COMANDO DE
ENSINO POLICIAL MILITAR
CEPMG -
VASCO DOS REIS
Divisão de
Ensino / Coordenação Pedagógica
Material
patrocinado pela APMF
TERCEIRO
ANO – Terceiro bimestre
AULA 4 DE ATUALIDADES
POLÍTICAS, ECONÔMICAS E SOCIAIS
O PROTOCOLO DE QUIOTO,
QUILOMBOLAS E INDÍGENAS - CONCLUSÃO (Prof. José Antônio Brazão.):
Os problemas ambientais
são antigos. Da década de 1990 até hoje, uma imensa preocupação com o meio
ambiente tomou impulso, fazendo com que representantes de países do mundo
inteiro se reúnam e discutam, com certa frequência, essa questão.
Um dos problemas
prementes em discussão foi e continua sendo, com certeza, a da emissão de gás
carbônico e outros gases de efeito estufa (como o metano) lançados na
atmosfera, ano após ano, pelas indústrias e outras empresas, em todo o mundo.
IMAGENS:
Conjunto 1:
Em 1992, houve a
Conferência Rio-92, ocorrida, justamente, no Rio de Janeiro, que tratou de
diferentes assuntos. Inclusive comunidades indígenas enviaram representantes.
No ano de 1997, para tratar especificamente da questão do efeito estufa,
ocorreu, em Quioto, no Japão, outra conferência, na qual representantes
políticos de países do mundo inteiro foram solicitados a assinar um protocolo
(documento) em que seus países se comprometeriam a reduzir, em alguns anos, uma
certa taxa (quantidade) de gases responsáveis por aquele efeito.
IMAGENS (QUIOTO):
https://pt.wikipedia.org/wiki/Quioto#/media/Ficheiro:Atago07.JPG
No entanto, naquele
momento, nem todos os países se comprometeram com a devida assinatura – como
foi o caso dos Estados Unidos da América. Com grande número de indústrias que
lançam enormes quantidades de gases e arriscando que perdessem muito dinheiro,
os representantes dos EUA foram orientados a se recusar a assinar.
Quais foram as metas
precisas do Protocolo de Quioto? De acordo com o site Mundo Educação UOL:
“Metas para os países
Países industrializados ou
desenvolvidos
Os países industrializados deveriam reduzir,
em 5,2%, suas emissões de gases de efeito estufa, especialmente o dióxido de
carbono, baseados nos níveis de emissão registrados em 1990. Para o Japão e a
União Europeia, ficaram estabelecidas reduções de 7% a 8%, respectivamente.
Países em desenvolvimento
Os países em desenvolvimento, como China,
Brasil e Índia, não receberam metas e obrigações para reduzir suas emissões.
Sendo assim, os esforços são medidas ‘voluntárias’ de cada país. [Grifo meu.]
O Protocolo propõe algumas ações,
especialmente aos países desenvolvidos, a fim de que os objetivos sejam
alcançados. São elas:
Reforma do setor energético e do setor de
transporte;
Uso de fontes renováveis de energia;
Redução das emissões de metano;
Combate ao desmatamento;
Proteção das florestas.
Promoção de formas sustentáveis de
agricultura;
Cooperação entre os países em relação ao compartilhamento
de informações sobre novas tecnologias.”
(MUNDO EDUCAÇÃO. Protocolo de
Kyoto. Disponível em: < https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/protocolo-kyoto.htm > Acesso em 21 de agosto de 2022.)
As propostas
complementares (ações) vistas acima são, na verdade, não apenas para os países
desenvolvidos. Reformar o setor energético, usando formas de produção limpas de
energia – energia hidrelétrica, energia eólica (dos ventos), entre outras, são
exemplos. Reformar o setor de transportes, igualmente: veículos que se
movimentem em maior distância com menor consumo de gasolina ou óleo, veículos
elétricos, transportes coletivos de melhor qualidade para reduzir o número de carros
nas ruas, incentivo ao uso de bicicletas, de caminhadas, de maneira a reduzir a
emissão de CO2 e outros gases possíveis dos veículos.
IMAGENS:
Conjunto 2 (Transportes e
redução de emissões):
Redução de metano, com
menor consumo de carne bovina, por exemplo – pois os bois e as vacas liberam
muito metano. Colocação de filtros industriais nas chaminés. O problema, aqui e
que dificultou a assinatura, foram justamente as perdas econômicas.
IMAGENS:
O combate ao desmatamento
e a proteção das florestas, no caso do Brasil, tem sido difícil, nas últimas em
razão da força do setor agrícola e pecuário. Inclusive a venda e compra de
venenos, pesticidas e outros produtos que contaminam o solo e as águas,
principalmente, é apoiada por setores do Ministério da Agricultura. Na época de
maior incidência da COVID-19 (2020/2021), a ideia era aproveitar o momento para
“passar a boiada”, segundo fala do próprio ministro do meio ambiente de então.
No
que diz respeito à Europa, nestes anos da década de 2020, ainda que
tenham raízes mais antigas, um enorme problema é, justamente, a seca de muitos
rios, um problema gravíssimo que perturba a vida de agricultores, fazendeiros,
criadores de animais e até mesmo governos. É uma preocupação que atinge outras
regiões do mundo igualmente, por conta do comércio destas com os países
europeus, por conta da possibilidade de emigrações serem forçadas a ocorrer,
entre outros problemas. Problema atualíssimo!
VÍDEO (DW):
https://www.youtube.com/watch?v=nVD6g40rrJ4
O
fato é, de fato, extremamente preocupante! Rios europeus que, em muitos pontos,
em anos anteriores, eram totalmente navegáveis, hoje têm sofrido com a redução
do volume de água, levando ao uso de caminhões e outros veículos de transportes
de mercadorias, o que encarece os custos dos serviços e os preços dos produtos,
sejam eles naturais (agrícolas) ou industrializados.
E o
que têm os índios e quilombolas do Brasil a ver com isto? Muito. Por quê? É
preciso aprender com eles o cuidado que, muitos deles, ainda que nem todos, têm
com o meio ambiente de cada região em que vivem, como vimos em aulas
anteriores. Claro, com toda certeza, eles também podem
aprender com as sociedades ocidentalizadas, de cultura europeia, com as
pesquisas científicas, as descobertas e invenções.
IMAGENS (5 maneiras que
os povos indígenas estão ajudando o mundo a alcançar a #FomeZeroBR): (Em meio
ao texto estão as cinco maneiras.)
https://news.un.org/pt/story/2019/08/1683741
VÍDEO DA TV SENADO (VER
PARTE, APENAS, SE FOR POSSÍVEL):
https://www12.senado.leg.br/tv/programas/ecosenado/2020/03/indios-quilombolas-e-meio-ambiente
Outro ponto: os três Rs
(erres): reduzir o consumo, reaproveitar o que for possível reaproveitar e
reciclar o que for possível reciclar. É um ponto difícil, por conta das
sociedades consumistas, mas é possível e necessário, pelo bem do Brasil e do
mundo.
REFERÊNCIAS:
ISA. Povos da Floresta: Os guardiões
do nosso futuro precisam de ajuda. Disponível em: < https://www.povosdafloresta.eco.br/?gclid=EAIaIQobChMIluSu_YrY-QIVSeZcCh1OQQY0EAAYASAAEgINZvD_BwE > Acesso em 21 de agosto de 2022.
MUNDO
EDUCAÇÃO. Protocolo
de Kyoto. Disponível em: < https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/protocolo-kyoto.htm > Acesso em 21 de agosto de 2022.)
ONU
NEWS. 5
maneiras que os povos indígenas estão ajudando o mundo a alcançar a #FomeZeroBR. Disponível em: < https://news.un.org/pt/story/2019/08/1683741 > Acesso em 21 de agosto de 2022.
ROMEIRO, Julieta et alii. Diálogo Ciências Humanas e Sociais. São Paulo, Moderna, 2020. Seis
volumes. (Conjunto de livros didáticos.)
TV
SENADO. Índios,
quilombolas e meio ambiente.
Disponível em: < https://www12.senado.leg.br/tv/programas/ecosenado/2020/03/indios-quilombolas-e-meio-ambiente > Acesso em 21 de agosto de 2022.
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