domingo, 14 de agosto de 2022

TERCEIROS ANOS E e F - AULA 3 DE CIVISMO E CIDADANIA (SEGUNDO SEMESTRE). LEI MARIA DA PENHA – O CAMINHO ABERTO (Prof. José Antônio Brazão.)


SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA/SECRETARIA DE EDUCAÇÃO

COMANDO DE ENSINO POLICIAL MILITAR

 CEPMG - VASCO DOS REIS

Divisão de Ensino / Coordenação Pedagógica

 

 

 

TERCEIRO BIMESTRE

AULA 3 DE CIVISMO E CIDADANIA (Prof. José Antônio Brazão.)

LEI MARIA DA PENHA – O CAMINHO ABERTO (Prof. José Antônio Brazão.)

A Lei Maria da Penha, com toda certeza, tem imensos méritos, no sentido de ter aberto novos caminhos no que diz respeito à proteção das mulheres, incluindo meninas, jovens e adultas.

As delegacias das mulheres, com delegadas, estas tão mulheres quanto as que as procuram, possibilitam que as mulheres atacadas, feridas, possam abrir-se e pedir proteção, muito mais que quando tais delegacias ainda eram comandadas por homens. Seguramente, houve muitos méritos no trabalho masculino naquelas delegacias, porém, a presença feminina traz a possibilidade de uma conversa mais aberta e de registro aprimorado das denúncias.

Delegadas e mulheres policiais, juntamente com homens policiais, têm contribuído imensamente para o atendimento de muitas esposas, namoradas e outras que sofrem nas mãos de homens sem escrúpulo [zelo, cuidado ético]. Denúncias são feitas, inquéritos (investigações) são abertos, homens violentos são julgados e presos ou têm que cumprir a lei do distanciamento.

A possibilidade de denúncia online tem contribuído para que muitas mulheres, de posse de um computador ou simplesmente de um celular, possam abrir denúncias, logo atendidas por aquelas delegacias. Quando as mulheres atingidas não têm condições de fazer a denúncia, esses equipamentos, disponíveis por vizinhos(as), servem para que estes(as) façam a denúncia – com isto, vai longe a ideia de que “em briga de casal não se enfia colher de pau”. Quanto mais rápido o atendimento, tanto mais rápida a salvaguarda da vida das mulheres atacadas.

“Em briga de casal não se enfia colher de pau”, ditado comum na formação educacional familiar, há décadas e décadas, no Brasil. O problema é que, se não houver ação por parte de vizinhos e mesmo familiares das vítimas da violência contra as mulheres, o risco de feminicídios (assassinato de mulheres) se torna maior. Usando os recursos tecnológicos de que se dispõe, como os citados antes (computador e celular), é possível salvar vidas de mulheres e evitar maior sofrimento de filhos(as) que penam juntamente com suas mães. Tal ação, além de salvar vidas, pode contribuir para diminuir sequelas mentais, psicológicas, cujas consequências adentram ao longo da vida. Denúncias, neste caso, podem ser anônimas (não se precisa citar o nome de quem está denunciando).

No campo patrimonial, a Justiça Brasileira tem realizado conquistas em favor de muitíssimas mulheres, possibilitando que tenham aos direitos que lhes vêm por heranças e partilhas em caso de separações conjugais.

No campo educacional, para além da Lei Maria da Penha, meninas e mulheres de todas as idades têm tido acesso a níveis de educação, desde o ensino básico, passando pelo fundamental, o médio e o superior, incluindo os vários níveis de pós-graduação. Hoje há mulheres que são médicas, professoras universitárias, enfermeiras, advogadas, pastoras (fazem cursos de teologia), enfim, uma imensidão de carreiras. Sem dúvida, há passos a continuarem a ser dados, mas o caminho vem se abrindo.

O acesso ao mundo do trabalho, junto com o acesso à Educação, sem sombra de dúvida, fez (fizeram) com que muitas mulheres pudessem ter independência em relação aos seus mantenedores (maridos, companheiros). Há muitos momentos da vida em que essa independência faz diferença! Claro, sem dúvida alguma, hoje, mais que nunca, há problemas que atingem a todos os seres humanos, a todas as sociedades, para os quais a união entre mulheres e homens se faz pontual, em prol de todos, em prol do bem comum.

 

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