COMANDO DE
ENSINO POLICIAL MILITAR
CEPMG -
VASCO DOS REIS
Divisão de
Ensino / Coordenação Pedagógica
TERCEIRO BIMESTRE
AULA 26 DE SOCIOLOGIA DOS PRIMEIROS ANOS:
KARL MARX (SÉCULO XIX) (Prof. José Antônio Brazão.)
KARL MARX E FRIEDRICH ENGELS (Prof. José Antônio
Brazão.)
I - A luta de classes:
Marx e Engels pelo partido
Um opúsculo escreveram.
Com esforço intelectual efetivo,
Do Partido Comunista o Manifesto teceram.
De cara, a luta de classes deixaram clara:
Constituidora da história.
Pela análise crítica,
Para esclarecê-la, usaram a memória.
A luta que os trabalhadores
Travam com os capitalistas agora,
Outros travaram contra seus exploradores
Em tempos de outrora.
A vida determina a consciência,
Não o contrário, como de Hegel o Espírito.
Dada a necessidade de sobrevivência,
Transformar a natureza tornou-se preciso.
Diferentes modos de produção surgiram:
Primitivo, asiático e escravista.
Além deles, por contradições, outros nasceram:
O modo de produção feudal e o capitalista.
Na maioria deles a exploração cruel
De classes submetidas por dominadores:
Horas de sofrimento, como fel,
Trabalho duro e muitas dores.
Conflitos, eventualmente, surgiram:
Revoltas de escravos emergiram,
Fugas e outros atritos,
Pois eram ao chicote e ao açoite constritos.
Senhores versus escravos,
Patrícios versus plebeus,
Capitalistas versus operários.
Classes espoliando outras, a defender interesses
seus.
Dessas lutas, no século dezenove,
Ora leis vieram a surgir:
Umas que a si o capital aprouve,
Outras aos operários a atender.
Direitos conquistados a duras penas:
Melhores condições e salários,
Menos horas das de trabalhos:
Viver dignamente queriam apenas.
II – Modos de produção:
Da produção e do árduo trabalho
A vida material depende.
A todos os âmbitos do real
A humana ação se estende.
No modo de produção primitivo,
Dependendo da coleta e da caça,
O ser humano, no seu coletivo
A natureza ultrapassa.
Aprendendo dos outros o domínio
De escravista o modo de produção,
Com o tempo, foi surgindo,
Baseado na insidiosa escravidão.
Gregos, romanos e outros povos
Enorme número de escravos vindos da guerra,
Uns em minas e serviços pesados, outros
Postos a trabalhar na dura terra.
Grandes feudos, latifúndios enormes
Avançavam pelo mundo europeu,
Dominados por guerreiros senhores:
Assim o modo de produção feudal nasceu.
Foi com a queda do romano império
Que a desordem inicial se instalou,
Com o da terra domínio senhorio,
O trabalho de servos se explorou.
Mas, por dentro, como em outros, a contradição
Foi, com o tempo, engendrando:
A classe burguesa, pelo poder a paixão,
Dia a dia, vinha se firmando.
Do sistema feudal das amarras
A burguesia queria se soltar,
Pois, com o comércio e o tempo, se enriquecera:
O capitalista modo de produção viria a brotar.
A burguesia, avançando a nível internacional
Por diferentes meios e recursos,
Demonstrava claríssimo potencial,
Poderes e forças produtivas antes nunca vistos.
Nas fábricas e grandes indústrias, artifícios,
Como máquinas impulsionadas
Pelas águas, por vapor e mecanismos
Usados na produção, desde as alvoradas.
Diário, pesado e até noturno, o trabalho cansativo
Retirava de homens, mulheres e crianças
Parte do amor que tinham subjetivo,
Arrancando-lhes valores e esperanças.
À sobrevivência obrigados,
Trabalhadoras e trabalhadoras
Com corpos calejados
Começaram ações libertadoras.
Greves, paralisações e sindicatos,
Movimentos os mais diversos,
Exigindo humanitários direitos,
Cansados de sofrimentos à vida adversos.
O infantil trabalho seria abolido,
Após muitas lutas e mesmo mortes,
De dez a oito horas-dia tempo diminuído,
Por leis que viriam da vida melhorar a sorte.
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