COMANDO DE
ENSINO POLICIAL MILITAR
CEPMG -
VASCO DOS REIS
Divisão de
Ensino / Coordenação Pedagógica
TERCEIRO BIMESTRE
AULA 26 DE FILOSOFIA DOS PRIMEIROS ANOS
1)
Livro Diálogos: Ser Humano, Cultura e Sociedade, que é o volume 1 dos
primeiros anos, página 74.
2)
Explicar o texto do livro.
3)
Desenho do mito da caverna, no quadro. Usar pincéis
atômicos para quadros brancos, com cores diferentes de pincéis.
4)
Explicar o desenho em detalhes.
BREVE ESTUDO SOBRE O AMOR PLATÔNICO:
(Prof. José
Antônio Brazão.)
LEIA
ATENTAMENTE OS POEMAS (SONETOS) A SEGUIR, DE LUÍS VAZ DE CAMÕES (escritor
português do século XVI):
Ambos os
sonetos tratam do AMOR.
SONETO 5:
Amor
é um fogo que arde sem se ver;
é
ferida que dói e não se sente;
é
um contentamento descontente;
é
dor que desatina sem doer.
É
um não querer mais que bem querer;
é
um andar solitário entre a gente;
é
nunca contentar-se de contente;
é
um cuidar que ganha em se perder.
É
querer estar preso por vontade;
é
servir a quem vence, o vencedor;
é
ter com quem nos mata, lealdade.
Mas
como causar pode seu favor
nos
corações humanos amizade
se
tão contrário a si é o mesmo Amor?
SONETO 48:
Quem
quiser ver de Amor uma excelência
onde
sua fineza mais se apura,
atente
onde me põe minha ventura,
por
ter de minha fé experiência.
Onde
lembranças mata a longa ausência, [Em 1598: matão.]
em
temeroso mar, em guerra dura,
ali
a saudade está segura,
quando
mor risco corre a paciência.
Mas
ponha-me Fortuna e o duro Fado
em
nojo, morte, dano e perdição, [nojo = situação de quem
se aborrece.]
ou
em sublime e próspera ventura;
ponha-me,
enfim, em baixo ou alto estado;
que
até na dura morte me acharão
na
língua o nome, n’alma a vista pura.
Fonte
dos sonetos:
CAMÕES,
Luís de. Sonetos. São Paulo, Martin
Claret, 2000. (Col. A Obra-Prima de Cada Autor, 16.)
TEMPESTADE
DE IDEIAS – ANOTAR NO QUADRO. Perguntar a cada estudante o que entendeu dos
poemas.
Análise inicial, simples, do Soneto 5:
Para Platão, o ser humano deve elevar sua alma ao Amor
ideal (inteligível), ao Mundo das Ideias (Mundo Inteligível), onde habitam as
Ideias (Formas) perfeitas de tudo que existe e o BEM.
Os mundos de Platão: (USAR DESENHOS E DIAGRAMAS.)
Bem (Ideia/Forma mais perfeita). Eterno Ideias: formas (modelos)
perfeitas(os). Perfeito. Imutável Alcançável pelo pensamento. |
MUNDO DAS IDEIAS (Mundo
Inteligível) |
MUNDO SENSÍVEL (Mundo dos sentidos)
|
Perceptível pelos cinco sentidos
(olfato, tato, paladar, visão e audição). Sol Mutável. Imperfeito. Cópia imperfeita de ideias do Mundo
Inteligível. Trabalho do Demiurgo, que, nos
primórdios, contemplou o inteligível, achou belas as formas eternas e as quis
copiar usando a matéria-prima do caos. |
Trecho em que Platão fala
do Demiurgo, no livro TIMEU:
Após a aprovação do proêmio por Sócrates, Timeu
começa por definir a causa que constituiu o mundo:
“Ele era
bom, e no que é bom jamais nasce inveja de qualquer espécie. Por que estava
livre de inveja, quis que tudo fosse o mais semelhante a si possível. Quem
aceitar de homens sensatos que esta é a origem mais válida do devir e do mundo
estará a aceitar o raciocínio mais acertado. Na verdade, o deus quis que todas as coisas fossem boas e que,
no que estivesse à medida do seu poder, não existisse nada de imperfeito. Deste
modo, pegando em tudo quanto havia de visível, que não estava em repouso, mas
se movia irregular e desordenadamente, da desordem tudo conduziu a uma ordem
por achar que esta é sem dúvida melhor do que aquela. Com efeito, a ele, sendo
supremo, foi e é de justiça que outra coisa não faça senão o mais belo.” (Timeu
29e-30a). (PLATÃO. Timeu 29e-30a. In: MANINI, João Luis Serra. O DEUS ARTESÃO: O PAPEL DO
DEMIURGO NO TIMEU DE PLATÃO.
Dissertação de mestrado. Belo Horizonte – MG, Faculdade de Filosofia e Ciências
Humanas, Maio – 2014. Disponível em: < https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-B3PHMT/1/disserta__o_de_mestrado___jo_o_manini.pdf > Acesso em 17/08/2024.) (Grifos do Prof.
José Antônio.)
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