COMANDO
DE ENSINO POLICIAL MILITAR
CEPMG -
VASCO DOS REIS
Divisão de
Ensino / Coordenação Pedagógica
SECRETARIA DA
EDUCAÇÃO DE GOIÁS
COMANDO DE ENSINO
POLICIAL MILITAR
ENSINO MÉDIO – PRIMEIROS
ANOS
QUARTO BIMESTRE –
AULA 15/16 FILOSOFIA
PROF. JOSÉ ANTÔNIO
BRAZÃO.
TEMA:
LÓGICA(Prof. José Antônio Brazão.)
LÓGICA – RACIOCÍNIOS: (Prof. José Antônio Brazão.)
De acordo com o dicionário comum:
“Raciocínio
(substantivo masculino): 1.ato ou efeito de raciocinar. 2. exercício da razão
pelo qual se procura alcançar o entendimento de atos e fatos, se formulam
ideias, se elaboram juízos [afirmações, negações, julgamentos...], se deduz
algo a partir de uma ou mais premissas. (Definições
de Oxford Languages)” (GOOGLE. O que é
raciocínio? Disponível em: < https://www.google.com/search?q=o+que+%C3%A9+racioc%C3%ADnio&oq=o+que+%C3%A9+racioc%C3%ADnio&aqs=chrome..69i57j0l7.5500j1j15&sourceid=chrome&ie=UTF-8 > Acesso em 17/11/2020.)
“Raciocinar (verbo)
1. (transitivo indireto e intransitivo)
fazer uso da razão para estabelecer relações entre (coisas e fatos),
para entender, calcular, deduzir, julgar (algo); refletir. Exemplo:
"pôs-se a raciocinar sobre a melhor solução para o problema". 2.
(transitivo direto) apresentar razões; ponderar. Exemplo: "convenceu-o
raciocinando que as vantagens se sobrepunham às desvantagens". Origem: ⊙ ETIM lat. ratiocĭnor,ātus sum,āri 'calcular;
examinar' (Definições de Oxford Languages)” (GOOGLE. Raciocinar. Disponível em: < https://www.google.com/search?q=raciociocinar&oq=raciociocinar&aqs=chrome..69i57j0i13l7.5021j1j15&sourceid=chrome&ie=UTF-8 > Acesso em
17/11/2020.)
Quotidiana e constantemente fazemos
uso de raciocínios. A lógica, por sua vez, enquanto área do conhecimento que
lida com os raciocínios, é mais rigorosa, buscando uma maior precisão na
exposição das ideias, do pensamento, através das palavras.
IMAGENS (raciocínio):
Raciocínios dos mais diferentes tipos
e a todo momento são usados em JOGOS e BRINCADEIRAS. Por exemplo: xadrez, damas,
dominó, baralho, jogos online, de videogames, caça-palavras, palavras cruzadas
(cruzadinhas), adivinhas (“Adivinhe o que é...”; “O que é, o que é...”), gamão
(Charles Darwin, o cientista evolucionista inglês do século XIX, gostava de
jogar gamão com a esposa), sudoku, ludo, futebol, entre muitos outros.
Veja-se as imagens em:
Conjunto 1:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jogo#/media/Ficheiro:ChessSet.jpg
(Verbete JOGO, na Wikipédia.)
Conjunto 2:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jogo
(Verbete JOGO, na Wikipédia.)
Conjunto 3:
https://en.wikipedia.org/wiki/Game#/media/File:Paris_-_Tout%C3%A2nkhamon,_le_Tr%C3%A9sor_du_Pharaon_-_Plateau_de_jeu_miniature_en_ivoire_-_005.jpg (Mais imagens da Wikipédia)
BRINCADEIRAS:
As palavras raciocinar e raciocínio
têm a mesma raiz em comum: ratio, do
latim, a antiga língua do povo romano e de regiões vizinhas da Roma antiga
(região do Lácio [Latium, em latim]).
Ratio, traduzida para o português, é RAZÃO. Raciocinar é pôr a razão para
trabalhar, no intuito de buscar e encontrar respostas, de resolver problemas e
questões, entre outras tantas ações das quais nem sempre as pessoas se dão
conta. Raciocínio é um trabalho da razão, passando de uma ideia a outra,
integrando algumas, descartando outras, pensando, refletindo, reelaborando,
etc.
IMAGENS (Pensamento lógico):
Razão é a capacidade humana de formar
e formular ideias, reunir ideias, formar pensamentos, pensar, refletir,
entender, duvidar, ponderar, etc. Junto com a razão, a imaginação, que é a
capacidade humana de formar ideias mentais. Ligada à razão.
IMAGENS (RAZÃO):
No que diz respeito ao uso cotidiano
dos raciocínios, ao longo de um dia, a
pessoas pensam, repensam, integram ideias (síntese, composição) formando novas
ou as separam (análise, decomposição), entre outras atividades, enfim,
raciocinam:
(1)Quando querem escrever uma carta ou qualquer outro
documento, por exemplo. Ora, é preciso pôr uma ordem na fala, a fim de
transmitir devidamente a mensagem que se quer transmitir. Um(a) escritor(a),
por exemplo, cotidianamente precisa fazer uso de raciocínios, pôr a razão para
trabalhar, junto com a imaginação, a reflexão, etc.
IMAGENS:
Escritor(a):
https://pt.wikipedia.org/wiki/Escritor#/media/Ficheiro:Kusakabe_Kimbei_-_Writing_Letter_(large).jpg
Escritor(a)
pensando ao escrever:
(2)Quando fazem um cálculo matemático, mesmo que seja
um cálculo simples, se usam raciocínios. Ao se fazer uma conta a caneta ou a
lápis, talvez de cabeça, por exemplo, são feitas somas, subtrações, divisões,
multiplicações e outras atividades mentais – tudo envolve raciocínios.
IMAGENS:
Matemático:
Conjunto 1:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Matem%C3%A1tico#/media/Ficheiro:Domenico-Fetti_Archimedes_1620.jpg
Conjunto 2:
https://en.wikipedia.org/wiki/Mathematician#/media/File:Euclid.jpg
(3)Quando respondem a questões de um formulário ou
questionário e é necessário pensar, passando de uma ideia a outra.
IMAGENS (Pensando ao responder questionário...):
(4)Quando buscam respostas para problemas e desafios
do dia a dia, a mente logo é posta a raciocinar. A razão é posta a trabalhar!
Um exemplo bem simples: Como trocar a lâmpada queimada? Do que vou precisar?
Como farei para a trocar? Aí uma sequência dentro da mente e das ações
coordenadas por ela: comprar uma lâmpada nova do mesmo tipo, desligar a energia
para não tomar choque, arrumar uma cadeira ou escada para subir, tirar a
lâmpada estragada desenroscando-a, enroscar a nova, descer, embrulhar a lâmpada
estragada antes de leva-la ao lixo, religar a energia e ligar a tomada, eis que
a luz aparece! Essa sequência parece simples, mas demanda raciocínio (conectar
e separar ideias...) e aprendizado. Não se raciocina no vazio! O aprendizado é
fundamental, como se verá pouco adiante.
(5)Quando se põem a “fazer uso da razão para
estabelecer relações entre (coisas e fatos)” (Trecho citado). Que tipo de
relações? Relações de causa e efeito, de certo e errado, de verdadeiro e falso,
de verdade e mentira, entre muitas outras relações. Até mesmo quando duvidam as
pessoas fazem uso de relações e raciocínios. Um bom exemplo disto é René
Descartes, que fez uso da dúvida metódica. Esta foi um caminho na busca de respostas
acerca da capacidade humana de conhecer.
(6)Quando necessitam “apresentar razões; ponderar.
Exemplo: ‘convenceu-o raciocinando que as vantagens se sobrepunham às
desvantagens’.” (Outro trecho citado no início.) Apresentar razões quer dizer
apresentar motivações, porquês, causas, luzes, argumentos (provas, indícios),
conhecimentos, etc., com a finalidade de convencer, resolver, solucionar, etc. Ponderar,
por sua vez, é pesar (pesar
os prós e os contras, por exemplo), refletir, pensar, etc. No exemplo citado
aqui, alguém convenceu um homem acerca das vantagens, mostrando que estas
estavam acima das desvantagens de um negócio, de uma compra, de empenhar-se nos
estudos, entre outras possibilidades. O peso
das vantagens foi maior do que os das desvantagens.
(7)Quando estudantes precisam desmontar orações e
períodos da escrita, por meio da análise sintática. A análise sintática, de
fato, envolve raciocínio e conhecimento. Raciocínios para ver como os elementos
da oração e do período estão ou devem ser ligados para transmitir devidamente a
mensagem, perceber como estão estruturados e os entender. Conhecimentos, porque
não é possível fazer análise sintática sem se saber o que é um sujeito, o que é
predicado, o que é adjetivo, adjunto adverbial, advérbio, etc.
(8) Etc., etc., etc.
Entre os tipos clássicos de
raciocínios da lógica encontram-se a DEDUÇÃO, a INDUÇÃO, a ANALOGIA, o SOFISMA,
entre outros. Estes já foram vistos na aula anterior.
Então, ninguém raciocina no vazio ou
a partir do vazio. É preciso o CONHECIMENTO, desde conhecimentos básicos acerca
do mundo circundante (que rodeia as pessoas) até conhecimentos mais complexos,
no caso das ciências mais avançadas. Os conhecimentos, conforme os filósofos
empiristas (empiria, grego = experiência), que defendem a ideia de que todo
conhecimento surge a partir da experiência sensível, isto é, o contato com o
mundo e com as pessoas (ninguém vive sozinho) através dos sentidos (olfato,
tato, paladar, audição, visão), sendo esse material trabalhado pela razão
(intelecto, inteligência). De acordo com os filósofos racionalistas, como
Descartes, o conhecimento passa pela experiência, mas é a razão que é o fator
determinante na elaboração dos conhecimentos. Enfim, houve e há aqueles
filósofos que juntam o empirismo e o racionalismo, vendo a necessidade tanto da
experiência sensível quanto da razão.
Jean Piaget, um biólogo e cientista
do século XX, descobriu que o aprendizado ocorre por fases, desde o nascimento
até a adolescência, tema para outra discussão, num outro dia.
Enfim, o fato é que para conhecer é
preciso experimentar o mundo, vivenciar, conviver com pessoas, aprender com
elas e, no caso de conhecimentos mais complexos, aprender na escola, na
faculdade, em cursos, por meio de livros, de muitas leituras, de experimentos,
de trocas de ideias, de múltiplas formas. Como foi dito: não se raciocina a
partir do nada. Quem trocou uma lâmpada, com certeza, aprendeu com outra
pessoa. O cientista que descobriu o Big Bang (Edwin Hubble), no século XX,
aprendeu muito: matemática, física, química, astronomia, etc. Raciocinou muito
e descobriu! Aliás, raciocínio e conhecimento andam juntos o tempo todo, desde
a mais tenra infância até a vida adulta, pois até para aprender é preciso
raciocinar, estabelecendo relações, ligando e separando ideias, etc.
Lembre-se: Raciocinar bem é
fundamental em todos os aspectos da vida, inclusive no trabalho e para se poder
conseguir e manter um bom trabalho. Estudar lógica (e filosofia) ajuda! Estudar
matemática ajuda! Estudar Português ajuda! Estudar de modo geral, todas as
matérias, ajuda mais ainda! Aprenda sempre, seja curioso(a), investigador(a),
queira saber cada vez mais e fazer bom uso do conhecimento e dos raciocínios.
Quem raciocina bem, tem conhecimento e disposição, com um pouco de ambição
(ambição positiva), se dá bem na vida. Quem raciocina bem evita malogros
(males, enganações, sofismas e falsas artimanhas) e ainda tem condições de
ajudar outras tantas pessoas. Ora, ninguém vive sozinho(a) no mundo.
REFERÊNCIAS:
ARANHA,
Maria Lúcia de Arruda e MARTINS, Maria Helena Pires. FILOSOFANDO: Introdução à Filosofia. 4.ed. São Paulo, Moderna,
2009.
BÍBLIA NVI.
Atos 17:13-34 (NVI – Nova Versão Internacional.) Disponível em: <
https://www.bibliaonline.com.br/nvi/atos/17 > Acesso em 21/09/2020.
CHAUÍ,
Marilena et alii. Primeira Filosofia:
Lições Introdutórias. 7.ed. São Paulo, Brasiliense, 1987.
CHAUÍ,
Marilena. Iniciação à Filosofia.
3.ed. São Paulo, Ática, 2017.
COTRIM,
Gilberto e FERNANDES, Mirna. Fundamentos
de Filosofia. Disponível em: < https://www.academia.edu/37334864/Fundamentos_de_FILOSOFIA_GILBERTO_COTRIM_MIRNA_FERNANDES > Acesso em 21/09/2020.
EPICURO. Pensamentos. São Paulo, Martin Claret,
2006. (Col. A Obra-Prima de Cada Autor.)
GOOGLE. O que é raciocínio? Disponível em: < https://www.google.com/search?q=o+que+%C3%A9+racioc%C3%ADnio&oq=o+que+%C3%A9+racioc%C3%ADnio&aqs=chrome..69i57j0l7.5500j1j15&sourceid=chrome&ie=UTF-8 > Acesso em
17/11/2020.
GOOGLE. Raciocinar. Disponível em: < https://www.google.com/search?q=raciociocinar&oq=raciociocinar&aqs=chrome..69i57j0i13l7.5021j1j15&sourceid=chrome&ie=UTF-8 > Acesso em
17/11/2020.
INTERNET
ENCYCLOPEDIA OF FILOSOFIA. Verbete Epicurus.
Disponível em: < https://iep.utm.edu/epicur/ > Acessos de 2015 a 2020. [Em 2020: 21 de
setembro.]
WIKIPÉDIA. Verbetes: Helenismo, Zenão de Cítio, Marco
Aurélio, Sêneca e outros. Disponível em: < https://pt.wikipedia.org/wiki/Wikip%C3%A9dia:P%C3%A1gina_principal > Acesso: 21 de setembro de 2020.
Obs.:
Epicuro, 2013 – Ver livro de COTRIM e FERNANDES.
Para
saber mais:
http://www.ime.unicamp.br/~calculo/history/arquimedes/arquimedes.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Arquimedes
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cinismo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Helenismo
http://plato.stanford.edu/entries/epicurus/ (em inglês) (Use tradutores online. São bons.)
http://plato.stanford.edu/entries/stoicism/ (em inglês) (Use tradutores online. São bons.)
http://plato.stanford.edu/entries/epictetus/ (em inglês) (Use tradutores online. São bons.)
http://plato.stanford.edu/entries/marcus-aurelius/ (em inglês) (Use tradutores online.)
http://plato.stanford.edu/entries/seneca/ (em inglês) (Use tradutores online. São bons.)
http://plato.stanford.edu/entries/skepticism-ancient/ (em inglês) (Use tradutores online.)
http://plato.stanford.edu/entries/ammonius/ (em inglês) (Use tradutores online. São bons.)
http://plato.stanford.edu/entries/plotinus/ (em inglês) (Use tradutores online. São bons.)
http://plato.stanford.edu/entries/cosmopolitanism/ (em inglês, contém informações também sobre Diógenes
de Sínope) (Use tradutores online. São bons.)
Obs.:
Todas as páginas em inglês foram traduzidas com uso do Google Tradutor ou
outro(s) tradutor(es) online:
http://translate.google.com.br/
http://www.clubedoprofessor.com.br/traduz/
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