sábado, 17 de agosto de 2024

TERCEIRO BIMESTRE - AULA 26 DE FILOSOFIA DOS PRIMEIROS ANOS. BREVE ESTUDO SOBRE O AMOR PLATÔNICO. (Prof. José Antônio Brazão.)

  

SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA/SECRETARIA DE EDUCAÇÃO

COMANDO DE ENSINO POLICIAL MILITAR

 CEPMG - VASCO DOS REIS

Divisão de Ensino / Coordenação Pedagógica

TERCEIRO BIMESTRE

AULA 26 DE FILOSOFIA DOS PRIMEIROS ANOS

1)    Livro Diálogos: Ser Humano, Cultura e Sociedade, que é o volume 1 dos primeiros anos, página 74.

2)    Explicar o texto do livro.

3)    Desenho do mito da caverna, no quadro. Usar pincéis atômicos para quadros brancos, com cores diferentes de pincéis.

4)    Explicar o desenho em detalhes.

BREVE ESTUDO SOBRE O AMOR PLATÔNICO:

(Prof. José Antônio Brazão.)

LEIA ATENTAMENTE OS POEMAS (SONETOS) A SEGUIR, DE LUÍS VAZ DE CAMÕES (escritor português do século XVI):

Ambos os sonetos tratam do AMOR.

SONETO 5:

Amor é um fogo que arde sem se ver;

é ferida que dói e não se sente;

é um contentamento descontente;

é dor que desatina sem doer.

 

É um não querer mais que bem querer;

é um andar solitário entre a gente;

é nunca contentar-se de contente;

é um cuidar que ganha em se perder.

 

É querer estar preso por vontade;

é servir a quem vence, o vencedor;

é ter com quem nos mata, lealdade.

 

Mas como causar pode seu favor

nos corações humanos amizade

se tão contrário a si é o mesmo Amor?

 

SONETO 48:

 

Quem quiser ver de Amor uma excelência

onde sua fineza mais se apura,

atente onde me põe minha ventura,

por ter de minha fé experiência.

 

Onde lembranças mata a longa ausência,                    [Em 1598: matão.]

em temeroso mar, em guerra dura,

ali a saudade está segura,

quando mor risco corre a paciência.

 

Mas ponha-me Fortuna e o duro Fado

em nojo, morte, dano e perdição,                     [nojo = situação de quem se aborrece.]

ou em sublime e próspera ventura;

 

ponha-me, enfim, em baixo ou alto estado;

que até na dura morte me acharão

na língua o nome, n’alma a vista pura.

 

Fonte dos sonetos:

CAMÕES, Luís de. Sonetos. São Paulo, Martin Claret, 2000. (Col. A Obra-Prima de Cada Autor, 16.)

TEMPESTADE DE IDEIAS – ANOTAR NO QUADRO. Perguntar a cada estudante o que entendeu dos poemas.

Análise inicial, simples, do Soneto 5:

Para Platão, o ser humano deve elevar sua alma ao Amor ideal (inteligível), ao Mundo das Ideias (Mundo Inteligível), onde habitam as Ideias (Formas) perfeitas de tudo que existe e o BEM.

Os mundos de Platão:                  (USAR DESENHOS E DIAGRAMAS.)

Bem (Ideia/Forma mais perfeita).

Eterno

Ideias: formas (modelos) perfeitas(os).

Perfeito.

Imutável

Alcançável pelo pensamento.

MUNDO DAS IDEIAS (Mundo Inteligível)

MUNDO SENSÍVEL (Mundo dos sentidos)

Perceptível pelos cinco sentidos (olfato, tato, paladar, visão e audição).

Sol

Mutável.

Imperfeito.

Cópia imperfeita de ideias do Mundo Inteligível.

Trabalho do Demiurgo, que, nos primórdios, contemplou o inteligível, achou belas as formas eternas e as quis copiar usando a matéria-prima do caos.

Trecho em que Platão fala do Demiurgo, no livro TIMEU:

Após a aprovação do proêmio por Sócrates, Timeu começa por definir a causa que constituiu o mundo:

Ele era bom, e no que é bom jamais nasce inveja de qualquer espécie. Por que estava livre de inveja, quis que tudo fosse o mais semelhante a si possível. Quem aceitar de homens sensatos que esta é a origem mais válida do devir e do mundo estará a aceitar o raciocínio mais acertado. Na verdade, o deus quis que todas as coisas fossem boas e que, no que estivesse à medida do seu poder, não existisse nada de imperfeito. Deste modo, pegando em tudo quanto havia de visível, que não estava em repouso, mas se movia irregular e desordenadamente, da desordem tudo conduziu a uma ordem por achar que esta é sem dúvida melhor do que aquela. Com efeito, a ele, sendo supremo, foi e é de justiça que outra coisa não faça senão o mais belo.” (Timeu 29e-30a). (PLATÃO. Timeu 29e-30a. In: MANINI, João Luis Serra. O DEUS ARTESÃO: O PAPEL DO DEMIURGO NO TIMEU DE PLATÃO. Dissertação de mestrado. Belo Horizonte – MG, Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, Maio – 2014. Disponível em: < https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-B3PHMT/1/disserta__o_de_mestrado___jo_o_manini.pdf > Acesso em 17/08/2024.) (Grifos do Prof. José Antônio.)

 

 

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