terça-feira, 21 de fevereiro de 2023

PRIMEIRO BIMESTRE – PRIMEIROS ANOS AULA 2 DE TÓPICOS DE CIÊNCIAS HUMANAS: GOIÁS ANTES DOS PORTUGUESES NO BRASIL (Prof. José Antônio Brazão.)

 

SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA/SECRETARIA DE EDUCAÇÃO

COMANDO DE ENSINO POLICIAL MILITAR

 CEPMG - VASCO DOS REIS

Divisão de Ensino / Coordenação Pedagógica

 

 PRIMEIRO BIMESTRE – PRIMEIROS ANOS

AULA 2 DE TÓPICOS DE CIÊNCIAS HUMANAS:

GOIÁS ANTES DOS PORTUGUESES NO BRASIL (Prof. José Antônio Brazão.)

Querer entender a formação cultural de Goiás é algo que demanda um exercício de viagem, em termos de conhecimento e de imaginação, ao longo do passado. E para que se possa compreender com mais clareza essa história é preciso mergulhar em um tempo que remete a muitas centenas de anos atrás, na própria pré-história.

Já foi visto que da África seres humanos (grupos de homo sapiens) saíram em direção norte até o Oriente Médio e daí para a Europa e a Ásia, da Ásia para América do Norte, via Estreito de Bering. Na sequência, descendentes daqueles grupos originários foram se dirigindo cada vez mais ao sul das América, até chegar ao Brasil Central. A seguinte citação é longa mas esclarecedora. Vejamo-la:

Pré-história em Goiás:

Pré-História
Goiás tem sua primeira ocupação humana datada entre 11000 e 9000 a.C., com vários sítios arqueológicos espalhados por todo Estado, nos municípios de Serranópolis, Caiapônia, Formosa e Niquelândia. Muitos acreditam que os primeiros habitantes do Brasil viveram em Goiás.


A maioria dos sítios está localizada sob rochas, em cavernas, onde são encontradas pinturas e gravuras de grupos de ceramistas agricultores. Os sítios a céu aberto são associados a grupos de caçadores e coletores.
As representações nas paredes geralmente mostram animais comuns àquele determinado grupo, como lagartos, macacos, emas e vários outros animais. No município de Formosa, as figuras apresentam formas mais geométricas, estilo característico da região.


O primeiro representante da espécie humana a habitar a região foi o Homem Paranaíba, que era um caçador-coletor, possuindo alguns artefatos para a caça. Outro grupo também que faz parte dos primeiros habitantes de Goiás é o que viveu na área do município de Serranópolis, onde sofreram com mudanças climáticas e mudaram alguns hábitos.


Aqui viveram os índios ceramistas que se destacaram por desenvolverem a produção de utensílios feitos de cerâmica. Esse grupo se divide em quatro tradições: Una, Aratu, Uru e Tupi-Guarani, sendo estes os mais recentes e que viviam em aldeias do Alto Araguaia e na Bacia do Tocantins. Várias são as tribos que foram encontradas em território goiano, começando pelos próprios Goyá, que deram origem ao nome do estado. A tribo está extinta e acredita-se que seja de origem Tupi. Além dos goyá, habitavam a região os índios caiapós, acroás, bororos, carajás, xavantes, xerentes e xacriabás, em sua maioria seminômades, caçadores e coletores, vivendo em aldeias, praticando a cultura de mandioca.”

(TEXTO DE: TRABALHOS FEITOS. Pré-História em Goiás. Disponível em: < https://www.trabalhosfeitos.com/ensaios/Pr%C3%A9-Hist%C3%B3ria-Em-Goi%C3%A1s/646870.html > Acesso em 21 de janeiro de 2023.)

Como se pode ver, os primeiros homens e mulheres a habitar a região central do Brasil foram grupos de caçadores, coletores, alguns dos quais já haviam, ao longo de centenas de anos de descobertas e aprendizados e de tradição  (transmissão cultural), aprendido a dominar o uso de ferramentas feitas de pedra, madeira, ossos, entre outros materiais. Ferramentas simples, incluindo armas como lanças, flechas, arcos e as próprias pedras. Aprenderam a trançar fibras de folhas largas de árvores e outros materiais fibrosos para construir cabanas, juntamente com estacas e materiais tirados de árvores e outras plantas.

Alguns grupos, senão todos, já haviam aprendido a agricultura, fator de fixação ao redor de um terreno, com a formação de tribos espalhadas por vários lugares. A mandioca, hoje muito comum em uma multiplicidade de receitas, é planta da agricultura e de nome indígena. Com toda certeza, com o uso da linguagem, os mais velhos comentavam e comunicavam histórias de mitos, certamente aumentando algum elemento, aqui e ali, em cada história, ao redor do fogo. Brincadeiras eram comuns entre as crianças, envolvendo diretamente os corpos, tanto em terra quanto em lagos e rios.

O conhecimento era transmitido oralmente: conhecimento de plantas, animais, caça, entre outros tantos necessários à vivência e à sobrevivência de cada grupo, de cada tribo.

Na próxima aula continuaremos a estudar a presença indígena em Goiás.

Nenhum comentário: