quarta-feira, 18 de setembro de 2024

TERCEIRO BIMESTRE - AULA 29 DE SOCIOLOGIA DOS SEGUNDOS ANOS. REVISÃO PARA A PROVA: O TRABALHO EM KARL MARX, MAX WEBER E ÉMILE DURKHEIM – RESUMO (Prof. José Antônio Brazão.)

 

SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA/SECRETARIA DE EDUCAÇÃO

COMANDO DE ENSINO POLICIAL MILITAR

 CEPMG - VASCO DOS REIS

Divisão de Ensino / Coordenação Pedagógica

TERCEIRO BIMESTRE:

AULA 29 DE SOCIOLOGIA DOS SEGUNDOS ANOS:

REVISÃO PARA A PROVA: O TRABALHO EM KARL MARX, MAX WEBER E ÉMILE DURKHEIM – RESUMO (Prof. José Antônio Brazão.)

1)    Contexto do século XIX e primeira metade do XX. Marx, Durkheim e Weber são três ícones (figuras, imagens) essenciais da Sociologia do Século XIX) e parte do XX, exercendo influência ainda hoje.

2)    KARL MARX: a alienação no mundo do trabalho.

a)    Texto Eu, Etiqueta (de Carlos Drummond de Andrade): Alienação, moda (produtos [objetos], mercadorias, busca de estar na moda e perda da identidade, de ser sentinte e consciente a objeto (coisa) – alienação.

b)    Ser humano à outro ser: etiqueta.

ALIENAÇÃO

PENSADOR

ANTES

DEPOIS

FEUERBACH

O homem CRIADOR dos deuses.

O homem CRIATURA dos deuses.

MARX (E ENGELS)

O trabalhador ser CRIATIVO e INVENTIVO, mas explorado.

O trabalhador: COISA (objeto) [res – do latim]. Reificação (coisificação). Ser alienado, sem identidade, sem vontade de lutar, preocupado com a sobrevivência de si e da família.

3)    MAX WEBER – O protestantismo e o capitalismo.

a)    Na antiguidade (Grécia e Roma): trabalho = pena, obrigação e tortura (tripalium, no latim, instrumento de tortura).

b)    Na Idade Média: o trabalho fruto do pecado de Adão e Eva. Punição.

c)    Na Idade Moderna: com o protestantismo – trabalho: produtor de riqueza, disciplina (ordem), economia de dinheiro, continuidade da criação de Deus.

4)    ÉMILE DURKHEIM:

a)    Trabalho: parte fundamental da solidariedade coletiva (comunitária).

b)    Solidariedade:

·       Mecânica – em sociedades simples (exemplo: tribo indígena).

·       Orgânica – em sociedades mais complexas (exemplo: a nossa). Sociedade: comparada a um organismo, com órgãos e sistemas, isto é, com estruturas que se coordenam.

c)    Anomia: fato que extrapola a ordem, a lei, as normas sociais – A, no grego: não. NOMIA, de nomos: lei, norma, regra.

REFERÊNCIAS:

ROMEIRO, Julieta et alii. Diálogo – Ciências Humanas e Sociais Aplicadas. São Paulo, Moderna, 2021. (Seis volumes.) (Livros didáticos.) Material disponível em: < https://pnld.moderna.com.br/ensino-medio/obras-didaticas/area-de-conhecimento/ciencias-humanas-e-sociais/dialogo > Acessos em 24/08/2024 e ao longo do bimestre.

SILVA, Afrânio et alii. Trabalho e Sociedade. In: __________. Sociologia em Movimento. 2.ed. São Paulo, Moderna, 2016. (Cap. 9) (Livro didático.)

 

TERCEIRO BIMESTRE - AULA 29 DE SOCIOLOGIA DOS PRIMEIROS ANOS: REVISÃO PARA A PROVA – TEMA: KARL MARX (Prof. José Antônio Brazão.)

 

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TERCEIRO BIMESTRE

AULA 29 DE SOCIOLOGIA DOS PRIMEIROS ANOS:

REVISÃO PARA A PROVA – TEMA: KARL MARX (Prof. José Antônio Brazão.)

1)    BREVE RESUMO:

a)    Marx: de família judia tornada cristã por motivo de trabalho advocatício do pai.

b)    Homem de elevada cultura.

c)    Envolveu-se com o Partido Comunista.

d)    Encontrou-se com Friedrich Engels, filho de um industrial rico, mas comunista.

e)    Marx e Engels

2)    DESENHOS SIMPLES AUXILIARES:

a)    Modos de produção. Dividir o quadro em cinco partes (desenhos): Modo de produção primitivo. Modo de produção asiático. Modo de produção escravista. Modo de produção feudal. Modo de produção capitalista. (Modo de produção socialista, se houver tempo, pois idealizado.)

b)    Alienação: fábrica, família de pai, mãe, filha e filho, em situação de exploração capitalista, no século XIX, trabalhando de 07 da manhã às 09 da noite (relógio em canto central da fábrica). Fábrica de tecidos. O capitalista fazendo seus cálculos e guardando os ganhos elevados. Perda de identidade da família: humanização X COISIFICAÇÃO (REIFICAÇÃO) - Alienação. Comentar sobre a influência de Feuerbach e a aplicação de suas ideias na análise do capitalismo.

REFERÊNCIAS:

BRASIL ESCOLA-UOL. Processos de Produção. Disponível em: < https://monografias.brasilescola.uol.com.br/sociologia/processos-producao.htm#:~:text=O%20modo%20de%20produ%C3%A7%C3%A3o%20%C3%A9,de%20produ%C3%A7%C3%A3o%20existentes%20nessa%20sociedade. > Acesso em 09/09/2024.

INFOPÉDIA. Forças produtivas. Disponível em: < https://www.infopedia.pt/artigos/$forcas-produtivas#:~:text=Conceito%20de%20origem%20marxista%2C%20as,de%20utiliza%C3%A7%C3%A3o%20e%20pelos%20trabalhadores. > Acesso em 09/09/2024.

MARX, Karl e ENGELS, Friedrich. Manifesto do Partido Comunista. Edição dirigida por José BARATA-MOURA e Francisco MELO. Disponível em: < https://www.pcp.pt/publica/edicoes/25501144/manifes.pdf > pp. 30-31. Acesso em 09/09/2024.

 

 

TERCEIRO BIMESTRE - AULA 29 DE FILOSOFIA DOS PRIMEIROS ANOS. ARISTÓTELES POR MEIO DE DESENHOS SIMPLES (Prof. José Antônio Brazão.)

 

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TERCEIRO BIMESTRE

AULA 29 DE FILOSOFIA DOS PRIMEIROS ANOS

REVISÃO PARA A PROVA BIMESTRAL: ARISTÓTELES.

OBS.: Comentar sobre Platão.

ARISTÓTELES POR MEIO DE DESENHOS SIMPLES (Prof. José Antônio Brazão.)

1)    Breve resumo:

a)    Aristóteles era estagirita, isto é, da cidade de Estagira, na Macedônia.

b)    De família de descendência grega. Estudou na Academia de Platão, em Atenas.

c)    Casou-se, enviuvou-se e casou de novo.

d)    Foi preceptor (tutor, professor, educador) de Alexandre, filho do Rei Filipe da Macedônia, posteriormente chamado Alexandre o Grande.

e)    De volta a Atenas, fundou o Liceu, uma escola filosófica rival da Academia de Platão.

f)     Do que é feito o mundo?

g)    Como é composto o universo (cosmos)?

h)    Quem cai primeiro: o mais pesado ou o mais leve?

 

2)    DESENHOS NO QUADRO:

a)    A Terra: formada por quatro elementos – terra, água, ar e fogo.

b)    O sistema geocêntrico, mostrando a Terra no centro e os astros girando ao redor dela. Os astros: feitos de éter (substância pura, cristalina e invisível).

c)    TERRA: no centro. Astros ao redor dela (do mais próximo às estrelas distantes): Lua, Mercúrio, Vênus, Sol, Marte, Júpiter, Saturno, Estrelas fixas.

d)    A ética aristotélica: o caminho do meio, entre a falta e o excesso.

e)    A física aristotélica: os corpos mais pesados chegam primeiro ao solo, antes dos mais leves.

 

OBSERVAÇÃO: Para os desenhos, usar canetões de cores diferentes.

 

3)    EXPLICAR os desenhos e o conteúdo.

 

REFERÊNCIAS:

ARANHA, Maria L. de A. e MARTINS, Maria H. P. Filosofando: Introdução à Filosofia. 4.ed. São Paulo, Moderna, 2009.

CHAUÍ, Marilena. Iniciação à Filosofia. 3.ed. São Paulo, Ática, 2017.

INTERNET ENCYCLOPEDIA OF PHILOSOPHY. Aristotle. Disponível em: < https://iep.utm.edu/aristotle/ > Acesso em 09/09/2024.

UNIVERSIDADE DE LISBOA. Aristóteles. Disponível em: < https://webpages.ciencias.ulisboa.pt/~ommartins/images/hfe/momentos/escola/liceu/aristoteles.htm > Acesso em 09/09/2024.

 

domingo, 1 de setembro de 2024

TERCEIRO BIMESTRE - AULA 28 DE SOCIOLOGIA DOS SEGUNDOS ANOS. O TRABALHO EM MARX, MAX WEBER E DURKHEIM: O IMPACTO DO TRABALHO NA PRODUÇÃO DA VIDA MATERIAL E NA NATUREZA (Prof. José Antônio Brazão.)

  

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TERCEIRO BIMESTRE

AULA 28 DE SOCIOLOGIA DOS SEGUNDOS ANOS:

O TRABALHO EM MARX, MAX WEBER E DURKHEIM:

O IMPACTO DO TRABALHO NA PRODUÇÃO DA VIDA MATERIAL E NA NATUREZA (Prof. José Antônio Brazão.)

Entendendo-se o trabalho como elemento constitutivo, essencial, das forças de produção e dos modos de produção (Marx) ou como uma bênção na visão protestante que influenciou o capitalismo (Weber) ou como recurso baseado na solidariedade comunitária (Durkheim), é importantíssimo destacar que é através do trabalho que os seres humanos, para produzirem os bens necessários ao comércio, ao mercado e à vida das pessoas, transformam a NATUREZA, utilizando matérias-primas de todos os tipos dela advindas.

Nesse sentido, o impacto da produção sobre a natureza é imenso, levando, muitas vezes, a uma exploração voraz (devoradora) da natureza, sem preocupação com o futuro, visando ganhos vultosos com a exploração do mundo natural.

Entre as consequências dessa exploração voraz encontram-se os problemas ambientais, com secas cada vez mais frequentes, tempestades e inundações. Juntando com estas, a fumaça advinda de queimadas.

No Brasil atual se pode vislumbrar muito bem os impactos. Só no ano de 2024, para dar dois exemplos: a inundação do RIO GRANDE DO SUL e a fumaça advinda de queimadas na Amazônia e em outras regiões produtoras.

A inundação do Rio Grande do Sul trouxe consigo mortes e desbragada destruição de bens materiais, como casas, prédios, pontos comerciais, fazendas, entre outros, doenças que atacaram parte da população, fome, dificuldades, etc. Sofrimentos indescritíveis.

As queimadas, por sua vez, além da fumaça e junto com ela: paralisações de serviços, como os de aeroportos, levando à perda de milhões de reais e até de dólares; problemas respiratórios; aumento de gás carbônico e outros gases de efeito estufa na atmosfera terrestre; destruição de campos de muitas fazendas e de construções; morte de muitos animais, trazendo prejuízos sem conta à fauna brasileira; destruição de parte significativa da flora; etc. Enfim, enormes prejuízos econômicos, humanos e naturais.

Quanto ao aquecimento global, vale lembrar que ele atinge o mundo inteiro. Aumentar as temperaturas da Terra traz consigo consequências devastadoras para o Brasil e todos os lugares do mundo.

No que tange às queimadas, a responsabilidade por ações humanas é certa, tendo implicações (consequências), inclusive sobre as pessoas responsáveis, isto é, podendo atingir familiares seus e amigos, além da população em geral que sofre: problemas de saúde, respiratórios, falta de água, pois aquelas atingiram mananciais e aquíferos, o perigo da chuva ácida e da acidificação de águas de rios e mares, entre outros males. Fruto de uma visão obtusa e inconsequente dos responsáveis diretos (ateadores de fogo) e indiretos (possíveis mandantes e mandantes comprovados).

Inconsequência e extrema burrice, sem pensar nas consequências.

Esforços foram realizados e vêm sendo realizados para dirimir os problemas mencionados, mas são necessários outros ainda, envolvendo a responsabilidade de todos: governo federal, governos estaduais e municipais, instituições as mais diversas e, inclusive, de todos os cidadãos e cidadãs, que precisam fazer parte desse empenho coletivo.

Mais que nunca, a SOLIDARIEDADE que desponta em Émile Durkheim se faz premente. Uma solidariedade local, nacional e global, fundada na responsabilidade de todos a favor de todos, sem esmorecimento. Caso contrário, os problemas naturais continuarão a ter influências cada vez mais fortes na vida das pessoas, em toda a humanidade. Solidariedade ligada à CIDADANIA, tanto a nível de cidade, de país, quanto de mundo - uma CIDADANIA PLANETÁRIA.

REFERÊNCIA:

BBC NEWS BRASIL. As impressionantes imagens que mostram 'corredor' com fumaça de queimadas se espalhando pelo Brasil. Disponível em: < https://www.bbc.com/portuguese/articles/cx29n0321k5o > Acesso em 30/08/2024.

BBC NEWS BRASIL. As imagens de satélite que mostram fumaça das queimadas tomando cidades e o que deve acontecer agora. Disponível em: < https://www.bbc.com/portuguese/articles/c4glr02z29do > Acesso em 30/08/2024.

BBC NEWS BRASIL. 'O fogo parece estar dentro de casa, é difícil respirar': o impacto da fumaça das queimadas na saúde. Disponível em: < https://www.bbc.com/portuguese/articles/c5y8pe2znd0o > Acesso em 30/08/2024.

SILVA, Afrânio et alii. Sociologia em Movimento. (Manual do Professor) 2.ed. São Paulo, Moderna, 2017.

WIKIPÉDIA. Cronologia das enchentes no Rio Grande do Sul em 2024. Disponível em: < https://pt.wikipedia.org/wiki/Cronologia_das_enchentes_no_Rio_Grande_do_Sul_em_2024 > Acesso em 30/08/2024.

 

 

TERCEIRO BIMESTRE - AULA 28 DE SOCIOLOGIA DOS PRIMEIROS ANOS. A INFLUÊNCIA DO PENSAMENTO DE KARL MARX (Prof. José Antônio Brazão.)

 

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TERCEIRO BIMESTRE

AULA 28 DE SOCIOLOGIA DOS PRIMEIROS ANOS:

A INFLUÊNCIA DO PENSAMENTO DE KARL MARX (Prof. José Antônio Brazão.)

Ao estudarmos Karl Marx, é de grande importância perceber o quanto seu pensamento teve impacto no mundo ocidental e, inclusive, no mundo oriental – em síntese, no mundo inteiro.

No campo da economia, Marx mostrou claramente os elementos constitutivos estruturais do capitalismo, entre os quais a globalização dos mercados mundiais.

No Manifesto do Partido Comunista, escrito por Karl Marx e Friedrich Engels, já falavam da globalização, tão propalada (espalhada, propagada) entre fins do século XX e nas primeiras décadas do XXI. Eis um trecho que vale a pena ser, novamente, citado (está no português de Portugal):

“A nossa época, a época da burguesia, distingue-se, contudo, por ter simplificado as oposições de classes. A sociedade toda cinde-se, cada vez mais, em dois grandes campos inimigos, em duas grandes classes que directamente se enfrentam: burguesia e proletariado.

Dos servos da Idade Média saíram os Pfahlbürger [burgueses pálidos, segundo o dicionário DeepL] das primeiras cidades; desta Pfahlbürgerschaft [moradores de pilhas, segundo o dicionário DeepL] desenvolveram-se os primeiros elementos da burguesia [Bourgeoisie].

O descobrimento da América, a circum-navegação de África, criaram um novo terreno para a burguesia ascendente. O mercado das Índias orientais e da China, a colonização da América, o intercâmbio [Austausch] com as colónias, a multiplicação dos meios de troca e das mercadorias em geral deram ao comércio, à navegação, à indústria, um surto nunca até então conhecido, e, com ele, um rápido desenvolvimento ao elemento revolucionário na sociedade feudal em desmoronamento.

O modo de funcionamento até aí feudal ou corporativo da indústria já não chegava para a procura que crescia com novos * mercados. Substituiu-a a manufactura. Os mestres de corporação foram desalojados pelo estado médio [Mittelstand] industrial; a divisão do trabalho entre as diversas corporações [Korporationen] desapareceu ante a divisão do trabalho na própria oficina singular.

Mas os mercados continuavam a crescer, a procura continuava a subir. Também a manufactura já não chegava mais. Então o vapor e a maquinaria revolucionaram a produção industrial. Para o lugar da manufactura entrou a grande indústria moderna; para o lugar do estado médio industrial entraram os milionários industriais, os chefes de exércitos industriais inteiros, os burgueses modernos.

A grande indústria estabeleceu o mercado mundial que o descobrimento da América preparara. O mercado mundial deu ao comércio, à navegação, às comunicações por terra, um desenvolvimento imensurável. Este, por sua vez, reagiu sobre a extensão da indústria, e na mesma medida em que a indústria, o comércio, a navegação, os caminhos-de-ferro se estenderam, desenvolveu-se a burguesia, multiplicou os seus capitais, empurrou todas as classes transmitidas da Idade Média para segundo plano.” (MARX, Karl e ENGELS, Friedrich. Manifesto do Partido Comunista. Edição dirigida por José BARATA-MOURA e Francisco MELO. Disponível em: < https://www.pcp.pt/publica/edicoes/25501144/manifes.pdf > pp. 30-31. Acesso em 30/08/2024.) (Grifos e sublinhados do Professor José Antônio, com fins didáticos. O que está entre colchetes, em tamanho menor, também.)

O texto acima, de fato, apresenta bem como, com a burguesia capitalista, desde suas origens e ao longo dos séculos, houve um impulso enorme no comércio internacional, ampliado pela produção industrial e pelos meios de transportes, como navios e outros que viriam a surgir. Economia mundial, internacionalizada!

No campo da História, a luta de classes como constituidora de parte significativa da história humana, até hoje: “A história de toda a sociedade até aqui  é a história de lutas de classes. [Homem] livre e escravo, patrício e plebeu, barão e servo [Leibeigener], burgueses de corporação [Zunftbürger] e oficial, em suma, opressores e oprimidos, estiveram em constante oposição uns aos outros, travaram uma luta ininterrupta, ora oculta ora aberta, uma luta que de cada vez acabou por uma reconfiguração revolucionária de toda a sociedade ou pelo declínio comum das classes em luta.” (Idem, p. 30. Grifo do professor.). Vale lembrar, aqui, como exemplo essa oposição: senhores escravistas – escravos fugidos para quilombos. Uma luta aberta e escancarada, por exemplo, no Brasil colonial: a luta de zumbi e de seus quilombolas contra tropas inteiras lideradas por bandeirantes e escravizadores, no Pernambuco (século XVII). Hoje: certas reformas que puseram em declínio os direitos de trabalhadores, objetivando o fortalecimento da classe capitalista (luta oculta, sutil, mas com implicações [consequências]).

Ainda nos campos da Economia e da História, os modos de produção (primitivo, asiático, escravista, feudal, capitalista, [socialista]), com o desenvolvimento de forças produtivas cada vez mais complexas (desenvolvidas). Só para lembrar, segundo o site Brasil Escola-UOL:

“O modo de produção é a maneira pela qual a sociedade produz seus bens e serviços, como os utiliza e os distribui. O modo de produção de uma sociedade é formado por suas forças produtivas e pelas relações de produção existentes nessa sociedade. Modo de produção = forças produtivas + relações de produção.” (BRASIL ESCOLA-UOL. Processos de Produção. Disponível em: < https://monografias.brasilescola.uol.com.br/sociologia/processos-producao.htm#:~:text=O%20modo%20de%20produ%C3%A7%C3%A3o%20%C3%A9,de%20produ%C3%A7%C3%A3o%20existentes%20nessa%20sociedade. > Acesso em 30/08/2024.)

E o que constitui as forças produtivas ou forças de produção? Como o nome indica, poderes e condições (forças) que tornam possível a produção dos bens materiais. E o que faz parte delas?

Os “meios de produção (capitais, terras, matérias-primas, ferramentas e equipamentos) (...) os métodos e técnicas de utilização e (...) os trabalhadores” (INFOPÉDIA. Forças produtivas. Disponível em: < https://www.infopedia.pt/artigos/$forcas-produtivas#:~:text=Conceito%20de%20origem%20marxista%2C%20as,de%20utiliza%C3%A7%C3%A3o%20e%20pelos%20trabalhadores. > Acesso em 30/08/2024.)

Em termos históricos e políticos, o pensamento de Marx e de Engels teve enorme impacto no surgimento de revoluções socialistas do século XX, além das lutas que as antecederam, no século XIX, por direitos trabalhistas.

Entre essas revoluções vale citar:

·      REVOLUÇÃO RUSSA (1917, com fim na década de 1980, mas que tem influências até hoje, em pleno século XXI).

·      REVOLUÇÃO CHINESA (1945).

·      REVOLUÇÃO CUBANA (1959).

·      As DUAS COREIAS: COREIA DO NORTE, de influência comunista (URSS – União das Repúblicas Socialistas Soviéticas), e a COREIA DO SUL, de influência capitalista (EUA).

·      A Guerra do Vietnã, entre 1959 e 1976, da qual os EUA saíram derrotados, mas o Vietnã saiu igualmente dividido, com o Vietnã do Norte dominado pelos comunistas e o Vietnã do Sul pelos norte-americanos.

·      Guerra Fria. Guerra não armada direta entre EUA (capitalista) e URSS (comunista), após a II Guerra Mundial, até as décadas de 1980 e 1990. Houve enorme armamentismo, sem dúvida, inclusive com bombas atômicas, de ambos lados.

Revoluções e guerras levadas adiante por homens e mulheres influenciados, marcadamente, pelas ideias socialistas de Karl Marx e Friedrich Engels.

Como se pode ver, o impacto do pensamento marxiano-engeliano (de Marx e Engels) vai muito além de escritos. Esse pensamento teve consequências econômicas, históricas, filosóficas e sociológicas. Ainda influencia movimentos, lutas, interpretações, análises e outras ações materiais e intelectuais.

A Guerra na Ucrânia, levada adiante pela invasão da Rússia, em 2022, já com milhares de mortos, nasceu dos interesses imperialistas russos, apoiados hoje inclusive por armamentos coreanos do norte, e de nações aliadas contrárias aos russos, cujas raízes vão até os tempos da Guerra Fria (ver acima).

A China continua com os ideais socialistas, hoje adaptados à concorrência capitalista, com enorme desenvolvimento tecnológico, industrial, bélico e econômico. Um dos países mais poderosos do mundo.

REFERÊNCIAS:

BRASIL ESCOLA-UOL. Processos de Produção. Disponível em: < https://monografias.brasilescola.uol.com.br/sociologia/processos-producao.htm#:~:text=O%20modo%20de%20produ%C3%A7%C3%A3o%20%C3%A9,de%20produ%C3%A7%C3%A3o%20existentes%20nessa%20sociedade. > Acesso em 30/08/2024.

INFOPÉDIA. Forças produtivas. Disponível em: < https://www.infopedia.pt/artigos/$forcas-produtivas#:~:text=Conceito%20de%20origem%20marxista%2C%20as,de%20utiliza%C3%A7%C3%A3o%20e%20pelos%20trabalhadores. > Acesso em 30/08/2024.

MARX, Karl e ENGELS, Friedrich. Manifesto do Partido Comunista. Edição dirigida por José BARATA-MOURA e Francisco MELO. Disponível em: < https://www.pcp.pt/publica/edicoes/25501144/manifes.pdf > pp. 30-31. Acesso em 30/08/2024.