sábado, 24 de agosto de 2024

TERCEIRO BIMESTRE - AULA 27 DE SOCIOLOGIA DOS SEGUNDOS ANOS. A QUESTÃO DO TRABALHO EM MARX, WEBER E DURKHEIM (TABELA) (Prof. José Antônio Brazão.)

  

SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA/SECRETARIA DE EDUCAÇÃO

COMANDO DE ENSINO POLICIAL MILITAR

 CEPMG - VASCO DOS REIS

Divisão de Ensino / Coordenação Pedagógica

TERCEIRO BIMESTRE

AULA 27 DE SOCIOLOGIA DOS SEGUNDOS ANOS:

TEMA: TRABALHO E SOCIEDADE. (Segundos anos)

Diálogo interdisciplinar entre Sociologia, Filosofia, História e Arte.

(A)A QUESTÃO DO TRABALHO EM MARX, WEBER E DURKHEIM (TABELA) (Prof. José Antônio Brazão.):

MAX WEBER

(ALEMÃO)

KARL MARX

(ALEMÃO)

ÉMILE DURKHEIM

(FRANCÊS)

Contexto histórico dos três: SÉCULO XIX – REVOLUÇÃO INDUSTRIAL.

A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo.

Manifesto do Partido Comunista, O Capital.

Da Divisão Social do Trabalho.

Grécia antiga: sistema escravista. Trabalho, na mitologia grega: Prometeu e o Mito de Pandora, por exemplo.

Trabalho explorado, que gera riqueza para a classe dominante, a cada época da história.

Trabalho: ligado à solidariedade comunitária.

O trabalho é um elemento essencial na sociedade, reunindo pessoas e pondo-as em uma ação produtiva, na qual cada um faz sua parte.

Roma antiga: sistema escravista. Tripalium (latim, língua do Império Romano), instrumento de tortura, origem da palavra trabalho.

Luta de classes: motor da história.

Mais valia: trabalho extra não pago ao trabalhador e apropriado, como forma de lucro, pelos capitalistas.

Solidariedade mecânica: pré-capitalista. Mais natural. Exemplo: tribos indígenas; grupos de caçadores-coletores primitivos.

Solidariedade orgânica: por exemplo, no capitalismo, com as necessidades individuais supridas pelos membros, como um corpo formado por órgãos interdependentes. Há funções a serem cumpridas.

Na Idade Média: Trabalho, fruto do pecado de Adão e Eva, expulsos do Paraíso (Gênesis 2 – 3).

Mais valia absoluta: caracterizada, principalmente, pelo exercício de mais tempo de trabalho. Mais valia relativa: caracterizada pela produtividade acelerada, em menos tempo, com o auxílio de máquinas.

Tensões sociais pela exploração capitalista: vistas como questão moral, que pode gerar anomia (falta de lei, regra, norma). Perspectiva econômico-moral.

Idade Moderna, com a o Protestantismo – ética de valorização do trabalho, que impõe uma vida regrada, produz riqueza e pode ajudar até na salvação da alma. Porém: aceitação passiva da exploração capitalista.

Burguesia: faz a apropriação do trabalho explorado do trabalhador (operários, camponeses). Proletariado (trabalhadores comuns): sofre a expropriação, restando a cada um(a) a força de trabalho. Expropriação histórica.

Referência:

SILVA, Afrânio et alii. Trabalho e Sociedade. In: __________. Sociologia em Movimento. 2.ed. São Paulo, Moderna, 2016. (Cap. 9)

(B)Trabalho: tem o poder de transformar a natureza, essencial para a produção humana, a sobrevivência e o comércio.

(C)Transformação da natureza pelo trabalho humano, unida à exploração e à expropriação (perda de bens e de direitos), é geradora de problemas ambientais, aliada à ambição da classe dominante capitalista. Hoje se fala muito da Amazônia (desmatamento e queimadas), do Pantanal de Mato Grosso (desmatamento e queimadas), da poluição dos oceanos, etc. Neoliberalismo.

(D)IDADE MÉDIA (COMPLEMTO, visando a questão do trabalho):

*Na Idade Média (séculos V a XV d.C., aproximadamente, de acordo com o quadripartismo histórico, divisão da história em Antiga, Medieval, Moderna e Contemporânea) a sociedade tornou-se feudal. Feudos eram grandes extensões de terras dominada por senhores (latifundiários), os chamados senhores feudais. O trabalho era dividido entre:

(a) Servos da gleba (gleba = campo de plantio) e artesão, de cujo trabalho dependia toda a sociedade, em termos de produção;

(b) Guerreiros, os senhores feudais, que tinham soldados a seu serviço, além de serem guerreiros – os reis eram também senhores feudais;

(c) Oradores: a Igreja Católica, cuja estrutura permitiu-lhe permanecer firme mesmo diante da queda do Império Romano, no final do mundo antigo. A Igreja realizava o trabalho sagrado (ligação dos homens com Deus) e intelectual (manutenção da cultura escrita e intelectual, inclusive antiga). O trabalho de copistas (boa parte, monges) foi imprescindível para a preservação de documentos da antiguidade e daqueles tempos.  As cópias, antes de existir a imprensa, que surgiria só no século XV, na Europa, eram feitas à mão!

*Um ponto importante: a comparação entre as roupas grosseiras dos servos da gleba (servos e familiares catando madeira) e as refinadas ou melhores de senhoras e senhores feudais (exemplo da roupa no casamento entre membros de famílias de senhores feudais diante da Igreja).

*Na Idade Média houve conflitos: guerras entre senhores feudais, países da Europa, as guerras levadas adiante através das cruzadas (guerras contra islamitas sob a pretensão de liberar a Terra Santa e lugares sagrados, bem como de conversão), heresias (doutrinas contrárias aos dogmas da Igreja Católica), entre outros. (Slides mostraram bem armamentos, cercos de cidades e castelos e mortos caídos ao chão.)

*No que diz respeito às guerras e aos cercos, na Idade Média (e até depois): domínio de regiões, cobrança de impostos, saques e butins (despojos [bens] obtidos por meio dos ataques). Que relação existe entre isto e o trabalho? Impostos cobrados e bens são frutos do TRABALHO. Em terras conquistadas, produção de alimentos e outros produtos daí extraíveis. Naqueles tempos, trabalho de servos, servas e seus demais familiares. Havia escravidão também, que não sendo profundamente característica da divisão social medieval europeia, ainda sim, aqui e ali, existia.

*Composição da família medieval: como uma árvore, cujas raízes são antepassados da família, o tronco os pais e os galhos os descendentes. Em alguns casos, havia uma pequena cidade ao fundo (ou um castelo de senhor feudal) rodeada de campos – o feudo. Mas nem todo senhor feudal, necessariamente, tinha castelo. Podia ser uma casa grande de madeira, rodeada pelos campos e a vila dos camponeses ou suas casas.

PEQUENO COMENTÁRIO COMPLEMENTAR DO PROFESSOR:

 

·       Enquanto Marx e Engels, ao analisarem o capitalismo e outros modos de produção, com exceção do primitivo, viram neles a LUTA DE CLASSES e propunham a luta para a derrubada do capitalismo, Max Weber e Émile Durkheim não adentraram no conflito de classes, nem eram socialistas!

·       Sem dúvida alguma, os quatro pensadores (Marx e Engels, Weber e Durkheim) deram contribuições de fundamental importância para o entendimento do trabalho no mundo ocidental e, particularmente, no capitalismo.

 

REFERÊNCIAS BÁSICAS:

ROMEIRO, Julieta et alii. Diálogo – Ciências Humanas e Sociais Aplicadas. São Paulo, Moderna, 2021. (Seis volumes.) (Livros didáticos.) Material disponível em: < https://pnld.moderna.com.br/ensino-medio/obras-didaticas/area-de-conhecimento/ciencias-humanas-e-sociais/dialogo > Acessos em 24/08/2024 e ao longo do bimestre.

SILVA, Afrânio et alii. Trabalho e Sociedade. In: __________. Sociologia em Movimento. 2.ed. São Paulo, Moderna, 2016. (Cap. 9) (Livro didático.)

 

SUGESTÕES DE VÍDEOS:

FARACO JÚNIOR, Antônio Luiz Arquetti. A política como vocação, de Max Weber. Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?v=uWUYXbi064M > Acesso em 23/08/2024.

GLOBO CIÊNCIA. Adam Smith e Karl Marx: Liberalismo e Socialismo. Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?v=QOmFyRpTvFM > Acesso em 23/08/2024.

 

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