terça-feira, 30 de agosto de 2022

TERCEIRO BIMESTRE – AULA 05 DE TÓPICOS DE CIÊNCIAS HUMANAS. A SOCIEDADE NA ÉPOCA DA COLONIZAÇÃO DE GOIÁS: ELEMENTOS GERAIS (Prof. José Antônio Brazão.)

SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA/SECRETARIA DE EDUCAÇÃO

COMANDO DE ENSINO POLICIAL MILITAR

 CEPMG - VASCO DOS REIS

Divisão de Ensino / Coordenação Pedagógica

Material patrocinado pela APMF

 

 

TERCEIRO BIMESTRE – AULA 05 DE TÓPICOS DE CIÊNCIAS HUMANAS:

A SOCIEDADE NA ÉPOCA DA COLONIZAÇÃO DE GOIÁS: ELEMENTOS GERAIS:

A SOCIEDADE AGRÍCOLA E MINERADORA (Prof. José Antônio Brazão.):

A busca e o encontro do ouro no interior do Brasil, por meio, principalmente, do trabalho dos bandeirantes, fez com que para Goiás viessem pessoas de diferentes regiões do Brasil.

IMAGENS (Bandeirantes):

Conjunto 1 (Bandeirantes):

https://pt.wikipedia.org/wiki/Bandeirantes#/media/Ficheiro:Henrique_Bernardelli_-_Ciclo_da_Ca%C3%A7a_ao_%C3%8Dndio,_Acervo_do_Museu_Paulista_da_USP.jpg

Conjunto 2 (Genocídios bandeirantes):

https://www.google.com/search?q=exterm%C3%ADnio+de+%C3%ADndios+pelos+bandeirantes&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwijr7f5yeryAhWtqJUCHbOBAcQQ_AUoAnoECAEQBA&biw=1242&bih=597#imgrc=SDjJrZTYRtZSmM

A Coroa Portuguesa mantinha, com representantes seus, os olhos abertos na economia aurífera, cobrando impostos e buscando combater o contrabando. A sociedade que foi se formando tinha também um número considerado de mestiços, resultados do cruzamento de pessoas de raças diferentes. Uma sociedade desigual, em que os brancos mantinham boa parte da riqueza e o poder político em suas mãos.

IMAGENS:

De acordo com SILVA:

“(...)Com as missões dos bandeirantes em Goiás, a descoberta do ouro, provoca, uma migração rápida, e o surgimento dos arraiais e cidadelas, com pouca estrutura. A igreja estabelece sua parceria nesta expansão, mas não é correspondente com a necessidade do contingente e dimensão do território. Com a inesperada queda da produção do ouro e alto número de escravos, consequentemente a sociedade é moldada de maneira desigual, entre os brancos e mestiços leigos marcados por realidade diferentes na fé e socialmente. As festas e as devoções aos santos do povo são demonstrações destes fatores que permearam o povoamento de Goiás.” (SILVA, s/d., p. 1).(grifos meus)

IMAGENS (Mestiçagem no Brasil e em Goiás – a mistura de raças):

https://www.google.com/search?q=mesti%C3%A7os+no+goi%C3%A1s+colonial&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwj-3IXru-ryAhVtqJUCHZjuCgwQ_AUoAXoECAEQAw&biw=1242&bih=597#imgrc=B_edw2fU1QMp4M

Entre as cidades mais antigas de Goiás, desde o período colonial, o site Curta Mais cita dez em:

https://www.curtamais.com.br/goiania/as-10-cidades-mais-antigas-de-goias

São elas:

1)    CIDADE DE GOIÁS (1736).

2)    CAVALCANTE (1831).

3)    PIRENÓPOLIS (1832).

4)    CATALÃO  (1833).

5)    NIQUELÂNDIA (1833).

6)    LUZIÂNIA (1833).

7)    SILVÂNIA (1833).

8)    JARAGUÁ (1833).

9)    FORMOSA(1843).

10)                   SÍTIO D’ABADIA (1850).

Mas não só de ouro era a economia. Arraiais e vilas são mais antigos. Havia fazendas também. O Portal G1-Goiás traz a seguinte informação a respeito de uma fazenda de mais de duzentos anos em Goiás:

“Considerada uma das propriedades rurais mais antigas de Goiás, a Fazenda Babilônia guarda em seus 1,2 mil hectares de área muito dos traços históricos e culturais do estado. Situada em Pirenópolis, a 120 km de Goiânia, o local, construído por escravos no século XVIII, já foi sede de um grande engenho de cana de açúcar e há 53 anos, foi tombada como patrimônio histórico nacional.

Os visitantes de todos os cantos do país podem passear e ver objetos antigos em um pequeno museu, montado em um casarão de 200 m². As paredes de pau-a-pique são cobertas com telhas de barro. Após conhecer toda a área, eles podem apreciar a culinária local, com pães e doces feitos com produtos da própria fazenda.” (PORTAL G1-GOIÁS, 26/01/2014. Ver citação completa nas referências).

IMAGENS (Fazenda Babilônia – Pirenópolis GO):

Conjunto1 (a fazenda):

https://www.google.com/search?q=fazenda+babil%C3%B4nia+em+piren%C3%B3polis&hl=pt-BR&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwjTx9eYv-ryAhUvlJUCHZqTAJQQ_AUoAXoECAEQAw

Conjunto 2 (capela colonial):

https://www.google.com/search?q=fazenda+babil%C3%B4nia+em+piren%C3%B3polis&tbm=isch&hl=pt-BR&chips=q:fazenda+babil%C3%B4nia+em+piren%C3%B3polis,online_chips:s%C3%A9culo+xviii:miRis6OlF40%3D&sa=X&ved=2ahUKEwj6-OOav-ryAhXaupUCHWjvD6QQ4lYoBnoECAEQHQ&biw=1226&bih=597#imgrc=zfEEktiZfNlsIM

Para cá foram trazidos também um bom número de escravos de origem africana. A população indígena, ou escravizada ou morta, reduziu-se. A economia continuava, em boa parte, agrícola e, agora, reforçada pela mineração.

Fazendas em Santa Rita do Araguaia (GO):

https://www.google.com/search?q=fazendas+goianas+do+per%C3%ADodo+colonial&tbm=isch&hl=pt-BR&chips=q:fazendas+goianas+do+per%C3%ADodo+colonial,online_chips:santa+rita:rEl1wWdN_AU%3D&sa=X&ved=2ahUKEwip3oq1wOryAhWRppUCHbbXA3cQ4lYoAHoECAEQEQ&biw=1226&bih=597

Fazenda Santa Clara (em Bela Vista – GO):

https://www.google.com/search?q=fazendas+goianas+do+per%C3%ADodo+colonial&tbm=isch&hl=pt-BR&chips=q:fazendas+goianas+do+per%C3%ADodo+colonial,online_chips:santa+rita:rEl1wWdN_AU%3D,online_chips:santa+clara:cO2Ni2W9npw%3D&sa=X&ved=2ahUKEwihu97QwOryAhWOj5UCHbZ1DJsQ4lYoAHoECAEQEw&biw=1226&bih=597

Além da agricultura, a pecuária e a criação de animais também foi comum. Inclusive continuam como atividades existentes até hoje em fazendas mencionadas.

IMAGENS (trabalho escravo nas fazendas coloniais):

https://www.google.com/search?q=escravos+trabalhando+nas+fazendas&hl=pt-BR&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwimmMmazuryAhWdpZUCHc3PAMIQ_AUoAXoECAEQAw&biw=1242&bih=597#imgrc=x-H7-J10fpje9M

A respeito das missas nas fazendas, um relato do G1-Goiás mostra bem como eram:

“Capela
A Fazenda Babilônia também possui uma capela, toda erguida no estilo barroco, onde eram rezadas as missas. No altar, está uma imagem de Nossa Senhora da Conceição, santa de devoção dos donos da propriedade. O guia Gustavo Oliveira conta como eram realizadas as celebrações.

‘Na capela somente o padre é quem ficava. As mulheres ficavam do lado de dentro e os homens lá fora. Os senhores aqui não tinham contato com as mulheres. Por isso, nós temos uma janela entreliça [1] nessa capela’, explica.

Os cerca de 200 escravos não podiam entrar para rezar. Então construíram uma estrutura de madeira em um galpão no qual podiam adorar seus deuses.” (PORTAL G1-GOIÁS, 26/01/2014. Ver citação completa nas referências).

O trabalho escravo foi de grande peso:

1)    Na construção das fazendas.

2)    Nas plantações e colheitas.

3)    Na criação e no cuidado de animais.

4)    Na condução de animais e produtos agrícolas para venda.

5)    No atendimento dentro das fazendas (cozinheiras, arrumadeiras, etc.).

6)    Na mineração (comentada em outras aulas).

7)    No atendimento a necessidades gerais.

8)    Etc.

Escravos(as) desobedientes eram surrados(as), chicoteados e presos em grilhões. A respeito disto e além,  vale citar o seguinte comentário, que pode ser expandido para fazendas do período colonial em Goiás e em todo o Brasil:

“Chicoteavam, torturavam e estupravam os escravos obrigando-os a construir igrejas para depois os senhores sentarem durante a missa como se tivessem almas santas.” (Comentário presente na reportagem G1-Goiás supracitada. Acesso em 06 de setembro de 2021.)

IMAGENS:

https://www.google.com/search?q=escravos+sendo+vendidos+e+surrados&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwj1gPPazeryAhVUrpUCHZy0D5MQ_AUoAXoECAEQAw&biw=1242&bih=597#imgrc=6L_cOOWH0D4APM

A sociedade que foi se formando no período colonial, tanto no campo quanto nas cidades, retratava bem, portanto, as marcas da escravidão e da mestiçagem. Marcas presentes na cultura, na religiosidade e na vida das pessoas daquele tempo e, com certeza, ainda atualmente. Hoje, como se pôde e se pode ver, ainda há lembranças (ver imagens) daqueles tempos.

REFERÊNCIAS BÁSICAS:

BATISTA, Tenente Marcus Vinícius Jorge et alii. Cultura Goiana. Primeira Sério do Ensino Médio. Goiás, 2021. (Apostila)

BOAVENTURA, Deusa Maria Rodrigues. Urbanização em Goiás no século XVIII. Disponível em: < https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16133/tde-13052010-090028/publico/Tese.pdf > Acesso ao longo de agosto de 2021.

CANÇÃO NOVA. Santo do Dia: São Jerônimo. Disponível em: < https://santo.cancaonova.com/santo/sao-jeronimo-presbitero-e-doutor-da-igreja/ > Acesso em 29 de agosto de 2021.

CURTA MAIS. As dez cidades mais antigas de Goiás. Reportagem de: 05/09/2017. Disponível em: < https://www.curtamais.com.br/goiania/as-10-cidades-mais-antigas-de-goias > Acesso em 06 de setembro de 2021.

FRANCO, Adalva. Barroco em Goiás. Disponível em: < http://adalvafranco.blogspot.com/2012/06/barroco-em-goias.html  > Acesso em 29 de agosto de 2021.

JORNAL IMPRENSA DO CERRADO.  Domingo, 22 de agosto de 2021. Disponível em: < http://www.imprensadocerrado.com.br/materia/298/pilar-de-goias-o-maior-conjunto-barroco-de-goias > Acesso em 22 de agosto de 2021.

PORTAL G1-GOIÁS. Fazenda com mais de 200 anos relembra história e cultura de Goiás. Reportagem de: 26/01/2014. Disponível em: < http://g1.globo.com/goias/noticia/2014/01/fazenda-com-mais-de-200-anos-relembra-historia-e-cultura-de-goias.html > Acesso em 06 de setembro de 2021.

OPUS DEI. Quem foi Constantino? Disponível em: < https://opusdei.org/pt-br/article/quem-foi-constantino/   > Acesso em 29 de agosto de 2021.

SILVA, Washington Maciel. O POVOAMENTO DE GOIÁS E O CATOLICISMO MILAGREIRO NA SOCIEDADE MESTIÇA. Disponível em: < https://files.cercomp.ufg.br/weby/up/113/o/Washington_Maciel_Silva.pdf  > Acesso em 05 de setembro de 2021.

SITES DE PESQUISA: GOOGLE, GOOGLE IMAGENS,WIKIPÉDIA.

Entreliça: na forma de treliça. Treliça: “painel reticulado, ger. composto de ripas, e empr. para vedar a vista sem interceptá-la completamente e sem impedir a circulação do ar” (DEFINIÇÕES OXFORD LANGUAGES. Treliça. Disponível em: < https://www.google.com/search?q=significado+de+entreli%C3%A7a&oq=significado+de+entreli%C3%A7a&aqs=chrome..69i57j0i13.7960j1j15&sourceid=chrome&ie=UTF-8 > Acesso em 06 de setembro de 2

 

Nenhum comentário: