domingo, 22 de setembro de 2024

QUARTO BIMESTRE - AULA 30 DE SOCIOLOGIA DOS SEGUNDOS ANOS. ESTRATOS E CLASSES SOCIAIS ONTEM E HOJE. DESIGUALDADES SOCIAIS NÃO SÃO NATURAIS, SÃO HISTÓRICAS (Prof. José Antônio Brazão.)

 

SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA/SECRETARIA DE EDUCAÇÃO

COMANDO DE ENSINO POLICIAL MILITAR

 CEPMG - VASCO DOS REIS

Divisão de Ensino / Coordenação Pedagógica

QUARTO BIMESTRE

AULA 30 DE SOCIOLOGIA DOS SEGUNDOS ANOS:

ESTRATOS E CLASSES SOCIAIS ONTEM E HOJE:

DESIGUALDADES SOCIAIS NÃO SÃO NATURAIS, SÃO HISTÓRICAS (Prof. José Antônio Brazão.)

As desigualdades sociais são marcantes e visíveis no mundo atual. Por exemplo, pode-se ver:

(1)Na estrutura das cidades, com uma região central e regiões periféricas.

IMAGENS:

https://www.google.com/search?q=centro+e+periferia+rela%C3%A7%C3%B5es+diferen%C3%A7as+e+desigualdades&hl=pt-BR&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwjVkNSLwczzAhVmHLkGHUQcBI4Q_AUoAnoECAEQBA&biw=1242&bih=597&dpr=1.1#imgrc=rmAYXb81HvAW-M

(2)Em favelas.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Favela#/media/Ficheiro:Dharavi_India.jpg

(3)Pessoas morando embaixo das pontes e dos viadutos.

https://www.google.com.br/search?q=pessoas+morando+embaixo+da+ponte&hl=pt-BR&tbm=isch&source=hp&biw=1366&bih=657&ei=hoBpYaubE9HL1sQPs7y6uAU&ved=0ahUKEwir9oWrwczzAhXRpZUCHTOeDlcQ4dUDCAc&uact=5&oq=pessoas+morando+embaixo+da+ponte&gs_lcp=CgNpbWcQAzIECAAQHjoFCAAQgAQ6CwgAEIAEELEDEIMBOggIABCxAxCDAToICAAQgAQQsQM6BggAEAUQHjoECAAQGDoGCAAQChAYOgYIABAIEB5Q2AlYnT9g00VoAHAAeAGAAeEEiAH1NpIBDDAuMTkuNy41LjAuMZgBAKABAaoBC2d3cy13aXotaW1n&sclient=img#imgrc=bAPZqFpJDHrimM

(4)Pedintes nas ruas.

https://www.google.com.br/search?q=pedintes+nas+ruas&hl=pt-BR&tbm=isch&source=hp&biw=1366&bih=657&ei=oIFpYb62JITV1sQPwfClgAo&ved=0ahUKEwi-htOxwszzAhWEqpUCHUF4CaAQ4dUDCAc&uact=5&oq=pedintes+nas+ruas&gs_lcp=CgNpbWcQAzoFCAAQgAQ6CwgAEIAEELEDEIMBOggIABCxAxCDAToICAAQgAQQsQM6BggAEAUQHjoECAAQGFCdCViTMWDsN2gBcAB4AIABwwKIAcsbkgEHMC45LjguMZgBAKABAaoBC2d3cy13aXotaW1n&sclient=img#imgrc=6aIdWCKz7j45dM

(5)Vendedores ambulantes desempregados. Em tempos de doenças coletivas, mais ainda.

https://www.google.com.br/search?q=vendedores+ambulantes&hl=pt-BR&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwjx4-nfwszzAhX4q5UCHR7HBt4Q_AUoAXoECAEQAw&biw=1366&bih=657&dpr=1#imgrc=Q1dwFr0t6GNnDM

(6)No pouco acesso ao sistema de saúde por parte de muitas pessoas.

https://www.google.com.br/search?q=corredores+de+hospitais+publicos+cheios&hl=pt-BR&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwj29rSXw8zzAhWVq5UCHXPZDGwQ_AUoAXoECAEQAw&biw=1366&bih=657&dpr=1#imgrc=EEvs2WPxOXKnEM

(7)No pouco acesso a níveis mais elevados de escolaridade por parte de muitas pessoas.

https://www.google.com.br/search?q=desigualdades+na+educa%C3%A7%C3%A3o+brasileira&hl=pt-BR&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwig9ry-w8zzAhXsppUCHWAiDhsQ_AUoAXoECAEQAw&biw=1366&bih=657&dpr=1#imgrc=pvdvYkruiFEKKM

(8)No analfabetismo que, infelizmente, ainda existe até mesmo no Brasil e próximo de nós, presente entre muita gente pobre.

https://www.google.com.br/search?q=analfabetismo+no+brasil&hl=pt-BR&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwj6gcDrw8zzAhVvrJUCHYBiCUsQ_AUoAnoECAEQBA&biw=1366&bih=657&dpr=1#imgrc=hmKnfknthvPvAM

(9)No analfabetismo digital.

https://www.google.com.br/search?q=analfabetismo+digital&hl=pt-BR&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwiQr6ymxMzzAhV9r5UCHQhDDB0Q_AUoA3oECAIQBQ&biw=1366&bih=657&dpr=1#imgrc=AK8UEdagHj7dIM

(10)Em acampamentos ao longo de estradas.

https://www.google.com.br/search?q=acampamentos+em+beira+de+estradas&hl=pt-BR&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwipuvnqxMzzAhXTpZUCHWiABh8Q_AUoAXoECAEQAw&biw=1366&bih=657&dpr=1#imgrc=fWjSx26XFzzXBM

(11)No número maior de pessoas de classes populares que morreram e têm morrido na pandemia de 2020-2021.

https://noticias.r7.com/saude/perfil-de-mortos-mantem-pobres-e-homens-como-maiores-vitimas-08032021

 

(12)Em notícias de TV sobre a África, a Índia e outros lugares do mundo.

https://www.google.com/search?q=pobreza+na+%C3%A1frica+e+na+%C3%ADndia&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwiIsN3ExczzAhUZFbkGHWaiD9IQ_AUoAXoECAEQAw&biw=1242&bih=597&dpr=1.1#imgrc=HyAgWuzR1nkE0M 

(13)Na acumulação da maior parte da riqueza do mundo nas mãos de um por cento dos mais ricos do mundo, em detrimento de uma maioria imensa que não tem sequer o que comer direito. (Informações de jornais e livros didáticos, por exemplo.)

https://www.google.com/search?q=ac%C3%BAmulo+de+riquezas+do+capitalismo&hl=pt-BR&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwjT3sTkxczzAhWiKLkGHc52DccQ_AUoAnoECAEQBA&biw=1242&bih=597&dpr=1.1#imgrc=A6yWvAF8oc40oM

(14)No quase nenhum acesso a tecnologias de ponta por parte de muitas pessoas.

(15)Na corrupção, noticiada todos os dias por via dos meios de comunicação social. De fato, a corrupção tira de todas as pessoas e, principalmente das mais pobres, uma série de direitos, como o direito aos bens básicos da vida.

https://www.google.com/search?q=corrup%C3%A7%C3%A3o+no+brasil&hl=pt-BR&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwjq1LvPxszzAhXHEbkGHVWHA_QQ_AUoAnoECAEQBA&biw=1242&bih=597&dpr=1.1#imgrc=FgSywB-g00hpLM

(16)Na péssima infraestrutura de esgoto, de água e de outros serviços básicos em muitos bairros de periferia e em favelas. Fruto da má gestão do dinheiro público e, principalmente, da corrupção, além da divisão social propriamente dita.

https://www.google.com/search?q=falta+de+estrutura+de+esgoto+e+%C3%A1gua+no+brasil&hl=pt-BR&tbm=isch&source=lnms&sa=X&ved=2ahUKEwjnq-mEx8zzAhWIrpUCHQsOB_QQ_AUoAnoECAEQBA&biw=1242&bih=597&dpr=1.1#imgrc=tAO119ZQP6bpIM

(17)Etc. Se se observar, poder-se-á ver, às claras, muitas outras formas de manifestação da desigualdade social. Muitas vezes, basta sair às ruas.

Mas a desigualdade social (divisão entre ricos e pobres) não é natural nem fruto da visão religiosa acerca do pecado ou da graça. Ela é fruto, sobretudo, da ACUMULAÇÃO DE RIQUEZAS NAS MÃOS DE POUCOS, fruto, por sua vez, muitas vezes, da EXPLORAÇÃO DO TRABALHO ALHEIO, além da corrupção. Nos últimos séculos, por exemplo, podem ser citados os FATOS REAIS e HISTÓRICOS a evidenciar esses fatos:

(1)Final do século XV em diante (até hoje): A matança de tribos e povos na África, na Ásia, na América Latina e do Norte, etc., em busca de terras, ouro e riquezas. Por exemplo: conquistadores de diferentes países em nome de governos desses países e de companhias (por ex.: Companhias das Índias Orientais e Ocidentais).

(2)A matança de outras tribos e outros povos de lugares já citados também por meio de doenças, no intuito de apropriação de suas riquezas e terras.

(3)Escravidão de índios e negros (destes, a grande maioria), empregados em enormes fazendas de produção de açúcar (ciclo da cana de açúcar), depois nas minas, no ciclo do café e em outros lugares onde o trabalho pesado e escravo era necessário.

(4)A exploração terrível na época da Revolução Industrial, com a formação de bairros paupérrimos em vários cantos da Europa e do mundo. Os livros de Sociologia e de História bem mostram esse fato real e histórico.

(5)A escravização de pessoas, hoje ainda, em fazendas, empresas de tecelagem e outros lugares, denunciada pela Justiça Trabalhista e atacada, dentro do possível, pela Polícia Federal do Brasil.

(6)Guerras localizadas e mundiais, frutos claramente de interesses coloniais e neocoloniais (neocolonialismo do século XIX, por exemplo, que veio a provocar a Primeira Guerra Mundial e, a seguir, a Segunda, no século XX) em que muitas pessoas morreram, ficaram desabrigadas e sem recursos, aumentando seu empobrecimento. Com as guerras, os setores ricos de países vencedores enriqueceram mais ainda: indústria de armas, de veículos, bancos, de construção (e reconstrução) [empreiteiras], além de outras tantas, enquanto uma maioria empobreceu ou morreu em tais guerras. Fato visível em livros de História e de Sociologia.

(7)Quando os negros foram libertos no Brasil, no final do século XIX, foram libertos sem quaisquer direitos, simplesmente despedidos, vindo, muitos deles(as) a exercer trabalhos pesados dos mais diversos tipos para sobreviver e sujeitar-se a condições desumanas de vida. Onde muitos encontraram abrigos? No que viriam a ser as favelas, em morros principalmente. Até hoje, por exemplo, o racismo é real e até frequente, fruto da história e da desigualdade social.

(8)O desemprego de vastos setores da população brasileira (e mundial), em tempos de crises e, particularmente, fora destes. Maioria imensa: pobres. (Nos últimos anos, variando entre 12 e 14 milhões de desempregados e desempregadas, conforme noticiários e outros meios de comunicação social.)

(9)CORRUPÇÃO parte de setores diversos da sociedade, principalmente envolvendo setores da política. Impostos não pagos por certas grandes empresas, por exemplo, igualmente fazem falta para muita gente. Em tempos de pandemia, por exemplo, jornais de TV falam frequentemente de empresas, ligadas a políticos, que superfaturam os valores de produtos farmacológicos e de atendimento médico, como respiradores, remédios e outros. Fato. Nos tempos do “Petrolão” (denunciado na Operação Lava-Jato), um bom número de empreiteiras envolvidas e que se enriqueciam com obras superfaturadas e outros artifícios, com vários empresários presos naquela operação da Justiça Federal com a Polícia Federal. O Caso das Empreiteiras, na década de 1990, outro exemplo histórico. No Rio de Janeiro... A corrupção prejudica muitíssimos setores das sociedades do Brasil e do mundo, além dos empobrecidos propriamente ditos.

(10)Etc.

Todos esses casos evidenciam a acumulação do capital que teve e tem, como contrapartida, o empobrecimento e o sofrimento de muitas pessoas, de grupos e até mesmo povos quase inteiros, destituídos de tudo ou quase tudo, gerando a desigualdade social.

REFERÊNCIAS:

MODERNA. História do Brasil. São Paulo, Moderna, 2006. (ENCICLOPÉDIA DO ESTUDANTE, Vol. 16)

JUS.COM.BR. Uma visão do combate ao trabalho escravo contemporâneo no Brasil pela ótica dos direitos humanos. Disponível em: < https://jus.com.br/artigos/66171/uma-visao-do-combate-ao-trabalho-escravo-contemporaneo-no-brasil-pela-otica-dos-direitos-humanos > Acesso em 20 de setembro de 2024.

R7. Escravos bolivianos são resgatados na zona leste de SP. Disponível em: < https://noticias.r7.com/sao-paulo/escravos-bolivianos-sao-resgatados-na-zona-leste-de-sp-13102014 > Acesso em 20 de setembro de 2024.

ROMEIRO, Julieta et alii. Diálogo – Ciências Humanas e Sociais Aplicadas. São Paulo, Moderna, 2020. (Seis volumes.) (Livros didáticos.)

SILVA, Afrânio et alii. Mundo do trabalho e desigualdade social. In: _________________. Sociologia em Movimento. 2.ed. São Paulo, Moderna, 2016/2017. (Unidade 4)

 

 

QUARTO BIMESTRE - AULA 30 DE SOCIOLOGIA DOS PRIMEIROS ANOS: MAX WEBER (1864 – 1920) (Prof. José Antônio Brazão.)

 

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 CEPMG - VASCO DOS REIS

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QUARTO BIMESTRE

AULA 30 DE SOCIOLOGIA DOS PRIMEIROS ANOS:

MAX WEBER (1864 – 1920) (Prof. José Antônio Brazão.)

*Max Weber nasceu no século em que o capitalismo havia chegado ao seu auge.

*Enorme desenvolvimento econômico.

*Industrialização.

*Nasceu na Prússia, região que viria a ser a responsável pela unificação alemã, na cidade de Erfurt.

*Sua família era constituída de mercadores e industriais.

*Weber viria a se tornar advogado, tendo estudado em Heidelberg e Berlin.

*Extremamente culto, interessou-se também pelo estudo das ciências humanas, inclusive pelo que viria a se tornar a Sociologia, da qual veio a ser um dos fundadores.

*Casou-se e de sua esposa se diz: “Weber e a sua esposa Marianne, uma intelectual por direito próprio e uma das primeiras activistas dos direitos das mulheres, rapidamente se encontraram no centro da vibrante vida intelectual e cultural de Heidelberg.” (SEP. Verbete Max Weber.)

*Tornou-se professor e erudito, um grande pesquisador. Muito respeitado.

*Segundo a EDIPRO: “Max Weber (1864-1920): jurista e economista alemão, é considerado um dos fundadores da sociologia. Sua obra influencia, até hoje, os estudos nas mais diversas disciplinas, como a economia, a filosofia, o direito, a ciência política e a administração. Weber construiu uma extensa carreira acadêmica na Universidade Humboldt, em Berlim, e nas universidades de Freiburg, Heidelberg, Viena e Munique. Grande parte de suas pesquisas foi dedicado ao estudo do capitalismo. Foi consultor dos negociadores alemães no Tratado de Versalhes (em 1919) e da comissão encarregada de redigir a Constituição de Weimar.” (EDIPRO. Max Weber. Disponível em: < https://edipro.com.br/livros-do-autor/max-weber/ > Acesso em 20/09/2024.)

*Foi um grande escritor, tendo deixado, entre outras, as seguintes obras:

**A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo.

**A Ciência Como Vocação.

**A Política Como Vocação.

**Economia e Sociedade.

**A Metodologia das Ciências Sociais.

**História Econômica Geral.

*A busca pelo entendimento do capitalismo diferencia-o de Karl Marx e Friedrich Engels. Enquanto estes viram a exploração do homem pelo homem e a luta de classes no decurso da história, chegando até o capitalismo cuja base também é a exploração do trabalho nas fábricas e em outros espaços de produção econômica, Weber viu como elemento constituidor do pensamento capitalista a ética protestante, baseada nas leituras calvinistas e luteranas da Bíblia e na interpretação desta por luteranos e calvinistas: o trabalho como algo positivo, a não proibição da usura (empréstimo de dinheiro para obter dinheiro), o enriquecimento como fruto dos esforços econômicos.

*Entre finais dos anos 1890 e início dos anos 1900, Weber sofreu de forte depressão, acabando por ser aposentado e mantido como professor honorário da Universidade de Heidelberg.

*Continuou estudando, escrevendo e fazendo palestras, à medida que foi superando a depressão.

*Em 1920, Weber teve uma pneumonia muitíssimo forte, vindo a falecer aos 56 anos de idade. Sua esposa continuou publicando escritos que Weber.

*A obra de Weber teve grande marca na Sociologia, sendo Weber considerado um dos fundadores da Sociologia, tornando-a uma ciência humana de grande valor e destaque. Em outras aulas veremos o quanto as ideias de Weber contribuíram para o entendimento das sociedades.

REFERÊNCIAS:

EDIPRO. Max Weber. Disponível em: < https://edipro.com.br/livros-do-autor/max-weber/ > Acesso em 20/09/2024.

ROMEIRO, Julieta et alii. Diálogo – Ciências Humanas e Sociais Aplicadas. São Paulo, Moderna, 2020. (Seis volumes.)

SEP. Max Weber. Disponível em: < https://plato.stanford.edu/entries/weber/ > Acesso em 20/09/2024. (Foi usado Google Tradutor.)

 

QUARTO BIMESTRE - AULA 30 DE FILOSOFIA DOS PRIMEIROS ANOS. A TEORIA DAS QUATRO CAUSAS DE ARISTÓTELES (Prof. José Antônio Brazão.)

 

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QUARTO BIMESTRE

AULA 30 DE FILOSOFIA DOS PRIMEIROS ANOS:

A TEORIA DAS QUATRO CAUSAS DE ARISTÓTELES: (Prof. José Antônio Brazão.)

Do movimento Aristóteles

Ao estudo se lança.

Movimentos são devires:

Transformação, deslocamento, mudança.

 

Movimento é passagem

Da potência ao ato

Nele há fatores que agem

Até tornar-se um fato.

 

Potência é possibilidade

Que tudo tem de vir a ser.

Ato é o tornar realidade,

Fazendo a potência acontecer.

 

Quatro causas fundamentais

Fazem o movimento dos seres no plano terrenal,

Provocando-lhes mudanças essenciais.

São elas material, formal, eficiente e final.

 

Material é a matéria de um ser,

Formal é a forma dada por homem ou natureza,

Eficiente é aquela que faz acontecer,

Final é a razão, o objetivo de toda essa proeza.

 

Uma estátua feita de pedra

Tem nesta sua causa material,

Tendo o escultor na mente a forma,

Sendo ele causa eficiente visando a causa final.

 

Árvore é feita de matéria da terra,

Sua forma, internalizada na semente,

Teve nas condições naturais causa eficiente,

Tornar-se frondosa e/ou frutífera seu fim inerente.

 

No caso da natureza,

A forma contida na semente foi a maneira

Que ela encontrou, com fineza,

Para distinguir jequitibá de pitangueira.

 

A madeira-matéria do carvalho

É transformada na forma de mesa

Na mente do marceneiro, cujo eficiente trabalho

Tem por uma causa final o altar da igreja.

 

Mais causas finais a mesa poderia ter:

Numa bela sala de jantar vir a servir,

Em salas com professor e estudantes a debater

Ou suporte para vasos de plantas a florir.

 

Outras matérias podem a mesa compor:

Metal, pedra, plástico, outras e até vidro.

Conforme deseje o fator

Que venha a tê-la feito e polido.

 

A forma de mesa pode ser

Quadrada, retangular, circular, oval

Da básica geometria o saber

Matemático fundamental.

 

A eficiência do trabalho de quem faz

Transporá a forma na matéria

Conforme o fim-objetivo sagaz,

Tornando-a sólida e não etérea.

 

A eficiência da chuva na natureza,

Faz a semente brotar e crescer com fulgor,

Caindo na terra, faz despontar a beleza

Que tem do pé de maracujá a flor.

 

No geocêntrico universo, no mundo sublunar,

As quatro causas do movimento,

Ao tudo, aqui, pôr em devir, modificar,

Expõem sua força e seu acento.

 

Devir de que falava o efésio Heráclito:

Tudo em movimento se encontra,

Como a imagem de bélico conflito

Que a reis com seus súditos remonta.

 

Chauí as quatro causas analisando,

Descobriu não terem o mesmo valor,

Aristóteles, as hierarquizando,

Relações sociais a nelas transpor.

 

Menos é a eficiente valiosa,

Junto com a causa material,

Sendo a formal prestigiosa

Junto com a causa final.

 

Material e eficiente causas

São ao corpo externas,

Formal e final, frutos de mentais pausas,

São ao humano intelecto internas.

 

Na antiga Grécia escravista,

Havia senhores com muitos escravos

A realizar os afazeres da vida

Tirando daqueles desta os agravos.

 

Senhores podiam dedicar-se à política,

A assistências às tragédias e comédias do teatro,

Intelectuais à filosofia, à poesia e à escrita.

E certos políticos? Em estátuas, seu retrato.

 

Nas atividades técnicas e de fabricação

Senhores e filhos não iam se aventurar:

Eram de escravos e cidadãos de baixa condição.

Mas no governo e na teoria tempo tinham para adentrar.

 

Por milênios, melhor explicação do mundo representou,

No Ocidente, a das quatro causas teoria.

No entender da sublunar realidade perdurou,

Na filosofia, na física e na ciência.

 

No geocêntrico mundo aristotélico

Dois mundos havia: o supralunar,

Dos astros, claro e belo, etérico,

E a Terra, no centro, sublunar.

 

O éter é pura e cristalina substância,

A preencher as formas e a composição

Da Lua, de planetas e estrelas a essência,

Incapazes de sofrer falhas ou imperfeição.

 

Do geocêntrico do mundo sistema

Platão e Eudoxo já tinham dado conta,

Mas foi o aristotélico esquema

Que marcou pensadores e até poetas de ponta.

 

Aprimorado foi por Cláudio Ptolomeu,

A mostrar a cêntrica Terra e sua redondeza,

No Almagesto, por finos cálculos que conheceu

De Euclides e matemáticos de esperteza.

 

De Dante a Comédia Divina,

A ir do Inferno profundo aos céus fecundos,

Aos portugueses, de Camões, que Tétis ensina,

Ao ir da celestial  realidade ao terreno mundo.

 

Com a moderna natural filosofia,

De Copérnico a Isaac Newton,

Que novas leis da natura descobriria,

A teoria das quatro causas perdeu o tom.

 

Aristóteles, sem dúvida,

Foi brilhante filósofo e cientista,

Deixando rica herança legada

Para o mundo à plena vista.

 

REFERÊNCIAS SIMPLES:

Filosofando: Introdução à Filosofia. (De Maria Lúcia de Arruda Aranha e Maria Helena Pires Martins).

Convite à Filosofia (De Marilena Chauí.)

Diálogos – Ciências Humanas e Sociais Aplicadas. Livro I, capítulo 7. (De Julieta Romeiro e outros.)

quarta-feira, 18 de setembro de 2024

TERCEIRO BIMESTRE - AULA 29 DE SOCIOLOGIA DOS SEGUNDOS ANOS. REVISÃO PARA A PROVA: O TRABALHO EM KARL MARX, MAX WEBER E ÉMILE DURKHEIM – RESUMO (Prof. José Antônio Brazão.)

 

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TERCEIRO BIMESTRE:

AULA 29 DE SOCIOLOGIA DOS SEGUNDOS ANOS:

REVISÃO PARA A PROVA: O TRABALHO EM KARL MARX, MAX WEBER E ÉMILE DURKHEIM – RESUMO (Prof. José Antônio Brazão.)

1)    Contexto do século XIX e primeira metade do XX. Marx, Durkheim e Weber são três ícones (figuras, imagens) essenciais da Sociologia do Século XIX) e parte do XX, exercendo influência ainda hoje.

2)    KARL MARX: a alienação no mundo do trabalho.

a)    Texto Eu, Etiqueta (de Carlos Drummond de Andrade): Alienação, moda (produtos [objetos], mercadorias, busca de estar na moda e perda da identidade, de ser sentinte e consciente a objeto (coisa) – alienação.

b)    Ser humano à outro ser: etiqueta.

ALIENAÇÃO

PENSADOR

ANTES

DEPOIS

FEUERBACH

O homem CRIADOR dos deuses.

O homem CRIATURA dos deuses.

MARX (E ENGELS)

O trabalhador ser CRIATIVO e INVENTIVO, mas explorado.

O trabalhador: COISA (objeto) [res – do latim]. Reificação (coisificação). Ser alienado, sem identidade, sem vontade de lutar, preocupado com a sobrevivência de si e da família.

3)    MAX WEBER – O protestantismo e o capitalismo.

a)    Na antiguidade (Grécia e Roma): trabalho = pena, obrigação e tortura (tripalium, no latim, instrumento de tortura).

b)    Na Idade Média: o trabalho fruto do pecado de Adão e Eva. Punição.

c)    Na Idade Moderna: com o protestantismo – trabalho: produtor de riqueza, disciplina (ordem), economia de dinheiro, continuidade da criação de Deus.

4)    ÉMILE DURKHEIM:

a)    Trabalho: parte fundamental da solidariedade coletiva (comunitária).

b)    Solidariedade:

·       Mecânica – em sociedades simples (exemplo: tribo indígena).

·       Orgânica – em sociedades mais complexas (exemplo: a nossa). Sociedade: comparada a um organismo, com órgãos e sistemas, isto é, com estruturas que se coordenam.

c)    Anomia: fato que extrapola a ordem, a lei, as normas sociais – A, no grego: não. NOMIA, de nomos: lei, norma, regra.

REFERÊNCIAS:

ROMEIRO, Julieta et alii. Diálogo – Ciências Humanas e Sociais Aplicadas. São Paulo, Moderna, 2021. (Seis volumes.) (Livros didáticos.) Material disponível em: < https://pnld.moderna.com.br/ensino-medio/obras-didaticas/area-de-conhecimento/ciencias-humanas-e-sociais/dialogo > Acessos em 24/08/2024 e ao longo do bimestre.

SILVA, Afrânio et alii. Trabalho e Sociedade. In: __________. Sociologia em Movimento. 2.ed. São Paulo, Moderna, 2016. (Cap. 9) (Livro didático.)