofia cristã.
*Uno: “Hispóstase originária, a primeira e superior realidade, o que possui em si o seu haver” (Mora).
*Alma ßàEternidade.
*Hipóstase:ser(o que existe).
*Amônio Saccas (século III d.C.).
*Plotino (205 a 270 d.C.).

  
FICHÁRIO FILOSÓFICO 2  - FILOSOFIA MEDIEVAL E MODERNA.

COLÉGIO ESTADUAL DEPUTADO JOSÉ DE ASSIS

DISCIPLINA: FILOSOFIA.     PROFESSOR: JOSÉ ANTÔNIO.

SEGUNDOS ANOS DO ENSINO MÉDIO.

Abaixo seguem alguns pensadores, artistas e filósofos importantes da época moderna. Preencha os quadradinhos com as informações solicitadas:

FILÓSOFO OU PENSADOR/ CORRENTE FILOSÓFICA, CIENTÍFICA.
BREVES INFORMAÇÕES BIOGRÁFICAS
IDEIAS, OU DESCOBERTAS PRINCIPAIS
PRINCIPAIS OBRAS e/ou PRODUÇÕES e/ou EXPOENTES
CRISTIANISMO
(SÉCULO I d.C. e SEGUINTES)
*Nasceu na Palestina (em Israel), entre judeus.
*Jesus de Nazaré, seus apóstolos e discípulos.
*Domínio do Império Romano (I.R.).
*Primeiras comunidades cristãs.
*Confrontos com a filosofia grega e helenística.
*Queda do I.R.(séculos IV/V): a Igreja, já institucio-nalizada, estruturada, ficou de pé, tornando-se, com o tempo, um poder religioso, intelectual e político, ao longo de toda a Idade Média  e até depois.
*Amor – caridade: valor maior.
*O Reino de Deus, um reino de paz e amor, eterno.
*Prática de valores religiosos, morais, éticos.
*Unidade no amor.
*Patrística: momento de confrontação dos cristãos com a filosofia greco-helenística, nos primeiros séculos cristãos.
*Os ensinamentos de Jesus, de seus apóstolos e seguidores: condensado em textos que vieram a formar o NOVO TESTAMENTO.
*Paulo (século I d.C.): contato com filósofos gregos no Areópago de Atenas, citado no livro bíblico dos Atos dos Apóstolos.
AURÉLIO AGOSTINHO (354 – 430 D.C.)
*Africano.
*Foi professor de Retórica.
*Converteu-se ao cristianismo e o defendeu.
*Tornou-se bispo de Hipona, no Norte da África.
*Conheceu o ceticismo, o maniqueísmo, o neoplatonismo e o cristianismo.
*Unindo o pensamento platônico ao cristão, fala da iluminação divina e do Mestre interior.
*Defesa do Cristianismo.
*Confissões.
*A Cidade de Deus.
*O Mestre (De Magistro).
TOMÁS DE AQUINO (aprox. 1225 – 1274)
*Filho de família nobre e rica.
*Posto, ainda pequeno, no mosteiro beneditino de Montecassino.
*Tornou-se, depois, padre dominicano e professor universi-tário.
*Fortemente influenciado pelo pen-samento aristotélico. *Combateu heresias.
*Aliou o pensamento aristotélico à fé católica. /*Apologeta.
*Apresenta, na Suma Teológica, 5 provas da existência de Deus.
*Suma Teológica.
*Questões sobre a verdade.
*O Mestre (De Magistro).
DANTE ALIGHIERI (1265 – 1321)
*Escritor, “teórico literário, filósofo e pensa-dor político itali-ano” (Enciclopé-dia Folha).
*Descreveu o Inferno, o Purgatório e o Céu em sua Divina Comédia, retratando o pós-morte de ricos, pobres, famosos e pessoas comuns, políticos, sacerdotes e outros.
*Satírico.
* A Divina Comédia.
*O Banquete.
GUILHERME DE OCCAM
(SÉC. XIV)
*Filósofo inglês.
*Teólogo.
*Padre franciscano.
*Estudou e trabalhou em Oxford.
*Uso da lógica na argumentação.
*Diferença entre coisas: numérica (mesma espécie); específica (espécies diferentes).
*Fala da necessidade de separação entre poder civil (imperial) e poder eclesiástico, podendo haver auxílio mútuo quando preciso.
*Tratado sobre os Princípios da Teolo-gia.
*Comentários sobre a Bíblia, textos teológi-cos e filosóficos de pensadores que, em boa parte, o antece-deram ou antigos.
LEONARDO DA VINCI
(1452 – 1519)
*Italiano.
*Pintor. *Escultor.
*Engenheiro.
*Cientista.
*Fez pinturas detalha-das de  pessoas e da natureza. Fez muitos desenhos da natureza, de máquinas, de anatomia, dentre outros. Retratou também a mitologia greco-romana em suas obras.
*Gioconda (Monalisa).
*Madona das Rochas.
*A Última Ceia.
*Desenhos.
*Projetos de máquinas e de engenharia.
ERASMO DE ROTERDÃ (1467 – 1536)
*Filósofo holandês.
*Humanista.
*Usou da sátira para criticar instituições e mazelas (males) sociais de seu tempo.
*Humanista.
*Elogio da Loucura.
SANDRO BOTTICELLI
(1445 – 1510)
*Pintor/artista italiano renascentista.
*Temas religiosos.
*Temas humanos.
*Temas mitológicos.
*Classicismo greco-romano.
*O Nascimento de Vênus.
*Primavera.
MICHELANGELO BUONARROTI (1475 – 1564)
*Pintor e escultor italiano.
*Fez trabalhos, inclusive, para o papa.
*Exímio artista.
*Sua época foi de grandes mudan-ças. Houve forte influência do naturalismo, do classicismo e do neoplatonismo na arte.
*Davi.
*Pietà.
*Moisés.
*Pinturas no teto da Capela Sistina, do Vaticano.
THOMAS HOBBES (1588 – 1679)
*Filósofo político inglês.
*No estado natural, os homens são maus e vivem em conflitos.
*Soberano: escolhido para governar e impor a lei, garantir a vida e a propriedade. Poder absoluto e incontestável.
*Leviatã.
*Do Cidadão.
WILLIAM SHAKESPEARE (1564 – 1616)
*Escritor inglês.
*Teatrólogo.
*Escreveu, para o teatro, várias tragédias e comédias.
*Escreveu em língua língua inglesa, tendo desta um alto domínio.
*O amor platôni-co, ideal, aparece em obras suas.
*Romeu e Julieta.
*Hamlet.
*Rei Lear.
*Otelo.
*Sonetos.
FRANCIS BACON (1561 – 1626)
*Inglês, estudou em Cambridge.
*Foi advogado, chanceler e barão.
*Acusado de corrupção, preso e liberto.
*Empirista.
*Critica os ídolos, isto é, os valores e as ideias antiquadas, que atrapalham o desenvolvimento da ciência.
*Do Avanço da Ciência Divina e Humana.
*Novum Organum.
*A Nova Atlântida.
*Ensaios sobre Moral e Política.
LUIS VAZ DE CAMÕES (aprox. 1524 – 1580)
*Escritor português.
*Viajou pelas Índias.
*Morreu pobre.
*Descreveu a viagem de Vasco da Gama, o grande navegador português, em poesia.
*Fortemente influen-ciado pelo classicis-mo, com destaque para a mitologia greco-romana, e também pelo neoplatonismo (amor idealizado, forma-modelo).
*Os Lusíadas.
*Sonetos.
NICOLAU COPÉRNICO  (1473 – 1543)
*Matemático e astrônomo polonês.
*Padre.
*Em suas pesquisas dispôs apenas de: observações a olhos nus, conhecimento matemático e de teóricos do passado, curiosidade e coragem, anotações precisas.
*Fez muitas observa-ções do céu e muitos cálculos, pondo em dúvida o geocentris-mo (Terra no centro do universo).
*Propôs o heliocen-trismo (Sol no centro do universo).
*Movimentos da Terra: translação, ao redor do Sol (ano), e rotação, ao redor de si mesma (dia).
*Sobre a Revolução da Órbitas Celestes [ou A Revolução dos Orbes Celestes].
GALILEU GALILEI
(1564 – 1642)
*Matemático, astrônomo e cientista italiano.
*Foi professor.
*Católico.
*Velho, foi julgado pela Inquisição Católica e condenado à prisão domiciliar por causa de suas ideias: crítica às teorias aristotélicas, oposi-ção ao geocentrismo e defesa das ideias de Copérnico (heliocentrismo).
*Opôs-se às teorias físicas de Aristóteles (ex.: lugares naturais, geocentrismo).
*Estudou o movimento pendular e a queda livre.
*Aperfeiçoou o telescópio, usando-o para estudar os céus.
*Defendeu o heliocentrismo.
*O universo: escrito em linguagem mate-mática, sem cujo conhecimento não é possível entendê-lo.
*O Ensaiador.
*Diálogo sobre os Dois Sistemas do Mundo.
*Sidereus Nuncius.
OBS.: Com o telescópio, Galileu descobriu manchas no Sol, crateras (buracos enormes) na Lua, vales, montanhas e sobras também, luas em Júpiter e mais estrelas na Via Láctea, dentre outras.
JOHANNES KEPLER
(1571 – 1630)
*Alemão.
*Astrônomo, matemático e astrólogo.
*Protestante.
*Trabalhou com o astrônomo e matemático dinamarquês Tycho Brahe (1546 – 1601).
*Descobriu as órbitas elípticas dos planetas ao redor do Sol.
*Elaborou as leis do movimento dos planetas.
*Buscou a compreensão da ordem matemática do universo.
*A Harmonia dos Mundos.
ISAAC NEWTON
(1642 – 1727)
*Cientista inglês.
*Matemático.
*Alquimista.
*Professor universitário.
*Diretor da Casa da Moeda da Inglaterra.
*Descoberta da força e da lei da gravidade.
*Inventor, junto com Leibniz (alemão), do cálculo infinitesimal.
*Estudos sobre a luz.
*Binômio de Newton.
*Princípios Matemáticos da Filosofia Natural.
*Ótica.
NICOLAU MAQUIAVEL
(1469 – 1527)
*Filósofo político italiano.
*Fez viagens a serviço de governantes.
*Dedicava, diariamente, um tempo aos seus estudos.
*Diplomata e escritor.
*O governante deve antes ser temido que amado.
*O governante deve usar de todos os meios possíveis para conquistar e manter o poder. Também com exército forte, bem treinado e usando boas estratégias.
*O Príncipe.
*A Arte da Guerra.
RENÉ DESCARTES
(1596 – 1650)
*Filósofo francês.
*Serviu o exército e fez várias viagens.
*Investigou o conhecimento humano e fez estu-dos sobre a natureza (ex.: arco-íris).
*Foi para a Suécia, a pedido da rainha, e ali veio a falecer tempos depois.
*Racionalista: a razão é a base dos conheci-mentos verdadeiros.
*Uso da DÚVIDA METÓDICA (método é palavra grega: caminho) hiperbólica (exagerada) na pesquisa sobre o conhecimento.
*Descoberta do COGITO (“Cogito ergo sum” = Penso, logo existo).
*Há ideias inatas. Ex.: Eu (Cogito), Deus.
*Discurso do Método.
*Meditações.
*Cartas, trocadas com vários intelectuais de seu tempo.
JOHN LOCKE
(1632 – 1704)
*Filósofo inglês.
*Médico.
*Conheceu Newton e outros intelectuais de seu tempo.
*Empirista: a experiência (empiria) sensível é a base do conhecimento.
*Não existem ideias inatas.
*Ideias: simples e complexas.
*Ensaio sobre o Entendimento Humano.
*Cartas sobre a Tolerância.
*Ensaio sobre o Governo Civil.
DAVID HUME
(1711 – 1776)
*Filósofo escocês.
*Secretário da embaixada inglesa na França.
*Morou também em Edimburgo.
*Empirista.
*Criticou duramente a metafísica. Só é válido o que pode ser compreendido e provado mediante a experiência.
*O conhecimento advém da experiência sensível e do HÁBITO. Fenômenos vistos repetidamente, da mesma forma: regularidade, da qual se tiram conclusões.
*Tratado sobre a Natureza Humana.
*Investigação sobre o Entendimento Humano.
JEAN-JACQUES ROUSSEAU (1712 – 1778)
*Filósofo suíço.
*Viveu parte de sua vida na França.
*Entrou em contato com diversos intelectuais iluministas.
*Iluminista.
*No estado natural, os homens: bons. Em sociedade: maus.
*O 1º contrato: imposto pelos mais fortes.
*Novo contrato soci-al: pacto social e von-tade geral (vontade da maioria).
*No Emílio: educação natural e respeito ao desenvolvimento da criança.
*O Contrato Social.
*Confissões.
*Emílio ou Da Educação.
VOLTAIRE (SÉCULO XVIII)
*Filósofo e escritor iluminista francês.
*Conheceu reis e rainhas, tendo convivido também com muitos intelec-tuais, na França, na Inglaterra e outros lugares.
*Influenciado pela ciência newtoniana e pela Revolução Industrial.
*Iluminista.
*Empirista.
*Defendeu a tolerância religiosa, política, intelectual.
*Satírico.
*Cândido.
*Princesa da Babilônia.
*Zadig.
*Cartas Filosóficas.


MATERIAL CONSULTADO (LIVROS E SITES UTILIZADOS):

ARANHA, Maria L. de A. e MARTINS, Maria H.P. Filosofando: Introdução à Filosofia. São Paulo, Moderna, 2012. (Edição dentro da Nova Ortografia.) ENCICLOPÉDIA FOLHA, volumes 1 e 2.

GAARDER, Jostein.  O Mundo de Sofia. São Paulo, Cia. Das Letras, 1996.

MAGEE, Bryan. História da Filosofia. 2.ed. São Paulo, Loyola, 2000.

MORA, José Ferrater. Dicionário de Filosofia. Lisboa, Dom Quixote, 1991.


LOCAIS DE PESQUISA:

A)    BIBLIOTECA DA ESCOLA.

B)     LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA DA ESCOLA.

C)    LIVRE.
FICHÁRIO FILOSÓFICO 3 – FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA.

COLÉGIO ESTADUAL DEPUTADO JOSÉ DE ASSIS

DISCIPLINA: FILOSOFIA.  PROFESSOR: JOSÉ ANTÔNIO.

TERCEIROS ANOS DO ENSINO MÉDIO.

Abaixo seguem alguns filósofos importantes da época contemporânea. Preencha os quadradinhos com as informações solicitadas:

FILÓSOFO OU CORRENTE FILOSÓFICA OU CIENTÍFICA
BREVES INFORMAÇÕES BIOGRÁFICAS
/ HISTÓRICAS
IDEIAS PRINCIPAIS
PRINCIPAL OBRA (no caso de filósofos específicos) ou PRINCIPAIS EXPOENTES (no caso de correntes filosóficas)
EVOLUCIONISMO
(Séculos XVIII, XIX, XX e XXI)
*Revolução Industrial: em curso.
*Pesquisas e investigações sobre os seres vivos.
*Evolução dos seres vivos: modificações e melhorias.
*Adaptação dos seres vivos aos desafios do meio ambiente. Mutações.
*Os seres vivos evoluíram e evoluem, há bilhões de anos.
*O DNA comanda a evolução, mas as condições externas influenciam forte-mente no processo evolucionário.
*Pequenas mutações nos seres vivos provocam a evolução.
*Chevalier Lamarck (1744 – 1829).
*Charles Robert Darwin.
*Alfred Russel Wallace.
CHARLES DARWIN
(1809 – 1882)
*Naturalista inglês.
*Grande observador, pesquisador.
*Viajou no Beagle, navio que passou em vários lugares do mundo, até no Brasil. Coletou muitas informações e materiais.
*Estudou fósseis.
*Todos os seres vivos evoluíram (se desenvolveram) a partir de formas vivas menos complexas.
*Seleção natural: os seres vivos mais fortes e melhor adaptados são os que sobrevivem e passam adiante suas características.
*A Origem das Espécies por Meio da Seleção Natural.
*A Expressão das Emoções no Homem e nos Animais.
ALFRED RUSSEL WALLACE
(SÉCULO XIX)
*Outro naturalista inglês.
*Também fez viagens e fez observações atentas dos seres vivos e de fósseis, concluindo também pela evolução das espécies.
*Os seres vivos evoluíram a partir de formas vivas menos complexas.
*Também concluiu pela evolução das espécies e comunicou, por carta, a Charles Darwin.
*A carta-resumo enviada a Darwin determinou a publicação de A Origem das Espécies e um debate entre os dois naturalistas diante de outros cientistas de seu tempo.
MARXISMO
(SÉC. XIX – XXI)
*Revol. Industrial.
*Neocolonialismo.
*Intensa exploração capitalista/reações.
 *Socialismo.
*Crítica à exploração capitalista.
*Materialismo histórico-dialético.
*Socialismo.
*Karl Marx.
*Trotski / *Lênin.
*Joseph Stalin.
*Rosa Luxemburgo.
*Antônio Gramsci/outros.
KARL MARX
(1818 – 1883)
*Economista, historiador e filósofo alemão.
*Sofreu influência de: Hegel, da Economia Política Inglesa, dos Socia-listas Utópicos e de outros estudos.
*Investigou detalha-damente a história e o capitalismo, pro-curando entendê-los.
*Envolveu-se na luta dos trabalhadores de seu tempo.
*Conheceu Friedrich Engels, que se tornou seu amigo e colaborador.
 *Conheceu as ideias de Charles Darwin.
*Descobriu a existência da mais valia (trabalho extra não pago), como uma das formas de exploração capitalista.
*Desenvolveu o materialismo histórico-dialético.
*Socialismo científico.
*Modos de produção e lutas de classes.
*Deu uma conotação materialista à dialética hegeliana.
*Foi perseguido várias vezes.
*Dialética: contradição, superação; presente na história humana, material, conflituosa.
*Luta de classes: o motor da história.
*O Capital.
*Manifesto do Partido Comunista.
*A Ideologia Alemã.
FRIEDRICH ENGELS
(1820 – 1895)
*Pensador alemão.
*Amigo e colabora-dor intelectual e financeiro de Karl Marx.
*Também envolveu-se nas lutas dos trabalhadores de seu tempo.
*Grande estudioso e pesquisador da história, da filosofia e da economia.
*Socialista.
*Crítica científica do capitalismo.
*O capitalismo tem seus fundamentos na exploração dos trabalhadores (operários, camponeses e outros).
*Visão materialista e dialética da história.
*As Origens da Família, da Propriedade Privada e do Estado.
*Colaborou na elaboração do Manifesto do Partido Comunista.
*Coletou e publicou textos de O Capital, de Marx, após a morte deste.
POSITIVISMO
(SÉC. XIX – XX)
*Século XIX: Revo-lução Industrial.
*Grande desenvolvimento das ciências e das técnicas.
*Diversas e grandes descobertas nos campos da ciência, das técnicas e da tecnologia.
*Neocolonialismo.
*Comte afirma ORDEM E PROGRESSO.
*Positivo: o que pode ser medido, calculado, pesado, provado, demonstrado.
*Filosofia que defende a comprovação da verdade através da verificação científica.
*Auguste (Augusto) Comte.
*No Brasil: intelectuais do século XIX e membros do exército brasileiro. Obs.: Na bandeira republicana brasileira, inclusive, aparecerá claramente o lema positivista ORDEM E PROGRESSO.
AUGUSTO COMTE
(1798 – 1857)
*Filósofo e intelectual francês.
*Estudou na Escola Politécnica.
*O tempo em que viveu foi de grandes descobertas e invenções, com uma revolução industrial avançada.
*Fundador do Positivismo.
*O real é o que pode ser provado pelas ciências e técnicas.
*Lema ORDEM E PROGRESSO.
*Estados da história: teológico, metafísico e positivo.
*Fundou a religião positivista.
*Catecismo Positivista.
*Curso de Filosofia Positivista.
*Sistema de Política Positiva.
SÖREN AABYE KIERKEGAARD
(1813 – 1855)
*Filósofo dinamarquês.
*Em Berlim, estudou com Schelling.
*Existencialista.
*Crítica ao otimismo racionalista de Hegel.
*Primado da existência.
*Ser: subjetividade e liberdade.
*A existência implica também em decisões, afirmação, angústia.
*Ou, ou – Um Fragmento de Vida.
WILLIAM JAMES
(1842 - 1910)
*Filósofo estadunidense.
*Estudos em Medici-na e Psicologia.
*Professor universitário.
*Um dos fundadores do pragmatismo.
*”Tudo o que é real deve ser experimentá-vel em algum lugar; e todo tipo de coisa experimentada deve ser real em algum lugar” (Magee, 2000: p. 186).
*O Pragmatismo.
*O Significado da Verdade.
*Problemas da Filosofia.
GEORGE WILHELM FRIEDRICH HEGEL
(1770 – 1831)
*Filósofo alemão.
*Doutor em Filosofia.
*Diretor de escola.
*Professor universitário.
*Idealismo dialético.
*O real é racional e o racional é real.
*História: dirigida pelo movimento do Espírito (cultura/ideia).
*Dialética: tese à antítese à síntese.
*Fenomenologia do Espírito.
*Filosofia do Direito.
*A Ciência da Lógica.
FRIEDRICH NIETZSCHE (SÉCULO XIX)
*Filósofo alemão.
*Jovem, tornou-se um erudito.
*Aliou filosofia e filologia.
*Professor, ainda jovem, universitário.
*Fez viagens para cuidar da saúde e passou por lugares na Itália e outros que trouxeram-lhe inspirações para sua filosofia.
*Ateu.
*Estudos dos gregos antigos e de sua arte. Nesta: os princípios apolíneo (princípio da ordem, sobriedade e  harmonia) e dionisíaco (princípio da desordem e da não sobriedade).
*Críticas ao platonismo e ao cristianismo.
*Além-do-Homem (super-homem), eterno retorno do mesmo.
*Humano, Demasiadamente Humano.
*Assim Falou Zaratustra.
*Aurora.
*Crepúsculo dos Ídolos.
*O Nascimento da Tragédia.
*Anticristo.
BERTRAND RUSSELL
(1872 – 1970)
*Filósofo britânico.
*Estudou no Trinity College de Cambridge.
Professor universitário.
*Palestras e orientações a pesquisadores.
*Atomismo lógico: “o mundo: multiplicidade infinita de elementos separados, átomos lógicos, que são o que fica como resíduo da análise lógica” (Mora, 1991: p. 42).
*Matemática e lógica.
*O Conhecimento Humano.
*Os Princípios da Matemática.
*Análise do Espírito.
JOHN DEWEY
*Filósofo estadunidense.
*Influenciado pelo pensamento empiris-ta e pragmatista.
*Professor universitário. Fez várias pesquisas em educação.
*A experiência e a prática são critérios da verdade.
*Empirismo.
*A educação deve aliar experiência, prática e teoria. Que seja adaptada aos novos tempos.
*Democracia e Educação.
*Como Pensamos.
*Lógica.
*A Procura da Certeza.
ESCOLA DE FRANKFURT
(SÉCULO XX)
*Grupo de intelectuais alemães (filósofos, sociólogos, economistas, etc.) que se reuniam para discutir e estudar temas diversos e atuais de seu tempo.
*Estudo crítico do totalitarismo, do fascismo e do nazismo.
*Estudo crítico da indústria cultural capitalista.
*Estudos sobre o capitalismo.
*Theodor Adorno.
*Max Horkheimer.
*Jurgen Habermas.
Walter Benjamin e outros.
LUDWIG WITTGENSTEIN
(1889 – 1951)
*Filósofo austríaco.
*Foi aluno de Bertrand Russell, na Inglaterra.
*Professor universitário.
*Fez pesquisas sobre a linguagem.
*”O significado de uma palavra é seu uso na linguagem.” (Apud Magee,  2000: p. 205).
*A linguagem: ferramenta àtarefas diferentes. Significados: coisas que podem ser feitas com a linguagem.
*Tractatus Logico-Philosophicus (Tratado Lógico-Filosófico).
*Investigações Filosóficas.
*Conferências.
JEAN-PAUL SARTRE
(1905 – 1980)
*Filósofo francês.
*Doutor em filosofia.
*Estudou também na Alemanha.
*Foi esposo de Simone de Beauvoir, também filósofa.
*Existencialismo ateu.
*O homem é aquilo que ele se faz.
*A existência precede a essência.
*O homem é responsável por tudo o que faz e tudo que faz implica outros seres humanos.
*O Ser e o Nada.
*O Existencialismo é um Humanismo.
*A Imaginação.
MICHEL FOUCAULT
(SÉCULO XX)
*Filósofo francês.
*Professor universitário.
*Aliou, em seus estudos, a Filosofia, a Psicologia e a História.
*Os micropoderes: o poder disseminado na sociedade.
*O sistema de vigilância: aliado ao registro e à docilização dos corpos.
*Vigiar e Punir.
*Microfísica do Poder (apanhado de textos).
*As Palavras e as Coisas.
*História da Loucura.
*História da Sexualidade.
PAULO FREIRE
(SÉCULO XX)
*Filósofo e educador brasileiro.
*Perseguido e exilado pela Ditadura Militar.
*Lecionou em universidades de São Paulo.
*Desenvolveu um método crítico, problematizador, de alfabetização.
*Oposição: educação bancária/educação libertadora.
*Conscientização.
*Pedagogia do Oprimido.
*A Educação como Prática da Liberdade.

MATERIAL CONSULTADO (LIVROS E SITES UTILIZADOS):

ARANHA, Maria L. de A. e MARTINS, Maria H.P. Filosofando: Introdução à Filosofia. São Paulo, Moderna, 2012. (Edição dentro da Nova Ortografia.) ENCICLOPÉDIA FOLHA, volumes 1 e 2.

GAARDER, Jostein.  O Mundo de Sofia. São Paulo, Cia. Das Letras, 1996.

MAGEE, Bryan. História da Filosofia. 2.ed. São Paulo, Loyola, 2000.

MORA, José Ferrater. Dicionário de Filosofia. Lisboa, Dom Quixote, 1991.


LOCAIS DE PESQUISA:

D)    BIBLIOTECA DA ESCOLA.

E)     LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA DA ESCOLA.

F)     LIVRE.

Os modelos de fichários acima estão na posição vertical, porém podem ser colocados na posição horizontal. No Microsoft Word, vá a Arquivo à Configurar Página à escolha: Paisagem à OK. O número de colunas dependerá do número de informações que poderão ser solicitadas. Cabe a cada professor e professora verificar aquelas informações que mais achar de valor para o tipo de fichário que quer, podendo retirar alguma(s) e/ou colocar outra(s).
Os fichários poderão ser impressos e reproduzidos em cópias.
Outro modo também de reproduzir os fichários, não exige cópias em folhas, é através de e-mail. Neste caso, cada aluno e aluna deverá enviar, dentro de um determinado prazo, o fichário completado, via e-mail. A vantagem do e-mail é que não gasta papel, nem dinheiro para reproduzi-lo. Neste caso, cada aluno(a) poderá arquivar seu trabalho (fichário) em uma pasta de computador ou meio de gravação (ex.: pendrive, MP3, etc.), podendo consultá-lo quando quiser. E o(a) professor(a) poderá também fazer arquivamento semelhante, tanto do próprio fichário quanto o fichário de cada estudante que lhe enviar via e-mail. É claro, para aqueles alunos e alunas que não quiserem mandar via e-mail, proceda à entrega escrita. O fichário pode ser avaliado, tendo em vista que é um trabalho. É um exercício e recurso riquíssimo de aprendizado de filosofia e pode ser aplicado em outras matérias, adaptando-se para cada uma delas (no caso da Língua Portuguesa: em vez dos filósofos, os escritores e as escritoras). Com os fichários, apresentar textos escritos pelos filósofos.
Os modelos de fichários acima estão na posição vertical, porém podem ser colocados na posição horizontal. No Microsoft Word, vá a Arquivo, Configurar Página e escolha: Paisagem, OK. O número de colunas dependerá do número de informações que poderão ser solicitadas. Cabe a cada professor e professora verificar aquelas informações que mais achar de valor para o tipo de fichário que quer, podendo retirar alguma(s) e/ou colocar outra(s).
Outro modo também de reproduzir os fichários, que não exige cópias em folhas, é através de e-mail. Neste caso, cada aluno e aluna deverá enviar, dentro de um determinado prazo, o fichário completado, via e-mail. A vantagem do e-mail é que não gasta papel, nem dinheiro para reproduzi-lo. Neste caso, cada aluno(a) poderá arquivar seu trabalho (fichário) em uma pasta de computador ou meio de gravação (ex.: pendrive, MP3, etc.), podendo consultá-lo quando quiser. E o(a) professor(a) poderá também fazer arquivamento semelhante, tanto do próprio fichário quanto o fichário de cada estudante que lhe enviar via e-mail. É claro, para aqueles alunos e alunas que não quiserem mandar via e-mail, proceda à entrega escrita.
O fichário pode ser avaliado, tendo em vista que é um trabalho. É um exercício e recurso riquíssimo de aprendizado de filosofia e pode ser aplicado em outras matérias, adaptando-se para cada uma delas (no caso da Língua Portuguesa: em vez dos filósofos, os escritores e as escritoras).

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

THOMAS HOBBES (1588-1679) (Professor José Antônio Brazão.)

THOMAS HOBBES (1588 – 1679) (Professor José Antônio Brazão.)
Filósofo moderno inglês. Teve grande preocupação em entender as origens e os fundamentos do poder político. Em seu livro “Leviatã ou a essência, forma e poder de uma comunidade eclesiástica e civil”, de 1651, diz que o Estado surgiu a partir de um pacto estabelecido entre as pessoas, no início da formação da sociedade. Quando viviam no estado de natureza, as pessoas encontravam-se em permanente conflito, numa luta de todos contra todos. Para não se aniquilarem mutuamente ficou resolvido que todos fariam um pacto, no qual cada um entregaria o poder sobre sua pessoa e sobre sua vida a um governante comum a todos e todos fariam o mesmo.
O governante escolhido teria, portanto, um poder absoluto sobre todos os cidadãos, inclusive de vida e morte, governando com mãos de ferro, porém com a missão de garantir a vida, a liberdade e a propriedade dos governados. O governante poderia ser um indivíduo ou uma assembleia escolhida. Além do poder político, militar, jurídico, também o poder religioso.
De acordo com Hobbes, o homem é o lobo do homem, ou seja, o ser humano carrega consigo uma agressividade natural, perigosa para a vida humana, mas que pode e deve ser controlada pelo Estado, através do poder do governante absoluto, que tem em suas mãos os meios para pôr ordem na sociedade e estabelecer a paz necessária ao progresso social em todos os seus sentidos – econômico, político, social, tecnológico, científico, etc. Ora, Hobbes estava vivendo numa época de grandes avanços na economia, nas ciências, nas técnicas e nas artes em geral – era o Renascimento artístico-científico-cultural.
Como se pode ver, Hobbes se mostra a favor do absolutismo. Curiosamente, na Inglaterra de seu tempo, o rei assumia o poder temporal e o poder religioso, este como chefe da Igreja Anglicana. Vale lembrar, porém, que o poder do parlamento inglês foi, aos poucos, se reforçando e ampliando. Em outros países europeus, reis e rainhas vinham tomando fortemente as rédeas do poder em suas mãos.
Para Hobbes, o poder absoluto do rei ou da assembleia é garantia de bem-estar e de organização sociais. Sabedor da natureza humana, Hobbes defende esse tipo de poder. Antes dele, o italiano Nicolau Maquiavel já havia dito aos príncipes (governantes) que não podiam confiar na bondade das pessoas, as quais poderiam mudar de lado em caso de contrariedade ou de interesses em jogo. Conforme Maquiavel, como foi visto no texto anterior, é preferível antes ser temido que amado. O temor imposto pela força militar e pela competência hábil e astuta em governar.
Pode-se ver que Hobbes e Maquiavel têm algo em comum, apesar de algumas diferenças: ambos defendem um poder estatal forte, centralizado nas mãos do governante. É claro, Maquiavel não se preocupou propriamente em entender a passagem de um estado natural para a sociedade, mas tinha, semelhante a Hobbes, uma ideia não muito boa da natureza humana – impulsos e forças existentes dentro do ser humano capazes de levar a complicações e que precisavam ser controlados caso os governantes quisessem manter o poder e levar a sucesso seus planos e projetos. Em Maquiavel, a manutenção do poder pela astúcia e pela força. Em Hobbes, através do pacto incondicional.
É interessante notar que tanto Maquiavel quanto Hobbes tocam na relação entre Estado e religião. Para Maquiavel, o príncipe deve ser astuto a ponto de saber utilizar a religião a seu favor, na manutenção e extensão do poder, reduzindo e coibindo ardilosamente a interferência religiosa sobre o poder político. Para Hobbes, o poder do governante deve incorporar, em suas mãos, o poder religioso.
Mas por que ambos pensam em controle da religião? Porque a religião forma também a consciência das pessoas, adentrando em seu viver por meio de normas e mandamentos a serem seguidos, e porque a religião, em seu tempo, interferia frequentemente no poder de reis e rainhas. Sem dúvida, Maquiavel e Hobbes queriam reforçar a obediência dos súditos e, junto com a religião, os governantes precisavam ter boa força militar, infligindo o temor necessário a todos.
Mas por que razão o nome LEVIATÃ é dado à obra mais conhecida de Hobbes? Leviatã, de acordo com a Bíblia, era um monstro marinho poderoso, que dominava sobre os mares e sobre os animais nele existentes. É claro, protegia os peixinhos. O Leviatã só pôde ser dominado por Deus. E, de acordo com Hobbes, o governante deve ser como o Leviatã, poderoso, respeitado e temido por todos, tendo que prestar contas tão somente a Deus, já que o que forma seu corpo descomunal são os corpos de todos os cidadãos do Estado, que entregaram a ele, livremente, o poder de governo sobre eles e suas vidas.
Enfim, ao governante competiria instaurar a ordem social e mantê-la com o uso do poder absoluto, uma ordem que não havia no estado de natureza e cuja inexistência, por causa dos conflitos, impedia o desenvolvimento da propriedade, das técnicas, das ciências, da tecnologia e, consequentemente, da economia e da própria vida.

REFERÊNCIAS:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Thomas_Hobbes
http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u395.jhtm
http://www.mundodosfilosofos.com.br/hobbes.htm
http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=2117
http://plato.stanford.edu/entries/hobbes/
http://plato.stanford.edu/entries/hobbes-moral/

NICOLAU MAQUIAVEL (1469-1527) (Professor José Antônio Brazão.)

A Itália, entre os séculos XV e XVII, destacou-se dentro da Europa por seu comércio e por ser o berço do Renascimento artístico e cultural. Dentre seus artistas escritores tiveram destaque: Giotto, Michelangelo Buonarotti, Dante Alighieri, Rafael Sanzio, Leonardo da Vinci, dentre outros. Entretanto, a Itália não se constituía, ainda, num reino único, mas numa península toda dividida em pequenos reinos, entre os quais, inclusive, havia, de tempos em tempos, conflitos. Alguns desses reinos, algumas vezes, foram dominados por reis estrangeiros. Noutros houve também conflitos de poder. Nesse contexto nasceu e cresceu Nicolau Maquiavel.
Nicolau Maquiavel foi um pensador que, tendo vivido nesse tempo intenso, de conflitos e lutas pelo poder, preocupou-se, justamente, em refletir sobre a realidade sócio-política que se punha diante dele e em apresentar ideias práticas a respeito da mesma. Com certeza, Maquiavel foi um excelente observador. De suas observações, frutos de viagens, diálogos e até de serviços que prestou a governantes, Maquiavel fez anotações acuradas e, a partir daí, extraiu conclusões, vindo a condensá-las em vários livros. Dentre esses livros, um especial destaque aqui será dado a O Príncipe e a A Arte da Guerra.
Como o próprio nome aponta, O Príncipe é um livro que tem por fim discutir a respeito do poder dos governantes e oferecer dicas para sua manutenção. De acordo com Maquiavel, o príncipe (o governante) deve empenhar-se por adquirir, ampliar e manter seu poder sobre a sociedade. Para tanto, deve saber fazer uso de estratégias e de meios adequados. Um desses meios, de fundamental importância, por exemplo, é fazer-se mais temido que amado, dada a inconstância das pessoas.
O medo, efetivamente, traz respeito e obediência. Um governante tão somente amado e querido por seu povo dificilmente poderá conter uma revolta. Um governante temido, por sua vez, incute medo e este faz com que os súditos tenham mínima ou nenhuma vontade de revolta ou, se tiverem, ele terá como combatê-la. Esse medo deve incutir-se tanto nos súditos comuns e simples quanto em nobres pertencentes ao reino. No entanto, se juntamente com o temor o governante obtiver o amor de seus súditos, tanto melhor.
Para fazer-se temido e estender seu poder, um exército e disciplinado será de grande valor, com generais obedientes e estritamente leais ao príncipe (governante). Em A Arte da Guerra Maquiavel trata justamente das condições e estratégias para um exército forte, disciplinado e obediente. Com efeito, um governante cujo exército perde batalhas põe, consequentemente, em risco o seu próprio reinado, podendo perdê-lo para inimigos internos ou externos. Exército obediente, bem equipado e bem preparado, não preso a mercenários, reduz significativamente o temor da perda do reinado e pode contribuir para manter e ampliar o poder do príncipe.

Referências:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Nicolau_Maquiavel

http://www.culturabrasil.pro.br/nicolaumaquiavel.htm

http://plato.stanford.edu/entries/machiavelli/

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Elaboração de vídeos como atividade de ensino e aprendizado de Filosofia. Prof. José Antônio Brazão.

Projeto (Planejamento) do vídeo sobre Tomás de Aquino.
Elaboração do projeto do vídeo.
Início do levantamento de informações (pesquisa de conteúdos, imagens e música de fundo).
Pesquisa de conteúdo sobre Tomás de Aquino (internet e Enciclopédia Encarta, Microsoft).
Anotações a respeito da vida e das ideias de Tomás de Aquino.
Continuação da pesquisa de imagens.
Término da pesquisa de informações e imagens e entrada no programa de elaboração de vídeo.
Início da montagem propriamente dita do vídeo. Uso do Windows Movie Maker.
Continuação da montagem do vídeo.
Ainda montando o vídeo. Fase de finalização.
Conclusão da elaboração do vídeo sobre Tomás de Aquino.

Vídeo concluído sobre a vida e a obra de Tomás de Aquino.

O vídeo acima foi produzido por um grupo de alunos, entre os dias 20 e 31 de maio de 2010, como trabalho de Filosofia.

Estudando no turno da manhã, vieram ao laboratório de informática do Colégio Estadual Deputado José de Assis e, durante aqueles dias, trabalharam na pesquisa e montagem do vídeo. É um vídeo, sem dúvida, simples e básico, contendo imagens, comentário e música de fundo. No entanto, demandou várias horas de planejamento, estudo e montagem por parte dos alunos e das alunas que se envolveram nesse trabalho.

Primeira etapa: Planejamento escrito. Solicitei que fizessem um planejamento básico, contendo cada etapa da montagem do vídeo, desde os estudos preliminares até a sua transformação final em vídeo.

Segunda etapa: Colocação em ação do planejamento escrito. Primeiramente, a elaboração de um resumo simples da vida de Tomás de Aquino. A seguir, o levantamento de imagens, escolhidas pelo próprio grupo, e da música, também escolhida pelos alunos e as alunas. Tudo feito pelo grupo. Enquanto dois se dedicavam ao resumo, outros dois se dedicavam à pesquisa das imagens. Dividir em pequenos grupos para ganhar tempo!

Terceira etapa: Montagem, passo-a-passo, do vídeo no Windows Movie Maker. Foi um trabalho de vários dias até chegar ao final da montagem.

Quarta etapa: Correção de erros, inclusive linguísticos, e conclusão do trabalho no Movie Maker, transformando-o em um pequeno vídeo. O resultado, ainda simples, está aí.

Deu muito trabalho a todos, mas, sem dúvida, enriqueceu muito o aprendizado!

Professor(a), a montagem de vídeos, como se pode ver, envolve estudo, pesquisa, leituras e seleção de imagens, músicas, etc. Portanto, envolve aprendizado teórico e prático de Filosofia, conjugadamente.

PROJETO (PLANEJAMENTO) DO VÍDEO SOBRE TOMÁS DE AQUINO:
Obs.: Esse planejamento foi feito pelo próprio grupo de alunos e alunas, no dia 20 de maio de 2010. Dei-lhes algumas orientações, acompanhei e expliquei como se montaria o vídeo no Windows Movie Maker.
O pensador escolhido corresponde ao período medieval. A razão de trabalhá-lo foi, exatamente, o de possibilitar aos alunos da segunda série do segundo grau uma visão de como Tomás foi capaz de unir filosofia e teologia, em um tempo em que as ideias filosóficas, principalmente as de Aristóteles, além de outros, vinham conflitando com as doutrinas e os ensinamentos teológicos da Igreja Católica.
Ao retomar o pensamento medieval, os estudantes puderam estabelecer melhor uma comparação entre a filosofia e o pensamento que predominavam na Idade Média e o que surgiu no mundo moderno, a partir do Renascimento artístico, científico e cultural. Na verdade, o tema atualmente em estudo é o Renascimento Científico e alguns filósofos de destaque no mundo moderno, como Descartes, Locke e Hume. Porém, para que houvesse um entendimento mais claro das mudanças científicas e filosóficas ocorridas, particularmente a derrubada do geocentristo aristotélico-ptolomaico e de ideias científicas de Aristóteles, foi preciso ir até as fontes medievais.
Tomás de Aquino, com seu mestre Alberto Magno, defendeu bravamente a filosofia aristotélica e foi, juntamente com este, um dos grandes expositores das teorias daquele grande filósofo da antiguidade.
A seguir, o planejamento feito pelo grupo.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DE GOIÁS
SUBSECRETARIA METROPOLITANA DE EDUCAÇÃO DE GOIÂNIA
COLÉGIO ESTADUAL DEPUTADO JOSÉ DE ASSIS

PROJETO DE VÍDEO
PLANEJAMENTO E ELABORAÇÃO DE VÍDEO

CONTEÚDO DIDÁTICO: FILOSOFIA.
PROFESSOR: JOSÉ ANTÔNIO BRAZÃO.
GRUPO: PRISCILA, MATHEUS GONÇALVES, JANDERSON, BÁRBARA E LUÍZA. TURMA: E2M01 (Segunda Série do Ensino Médio, matutino, turma 1).

TEMA: TOMÁS DE AQUINO[1].

VIDA E OBRA DE TOMÁS DE AQUINO (1225 – 1274)

1ª Parte[2]: Pesquisa biográfica e bibliográfica. Local: Laboratório de Informática do CEDJA. Informações em: http://www.google.com.br/, http://www.wikipedia.org/, Enciclopédia Microsof Encarta, http://www.yahoo.com.br/. Levantamento de informações e resumo a partir das leituras feitas.
2ª Parte: Coleta de imagens: Verificação de imagens disponíveis na internet, nos sites acima, cópia e colagem das imagens escolhidas em uma pasta.
3ª Parte: Escolha de música sacra [foi, na verdade, escolhida a música Ameno, do conjunto Era], como música de fundo.
4ª Parte: Iniciar a montagem do vídeo, no Windows Movie Maker. Colocação das imagens em sequência.
5ª Parte: Colocação [digitação] do resumo biográfico e bibliográfico no vídeo.
6ª Parte: Acréscimo da música ao vídeo.
7ª Parte: Conclusão do vídeo, com créditos e finalização.

Goiânia, 20 de maio de 2010.
Priscilla Silva Domingues, Matheus Gonçalves Muniz, Bárbara Francolage e Janderson Lima.
[1] Filosofia Medieval.
[2] Etapa.


sexta-feira, 16 de abril de 2010

FILOSOFIA MODERNA - OBSERVAÇÃO E EXPERIMENTAÇÃO. (Professor José Antônio Brazão.)

A palavra “empirismo” vem do termo empeiria, que, no grego, significa experiência. Esta refere-se ao contato direto com o mundo por intermédio dos cinco sentidos – olfato, tato, paladar, visão e audição. Os cinco sentidos fornecem para a mente informações as mais diversas, tais como cheiros, sensações táteis (dureza, aspereza, suavidade, calor, etc.), sabores diferentes, sons de vozes, de músicas, dentre outras sensações. A partir daí, de acordo com os empiristas, a mente trabalha as informações recebidas pelos sentidos, forma ideias e elabora conhecimento acerca da realidade. Portanto, para os empiristas não existem quaisquer ideias inatas, como acreditava Descartes.
No mundo moderno, o empirismo corre passo a passo com as descobertas científicas, que fizeram grande uso da observação, da experimentação e do contínuo trabalho da razão, elaborando e reelaborando ideias, tirando conclusões e construindo novas teorias. A observação, aliada à experimentação, foi fundamental para as descobertas de Copérnico, Galileu Galilei, Johannes Kepler, Isaac Newton, os desenhos anatômicos e de engenharia de Leonardo da Vinci, dentre outros. A verdade não é fruto de idéias inatas, mas de todo um trabalho da razão com base nos materiais fornecidos pelos sentidos: sensações, formas, cheiros, cores, etc.
Aliada à observação e à experimentação, Galileu Galilei soube aliar a matemática, a ponto de vir a dizer que os caracteres nos quais o universo está escrito são círculos, triângulos e outras figuras matemáticas, geométricas, além de números. Os números permitem calcular distâncias, ângulos, posições de objetos e astros, a velocidade, dentre outros cálculos fundamentais às ciências, possibilitando fundamentar rigorosamente as descobertas feitas. Para calcular distâncias é também preciso o uso da visão, que permite ver o quanto um corpo dista de outro.
Além disto, o uso de instrumentos no trabalho empírico. Os instrumentos, com efeito, são uma extensão dos sentidos e do próprio corpo, permitindo a este realizar tarefas que sozinho não conseguiria, como, por exemplo, usando o telescópio, ver crateras na Lua e luas em Júpiter. A posição dos astros nos céus, naquele tempo, teve o auxílio de instrumentos como o astrolábio, o sextante e a bússola. Nos cálculos e no trabalho de chegada de conclusões, a razão trabalha a todo momento, passo a passo com a observação e a experimentação.
Dentre os principais filósofos empiristas modernos destacam-se John Locke e David Hume. Para John Locke (1632-1704), filósofo inglês, não existem ideias inatas, como acreditava Descartes. As ideias são fruto daquilo que é captado pelos sentidos. Para ele, a mente é como um papel em branco (tabula rasa, expressão em latim usada por Locke), no qual nada está escrito inicialmente, ou seja, no qual não há idéias pre-existentes ao nascimento. As informações vão sendo colocadas (“escritas”) na mente a partir do contato com o mundo ao redor, por meio dos cinco sentidos. A respeito disto, a Encarta comenta: “Seu pensamento filosófico, desenvolvido em Ensaio sobre o entendimento humano (1690), destacou o papel dos sentidos na busca do conhecimento. Locke afirmava que a mente, no momento do nascimento, é como uma folha em branco sobre a qual a experiência imprime o conhecimento.” (Enciclopédia Microsoft® Encarta®. © 1993-2001 Microsoft Corporation.).
Para Locke existem dois tipos de ideias, surgidas a partir com contato empírico com o mundo: as ideias simples e as ideias compostas. Ideias simples são ideias que se referem a um ser específico, particular, como, por exemplo, cavalo. Cavalo, na mente humana, refere-se a um animal concretamente existente na natureza, perceptível pela visão e por outros sentidos, como o tato – pode-se, de fato, tocar um cavalo. As ideias compostas, por sua vez, como o próprio nome diz, resultam da composição de uma ou mais ideias simples, como, por exemplo, minotauro: um ser da mitologia grega que tinha corpo humano e cabeça de touro e que vivia num labirinto. Na ideia de minotauro fundem-se as ideias simples de homem e de touro, formando uma ideia composta.
A partir das ideias, tanto simples quanto compostas, surgidas do contato empírico com o mundo, o conhecimento humano é elaborado. Curiosamente, Locke conhecia os textos de Newton e, juntamente com ele e Robert Boyle, foram “membros fundadores e iniciais da Sociedade Real Inglesa [English Royal Society]” (http://plato.stanford.edu/entries/locke/ ) , dedicada a estudos e discussões no campo das ciências. Como se pode ver, as conclusões a que Locke chega a respeito do conhecimento humano, defendendo como base primeira deste a experiência sensorial, são fruto também de estudos científicos de seu tempo, os quais aliavam, como foi acima dito, a observação, a experimentação, a matemática e o uso dos instrumentos, aliados ao trabalho da razão, que compõe e recompõe continuamente ideias a respeito do mundo, com base no material enviado à mente pelos sentidos humanos. Aqui pode-se ver claramente o quanto filosofia e ciência vão andar juntas.
Mas como é possível elaborar leis universais com base na experiência sensorial, sendo que esta é imediata, direta e cujos objetos percebidos, captados, estão em constante fluxo? Outro filósofo, um escocês, chamado David Hume (1711-1776), buscou a resposta para essa questão e concluiu, em seu livro Investigação sobre o entendimento humano, de 1748, que o que possibilita a elaboração de leis universais, científicas, como as leis de Newton e outra, é o HÁBITO. De tanto perceber as coisas ocorrendo sempre da mesma maneira na natureza, uma vez, duas vezes, três, repetidamente, de forma habitual, cotidiana, os seres humanos aprenderam a formular leis naturais gerais, acreditando que os fenômenos naturais que ocorrem hoje, neste momento, ocorreram no passado e ocorrerão no futuro. No entanto, o hábito não fornece certezas absolutas. Pode haver a possibilidade que amanhã um fenômeno ocorra de outra forma, no entanto o hábito nos faz acreditar que ocorrerá como foi hoje e como foi ontem. O conhecimento humano, incluindo-se nele o conhecimento científico, é fruto do hábito, sendo as experiências sensoriais repetidas, sem dúvida, fundamentais.
David Hume renega a metafísica idealista, a qual trabalha com puros entes ideais, sendo uma de suas bases a crença nas ideias inatas, lidando, portanto, puramente com conceitos abstratos. Ao desprezar o trabalho da experiência e ao colocar como engano aquilo que é fornecido pelos sentidos, a metafísica cai em ilusões, servindo suas conclusões para uma única coisa: que sejam postas no fogo, como Hume conclui ao final da Investigação, supracitada.
Para mais informações, consulte:
Enciclopédia Microsoft® Encarta®. © 1993-2001 Microsoft Corporation.
http://pt.wikipedia.org/wiki/John_Locke
http://pt.wikipedia.org/wiki/David_Hume
Em inglês:
http://plato.stanford.edu/entries/locke/
http://plato.stanford.edu/entries/hume/

quarta-feira, 7 de abril de 2010

USANDO A RECICLAGEM NO ENSINO DE FILOSOFIA - OS PRIMEIROS FILÓSOFOS GREGOS (Professor José Antônio Brazão.)

Em grupos de quatro a cinco estudantes.
Montar kits contendo materiais básicos da natureza, fazendo uso de materiais recicláveis.
Primeiro kit (TALES DE MILETO): Material: Uma garrafa plástica de refrigerante com água. Para Tales tudo veio da água! A água é a arqué primordial.
Segundo kit (ANAXÍMENES DE MILETO): Material: Uma garrafa plástica vazia. Para Anaxímenes todo veio do ar! O ar é a arqué primordial.
Terceiro kit (ANAXIMANDRO DE MILETO): Montar um relógio do Sol. Material: um pedaço de papelão quadrado, uma vara de bambu ou palito grande, canetinha. Fazer um furo no centro do papelão e, ao redor dele, desenhar, com a canetinha, um relógio. No centro, afixar a vareta. Pronto. Agora é apontar o relógio em direção do Sol, experimentando o que Anaximandro fez, cerca de seis séculos antes de Cristo, ao elaborar um relógio do Sol com um bastão. A experiência de Anaximandro teve uma grande importância: provou que o tempo, antes considerado divino (Cronos era um deus grego), agora podia ser medido e subdividido em partes menores. Isto permitiu a Anaximandro, inclusive, estudar e fazer uma medida das estações do ano.
Quarto kit (EMPÉDOCLES DE AGRIGENTO): Montar um “ladrão de água”. Material: Uma garrafa plástica de refrigerante de 2 a 3 litros vazia, uma garrafa de detergente líquido vazia e sem restos de sabão. Como fazer: (a) Corte a parte superior da garrafa de 2 a 3 litros, de modo a formar um funil com essa parte e separar a parte debaixo. (b) Faça, com um prego grosso, oito furos na base da garrafinha de detergente, de tal modo que possa passar água por baixo. A experiência é simples: coloque água dentro da parte inferior da garrafa cortada e, a seguir, introduza a garrafinha de detergente furada. Num primeiro momento, imerja a base da garrafinha na água e, ao estar um pouco cheia, feche a entrada e retire. Você verá que a água que entrou não caiu e só cairá se você soltar o gargalho antes fechado. Num segundo momento, imerja-a tampada e, depois, retire-a. Você verá que a água não entrou. Empédocles fez uma experiência semelhante a esta e descobriu que o que impede a água de entrar, no segundo movimento, é o ar interno presente no “ladrão de água”, servindo como uma barreira para a entrada daquela. Empédocles conseguiu, assim, perceber que o ar é também uma matéria, porém extremamente fina. Você pode ver essa experiência no vídeo da série “Cosmos”, episódio 7: “O Esqueleto da Noite”, de Carl Sagan.
Quarto kit (também EMPÉDOCLES DE AGRIGENTO): Material: Uma garrafa plástica usada de refrigerante contendo terra, outra contendo água, outra vazia (com ar), uma folha com desenho do fogo. Empédocles acreditava que tudo era feito de quatro elementos: Água, Ar, Terra e Fogo, que eram combinados, separados e recombinados, conforme a ação de duas forças, o Amor (que une) e o Ódio ou Discórdia (que desagrega), em constante ação na natureza.
Quinto kit (PITÁGORAS DE SAMOS): Material: Papelão usado, duas folhas de papel A4, canetinhas e tesoura. Montar formas geométricas no papelão e recortá-las. Escrever números de um a cem, usando as canetinhas, em uma folha A4. Pitágoras de Samos foi filósofo e matemático. Para ele e os pitagóricos, seus discípulos, os elementos primordiais (arqué) do universo são os números.
Sexto kit (LEUCIPO e DEMÓCRITO DE ABDERA): Material: Uma folha de papel branca A4; uma folha de papel A4 toda quadriculada, com quadrinhos bem pequenos; uma folha A4 totalmente picada, aleatoriamente, em pedaços bem pequenos. Leucipo e Demócrito acreditavam que todas as coisas eram formadas de átomos, as menores partículas da matéria, as quais, por sua vez, eram indivisíveis e tinham formatos diversos e que se uniam umas às outras, formando os seres, por meio de minúsculos engates nelas existentes. Os átomos são, para eles, a arqué primordial! Os pedacinhos de papel do “kit” representariam os átomos, a folha toda quadriculada representaria os átomos conectados entre si, formando um todo. Vale lembrar que os átomos de Demócrito tinham formas diferentes, não sendo quadradinhos, porém aqui estes são usados apenas para se poder ver como a matéria pode ser subdividida em pedaços minúsculos, os quais formam os seres, cada qual como um todo.
Sétimo kit (XENÓFANES DE CÓLOFON): Material: uma garrafa pet com terra e uma vazilha pequena com barro (terra misturada com água). Xenófanes de Cólofon acreditava que a arqué primordial de todas as coisas era a terra e que os primeiros seres vivos surgiram do barro.
Oitavo kit (ANAXÁGORAS DE CLAZÔMENAS). Material: O mesmo utilizado em Demócrito, porém lembrando que as homeomerias formariam todos os seres, como as que formam o osso branco e a folha branca, sendo os ingredientes ou partículas básicas de toda a matéria – o fato de serem brancos o osso e a folha seria sinal de que as homeomerias que compõem o osso são brancas e duras, enquanto que as da folha, brancas e leves. Para Anaxágoras o universo é ordenado por uma Inteligência, o Nous.
Nono kit (HERÁCLITO DE ÉFESO). Material: uma folha contendo o desenho de fogo, pois para Heráclito o elemento primordial (arqué) é, justamente, o fogo. Seria interessante utilizar também bolinhas de gude e colocá-las em movimento sobre a mesa ou dentro de uma garrafa plástica de refrigerante grande usada, sacudindo-a. Para Heráclito, tudo encontra-se em constante movimento, transformação, que ele chama de devir ou vir-a-ser. Tudo se transforma, tudo muda.
Décimo kit (PARMÊNIDES DE ELÉIA). Material: Uma bola de papel branco comum, já sem uso, envolvida em papel liso, bem compactada. Fixar essa bola num pedaço de papelão quadrado, com um palito. A bola não é à toa, ela servirá para exemplificar a comparação que Parmênides faz entre o ser e a esfera, em seu poema filosófico. Seria interessante, também, montar uma pequena carroça de papelão com dois pequenos bonecos dentro, lembrando a viagem que Parmênides fez, em uma carruagem conduzida por uma auriga (condutora), até o templo da deusa Justiça, que falou a ele de dois caminhos: o do ser e o do devir, propondo-lhe para apegar-se ao primeiro, pois é o caminho da verdade, não da ilusão.
É fundamental observal que esses materiais (“kits”) são, na verdade, exemplificações do conteúdo a ser trabalhado, facilitando e enriquecendo o aprendizado de alunos e alunas. Aliás, os próprios estudantes podem compor esse material, pondo, portanto, “mãos à obra”.
O professor ou a professora, junto com os estudantes, poderá dispor esses materiais em mesas separadas, a fim de facilitar a exposição do conteúdo, de tal modo que todos na sala possam ver e ouvir. Talvez os próprios estudantes, orientados pelo(a) docente, possam fazer, junto com os kits, uma pesquisa e, a partir dela, a exposição mesma do conteúdo, cabendo ao (à) docente o complemento e o aprofundamento.
Essa experiência é fruto de um trabalho que fiz com alunos e alunas da primeira série do Ensino Médio de uma turma e que pretendo trabalhar com outras, como professor. Uma avaliação conjunta será feita, buscando a opinião dos e das estudantes.
Uma observação importante: o material utilizado poderá vir a ser encaminhado para ser reciclado ou até mesmo poderá ser guardado para outras aulas futuras, após esvaziadas as garrafas com água e terra, devidamente, evitando, com isto, por exemplo, a dengue, em caso de ficar guardado.
Isto é apenas uma sugestão, cabendo a cada docente o empenho de usar ao máximo sua criatividade, a fim de enriquecer e dinamizar mais as aulas.