COMANDO DE
ENSINO POLICIAL MILITAR
CEPMG -
VASCO DOS REIS
Divisão de
Ensino / Coordenação Pedagógica
TERCEIRO BIMESTRE
AULA 27 DE SOCIOLOGIA DOS SEGUNDOS ANOS:
TEMA: TRABALHO E SOCIEDADE. (Segundos
anos)
Diálogo
interdisciplinar entre Sociologia, Filosofia, História e Arte.
(A)A
QUESTÃO DO TRABALHO EM MARX, WEBER E DURKHEIM (TABELA) (Prof. José Antônio
Brazão.):
MAX WEBER (ALEMÃO) |
KARL MARX (ALEMÃO) |
ÉMILE
DURKHEIM (FRANCÊS) |
Contexto histórico dos três: SÉCULO XIX – REVOLUÇÃO
INDUSTRIAL. |
||
A Ética Protestante e o Espírito do
Capitalismo. |
Manifesto do Partido Comunista, O
Capital. |
Da Divisão Social do Trabalho. |
Grécia
antiga: sistema escravista. Trabalho, na mitologia grega: Prometeu e o Mito
de Pandora, por exemplo. |
Trabalho
explorado, que gera riqueza para a classe dominante, a cada época da
história. |
Trabalho:
ligado à solidariedade comunitária. O
trabalho é um elemento essencial na sociedade, reunindo pessoas e pondo-as em
uma ação produtiva, na qual cada um faz sua parte. |
Roma
antiga: sistema escravista. Tripalium
(latim, língua do Império Romano), instrumento de tortura, origem da palavra
trabalho. |
Luta
de classes: motor da história. Mais
valia: trabalho extra não pago ao trabalhador e apropriado, como forma de
lucro, pelos capitalistas. |
Solidariedade
mecânica: pré-capitalista. Mais natural. Exemplo: tribos indígenas; grupos de
caçadores-coletores primitivos. Solidariedade
orgânica: por exemplo, no capitalismo, com as necessidades individuais
supridas pelos membros, como um corpo formado por órgãos interdependentes. Há
funções a serem cumpridas. |
Na
Idade Média: Trabalho, fruto do pecado de Adão e Eva, expulsos do Paraíso
(Gênesis 2 – 3). |
Mais valia absoluta: caracterizada, principalmente, pelo exercício de
mais tempo de trabalho. Mais valia
relativa: caracterizada pela produtividade acelerada, em menos tempo,
com o auxílio de máquinas. |
Tensões
sociais pela exploração capitalista: vistas como questão moral, que pode
gerar anomia (falta de lei, regra, norma). Perspectiva
econômico-moral. |
Idade
Moderna, com a o Protestantismo – ética de valorização do trabalho, que impõe
uma vida regrada, produz riqueza e pode ajudar até na salvação da alma.
Porém: aceitação passiva da exploração capitalista. |
Burguesia:
faz a apropriação do
trabalho explorado do trabalhador
(operários, camponeses). Proletariado (trabalhadores comuns): sofre a expropriação, restando a cada
um(a) a força de trabalho. Expropriação
histórica. |
Referência: SILVA, Afrânio et alii. Trabalho e
Sociedade. In: __________. Sociologia
em Movimento. 2.ed. São Paulo, Moderna, 2016. (Cap. 9) |
(B)Trabalho: tem o poder de transformar a natureza,
essencial para a produção humana, a sobrevivência e o comércio.
(C)Transformação da natureza pelo trabalho humano,
unida à exploração e à expropriação (perda de bens e de direitos), é geradora
de problemas ambientais, aliada à ambição da classe dominante capitalista. Hoje
se fala muito da Amazônia (desmatamento e queimadas), do Pantanal de Mato
Grosso (desmatamento e queimadas), da poluição dos oceanos, etc.
Neoliberalismo.
(D)IDADE MÉDIA (COMPLEMTO, visando a questão do
trabalho):
*Na Idade Média (séculos V a XV d.C., aproximadamente,
de acordo com o quadripartismo histórico, divisão da história em Antiga,
Medieval, Moderna e Contemporânea) a sociedade tornou-se feudal. Feudos eram
grandes extensões de terras dominada por senhores (latifundiários), os chamados
senhores feudais. O trabalho era dividido entre:
(a) Servos da gleba (gleba = campo de plantio) e
artesão, de cujo trabalho dependia toda a sociedade, em termos de produção;
(b) Guerreiros, os senhores feudais, que tinham
soldados a seu serviço, além de serem guerreiros – os reis eram também senhores
feudais;
(c) Oradores: a Igreja Católica, cuja estrutura
permitiu-lhe permanecer firme mesmo diante da queda do Império Romano, no final
do mundo antigo. A Igreja realizava o trabalho sagrado (ligação dos homens com
Deus) e intelectual (manutenção da cultura escrita e intelectual, inclusive
antiga). O trabalho de copistas (boa parte, monges) foi imprescindível para a
preservação de documentos da antiguidade e daqueles tempos. As cópias, antes de existir a imprensa, que
surgiria só no século XV, na Europa, eram feitas à mão!
*Um ponto importante: a comparação entre as roupas
grosseiras dos servos da gleba (servos e familiares catando madeira) e as
refinadas ou melhores de senhoras e senhores feudais (exemplo da roupa no
casamento entre membros de famílias de senhores feudais diante da Igreja).
*Na Idade Média houve conflitos: guerras entre
senhores feudais, países da Europa, as guerras levadas adiante através das
cruzadas (guerras contra islamitas sob a pretensão de liberar a Terra Santa e
lugares sagrados, bem como de conversão), heresias (doutrinas contrárias aos
dogmas da Igreja Católica), entre outros. (Slides mostraram bem armamentos,
cercos de cidades e castelos e mortos caídos ao chão.)
*No que diz respeito às guerras e aos cercos, na Idade
Média (e até depois): domínio de regiões, cobrança de impostos, saques e butins
(despojos [bens] obtidos por meio dos ataques). Que relação existe entre isto e
o trabalho? Impostos cobrados e bens são frutos do TRABALHO. Em terras
conquistadas, produção de alimentos e outros produtos daí extraíveis. Naqueles
tempos, trabalho de servos, servas e seus demais familiares. Havia escravidão
também, que não sendo profundamente característica da divisão social medieval
europeia, ainda sim, aqui e ali, existia.
*Composição da família medieval: como uma árvore,
cujas raízes são antepassados da família, o tronco os pais e os galhos os
descendentes. Em alguns casos, havia uma pequena cidade ao fundo (ou um castelo
de senhor feudal) rodeada de campos – o feudo. Mas nem todo senhor feudal,
necessariamente, tinha castelo. Podia ser uma casa grande de madeira, rodeada
pelos campos e a vila dos camponeses ou suas casas.
PEQUENO COMENTÁRIO COMPLEMENTAR DO PROFESSOR:
·
Enquanto
Marx e Engels, ao analisarem o capitalismo e outros modos de produção, com
exceção do primitivo, viram neles a LUTA DE CLASSES e propunham a luta para a
derrubada do capitalismo, Max Weber e Émile Durkheim não adentraram no conflito
de classes, nem eram socialistas!
·
Sem
dúvida alguma, os quatro pensadores (Marx e Engels, Weber e Durkheim) deram
contribuições de fundamental importância para o entendimento do trabalho no
mundo ocidental e, particularmente, no capitalismo.
REFERÊNCIAS BÁSICAS:
ROMEIRO, Julieta et alii. Diálogo – Ciências Humanas e Sociais
Aplicadas. São Paulo, Moderna, 2021. (Seis volumes.) (Livros didáticos.)
Material disponível em: < https://pnld.moderna.com.br/ensino-medio/obras-didaticas/area-de-conhecimento/ciencias-humanas-e-sociais/dialogo > Acessos em 24/08/2024
e ao longo do bimestre.
SILVA, Afrânio et alii. Trabalho e Sociedade. In: __________. Sociologia em Movimento. 2.ed. São
Paulo, Moderna, 2016. (Cap. 9) (Livro didático.)
SUGESTÕES DE VÍDEOS:
FARACO JÚNIOR, Antônio Luiz Arquetti. A política como vocação, de
Max Weber. Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?v=uWUYXbi064M > Acesso em 23/08/2024.
GLOBO CIÊNCIA. Adam Smith e Karl
Marx: Liberalismo e Socialismo.
Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?v=QOmFyRpTvFM > Acesso em 23/08/2024.
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