segunda-feira, 2 de agosto de 2010

THOMAS HOBBES (1588-1679) (Professor José Antônio Brazão.)

THOMAS HOBBES (1588 – 1679) (Professor José Antônio Brazão.)
Filósofo moderno inglês. Teve grande preocupação em entender as origens e os fundamentos do poder político. Em seu livro “Leviatã ou a essência, forma e poder de uma comunidade eclesiástica e civil”, de 1651, diz que o Estado surgiu a partir de um pacto estabelecido entre as pessoas, no início da formação da sociedade. Quando viviam no estado de natureza, as pessoas encontravam-se em permanente conflito, numa luta de todos contra todos. Para não se aniquilarem mutuamente ficou resolvido que todos fariam um pacto, no qual cada um entregaria o poder sobre sua pessoa e sobre sua vida a um governante comum a todos e todos fariam o mesmo.
O governante escolhido teria, portanto, um poder absoluto sobre todos os cidadãos, inclusive de vida e morte, governando com mãos de ferro, porém com a missão de garantir a vida, a liberdade e a propriedade dos governados. O governante poderia ser um indivíduo ou uma assembleia escolhida. Além do poder político, militar, jurídico, também o poder religioso.
De acordo com Hobbes, o homem é o lobo do homem, ou seja, o ser humano carrega consigo uma agressividade natural, perigosa para a vida humana, mas que pode e deve ser controlada pelo Estado, através do poder do governante absoluto, que tem em suas mãos os meios para pôr ordem na sociedade e estabelecer a paz necessária ao progresso social em todos os seus sentidos – econômico, político, social, tecnológico, científico, etc. Ora, Hobbes estava vivendo numa época de grandes avanços na economia, nas ciências, nas técnicas e nas artes em geral – era o Renascimento artístico-científico-cultural.
Como se pode ver, Hobbes se mostra a favor do absolutismo. Curiosamente, na Inglaterra de seu tempo, o rei assumia o poder temporal e o poder religioso, este como chefe da Igreja Anglicana. Vale lembrar, porém, que o poder do parlamento inglês foi, aos poucos, se reforçando e ampliando. Em outros países europeus, reis e rainhas vinham tomando fortemente as rédeas do poder em suas mãos.
Para Hobbes, o poder absoluto do rei ou da assembleia é garantia de bem-estar e de organização sociais. Sabedor da natureza humana, Hobbes defende esse tipo de poder. Antes dele, o italiano Nicolau Maquiavel já havia dito aos príncipes (governantes) que não podiam confiar na bondade das pessoas, as quais poderiam mudar de lado em caso de contrariedade ou de interesses em jogo. Conforme Maquiavel, como foi visto no texto anterior, é preferível antes ser temido que amado. O temor imposto pela força militar e pela competência hábil e astuta em governar.
Pode-se ver que Hobbes e Maquiavel têm algo em comum, apesar de algumas diferenças: ambos defendem um poder estatal forte, centralizado nas mãos do governante. É claro, Maquiavel não se preocupou propriamente em entender a passagem de um estado natural para a sociedade, mas tinha, semelhante a Hobbes, uma ideia não muito boa da natureza humana – impulsos e forças existentes dentro do ser humano capazes de levar a complicações e que precisavam ser controlados caso os governantes quisessem manter o poder e levar a sucesso seus planos e projetos. Em Maquiavel, a manutenção do poder pela astúcia e pela força. Em Hobbes, através do pacto incondicional.
É interessante notar que tanto Maquiavel quanto Hobbes tocam na relação entre Estado e religião. Para Maquiavel, o príncipe deve ser astuto a ponto de saber utilizar a religião a seu favor, na manutenção e extensão do poder, reduzindo e coibindo ardilosamente a interferência religiosa sobre o poder político. Para Hobbes, o poder do governante deve incorporar, em suas mãos, o poder religioso.
Mas por que ambos pensam em controle da religião? Porque a religião forma também a consciência das pessoas, adentrando em seu viver por meio de normas e mandamentos a serem seguidos, e porque a religião, em seu tempo, interferia frequentemente no poder de reis e rainhas. Sem dúvida, Maquiavel e Hobbes queriam reforçar a obediência dos súditos e, junto com a religião, os governantes precisavam ter boa força militar, infligindo o temor necessário a todos.
Mas por que razão o nome LEVIATÃ é dado à obra mais conhecida de Hobbes? Leviatã, de acordo com a Bíblia, era um monstro marinho poderoso, que dominava sobre os mares e sobre os animais nele existentes. É claro, protegia os peixinhos. O Leviatã só pôde ser dominado por Deus. E, de acordo com Hobbes, o governante deve ser como o Leviatã, poderoso, respeitado e temido por todos, tendo que prestar contas tão somente a Deus, já que o que forma seu corpo descomunal são os corpos de todos os cidadãos do Estado, que entregaram a ele, livremente, o poder de governo sobre eles e suas vidas.
Enfim, ao governante competiria instaurar a ordem social e mantê-la com o uso do poder absoluto, uma ordem que não havia no estado de natureza e cuja inexistência, por causa dos conflitos, impedia o desenvolvimento da propriedade, das técnicas, das ciências, da tecnologia e, consequentemente, da economia e da própria vida.

REFERÊNCIAS:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Thomas_Hobbes
http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u395.jhtm
http://www.mundodosfilosofos.com.br/hobbes.htm
http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=2117
http://plato.stanford.edu/entries/hobbes/
http://plato.stanford.edu/entries/hobbes-moral/

NICOLAU MAQUIAVEL (1469-1527) (Professor José Antônio Brazão.)

A Itália, entre os séculos XV e XVII, destacou-se dentro da Europa por seu comércio e por ser o berço do Renascimento artístico e cultural. Dentre seus artistas escritores tiveram destaque: Giotto, Michelangelo Buonarotti, Dante Alighieri, Rafael Sanzio, Leonardo da Vinci, dentre outros. Entretanto, a Itália não se constituía, ainda, num reino único, mas numa península toda dividida em pequenos reinos, entre os quais, inclusive, havia, de tempos em tempos, conflitos. Alguns desses reinos, algumas vezes, foram dominados por reis estrangeiros. Noutros houve também conflitos de poder. Nesse contexto nasceu e cresceu Nicolau Maquiavel.
Nicolau Maquiavel foi um pensador que, tendo vivido nesse tempo intenso, de conflitos e lutas pelo poder, preocupou-se, justamente, em refletir sobre a realidade sócio-política que se punha diante dele e em apresentar ideias práticas a respeito da mesma. Com certeza, Maquiavel foi um excelente observador. De suas observações, frutos de viagens, diálogos e até de serviços que prestou a governantes, Maquiavel fez anotações acuradas e, a partir daí, extraiu conclusões, vindo a condensá-las em vários livros. Dentre esses livros, um especial destaque aqui será dado a O Príncipe e a A Arte da Guerra.
Como o próprio nome aponta, O Príncipe é um livro que tem por fim discutir a respeito do poder dos governantes e oferecer dicas para sua manutenção. De acordo com Maquiavel, o príncipe (o governante) deve empenhar-se por adquirir, ampliar e manter seu poder sobre a sociedade. Para tanto, deve saber fazer uso de estratégias e de meios adequados. Um desses meios, de fundamental importância, por exemplo, é fazer-se mais temido que amado, dada a inconstância das pessoas.
O medo, efetivamente, traz respeito e obediência. Um governante tão somente amado e querido por seu povo dificilmente poderá conter uma revolta. Um governante temido, por sua vez, incute medo e este faz com que os súditos tenham mínima ou nenhuma vontade de revolta ou, se tiverem, ele terá como combatê-la. Esse medo deve incutir-se tanto nos súditos comuns e simples quanto em nobres pertencentes ao reino. No entanto, se juntamente com o temor o governante obtiver o amor de seus súditos, tanto melhor.
Para fazer-se temido e estender seu poder, um exército e disciplinado será de grande valor, com generais obedientes e estritamente leais ao príncipe (governante). Em A Arte da Guerra Maquiavel trata justamente das condições e estratégias para um exército forte, disciplinado e obediente. Com efeito, um governante cujo exército perde batalhas põe, consequentemente, em risco o seu próprio reinado, podendo perdê-lo para inimigos internos ou externos. Exército obediente, bem equipado e bem preparado, não preso a mercenários, reduz significativamente o temor da perda do reinado e pode contribuir para manter e ampliar o poder do príncipe.

Referências:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Nicolau_Maquiavel

http://www.culturabrasil.pro.br/nicolaumaquiavel.htm

http://plato.stanford.edu/entries/machiavelli/

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Elaboração de vídeos como atividade de ensino e aprendizado de Filosofia. Prof. José Antônio Brazão.

Projeto (Planejamento) do vídeo sobre Tomás de Aquino.
Elaboração do projeto do vídeo.
Início do levantamento de informações (pesquisa de conteúdos, imagens e música de fundo).
Pesquisa de conteúdo sobre Tomás de Aquino (internet e Enciclopédia Encarta, Microsoft).
Anotações a respeito da vida e das ideias de Tomás de Aquino.
Continuação da pesquisa de imagens.
Término da pesquisa de informações e imagens e entrada no programa de elaboração de vídeo.
Início da montagem propriamente dita do vídeo. Uso do Windows Movie Maker.
Continuação da montagem do vídeo.
Ainda montando o vídeo. Fase de finalização.
Conclusão da elaboração do vídeo sobre Tomás de Aquino.

Vídeo concluído sobre a vida e a obra de Tomás de Aquino.

O vídeo acima foi produzido por um grupo de alunos, entre os dias 20 e 31 de maio de 2010, como trabalho de Filosofia.

Estudando no turno da manhã, vieram ao laboratório de informática do Colégio Estadual Deputado José de Assis e, durante aqueles dias, trabalharam na pesquisa e montagem do vídeo. É um vídeo, sem dúvida, simples e básico, contendo imagens, comentário e música de fundo. No entanto, demandou várias horas de planejamento, estudo e montagem por parte dos alunos e das alunas que se envolveram nesse trabalho.

Primeira etapa: Planejamento escrito. Solicitei que fizessem um planejamento básico, contendo cada etapa da montagem do vídeo, desde os estudos preliminares até a sua transformação final em vídeo.

Segunda etapa: Colocação em ação do planejamento escrito. Primeiramente, a elaboração de um resumo simples da vida de Tomás de Aquino. A seguir, o levantamento de imagens, escolhidas pelo próprio grupo, e da música, também escolhida pelos alunos e as alunas. Tudo feito pelo grupo. Enquanto dois se dedicavam ao resumo, outros dois se dedicavam à pesquisa das imagens. Dividir em pequenos grupos para ganhar tempo!

Terceira etapa: Montagem, passo-a-passo, do vídeo no Windows Movie Maker. Foi um trabalho de vários dias até chegar ao final da montagem.

Quarta etapa: Correção de erros, inclusive linguísticos, e conclusão do trabalho no Movie Maker, transformando-o em um pequeno vídeo. O resultado, ainda simples, está aí.

Deu muito trabalho a todos, mas, sem dúvida, enriqueceu muito o aprendizado!

Professor(a), a montagem de vídeos, como se pode ver, envolve estudo, pesquisa, leituras e seleção de imagens, músicas, etc. Portanto, envolve aprendizado teórico e prático de Filosofia, conjugadamente.

PROJETO (PLANEJAMENTO) DO VÍDEO SOBRE TOMÁS DE AQUINO:
Obs.: Esse planejamento foi feito pelo próprio grupo de alunos e alunas, no dia 20 de maio de 2010. Dei-lhes algumas orientações, acompanhei e expliquei como se montaria o vídeo no Windows Movie Maker.
O pensador escolhido corresponde ao período medieval. A razão de trabalhá-lo foi, exatamente, o de possibilitar aos alunos da segunda série do segundo grau uma visão de como Tomás foi capaz de unir filosofia e teologia, em um tempo em que as ideias filosóficas, principalmente as de Aristóteles, além de outros, vinham conflitando com as doutrinas e os ensinamentos teológicos da Igreja Católica.
Ao retomar o pensamento medieval, os estudantes puderam estabelecer melhor uma comparação entre a filosofia e o pensamento que predominavam na Idade Média e o que surgiu no mundo moderno, a partir do Renascimento artístico, científico e cultural. Na verdade, o tema atualmente em estudo é o Renascimento Científico e alguns filósofos de destaque no mundo moderno, como Descartes, Locke e Hume. Porém, para que houvesse um entendimento mais claro das mudanças científicas e filosóficas ocorridas, particularmente a derrubada do geocentristo aristotélico-ptolomaico e de ideias científicas de Aristóteles, foi preciso ir até as fontes medievais.
Tomás de Aquino, com seu mestre Alberto Magno, defendeu bravamente a filosofia aristotélica e foi, juntamente com este, um dos grandes expositores das teorias daquele grande filósofo da antiguidade.
A seguir, o planejamento feito pelo grupo.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DE GOIÁS
SUBSECRETARIA METROPOLITANA DE EDUCAÇÃO DE GOIÂNIA
COLÉGIO ESTADUAL DEPUTADO JOSÉ DE ASSIS

PROJETO DE VÍDEO
PLANEJAMENTO E ELABORAÇÃO DE VÍDEO

CONTEÚDO DIDÁTICO: FILOSOFIA.
PROFESSOR: JOSÉ ANTÔNIO BRAZÃO.
GRUPO: PRISCILA, MATHEUS GONÇALVES, JANDERSON, BÁRBARA E LUÍZA. TURMA: E2M01 (Segunda Série do Ensino Médio, matutino, turma 1).

TEMA: TOMÁS DE AQUINO[1].

VIDA E OBRA DE TOMÁS DE AQUINO (1225 – 1274)

1ª Parte[2]: Pesquisa biográfica e bibliográfica. Local: Laboratório de Informática do CEDJA. Informações em: http://www.google.com.br/, http://www.wikipedia.org/, Enciclopédia Microsof Encarta, http://www.yahoo.com.br/. Levantamento de informações e resumo a partir das leituras feitas.
2ª Parte: Coleta de imagens: Verificação de imagens disponíveis na internet, nos sites acima, cópia e colagem das imagens escolhidas em uma pasta.
3ª Parte: Escolha de música sacra [foi, na verdade, escolhida a música Ameno, do conjunto Era], como música de fundo.
4ª Parte: Iniciar a montagem do vídeo, no Windows Movie Maker. Colocação das imagens em sequência.
5ª Parte: Colocação [digitação] do resumo biográfico e bibliográfico no vídeo.
6ª Parte: Acréscimo da música ao vídeo.
7ª Parte: Conclusão do vídeo, com créditos e finalização.

Goiânia, 20 de maio de 2010.
Priscilla Silva Domingues, Matheus Gonçalves Muniz, Bárbara Francolage e Janderson Lima.
[1] Filosofia Medieval.
[2] Etapa.


sexta-feira, 16 de abril de 2010

FILOSOFIA MODERNA - OBSERVAÇÃO E EXPERIMENTAÇÃO. (Professor José Antônio Brazão.)

A palavra “empirismo” vem do termo empeiria, que, no grego, significa experiência. Esta refere-se ao contato direto com o mundo por intermédio dos cinco sentidos – olfato, tato, paladar, visão e audição. Os cinco sentidos fornecem para a mente informações as mais diversas, tais como cheiros, sensações táteis (dureza, aspereza, suavidade, calor, etc.), sabores diferentes, sons de vozes, de músicas, dentre outras sensações. A partir daí, de acordo com os empiristas, a mente trabalha as informações recebidas pelos sentidos, forma ideias e elabora conhecimento acerca da realidade. Portanto, para os empiristas não existem quaisquer ideias inatas, como acreditava Descartes.
No mundo moderno, o empirismo corre passo a passo com as descobertas científicas, que fizeram grande uso da observação, da experimentação e do contínuo trabalho da razão, elaborando e reelaborando ideias, tirando conclusões e construindo novas teorias. A observação, aliada à experimentação, foi fundamental para as descobertas de Copérnico, Galileu Galilei, Johannes Kepler, Isaac Newton, os desenhos anatômicos e de engenharia de Leonardo da Vinci, dentre outros. A verdade não é fruto de idéias inatas, mas de todo um trabalho da razão com base nos materiais fornecidos pelos sentidos: sensações, formas, cheiros, cores, etc.
Aliada à observação e à experimentação, Galileu Galilei soube aliar a matemática, a ponto de vir a dizer que os caracteres nos quais o universo está escrito são círculos, triângulos e outras figuras matemáticas, geométricas, além de números. Os números permitem calcular distâncias, ângulos, posições de objetos e astros, a velocidade, dentre outros cálculos fundamentais às ciências, possibilitando fundamentar rigorosamente as descobertas feitas. Para calcular distâncias é também preciso o uso da visão, que permite ver o quanto um corpo dista de outro.
Além disto, o uso de instrumentos no trabalho empírico. Os instrumentos, com efeito, são uma extensão dos sentidos e do próprio corpo, permitindo a este realizar tarefas que sozinho não conseguiria, como, por exemplo, usando o telescópio, ver crateras na Lua e luas em Júpiter. A posição dos astros nos céus, naquele tempo, teve o auxílio de instrumentos como o astrolábio, o sextante e a bússola. Nos cálculos e no trabalho de chegada de conclusões, a razão trabalha a todo momento, passo a passo com a observação e a experimentação.
Dentre os principais filósofos empiristas modernos destacam-se John Locke e David Hume. Para John Locke (1632-1704), filósofo inglês, não existem ideias inatas, como acreditava Descartes. As ideias são fruto daquilo que é captado pelos sentidos. Para ele, a mente é como um papel em branco (tabula rasa, expressão em latim usada por Locke), no qual nada está escrito inicialmente, ou seja, no qual não há idéias pre-existentes ao nascimento. As informações vão sendo colocadas (“escritas”) na mente a partir do contato com o mundo ao redor, por meio dos cinco sentidos. A respeito disto, a Encarta comenta: “Seu pensamento filosófico, desenvolvido em Ensaio sobre o entendimento humano (1690), destacou o papel dos sentidos na busca do conhecimento. Locke afirmava que a mente, no momento do nascimento, é como uma folha em branco sobre a qual a experiência imprime o conhecimento.” (Enciclopédia Microsoft® Encarta®. © 1993-2001 Microsoft Corporation.).
Para Locke existem dois tipos de ideias, surgidas a partir com contato empírico com o mundo: as ideias simples e as ideias compostas. Ideias simples são ideias que se referem a um ser específico, particular, como, por exemplo, cavalo. Cavalo, na mente humana, refere-se a um animal concretamente existente na natureza, perceptível pela visão e por outros sentidos, como o tato – pode-se, de fato, tocar um cavalo. As ideias compostas, por sua vez, como o próprio nome diz, resultam da composição de uma ou mais ideias simples, como, por exemplo, minotauro: um ser da mitologia grega que tinha corpo humano e cabeça de touro e que vivia num labirinto. Na ideia de minotauro fundem-se as ideias simples de homem e de touro, formando uma ideia composta.
A partir das ideias, tanto simples quanto compostas, surgidas do contato empírico com o mundo, o conhecimento humano é elaborado. Curiosamente, Locke conhecia os textos de Newton e, juntamente com ele e Robert Boyle, foram “membros fundadores e iniciais da Sociedade Real Inglesa [English Royal Society]” (http://plato.stanford.edu/entries/locke/ ) , dedicada a estudos e discussões no campo das ciências. Como se pode ver, as conclusões a que Locke chega a respeito do conhecimento humano, defendendo como base primeira deste a experiência sensorial, são fruto também de estudos científicos de seu tempo, os quais aliavam, como foi acima dito, a observação, a experimentação, a matemática e o uso dos instrumentos, aliados ao trabalho da razão, que compõe e recompõe continuamente ideias a respeito do mundo, com base no material enviado à mente pelos sentidos humanos. Aqui pode-se ver claramente o quanto filosofia e ciência vão andar juntas.
Mas como é possível elaborar leis universais com base na experiência sensorial, sendo que esta é imediata, direta e cujos objetos percebidos, captados, estão em constante fluxo? Outro filósofo, um escocês, chamado David Hume (1711-1776), buscou a resposta para essa questão e concluiu, em seu livro Investigação sobre o entendimento humano, de 1748, que o que possibilita a elaboração de leis universais, científicas, como as leis de Newton e outra, é o HÁBITO. De tanto perceber as coisas ocorrendo sempre da mesma maneira na natureza, uma vez, duas vezes, três, repetidamente, de forma habitual, cotidiana, os seres humanos aprenderam a formular leis naturais gerais, acreditando que os fenômenos naturais que ocorrem hoje, neste momento, ocorreram no passado e ocorrerão no futuro. No entanto, o hábito não fornece certezas absolutas. Pode haver a possibilidade que amanhã um fenômeno ocorra de outra forma, no entanto o hábito nos faz acreditar que ocorrerá como foi hoje e como foi ontem. O conhecimento humano, incluindo-se nele o conhecimento científico, é fruto do hábito, sendo as experiências sensoriais repetidas, sem dúvida, fundamentais.
David Hume renega a metafísica idealista, a qual trabalha com puros entes ideais, sendo uma de suas bases a crença nas ideias inatas, lidando, portanto, puramente com conceitos abstratos. Ao desprezar o trabalho da experiência e ao colocar como engano aquilo que é fornecido pelos sentidos, a metafísica cai em ilusões, servindo suas conclusões para uma única coisa: que sejam postas no fogo, como Hume conclui ao final da Investigação, supracitada.
Para mais informações, consulte:
Enciclopédia Microsoft® Encarta®. © 1993-2001 Microsoft Corporation.
http://pt.wikipedia.org/wiki/John_Locke
http://pt.wikipedia.org/wiki/David_Hume
Em inglês:
http://plato.stanford.edu/entries/locke/
http://plato.stanford.edu/entries/hume/

quarta-feira, 7 de abril de 2010

USANDO A RECICLAGEM NO ENSINO DE FILOSOFIA - OS PRIMEIROS FILÓSOFOS GREGOS (Professor José Antônio Brazão.)

Em grupos de quatro a cinco estudantes.
Montar kits contendo materiais básicos da natureza, fazendo uso de materiais recicláveis.
Primeiro kit (TALES DE MILETO): Material: Uma garrafa plástica de refrigerante com água. Para Tales tudo veio da água! A água é a arqué primordial.
Segundo kit (ANAXÍMENES DE MILETO): Material: Uma garrafa plástica vazia. Para Anaxímenes todo veio do ar! O ar é a arqué primordial.
Terceiro kit (ANAXIMANDRO DE MILETO): Montar um relógio do Sol. Material: um pedaço de papelão quadrado, uma vara de bambu ou palito grande, canetinha. Fazer um furo no centro do papelão e, ao redor dele, desenhar, com a canetinha, um relógio. No centro, afixar a vareta. Pronto. Agora é apontar o relógio em direção do Sol, experimentando o que Anaximandro fez, cerca de seis séculos antes de Cristo, ao elaborar um relógio do Sol com um bastão. A experiência de Anaximandro teve uma grande importância: provou que o tempo, antes considerado divino (Cronos era um deus grego), agora podia ser medido e subdividido em partes menores. Isto permitiu a Anaximandro, inclusive, estudar e fazer uma medida das estações do ano.
Quarto kit (EMPÉDOCLES DE AGRIGENTO): Montar um “ladrão de água”. Material: Uma garrafa plástica de refrigerante de 2 a 3 litros vazia, uma garrafa de detergente líquido vazia e sem restos de sabão. Como fazer: (a) Corte a parte superior da garrafa de 2 a 3 litros, de modo a formar um funil com essa parte e separar a parte debaixo. (b) Faça, com um prego grosso, oito furos na base da garrafinha de detergente, de tal modo que possa passar água por baixo. A experiência é simples: coloque água dentro da parte inferior da garrafa cortada e, a seguir, introduza a garrafinha de detergente furada. Num primeiro momento, imerja a base da garrafinha na água e, ao estar um pouco cheia, feche a entrada e retire. Você verá que a água que entrou não caiu e só cairá se você soltar o gargalho antes fechado. Num segundo momento, imerja-a tampada e, depois, retire-a. Você verá que a água não entrou. Empédocles fez uma experiência semelhante a esta e descobriu que o que impede a água de entrar, no segundo movimento, é o ar interno presente no “ladrão de água”, servindo como uma barreira para a entrada daquela. Empédocles conseguiu, assim, perceber que o ar é também uma matéria, porém extremamente fina. Você pode ver essa experiência no vídeo da série “Cosmos”, episódio 7: “O Esqueleto da Noite”, de Carl Sagan.
Quarto kit (também EMPÉDOCLES DE AGRIGENTO): Material: Uma garrafa plástica usada de refrigerante contendo terra, outra contendo água, outra vazia (com ar), uma folha com desenho do fogo. Empédocles acreditava que tudo era feito de quatro elementos: Água, Ar, Terra e Fogo, que eram combinados, separados e recombinados, conforme a ação de duas forças, o Amor (que une) e o Ódio ou Discórdia (que desagrega), em constante ação na natureza.
Quinto kit (PITÁGORAS DE SAMOS): Material: Papelão usado, duas folhas de papel A4, canetinhas e tesoura. Montar formas geométricas no papelão e recortá-las. Escrever números de um a cem, usando as canetinhas, em uma folha A4. Pitágoras de Samos foi filósofo e matemático. Para ele e os pitagóricos, seus discípulos, os elementos primordiais (arqué) do universo são os números.
Sexto kit (LEUCIPO e DEMÓCRITO DE ABDERA): Material: Uma folha de papel branca A4; uma folha de papel A4 toda quadriculada, com quadrinhos bem pequenos; uma folha A4 totalmente picada, aleatoriamente, em pedaços bem pequenos. Leucipo e Demócrito acreditavam que todas as coisas eram formadas de átomos, as menores partículas da matéria, as quais, por sua vez, eram indivisíveis e tinham formatos diversos e que se uniam umas às outras, formando os seres, por meio de minúsculos engates nelas existentes. Os átomos são, para eles, a arqué primordial! Os pedacinhos de papel do “kit” representariam os átomos, a folha toda quadriculada representaria os átomos conectados entre si, formando um todo. Vale lembrar que os átomos de Demócrito tinham formas diferentes, não sendo quadradinhos, porém aqui estes são usados apenas para se poder ver como a matéria pode ser subdividida em pedaços minúsculos, os quais formam os seres, cada qual como um todo.
Sétimo kit (XENÓFANES DE CÓLOFON): Material: uma garrafa pet com terra e uma vazilha pequena com barro (terra misturada com água). Xenófanes de Cólofon acreditava que a arqué primordial de todas as coisas era a terra e que os primeiros seres vivos surgiram do barro.
Oitavo kit (ANAXÁGORAS DE CLAZÔMENAS). Material: O mesmo utilizado em Demócrito, porém lembrando que as homeomerias formariam todos os seres, como as que formam o osso branco e a folha branca, sendo os ingredientes ou partículas básicas de toda a matéria – o fato de serem brancos o osso e a folha seria sinal de que as homeomerias que compõem o osso são brancas e duras, enquanto que as da folha, brancas e leves. Para Anaxágoras o universo é ordenado por uma Inteligência, o Nous.
Nono kit (HERÁCLITO DE ÉFESO). Material: uma folha contendo o desenho de fogo, pois para Heráclito o elemento primordial (arqué) é, justamente, o fogo. Seria interessante utilizar também bolinhas de gude e colocá-las em movimento sobre a mesa ou dentro de uma garrafa plástica de refrigerante grande usada, sacudindo-a. Para Heráclito, tudo encontra-se em constante movimento, transformação, que ele chama de devir ou vir-a-ser. Tudo se transforma, tudo muda.
Décimo kit (PARMÊNIDES DE ELÉIA). Material: Uma bola de papel branco comum, já sem uso, envolvida em papel liso, bem compactada. Fixar essa bola num pedaço de papelão quadrado, com um palito. A bola não é à toa, ela servirá para exemplificar a comparação que Parmênides faz entre o ser e a esfera, em seu poema filosófico. Seria interessante, também, montar uma pequena carroça de papelão com dois pequenos bonecos dentro, lembrando a viagem que Parmênides fez, em uma carruagem conduzida por uma auriga (condutora), até o templo da deusa Justiça, que falou a ele de dois caminhos: o do ser e o do devir, propondo-lhe para apegar-se ao primeiro, pois é o caminho da verdade, não da ilusão.
É fundamental observal que esses materiais (“kits”) são, na verdade, exemplificações do conteúdo a ser trabalhado, facilitando e enriquecendo o aprendizado de alunos e alunas. Aliás, os próprios estudantes podem compor esse material, pondo, portanto, “mãos à obra”.
O professor ou a professora, junto com os estudantes, poderá dispor esses materiais em mesas separadas, a fim de facilitar a exposição do conteúdo, de tal modo que todos na sala possam ver e ouvir. Talvez os próprios estudantes, orientados pelo(a) docente, possam fazer, junto com os kits, uma pesquisa e, a partir dela, a exposição mesma do conteúdo, cabendo ao (à) docente o complemento e o aprofundamento.
Essa experiência é fruto de um trabalho que fiz com alunos e alunas da primeira série do Ensino Médio de uma turma e que pretendo trabalhar com outras, como professor. Uma avaliação conjunta será feita, buscando a opinião dos e das estudantes.
Uma observação importante: o material utilizado poderá vir a ser encaminhado para ser reciclado ou até mesmo poderá ser guardado para outras aulas futuras, após esvaziadas as garrafas com água e terra, devidamente, evitando, com isto, por exemplo, a dengue, em caso de ficar guardado.
Isto é apenas uma sugestão, cabendo a cada docente o empenho de usar ao máximo sua criatividade, a fim de enriquecer e dinamizar mais as aulas.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

FILOSOFIA MODERNA - RENÉ DESCARTES (Professor José Antônio Brazão.)

Por filosofia moderna entendemos aqui a filosofia que vai dos séculos XVI ao XVIII, aproximadamente. Dentro da filosofia moderna, primeiramente, vamos destacar a questão do conhecimento.
A preocupação com o conhecimento e a forma como ele é construído esteve claramente presente nas ideias de vários filósofos dessa época, destacando-se, particularmente, duas correntes: o racionalismo e o empirismo. Por racionalismo entenda-se a filosofia que toma a razão como base primária do conhecimento humano. Todo conhecimento verdadeiro teria, pois, de fato, sua fonte na razão. O conhecimento é uma elaboração racional por excelência. Por empirismo entenda-se, por sua vez, a filosofia que destaca o papel da experiência na elaboração do conhecimento humano. Todo conhecimento teria, portanto, sua fonte primária na experiência sensível. No contato com o mundo, feito de modo direto, estaria a base do conhecimento. A experiência (empiria, em grego) exerce um papel fundamental para a elaboração do conhecimento, fornecendo a matéria-prima para sua construção.
Dentro do racionalismo, um destaque especial ao filósofo francês René Descartes (1596-1650). Na busca pela compreensão acerca do conhecimento humano, Descartes se propôs um método (caminho, na língua grega) de pesquisa e investigação: o da dúvida. Daí, a expressão dúvida metódica, comumente utilizada ao se falar do método cartesiano. Mas o que é duvidar? Na língua latina dubitare significa, primariamente, encontrar-se entre dois caminhos, não se estando certo, de início, sobre qual seguir. De acordo com o dicionário Priberam, dúvida significa “falta de convencimento, dificuldade em acreditar, suspeita, ponto não decidido ou que se trata de resolver” (http://www.priberam.pt/DLPO/default.aspx?pal=dúvida). Pode-se acrescentar, ainda, incerteza. De fato, para Descartes, é preciso pôr em dúvida o conhecimento da realidade, que pode ser enganoso.
A dúvida, para ele, consistiria em colocar em suspenso qualquer afirmação acerca do real até que se pudesse ter certeza acerca de se ter chegado a um fundamento do conhecer humano. Assim ele mesmo fez. Propôs-se um caminho, ao longo do qual ia pondo tudo em dúvida: a realidade, o corpo, a matemática, radicalizando pouco a pouco, até atingir um ponto onde pudesse firmar o conhecimento humano, um ponto indubitável, fonte primária dos conhecimentos.
Estando em seu quarto, Descartes se perguntou se aquilo que seus olhos estavam vendo era verdade ou não, tendo em vista que também em sonhos se pode ver as coisas tais como são. Portanto, achou por bem colocar em dúvida a existência da realidade que o circundava. A seguir, fez a mesma pergunta quanto ao corpo, colocando sua existência em dúvida. Quanto à matemática, Descartes levantou a hipótese de um gênio enganador, que talvez tivesse insuflado em sua mente ideias matemáticas. Resolveu então também colocar em dúvida as ideias matemáticas. Resolveu pôr em dúvida até mesmo a existência de Deus. O aprofundamento e a radicalização da dúvida cartesiana deu a ela, além de dúvida metódica, também o nome de dúvida hiperbólica, isto é, a dúvida radical, levada ao extremo. Enfim, depois de colocar quase tudo em dúvida, chegou ao fundo de seu ser e aí encontrou algo de que nem mesmo ele poderia duvidar: o eu pensante, comumente dito cogito. Ora, se duvido penso, se penso existo: Cogito ergo sum, Penso, logo existo.
Encontrado no cogito (Eu pensante) a base primária de todos os conhecimentos, Descartes partiu em direção à comprovação da veracidade dos demais pontos de que havia duvidado. O cogito permitiu a ele afirmar a veracidade da existência do eu que pensa, que existe. Dentre as ideias inatas existentes na mente encontra-se a de um ser perfeito e eterno, criador e bondoso. Esse ser só pode ser Deus. Logo, Deus existe. A partir da certeza da existência de Deus, Descartes também comprova a certeza da matemática, pois Deus não é enganador e não permitiria, portanto, que um possível gênio me enganasse. Em seguida, Deus, sendo eterno, também é criador. Portanto, o mundo existe, não é uma ilusão de meus sentidos enganosos, nem de sonho.
Curiosamente, pode-se ver que o movimento de Descartes é duplo: vai do mundo, posto em dúvida, ao eu e, a partir do eu pensante, que carrega consigo algumas ideias inatas, como a de Deus, redescobre a veracidade a respeito do mundo. Deus, portanto, possibilita o estabelecimento de uma ponte entre o homem, enquanto ser (coisa) pensante (res cogitans), e o mundo, interligando ambos.
A partir dessa forma de explicar o conhecimento, partindo do eu que pensa, Descartes é tido como um racionalista, justamente por privilegiar a razão humana como fonte primeira dos conhecimentos verdadeiros.
Descartes, ao estudar a ciência, também veio a propor um método, que conteria quatro princípios básicos de procedimento, a fim de poder chegar a conclusões precisas e verdadeiras. Ei-los resumidamente, conforme a Encarta: “1) não aceitar como verdade nada que não seja claro e distinto; 2) decompor os problemas em suas partes mínimas; 3) deixar o pensamento ir do simples ao complexo; 4) revisar o processo para ter certeza de que não ocorreu nenhum erro.” (Enciclopédia Microsoft® Encarta®. © 1993-2001 Microsoft Corporation.). Em primeiro lugar, toda descoberta deve ser apresentada de forma clara e distinta. Como assim? De forma objetiva, nítida, possibilitando a compreensão e a verificação daqueles que entrarem em contado com aquela descoberta ou conhecimento determinado. Em seguida, decompor um problema ajuda e facilita no entendimento de cada parte desse mesmo problema, possibilitando uma compreensão mais clara de cada parte e de como cada uma une-se às demais formando um todo. Ir do simples ao complexo, isto é, desde os fundamentos básicos, desde as informações mais simples acerca do objeto estudado ou problema a ser resolvido até o todo final, complexo, isto é, a realidade maior, fruto da integração das partes simples, como as pequenas peças de um relógio que, juntas, vêm a formar um todo maior, integrado, o relógio. Enfim, realizados esses passos, é preciso rever o processo seguido na descoberta da verdade, a fim de não deixar rastros de dúvidas.
Descartes não é um cético (alguém que duvida da veracidade do conhecimento) absoluto, que coloca tudo em dúvida a ponto de impossibilitar o conhecimento da verdade. Seu ceticismo é moderado, utilizado como método de pesquisa. A verdade é possível sim, porém mediante o seguimento de um caminho de dúvida, o método, e dos quatro princípios do método acima expostos.
Descartes também foi matemático. Dentre suas descobertas no campo da matemática encontram-se, por exemplo, as coordenadas chamadas cartesianas, nome dado em honra ao próprio René Descartes (em latim: Renato Cartesius).
Para maior aprofundamento, tanto em língua portuguesa quanto em outras, vale a pena ver:
http://www.cfh.ufsc.br/~wfil/moderna.htm
http://educacao.uol.com.br/filosofia/ult3323u29.jhtm
http://www.fafich.ufmg.br/~labfil/aulas/corpo-e-psiquismo-introducao-a-filosofia-de-descartes/
http://plato.stanford.edu/entries/descartes-works/
http://agora.qc.ca/mot.nsf/Dossiers/Rene_Descartes
http://www.fichesdelecture.com/auteur/biographie/228-rene-descartes/
http://www.filosofia.net/materiales/tem/descart.htm

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

O Sistema Heliocêntrico (imagens)

Sistema heliocêntrico copernicano. Observar as órbitas ainda circulares. Grande avanço para o século XVI e seguintes. (Imagem presente em: http://www.fisicastronomorais.com/avintrod6.htm)

O sistema helicêntrico. (Imagem presente em: http://wikibrowser.net/images/pt/320px_Solar_sys.jpg)


As imagens acima têm por finalidade ilustrar os textos que se seguem abaixo, contribuindo, assim, para uma melhor compreensão dos mesmos mediante a visualização de conteúdos neles discutidos. (Professor José Antônio Brazão.)