SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA/SECRETARIA DE EDUCAÇÃO
COMANDO DE
ENSINO POLICIAL MILITAR
CEPMG -
VASCO DOS REIS
Divisão de
Ensino / Coordenação Pedagógica
Material
patrocinado pela APMF
TERCEIRO BIMESTRE – AULA 05 DE
TÓPICOS DE CIÊNCIAS HUMANAS:
A SOCIEDADE NA ÉPOCA DA COLONIZAÇÃO DE GOIÁS:
ELEMENTOS GERAIS:
A
SOCIEDADE AGRÍCOLA E MINERADORA (Prof. José Antônio Brazão.):
A busca e o encontro do ouro no
interior do Brasil, por meio, principalmente, do trabalho dos bandeirantes, fez
com que para Goiás viessem pessoas de diferentes regiões do Brasil.
IMAGENS (Bandeirantes):
Conjunto 1 (Bandeirantes):
Conjunto 2 (Genocídios bandeirantes):
A Coroa Portuguesa mantinha, com
representantes seus, os olhos abertos na economia aurífera, cobrando impostos e
buscando combater o contrabando. A sociedade que foi se formando tinha também
um número considerado de mestiços, resultados do cruzamento de pessoas de raças
diferentes. Uma sociedade desigual, em que os brancos mantinham boa parte da
riqueza e o poder político em suas mãos.
IMAGENS:
De acordo com SILVA:
“(...)Com
as missões dos bandeirantes
em Goiás, a descoberta do ouro, provoca, uma migração rápida, e o surgimento dos arraiais e cidadelas,
com pouca estrutura. A igreja
estabelece sua parceria nesta expansão, mas não é correspondente com a
necessidade do contingente e dimensão do território. Com a inesperada queda da produção do ouro e alto
número de escravos, consequentemente a sociedade é moldada de maneira desigual, entre os brancos e mestiços leigos marcados por realidade
diferentes na fé e socialmente. As festas e as devoções aos santos do
povo são demonstrações destes fatores que permearam o povoamento de Goiás.”
(SILVA, s/d., p. 1).(grifos meus)
IMAGENS (Mestiçagem no Brasil e em Goiás – a mistura
de raças):
Entre as cidades mais antigas de
Goiás, desde o período colonial, o site Curta Mais cita dez em:
https://www.curtamais.com.br/goiania/as-10-cidades-mais-antigas-de-goias
São elas:
1) CIDADE DE GOIÁS (1736).
2) CAVALCANTE (1831).
3) PIRENÓPOLIS (1832).
4) CATALÃO (1833).
5) NIQUELÂNDIA (1833).
6) LUZIÂNIA (1833).
7) SILVÂNIA (1833).
8) JARAGUÁ (1833).
9) FORMOSA(1843).
10)
SÍTIO
D’ABADIA (1850).
Mas não só de ouro era a economia.
Arraiais e vilas são mais antigos. Havia fazendas também. O Portal G1-Goiás
traz a seguinte informação a respeito de uma fazenda de mais de duzentos anos
em Goiás:
“Considerada
uma das propriedades rurais mais antigas de Goiás, a Fazenda Babilônia guarda
em seus 1,2 mil hectares de área muito dos traços históricos e culturais do
estado. Situada em Pirenópolis,
a 120 km de Goiânia,
o local, construído por escravos no século XVIII, já foi sede de um grande
engenho de cana de açúcar e há 53 anos, foi tombada como patrimônio histórico
nacional.
Os
visitantes de todos os cantos do país podem passear e ver objetos antigos em um
pequeno museu, montado em um casarão de 200 m². As paredes de pau-a-pique são
cobertas com telhas de barro. Após conhecer toda a área, eles podem apreciar a
culinária local, com pães e doces feitos com produtos da própria fazenda.”
(PORTAL G1-GOIÁS, 26/01/2014. Ver citação completa nas referências).
IMAGENS (Fazenda Babilônia – Pirenópolis GO):
Conjunto1 (a fazenda):
Conjunto 2 (capela colonial):
Para cá foram trazidos também um bom
número de escravos de origem africana. A população indígena, ou escravizada ou
morta, reduziu-se. A economia continuava, em boa parte, agrícola e, agora,
reforçada pela mineração.
Fazendas em Santa Rita do Araguaia (GO):
Fazenda Santa Clara (em Bela Vista – GO):
Além da agricultura, a pecuária e a
criação de animais também foi comum. Inclusive continuam como atividades
existentes até hoje em fazendas mencionadas.
IMAGENS (trabalho escravo nas fazendas coloniais):
A respeito das missas nas fazendas,
um relato do G1-Goiás mostra bem como eram:
“Capela
A Fazenda Babilônia também possui uma capela, toda erguida no estilo barroco,
onde eram rezadas as missas. No altar, está uma imagem de Nossa Senhora da
Conceição, santa de devoção dos donos da propriedade. O guia Gustavo Oliveira
conta como eram realizadas as celebrações.
‘Na
capela somente o padre é quem ficava. As mulheres ficavam do lado de dentro e
os homens lá fora. Os senhores aqui não tinham contato com as mulheres. Por
isso, nós temos uma janela entreliça [1] nessa capela’, explica.
Os cerca
de 200 escravos não podiam entrar para rezar. Então construíram uma estrutura
de madeira em um galpão no qual podiam adorar seus deuses.” (PORTAL G1-GOIÁS,
26/01/2014. Ver citação completa nas referências).
O trabalho escravo foi de grande
peso:
1) Na construção das fazendas.
2) Nas plantações e colheitas.
3) Na criação e no cuidado de animais.
4) Na condução de animais e produtos
agrícolas para venda.
5) No atendimento dentro das fazendas
(cozinheiras, arrumadeiras, etc.).
6) Na mineração (comentada em outras
aulas).
7) No atendimento a necessidades gerais.
8) Etc.
Escravos(as) desobedientes eram
surrados(as), chicoteados e presos em grilhões. A respeito disto e além, vale citar o seguinte comentário, que pode
ser expandido para fazendas do período colonial em Goiás e em todo o Brasil:
“Chicoteavam,
torturavam e estupravam os escravos obrigando-os a construir igrejas para
depois os senhores sentarem durante a missa como se tivessem almas santas.”
(Comentário presente na reportagem G1-Goiás supracitada. Acesso em 06 de
setembro de 2021.)
IMAGENS:
A sociedade que foi se formando no
período colonial, tanto no campo quanto nas cidades, retratava bem, portanto,
as marcas da escravidão e da mestiçagem. Marcas presentes na cultura, na
religiosidade e na vida das pessoas daquele tempo e, com certeza, ainda
atualmente. Hoje, como se pôde e se pode ver, ainda há lembranças (ver imagens)
daqueles tempos.
REFERÊNCIAS
BÁSICAS:
BATISTA,
Tenente Marcus Vinícius Jorge et alii. Cultura
Goiana. Primeira Sério do Ensino Médio. Goiás, 2021. (Apostila)
BOAVENTURA,
Deusa Maria Rodrigues. Urbanização em
Goiás no século XVIII. Disponível em: < https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16133/tde-13052010-090028/publico/Tese.pdf > Acesso ao longo de agosto de 2021.
CANÇÃO NOVA.
Santo do Dia: São Jerônimo.
Disponível em: < https://santo.cancaonova.com/santo/sao-jeronimo-presbitero-e-doutor-da-igreja/ > Acesso em 29 de agosto de 2021.
CURTA MAIS. As dez cidades mais antigas de Goiás.
Reportagem de: 05/09/2017. Disponível em: < https://www.curtamais.com.br/goiania/as-10-cidades-mais-antigas-de-goias > Acesso em 06 de setembro de 2021.
FRANCO,
Adalva. Barroco em Goiás. Disponível em: < http://adalvafranco.blogspot.com/2012/06/barroco-em-goias.html > Acesso em
29 de agosto de 2021.
JORNAL
IMPRENSA DO CERRADO. Domingo, 22 de
agosto de 2021. Disponível em: < http://www.imprensadocerrado.com.br/materia/298/pilar-de-goias-o-maior-conjunto-barroco-de-goias > Acesso em 22 de agosto de 2021.
PORTAL
G1-GOIÁS. Fazenda com mais de 200 anos relembra história e cultura de Goiás.
Reportagem de: 26/01/2014. Disponível
em: < http://g1.globo.com/goias/noticia/2014/01/fazenda-com-mais-de-200-anos-relembra-historia-e-cultura-de-goias.html > Acesso em 06 de
setembro de 2021.
OPUS DEI. Quem foi Constantino? Disponível em:
< https://opusdei.org/pt-br/article/quem-foi-constantino/ > Acesso
em 29 de agosto de 2021.
SILVA,
Washington Maciel. O POVOAMENTO DE GOIÁS
E O CATOLICISMO MILAGREIRO NA SOCIEDADE MESTIÇA. Disponível em: < https://files.cercomp.ufg.br/weby/up/113/o/Washington_Maciel_Silva.pdf > Acesso em
05 de setembro de 2021.
SITES DE
PESQUISA: GOOGLE, GOOGLE
IMAGENS,WIKIPÉDIA.
Entreliça: na forma de treliça. Treliça: “painel
reticulado, ger. composto de ripas, e empr. para vedar a vista sem
interceptá-la completamente e sem impedir a circulação do ar” (DEFINIÇÕES
OXFORD LANGUAGES. Treliça. Disponível
em: < https://www.google.com/search?q=significado+de+entreli%C3%A7a&oq=significado+de+entreli%C3%A7a&aqs=chrome..69i57j0i13.7960j1j15&sourceid=chrome&ie=UTF-8 > Acesso em 06 de setembro de 2
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