domingo, 14 de agosto de 2022

TERCEIROS ANOS - AULA 3 DE ATUALIDADES POLÍTICAS, ECONÔMICAS E SOCIAIS: Quilombolas e indígenas – Invasões de terras indígenas versus meio ambiente (Prof. José Antônio Brazão.)

 

SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA/SECRETARIA DE EDUCAÇÃO

COMANDO DE ENSINO POLICIAL MILITAR

 CEPMG - VASCO DOS REIS

Divisão de Ensino / Coordenação Pedagógica

TERCEIRO BIMESTRE

AULA 3 DE ATUALIDADES POLÍTICAS, ECONÔMICAS E SOCIAIS:

Quilombolas e indígenas – Invasões de terras indígenas versus meio ambiente (Prof. José Antônio Brazão.):

Considerando a história do Brasil, a partir do ano de 1500/século XVI, aqui já havia muitas tribos indígenas, com milhões de habitantes de norte a sul. O primeiro contato entre indígenas e portugueses, além de outros povos que aportaram no litoral brasileiro, foi um contato de conhecimento, de certo espanto e até de curiosidade, com algumas trocas desiguais por produtos da terra – por exemplo, a troca de madeira, com trabalho indígena, por colares e outros badulaques sem grande valor para os europeus.

Entretanto, com a decisão de extrair riquezas da terra, tanto portugueses quanto espanhóis, em suas respectivas regiões, partiram para a conquista, a dominação e a escravização dos povos, seguidos de massacres e mortes provocadas, além das armas, por doenças para as quais a imunidade dos índios não estava preparada.

IMAGENS:

Conjunto 1:

https://www.google.com/search?q=dom%C3%ADnio+de+portugueses+sobre+indios+no+brasil+colonial&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwijn67N0sb5AhVRr5UCHVq2AIAQ_AUoAnoECAEQBA&biw=1536&bih=746&dpr=1.25#imgrc=kMISsr1RHoUgpM

Conjunto 2:

https://www.google.com/search?q=massacre+de+indios+no+brasil+colonial&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwiNr-yR08b5AhV7uZUCHdQHBUEQ_AUoAXoECAEQAw&biw=1536&bih=746&dpr=1.25#imgrc=2KmNwuuA8ppNcM

Índios foram escravizados e usados como mão-de-obra gratuita, índias foram estupradas, tribos inteiras foram destruídas, terras de índios foram tomadas para a formação de fazendas produtoras de cana de açúcar, com seus respectivos engenhos. Para que o capital se desenvolvesse foram necessárias ações desvirtuadoras da ética humana/humanista, ou, como diz Karl Marx: “O capital nasceu jorrando sangue por todos os poros”. Maurício Abdalla assim comenta:

“O sistema capitalista teve sua origem no que Marx chamou de ‘acumulação originária’, caracterizado pelo comércio competitivo, expropriação arbitrária e violenta de pequenas propriedades, escravidão e pilhagem de recursos de continentes invadidos e colonizados. A conclusão do autor de O Capital é de que “Se o dinheiro (…) ‘nasce com manchas naturais de sangue em uma de suas faces’ o capital vem ao mundo jorrando sangue por todos os poros, dos pés à cabeça”. A Inglaterra teve especial destaque na alavanca desse sistema. Não é de se admirar que as teorias relacionadas a esse tipo de atividade predatória tenham surgido exatamente naquele país.” (ABDALLA, Maurício. O capitalismo é selvagem? Ou: Por que celebrar Darwin? Disponível em: < https://fbes.org.br/2009/02/10/o-capitalismo-e-selvagem-ou-por-que-celebrar-darwin/ > Acesso em 14 de agosto de 2022.)

A busca de ouro, tanto na América espanhola quanto na portuguesa, ampliou, mais ainda, no decorrer dos últimos séculos, a ambição dos europeus e, consequentemente, o desejo de conquistas, de tomadas. E vale destacar que, entre os séculos XX e XXI, a invasão de terras indígenas em busca de ouro, pedras preciosas ou até mesmo de madeira, além de outros produtos e minerais, continua existindo, hoje com requintes de destruição ambiental ainda mais cruéis. A morte de índios foi e continua sendo igualmente terrível, tanto de indígenas comuns quanto de chefes e líderes que se opõem àquelas invasões.

Grandes madeireiras, mineradores, garimpeiros, empresas internacionais e nacionais interessadas naqueles bens preciosos, não se importam com a vida de índios e de suas tribos. Aproveitando a frase supracitada do filósofo e economista, historiador, alemão, o capital continua “jorrando sangue por todos os poros” (ver citação acima).

IMAGENS:

Conjunto 1: https://amazoniareal.com.br/ouro-do-sangue-yanomami/?gclid=EAIaIQobChMI8bqM3szG-QIVY-hcCh0twwzuEAAYASAAEgI30fD_BwE

Conjunto 2:

https://cimi.org.br/2022/04/a-mineracao-em-terras-indigenas-e-um-genocidio-para-nos-afirma-lideranca-indigena-em-forum-permanente-da-onu-sobre-questoes-indigenas/

Há empresas farmacêuticas que também, até sutilmente (delicadamente, sem estardalhaço), adentram, por meio de ONGs (Organizações Não Governamentais) e de pesquisadores, em tribos indígenas, com o objetivo de adquirirem conhecimentos milenares de índios sobre as ervas e plantas que têm poderes curativos os mais variados. Quando conseguem as informações, chegam até a patentear, em nome da respectiva empresa, aqueles produtos florestais. Levam amostras para os laboratórios, onde extraem princípios ativos e criam remédios, sem sequer dar alguma ajuda-benefício às tribos em que conseguiram as matérias-primas. É a biopirataria.

IMAGENS:

Conjunto 1:

https://www.google.com/search?q=biopirataria+em+terras+ind%C3%ADgenas+no+brasil&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwja2uTnzsb5AhUbuZUCHTodBd4Q_AUoAnoECAEQBA&biw=1536&bih=746&dpr=1.25#imgrc=lvFKxKZJnOfnmM

Conjunto 2 (Imagens e texto):

https://www.institutoclaro.org.br/cidadania/nossas-novidades/reportagens/o-que-e-biopirataria-entenda-o-conceito-e-veja-exemplos/

No que tange aos garimpeiros e mineradores, a devastação ambiental vai além da tribo cujas terras foram invadidas – produtos químicos, como o mercúrio, são despejados nos rios, podendo vir a provocar doenças em vilas ribeirinhas atém mesmo distantes, nas quais chegam tais substâncias nocivas.

IMAGENS:

Conjunto 1:

https://www.google.com/search?q=destrui%C3%A7%C3%A3o+ambiental+em+terras+ind%C3%ADgenas&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwjkkKL_z8b5AhWor5UCHfvdCLoQ_AUoAnoECAEQBA&biw=1536&bih=746&dpr=1.25#imgrc=iui4HWA1qbT6dM

No caso das mineradoras, que buscam ferro, estanho e metais usados na metalurgia, há barragens de sedimentos que, quando estouram, os esparramam por rios afora, chegando esse material até o mar, o Oceano Atlântico, prejudicando ainda mais o equilíbrio ambiental. Exemplo: o caso da Barragem de Brumadinho (cidade ao Sul de Minas Gerais), pertencente à empresa multinacional Vale, que rompeu em janeiro de 2019.

IMAGENS:

Conjunto 1 (A Cidade de Brumadinho):

https://pt.wikipedia.org/wiki/Brumadinho#/media/Ficheiro:Brumadinho_MG_Brasil_-_Portalda_Cidade_-_panoramio.jpg

Conjunto 2 (O rompimento da barragem da empresa Vale):

https://pt.wikipedia.org/wiki/Rompimento_de_barragem_em_Brumadinho#/media/Ficheiro:Brumadinho,_Minas_Gerais_(47021723582).jpg

Conjunto 3 (Índios atingidos):

https://ufmg.br/comunicacao/noticias/indigenas-atingidos-por-rompimento-de-barragem-em-brumadinho-enfrentam-obstaculos-para-recomecar

Com certeza, os movimentos indígenas em proteção de seus direitos e de suas terras têm apoio de muitas pessoas pelo mundo afora e no Brasil. Vale lembrar que, junto com a garantia de qualidade de vida indígena alia-se à qualidade de vida do meio ambiente. Com a destruição de ambos modos de vida, todo mundo perde, como se pôde ver nas imagens citadas. Uma perda para o Brasil e para o mundo.

REFERÊNCIAS BÁSICAS:

ABDALLA, Maurício. O capitalismo é selvagem? Ou: Por que celebrar Darwin? Disponível em: < https://fbes.org.br/2009/02/10/o-capitalismo-e-selvagem-ou-por-que-celebrar-darwin/ > Acesso em 14 de agosto de 2022.

GOOGLE. Google Imagens. Acesso para pesquisas em 14 de agosto de 2022.

WIKIPÉDIA. Disponível em: < wikipedia.org > Acessos para pesquisas em 14 de agosto de 2022.

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