domingo, 14 de maio de 2023

SEGUNDO BIMESTRE - AULA 16 DE SOCIOLOGIA DOS SEGUNDOS ANOS: TABELA DOS PENSADORES DA POLÍTICA MODERNA (contin.) (Prof. José Antônio Brazão.)

  

SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA/SECRETARIA DE EDUCAÇÃO

COMANDO DE ENSINO POLICIAL MILITAR

 CEPMG - VASCO DOS REIS

Divisão de Ensino / Coordenação Pedagógica

SEGUNDO BIMESTRE

AULA 16 DE SOCIOLOGIA DOS SEGUNDOS ANOS:

 

 CONTINUAÇÃO DO ESTUDO DA TABELA DOS PENSADORES DA POLÍTICA MODERNA (Prof. José Antônio Brazão.):

1)             Nicolau Maquiavel.

2)             Thomas More.

3)             Thomas Hobbes.

4)             Jean-Jacques Rousseau.

 

 

TABELA DISPONÍVEL NO MATERIAL DA AULA 15.

 

TEMA: 1) NICOLAU MAQUIAVEL. (CONCLUIR.)


 

SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA/SECRETARIA DE EDUCAÇÃO

COMANDO DE ENSINO POLICIAL MILITAR

 CEPMG - VASCO DOS REIS

Divisão de Ensino / Coordenação Pedagógica

SÉRIE/ANO:  SEGUNDO

TURMA(S): A,B,C,D,E,F,G,H,I.

DISCIPLINA: SOCIOLOGIA - MATEMATICIDADES

DATA:        /        / 202_____

PROFESSOR (A/ES): JOSÉ ANTÔNIO BRAZÃO.

TEMA: SOCIEDADE, DEMOCRACIA E POLÍTICA – OS PENSADORES E A POLÍTICA. (RESUMIDO)

ALUNO (A): ___________________________________________________________________N°                                                                                                                

ASPECTOS

NICOLAU MAQUIAVEL

(SÉC. XV\XVI)

THOMAS MORE

(SÉC. XVI)

THOMAS HOBBES

(SÉC. XVII)

JEAN-JACQUES ROUSSEAU

(SÉC. XVIII)

LIVRO

O PRÍNCIPE.

UTOPIA.

LEVIATÃ.

O CONTRATO SOCIAL.

CONTEXTO HISTÓRICO (REALIDADE)

*Itália renascentista cheia de reinos, conflitos e tomadas de poder.

*Destaque para César Bórgia, um grande comandante.

*Família Médici firmando-se no poder. Banqueiros.

(cf. More e parte de Hobbes)

*Grandes navegações.

*Riquezas de uma minoria.

*Pobreza, sofrimento e miséria de muitos.       *Escravidão.

*Inflação alta.

*Manufaturas de lã à expulsões de agricultores à criação de ovelhas. (cf. Hobbes)

*Inglaterra monárquica.

*Renascimento há, pelo menos, dois séculos.

*Reforma Protestante: em expansão.

*Burguesia fortalecendo-se mais.

(Cf. More.)

*Revolução Industrial.

*Exploração cada vez maior dos trabalhadores nas fábricas.

*Pobreza.

*Educação tradicional e rígida.

*Poucos privilegiados.

*Iluminismo (as luzes da razão).

SOCIEDADE (REALIDADE E CONCEPÇÃO)

*As pessoas não são confiáveis.

*As pessoas são mesquinhas (fracas e volúveis).

*Golpes e tomadas de poder.

*Realismo político.

*More imagina uma sociedade ideal na ilha de Utopia, justa, sem miséria e onde todos trabalham.

*O governo de Utopia é justo e íntegro.

*Em Utopia: educação, ciência e tecnologia avançadas.

*Antes da sociedade: estado natural. Na natureza: conflitos constantes.

*O homem é o lobo do homem.

*Pacto coletivo na formação da sociedade.

*Antes da sociedade: estado natural. Na natureza: bondade humana intrínseca. Todos eram bons.

*Tomada de terras por alguns à contrato imposto àsociedade.

*Proposta de novo contrato (o contrato social): pacto social + vontade geral.

GOVERNO E PODER

*O príncipe (governante) deve desconfiar de todos e impor o temor.

*O poder se mantém pela força, o temor e a astúcia do príncipe.

*O príncipe deve meter medo até nos nobres e próximos, mas evitar o ódio.

*Males: de uma vez. O bem: fazer aos poucos.

*Governo de Utopia: a serviço de todos.

*Influência teórica de Platão (A República) e da Bíblia (a Jerusalém celeste, no Apocalipse 22).

*Outra influência: Agostinho (A Cidade de Deus).

*Evitar mortes e garantir propriedade à eleição comum de um governante absoluto. (Pacto.)

*Poder ilimitado do governante, incluindo sobre a vida.

*O governante: comparável ao Leviatã (monstro bíblico do mar).

*Poder militar, político e religioso do governante Leviatã.

*Contrato Social proposto: não imposto, livre.

*Pacto social: cada um abdica do excesso de riquezas em favor da coletividade.

*Vontade geral: vontade da maioria.

*Emílio ou Da Educação: educação natural. Certo retorno à natureza. Oposição à educação tradicional.

*O bom selvagem à literatura.

PÁGINA 1.

 

 

TEMA: SOCIEDADE, DEMOCRACIA E POLÍTICA – OS PENSADORES E A POLÍTICA.

ASPECTOS

NICOLAU MAQUIAVEL

(SÉC. XV\XVI)

THOMAS MORE

(SÉC. XVI)

THOMAS HOBBES

(SÉC. XVII)

JEAN-JACQUES ROUSSEAU

(SÉC. XVIII)

LIVRO

O PRÍNCIPE.

UTOPIA.

LEVIATÃ.

O CONTRATO SOCIAL.

CONTEXTO HISTÓRICO (REALIDADE)

Os homens são ingratos, inconstantes e não confiáveis. Maquiavel não idealiza as pessoas, parte da realidade e dos conhecimentos de casos históricos que conhecia. Maquiavel era um leitor assíduo dos antigos. “(...)quanto ao exercício do pensamento, o príncipe dever ler histórias de países e considerar as ações dos grandes homens, observar como se conduziram nas guerras, examinar as razões de suas vitórias e derrotas, para poder fugir destas e imitar aquelas.” (Maquiavel, trecho de O Príncipe, citado no livro Filosofando, ed. 1994: p. 208).

A sociedade europeia de seu século manifestava, ao mesmo tempo, a euforia da riqueza advinda das grandes navegações, mas também os cercamentos para produção de lã e o empobrecimento de muita gente, em parte expulsa do campo por conta desses cercamentos. More vê  a realidade injusta da sociedade europeia de seu tempo (miséria, pobreza, conflitos) e sobre isto reflete bem. Tendo um olhar racional e cristão (era católico praticante).

No estado de natureza os homens são verdadeiros lobos uns dos outros (Homo homini lupus = O homem é o lobo do homem). O conflito é constante e põem em risco a vida das pessoas. “As paixões que fazem os homens tender para a paz são o medo da morte, o desejo daquelas coisas que são necessárias para a vida confortável e a esperança de consegui-las através do trabalho. E a razão sugere adequadas normas de paz, em torno das quais os homens podem chegar a acordo. Essas normas são aquelas que (...) se chamam leis da natureza” (Hobbes) (Ibidem, p.214).

No estado de natureza os homens são bons, carregando consigo a bondade. Mas nem tudo é perfeito, como se poderá ver na imposição do primeiro contrato sobre os mais fracos. “O verdadeiro fundador da sociedade civil foi o primeiro que, tendo cercado um terreno, lembrou-se de dizer isto é meu e encontrou pessoas suficientemente simples para acredita-lo” (Rousseau) (Idem ibidem, p. 228). No EMÍLIO, por exemplo, propõe um retorno à natureza.

SOCIEDADE

A sociedade não é confiável, cabendo ao governante buscar mais ser temido que amado: “(...)é muito mais seguro ser temido que amado, quando se tenha que falhar numa das duas” (Maquiavel, idem).

More imagina uma sociedade ideal, que habita na ilha de Utopia, justa e íntegra, em que os bens sociais são postos a serviço de todos. Nela também a ciência é desenvolvida e está a serviço de todos.

A sociedade formou-se a partir do momento em que as pessoas abdicaram do poder sobre si mesmas, em favor de um governante, cujos poderes seriam absolutos e incontestáveis.

A sociedade formou-se a partir do momento em que os mais poderosos tomaram terras e bens antes coletivos e impuseram um contrato injusto que todos deveriam aceitar.

GOVERNANTE

Maquiavel apresenta em seu livro um comentário sobre o poder, sem idealização, o poder real e os meios de consegui-lo e mantê-lo. O príncipe (governante) deve ser poderoso, temível e astuto: “(...)cada príncipe deve desejar ser tido como piedoso e não como cruel” (Maquiavel, id.ibid.p.208), mas usar de forma conveniente tal piedade.

O governo de Utopia é justo, não se deixando levar pela corrupção, mas preocupado com o bem da coletividade. Modelo: o governo que aparece na República, de Platão, e seguramente as comunidades cristãs primitivas (More conhecia bem o pensamento cristão).

O governante pode ser um rei ou uma assembleia, dispondo de poder absoluto, inclusive sobre a vida e a morte dos súditos em nome do bem do Estado e da sociedade. Nele unem-se o poder civil e religioso. Deve ser astuto, conservando o poder que lhe foi dado pelos súditos.

Um novo CONTRATO SOCIAL é necessário, onde o governante seja representante da maioria, a partir do pacto social e da vontade geral. A soberania, de fato, não é “senão o exercício da vontade geral. (...) O poder pode transmitir-se; não, porém, a vontade.” (J.J. Rousseau) (Ide. Ibid., p. 229)

PODER

O príncipe (governante) não deve dividir o poder, mas cuidar para que ele permaneça em suas mãos. E é necessário que ele “aprenda a poder ser mal e que se valha ou deixe de valer-se disso segundo a necessidade” (Maquiavel) (p. 209)

O poder, em Utopia, é posto a serviço, efetivamente, de toda a sociedade, do bem comum.

O poder do governante é absoluto, incontestável e indivisível, tendo em vista a entrega do poder que cada tinha um sobre si para ele. E tem também o poder de punir quem quer que conteste seu poder.

O poder, com o novo contrato social, deve emanar do pacto social e da vontade geral (vontade da maioria). A vontade geral, isto é, da maioria dos cidadãos, é inalienável e deve ser respeitada pelo governante.

AÇÕES

O príncipe não pode confiar nas pessoas cegamente, deve buscar efetivamente ser temido, mas não é um mero ditador, devendo cuidar da vida e do bem dos súditos, sabendo fazer o bem e até o mal a estes, nos momentos certos e das maneiras devidas, para assegurar sua aceitação (apoio) e seu poder.

As ações dos governantes e da sociedade de Utopia dirigem-se ao bem coletivo, usando o desenvolvimento técnico e científico a favor de todos. Todo mundo deve trabalhar em prol da coletividade.

O governante poderoso deve zelar pela propriedade e pela vida das pessoas: “o pacto visa garantir os interesses dos indivíduos, sua conservação e sua propriedade” (Filosofando, 1994: p. 212).

O novo contrato, o CONTRATO SOCIAL, dever ser aceito livremente por todos, cujas bases devem ser o pacto social (pacto ou acordo em que todos o que o aceitam deverão abdicar de riquezas em benefício da coletividade) e a vontade geral (vontade da maioria).

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