terça-feira, 21 de fevereiro de 2023

PRIMEIRO BIMESTRE - AULA 5 DE TÓPICOS DE CIÊNCIAS HUMANAS DOS SEGUNDOS ANOS: GOIÁS ENTRE OS SÉCULOS XIX E XX (Parte 1): (Prof. José Antônio Brazão.)

 

SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA/SECRETARIA DE EDUCAÇÃO

COMANDO DE ENSINO POLICIAL MILITAR

 CEPMG - VASCO DOS REIS

Divisão de Ensino / Coordenação Pedagógica

PRIMEIRO BIMESTRE

AULA 5 DE TÓPICOS DE CIÊNCIAS HUMANAS DOS SEGUNDOS ANOS:

GOIÁS ENTRE OS SÉCULOS XIX E XX (Parte 1): (Prof. José Antônio Brazão.)

INTRODUÇÃO:

Essa passagem foi marcada, em termos de Brasil, por uma série de mudanças que se somaram à Declaração da República (1889): crescimento de cidades, aumento do comércio dentro e fora do país, a presença de imigrantes europeus e de outros lugares (destaque, por exemplo: japoneses).

A primeira parte da primeira metade do século XX, até 1930, caracterizou-se pela política do café com leite: São Paulo e Minas Gerais se revezando no poder presidencial. Um poder maior foi dado aos estados, a seus governadores. No âmbito regional: o CORONELISMO, fazendeiros ricos eram chamados de coronéis, tendo em mãos poder econômico e político. Em Goiás houve coronéis também. Tais coronéis tinham jagunços (homens armados) a seu serviço.

Nessa passagem de séculos (XIX/XX), a realidade goiana, após a abolição da escravidão (1888) e a declaração da República (1889), é composta de predomínio da agricultura e da pecuária, levada adiante por famílias ricas e influentes desses ramos. Nesse tempo, grandes fazendeiros, como foi dito, eram chamados de coronéis, mesmo não tendo patente militar, em razão do seu poder econômico e da influência política que exerciam em suas respectivas regiões, no Estado. Havia uma industrialização, que tomaria impulso com o passar das décadas.

Os tais fazendeiros ricos (coronéis) controlavam politicamente suas regiões e/ou cidades, tendo em suas mãos várias autoridades (prefeitos, vereadores, entre outras).

O voto era de cabresto, nome dado por conta de uma presilha metálica posta na boca e na cabeça do cavalo, com a corda de comando amarrada, permitindo ao condutor direcionar o animal para a direção que quisesse: votava-se em quem o coronel mandava, ou seja, não havia voto secreto. Podiam votar homens alfabetizados (que soubessem, pelo menos, ler e escrever o básico). Não votavam analfabetos, mulheres, mendigos, padres e militares do exército. Ou seja, parte pequena da população, cuja maioria era analfabeta.

O voto feminino e o acesso à educação, por parte das mulheres, viriam com o tempo, com o engajamento feminista.

Em 1930, Getúlio Vargas, político do sul do país, apoiado por estados desgostosos da política do café com leite e por membros do Exército, deu golpe e assumiu o poder presidencial até 1945. Foi um ditador e colocou interventores nos estados, no lugar dos governadores. Pedro Ludovico Teixeira, médico, foi interventor em Goiás, governando-o por alguns anos, ligado estritamente ao Presidente Getúlio.

GOIÁS ENTRE OS SÉCULOS XIX/XX (Prof. José Antônio Brazão.)

A passagem do século XIX para o XX, no Brasil e em Goiás, foi pontuada pela administração presidencial dos marechais Deodoro da Fonseca (1889 a 1891) e Floriano Peixoto (1891 a 1894). A seguir, por presidentes a serviço das elites cafeicultoras e fazendeiras do país, na chamada República do Café (símbolo de São Paulo) com Leite (símbolo de Minas Gerais, ainda que neste houvesse também café), tendo, principalmente o revezamento do poder de presidentes paulistas e mineiros, o que ocorreu entre 1894 e 1930.

O período do café com leite foi marcado pelo coronelismo, fazendeiros ricos que controlavam regiões e até cidades, dispondo de grande poder e prestígio políticos.

IMAGENS (FAZENDAS EM GOIÁS):

https://www.google.com/search?q=fazendas+em+goi%C3%A1s&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwjjjZC2haf9AhVvIbkGHQh-AngQ_AUoAXoECAIQAw&biw=1536&bih=688&dpr=1.25#imgrc=ExSMuncdUWu42M

IMAGEM/INFORMAÇÃO (CORONELISMO EM GOIÁS):

IMAGEM:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Coronelismo#/media/Ficheiro:Goiasruas.jpg

INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR:

https://revistas.ufg.br/fcs/article/view/578/4163

IMAGENS (ANTIGAS FAMÍLIAS DE GOIÁS):

https://www.google.com/search?q=ANTIGAS+FAM%C3%8DLIAS+DE+GOI%C3%81S&hl=pt-BR&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwisjt2dhqf9AhXRA9QKHdOyDw0Q_AUoAXoECAEQAw&biw=1536&bih=688&dpr=1.25#imgrc=E0wS90P-e6U44M

A força desses coronéis era vista até mesmo no chamado voto de cabresto – voto no qual quem podia votar (homens que sabiam ler e escrever, não podendo ser mendigos, nem analfabetos) seguia a ordem do coronel, no candidato (ou candidatos) por este apoiado(s). Jagunços (homens armados), a serviço dos coronéis, ficavam vigiando as votações dos chamados currais eleitorais.

IMAGENS (VOTO DE CABRESTO):

https://www.google.com/search?q=VOTO+DE+CABRESTO&hl=pt-BR&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwirvYH1hqf9AhU5HLkGHdu4DfcQ_AUoAXoECAEQAw&biw=1536&bih=688&dpr=1.25#imgrc=Ykbao3KSRqeN0M

Mulheres não podiam votar ainda – isto só ocorreria a partir de 1932. Conforme a Câmara dos Deputados Federais:

“As mulheres brasileiras conquistaram o direito de votar em 24 de fevereiro de 1932, por meio do Decreto 21.076, do então presidente Getúlio Vargas, que instituiu o Código Eleitoral. Vargas chefiava o governo provisório desde o final de 1930, quando havia liderado um movimento civil-militar que depôs o presidente Washington Luís. Uma das bandeiras desse movimento (Revolução de 30) era a reforma eleitoral. O decreto também criou a Justiça Eleitoral e instituiu o voto secreto.

Em 1933, houve eleição para a Assembleia Nacional Constituinte, e as mulheres puderam votar e ser votadas pela primeira vez. A Constituinte elaborou uma nova Constituição, que entrou em vigor em 1934, consolidando o voto feminino – uma conquista do movimento feminista da época.” (CÂMARA DOS DEPUTADOS FEDERAIS. A Conquista do Voto Feminino. Disponível em: < https://www.camara.leg.br/internet/agencia/infograficos-html5/a-conquista-do-voto-feminino/index.html > Acesso em 20 de fevereiro de 2023.)

IMAGENS (CONQUISTA DO VOTO FEMININO NO BRASIL):

https://www.google.com/search?q=conquista+do+voto+feminino+no+brasil+(1932)&hl=pt-BR&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwil1avih6f9AhUUCdQKHei-C-gQ_AUoAXoECAIQAw&biw=1536&bih=688&dpr=1.25#imgrc=HMLm71iCyPJrXM

Ou seja, poucos anos depois dessa conquista, na nova capital goiana, assim como em todo o Brasil, a votação feminina viria a se tornar um direito e um fato. A primeira mulher deputada estadual de Goiás foi Berenice Teixeira Artiaga – professora e funcionária pública, membro do PSD (Partido Social Democrático), entre1951-1955, 1955-1959.

IMAGENS (BERENICE TEIXEIRA ARTIAGA:

https://www.google.com/search?q=berenice+teixeira+artiaga&hl=pt-BR&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwiI-tPPiKf9AhWQBbkGHU4QD2UQ_AUoAXoECAEQAw&biw=1536&bih=688&dpr=1.25#imgrc=nl_O83ixUGl5dM

No que diz respeito à nova capital, de acordo com o site Brasil Escola-UOL:

"A Abolição da escravidão, em 1888, não alterou as condições de trabalho e de moradia dos escravos que viviam em Goiás. Aliás, a população de Goiás era constituída por uma maioria negra e uma minoria branca.

No século XX, a oligarquia dos Caiado tomou o poder político do Estado até a Revolução de 1930. Getúlio Vargas, que havia instalado a Revolução, monopolizou o poder e nomeou o interventor Pedro Ludovico Teixeira, que fazia oposição aos Caiado.      

Um dos primeiros atos políticos de Pedro Ludovico foi executar a política de transferência da capital. Primeiro realizou um levantamento para escolha do local onde seria construída a nova capital, a região escolhida era próxima à cidade de Campinas (Campininha das Flores). Depois iniciou as obras da construção da nova capital, Goiânia, em 1933. A capital foi transferida por decreto no ano de 1937, selando o fim de mais de 200 anos da Cidade de Goiás como capital do Estado." (BRASIL ESCOLA UOL. Veja mais sobre "História de Goiás". Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/historiab/historia-goias.htm . Acesso em 20 de fevereiro de 2023.)

IMAGENS (Pedro Ludovico Teixeira):

https://pt.wikipedia.org/wiki/Pedro_Ludovico_Teixeira#/media/Ficheiro:Pedro_Ludovico_Teixeira_Perfil.jpg

Por que razão transferir a capital da Cidade de Goiás para um novo local, onde viria a se formar uma nova cidade? A Cidade de Goiás, carinhosamente chamada de Goiás Velho, é uma cidade pequena. De fato, a antiga capital não dispunha mais de estrutura adequada para a governança do Estado de Goiás: ruas estreitas, subidas íngremes, sem asfaltamento adequado (na parte histórica, por exemplo, as ruas são ainda cobertas de pedras), sistema inadequado e incompleto de esgoto, estrutura antiga de abastecimento de água, estrutura hospitalar pequena, entre outras razões pelas quais o governador Pedro Ludovico Teixeira, com sua equipe, chegaram à conclusão de que era, efetivamente, necessário mudar a capital.

IMAGENS (CIDADE DE GOIÁS):

CONJUNTO 1:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Goi%C3%A1s_(munic%C3%ADpio)#/media/Ficheiro:Cidade_de_Goi%C3%A1s.png

CONJUNTO 2:

http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/36

CONJUNTO 3:

https://goiasdenorteasul.com.br/programa_cidade-de-goias_82

A estrutura para gerir (gerenciar) o Estado, agora na República e no Estado Novo do Presidente Vargas, exigia, cada vez mais, espaço e maiores condições para adequado funcionamento da máquina administrativa: secretarias de Estado, agências e autarquias – órgãos auxiliares autônomos [com gerenciamento próprio] de seus serviços ao Estado e à população) –, empresas públicas  (empresas públicas e sociedades de economia mista – exemplo próximo: a antiga CELG), Procuradoria Geral do Estado (que lida com as questões jurídicas, de Direito) e órgãos de assessoramento (ex.: setores da SEDUCE e Secretaria de Estado da Economia, atualmente).

IMAGENS:

ESTADO NOVO:

https://www.google.com/search?q=estado+novo+vargas&hl=pt-BR&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwid85HRiqf9AhW_HbkGHZa5C-wQ_AUoAXoECAIQAw&biw=1536&bih=688&dpr=1.25#imgrc=y-JNT9LmTwwaRM

GOIÂNIA (FOTOS ANTIGAS, A PARTIR DA DÉCADA DE 1930):

https://www.google.com/search?q=Goiania+na+d%C3%A9cada+de+1930&hl=pt-BR&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwjS0oqNi6f9AhW7LrkGHZLNBDEQ_AUoAXoECAEQAw&biw=1536&bih=688&dpr=1.25#imgrc=mGahiDOfzx3EbM

Ruas e avenidas mais amplas, que pudessem dar acesso mais rápido e adequado aos órgãos do governo e a habitantes que, com certeza, viriam a fazer parte da cidade, locais, parques e bosques para lazer, hospitais maiores, entre outros elementos estruturais se faziam necessários ao bom funcionamento de uma capital, em um tempo em que o desenvolvimento econômico do país vinha caminhando progressivamente.

Conforme o site da Prefeitura de Goiânia:

História de Goiânia:

Desde a proclamação da República, em 1889, a transferência da capital goiana da cidade de Goiás, criada no século XVIII, já era discutida. A Constituição de 1891, no entanto, manteve a capital na antiga região aurífera. Com o fim do período do ouro, a velha Goiás, antiga Vila Boa, começou a perder a hegemonia econômica e cidades envolvidas com a criação de gado e agricultura [ver Pequena história da agropecuária goiana, p. 19, citada nas Referências, e Nota 1], localizadas mais ao Sul do Estado, passaram a ter mais importância do que a capital.

Avenida Goiás. Década de 1950. (Sílvio Berto – Goiânia – GO. Acervo MIS|GO)

Com a revolução de 1930, movimento armado, liderado pelos estados de Minas Gerais, Paraíba e Rio Grande do Sul, Getúlio Vargas tornou-se chefe do Governo Provisório, revogou a Constituição de 1891 e passou a governar por decretos. Getúlio nomeou interventores para todos os governos estaduais. Em Goiás, foi nomeado o médico Pedro Ludovico Teixeira, que havia lutado na revolução de 1930.

Pedro Ludovico se opôs a oligarquia política da época e decidiu que era hora de mudar a capital de Goiás. Para Pedro, era preciso impulsionar a ocupação do Estado, direcionando os excedentes populacionais para espaços demográficos vazios na tentativa de aumentar a produção econômica. Na visão do interventor goiano, a mudança da capital era uma das alternativas que permitiria a ligação do Centro-Oeste ao sul do País.

Em 1932, Pedro Ludovico instituiu uma comissão, presidida por D. Emanuel Gomes de Oliveira, que deveria discutir e escolher o melhor local para a construção da nova capital. A resistência da forte oposição a Pedro Ludovico considerava dispendiosa e desnecessária a mudança da Capital, mas o interventor, bem como a cúpula dos revolucionários de 1930, consideravam a construção de uma nova cidade como investimento e não gastos desnecessários.

Lago das Rosas. Década de 1960 ( Alois Feichtenberger – Goiânia – GO. Acervo MIS|GO)

Em janeiro de 1933, a comissão instituída por Pedro Ludovico procedeu a realização de estudos das condições topográficas, hidrológicas e climáticas das localidades de Bonfim (atual Silvânia), Pires do Rio de Ubatan (atual vila de Erigeneu Teixeira, em Orizona) e Campinas (atual bairro de Campinas). O relatório final apresentado a Pedro Ludovico indicou uma fazenda localizada nas proximidades do povoado de Campinas como o local ideal para construção da nova capital.

O decreto estadual nº 3359, de 18 de maio de 1933, determinou a escolha da região às margens do córrego Botafogo, compreendida pelas fazendas Crimeia, Vaca Brava e Botafogo, no então município de Campinas, para a edificação da nova capital de Goiás. Em 24 de outubro de 1933, em local definido pelo engenheiro, arquiteto, urbanista e paisagista Attilio Corrêa Lima, responsável pelo projeto urbanístico da nova capital, Pedro Ludovico lançou a pedra fundamental de Goiânia. A data foi escolhida para homenagear os três anos da revolução de 1930.

De acordo com relatos históricos, o nome sugerido para a nova capital de Goiás teria sido “Petrônia”, em homenagem ao seu fundador Pedro Ludovico. O jornal O Social havia realizado um concurso cultural com seus leitores para o batismo da nova cidade. Dois nomes concorreram: Petrônia e Goiânia. O primeiro foi escolhido por 68 leitores do jornal, enquanto Goiânia obteve menos de 10 votos. Pedro Ludovico, no entanto, por razões que ele nunca revelou a ninguém, preferiu Goiânia e em decreto de 2 de agosto de 1935 formalizou o nome da nova capital.

Av. Anhanguera. Década de 1960 (Alois Feichtenberger – Goiânia – GO. Acervo MIS|GO)

Construída inicialmente para 50 mil habitantes, Goiânia experimentou um crescimento moderado até 1955. Entretanto, devido a uma série de fatores, como a chegada da estrada de ferro, em 1951, a retomada da política de interiorização de Getúlio Vargas, de 1951 a 1954, a inauguração da Usina do Rochedo, em 1955, e construção de Brasília, de 1954 a 1960, cerca de 150 mil pessoas já habitavam a nova capital em 1965. Apenas da década de 1960, Goiânia ganhou cerca de 125 novos bairros e tudo isso exigia mais infraestrutura, energia, transporte e escolas.”  (PREFEITURA DE GOIÂNIA. História de Goiânia. Disponível em: < https://www.goiania.go.gov.br/sobre-goiania/historia-de-goiania/#:~:text=Em%2024%20de%20outubro%20de,anos%20da%20revolu%C3%A7%C3%A3o%20de%201930. > Acesso em 20 de fevereiro de 2023.)

Governando o Estado de Goiás, inicialmente, na então capital Cidade de Goiás (ou, como carinhosamente chamada, Goiás Velho), Pedro Ludovico, de fato, percebeu a necessidade de mudar a capital para uma região mais bem situada e ampla. Por quê? A Cidade de Goiás tinha alguns inconvenientes: ruas estreitas e não asfaltadas, falta de estrutura maior e mais água de saneamento, esgoto e serviço de água, entre outros, como a estrutura hospitalar, policial e até mesmo jurídica, em um tempo de desenvolvimento.

A construção da futura Goiânia foi fruto de muito planejamento, obtenção de verbas e muita determinação por parte do novo governador (Pedro Ludovico) e sua equipe, o que, efetivamente, veio a ocorrer. Hoje, Goiânia é uma cidade bem grande, tendo um tamanho maior que o esperado naqueles tempos, como se pode ver em parágrafos anteriores.

O governo de Goiás estabeleceu-se no centro de Goiânia, mais claramente onde hoje fica a Praça Cívica, com o Palácio das Esmeraldas – assim chamado pela cor verde que lhe é característica, como a cor da pedra esmeralda.

De acordo com a Secretaria de Estado da Casa Civil (ver citação nas Referências), Pedro Ludovico Teixeira governou Goiás, como Interventor definido pelo governo federal (Getúlio Vargas), do ano de 1942 a 1945, mas sua ação foi determinante para que mudanças fossem feitas em Goiás, como no caso da nova capital.

Todo dia 24 de outubro os e as goianienses festejam o aniversário da maravilhosa cidade, orgulho do povo goiano. Hoje Goiânia é uma capital de destaque em todo o Brasil. Uma cidade boa para se viver.

Em outras aulas continuaremos a tratar do desenvolvimento histórico de Goiás, tratando do avanço da agricultura moderna, da industrialização e do crescimento consequente das cidades goianas, bem como do turismo, no decorrer do século XX. Abordaremos também elementos da cultura goiana como tradições, folclore, música, surgimento do ensino superior, ciência, entre outros destaques importantes, além da estrutura político-econômica propriamente dita.

REFERÊNCIAS BÁSICAS:

BRASIL ESCOLA UOL. Veja mais sobre "História de Goiás". Disponível em: < https://brasilescola.uol.com.br/historiab/historia-goias.htm >. Acesso em 20 de fevereiro de 2023.

CÂMARA DOS DEPUTADOS FEDERAIS. A Conquista do Voto Feminino. Disponível em: < https://www.camara.leg.br/internet/agencia/infograficos-html5/a-conquista-do-voto-feminino/index.html > Acesso em 20 de fevereiro de 2023.

CASTILHO, Denis. ESTADO E REDE DE TRANSPORTES EM GOIÁS-BRASIL (1889-1950). Disponível em: < https://www.ub.edu/geocrit/sn/sn-418/sn-418-67.htm > Acesso em 21 de fevereiro de 2023.

FARAONI, Alexandre et alii. História do Brasil – Das origens ao século XXI. São Paulo, Moderna, 2006. (Enciclopédia do Estudante, 16.)

NETO, Antônio Teixeira Neto. Pequena história da agropecuária goiana. Disponível em: < https://files.cercomp.ufg.br/weby/up/215/o/teixeira_neto_ant_nio_pequena_hist_agropecu_ria.pdf > Acesso em 20 de fevereiro de 2023.

PREFEITURA DE GOIÂNIA. História de Goiânia. Disponível em: < https://www.goiania.go.gov.br/sobre-goiania/historia-de-goiania/#:~:text=Em%2024%20de%20outubro%20de,anos%20da%20revolu%C3%A7%C3%A3o%20de%201930. > Acesso em 20 de fevereiro de 2023.

SECRETARIA DE ESTADO DA CASA CIVIL. Relação dos Governantes do Estado de Goiás – República. Disponível em: < https://www.casacivil.go.gov.br/noticias/615-governantes-republica.html > Acesso em 20 de fevereiro de 2023.

NOTA 1: Trecho da Pequena história da agropecuária goiana:

“Partindo desse pressuposto, e tendo em vista a situação geográfica que cada um deles ocupa no espaço, pode-se dizer que foram os antigos arraiais de Catalão (por muitos anos a principal porta de entrada e saída das tropas e dos carros de bois que demandavam a Goiás), Meya-Ponte, atual Pirenópolis (principal confluência dos caminhos que se dirigiam para o oeste, o norte, o sul e o sudeste do País), Couros, também chamado de Formosa da Imperatriz (porta de entrada e saída para a Bahia), bem como Natividade, no Tocantins (ponto de junção dos caminhos que vinham do sul da Capitania e do litoral baiano em direção a Porto Real, hoje Porto Nacional) e, claro, a antiga Villa Boa (rebatizada em 1818 com o nome de cidade de Goiás e, desde 1739, a capital e centro de decisões da Capitania, da Província e do Estado até o advento da Revolução de 30), que desempenharam esse papel de comando da economia. Por muito tempo eles se constituíram nos principais polos da retomada dos fluxos – as tropas e boiadas – que saíam do território goiano em direção às outras regiões do Brasil. Deles, portanto, saíam os outros caminhos secundários que – com o deslocamento, a partir das primeiras décadas do século XX, do centro de gravidade do território, situado na cidade de Goiás, para cidades como Anápolis e, nos anos revolucionários de 30, para Goiânia – os ligavam às regiões produtoras que 19 se abriam principalmente no sul e no sudoeste do território. Tudo era muito simples em seu funcionamento: vilarejos e arraiais que serviam de pontos de apoio à zona rural captando os produtos e repassando-os para a cidade grande e estas, como que entrepostos avançados dos centros de consumo e comércio, exportando os excedentes e importando o que a região não produzia. Lentamente, como que sem pressa, criou-se então uma rede de relações entre o comércio goiano e o comércio de longo curso e, embora escassa, a moeda fazia parte desse jogo.” (NETO, Antônio Teixeira Neto. Pequena história da agropecuária goiana. Disponível em: < https://files.cercomp.ufg.br/weby/up/215/o/teixeira_neto_ant_nio_pequena_hist_agropecu_ria.pdf > Acesso em 20 de fevereiro de 2023.) (Grifos em negrito: meus.)

 

 


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