PRIMEIRO BIMESTRE AULA 1 DE TÓPICOS DE CIÊNCIAS HUMANAS DOS SEGUNDOS ANOS: CULTURA GOIANA – BREVE REVISÃO (Prof. José Antônio Brazão.)

 

SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA/SECRETARIA DE EDUCAÇÃO

COMANDO DE ENSINO POLICIAL MILITAR

 CEPMG - VASCO DOS REIS

Divisão de Ensino / Coordenação Pedagógica

 

 

PRIMEIRO BIMESTRE

AULA 1 DE TÓPICOS DE CIÊNCIAS HUMANAS DOS SEGUNDOS ANOS:

 

CULTURA GOIANA – BREVE REVISÃO (Prof. José Antônio Brazão.)

A história de Goiás e até mesmo de  Goiânia ancora-se em um passado de ocorrências e tradições. Goiás, antes mesmo da presença de portugueses e escravos vindos da África, já era habitado por índios (indígenas). Estes, por sua vez, resultaram da longa jornada humana, desde a África.

Da África, por sua vez, há muitos milhares de anos, certos grupos atravessaram o norte africano e se dispersaram pelo Oriente Médio, pela Ásia e a Europa. Da Ásia, pelo Estreito de Bering, às Américas.

Centenas de anos se passaram e grupos descendentes daqueles chegaram à região central do Brasil, até Goiás, cujo nome provém de goyases, tribo indígena ou grupos de povos que hoje não existem, tendo sido extintos.

A cultura indígena, atualmente, ainda persiste em tribos de aimorés, javaés e outros. Inclusive têm atendimento da FUNAI (Fundação Nacional do Índio), do Governo de Goiás e até mesmo da Secretaria de Educação. Os índios de aldeias pelejam para manter suas tradições e preservar suas línguas. No início da história do Brasil, havia centenas, talvez milhares, de línguas indígenas. Com o decorrer do tempo, por conta dos conflitos, até mesmo extinções e, principalmente, assimilações da cultura dominante, muitas dessas línguas se perderam. O que ainda resta precisa ser preservado, tendo em vista que línguas carregam valores, interpretações do mundo, modos diferentes de entender a realidade circundante e a própria realidade humana.

Muitos tiveram descendentes, entre si ou com brancos(as) ou negros(as), que, com certeza, se encontram entre nós, guardando traços hereditários daqueles povos. Sem sombra de dúvidas, a mestiçagem (mistura de raças) foi um elemento crucial para a formação do povo brasileiro e, particularmente, o povo goiano, deixando marcas profundas na constituição dos corpos, nos tons de pele e na cultura em geral.

Ademais, há tribos que se empenham arduamente para manter suas terras e seus bens naturais, além dos culturais, ameaçados por fazendeiros, garimpeiros e empresas de mineração e outras. Muitos índios foram assimilados pelas sociedades urbanas goianas.

Elementos da cultura indígena ainda se encontram presentes em Goiás, como, por exemplo, palavras: Piracanjuba e Jataí, nomes de cidades interioranas; nomes de pessoas, como Tainá, Peri, Iracema, Jaciara e outros. Dos produtos feitos por índios, tradicionalmente, há vasos e vasilhas de barro (argila), colares e outros utensílios feitos de modo artesanal. Os índios também realizam jogos e brincadeiras. Um brinquedo feito na terra e com pedrinhas é o da raposa e dos cachorros, que se assemelha um pouco ao xadrez ou à trilha.

Em outras aulas retomaremos a temática das heranças indígena e negra, bem como a cultura europeia vinda com os portugueses e outros povos com os quais, no decorrer no tempo, o povo brasileiro (e, particularmente, o goiano) teve e vem tendo contato. Se queremos entender com mais clareza o presente, é preciso que mergulhemos a fundo no passado, na história do Brasil e na história formadora do povo goiano e de sua rica cultura.