SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DO ESTADO DE GOIÁS
SEGUNDAS SÉRIES DO ENSINO MÉDIO
FILOSOFIA –
PROFESSOR JOSÉ ANTÔNIO BRAZÃO.
AULA
28: TEORIA DO CONHECIMENTO E O CONTEXTO DO ILUMINISMO – IMMANUEL KANT: SENSIBILIDADE
E ENTENDIMENTO (Prof. José Antônio Brazão.)
TEORIA
DO CONHECIMENTO (Prof. José A. Brazão.)
PARTE V (Um pouco
mais a respeito do conhecimento em Kant):
O texto seguinte provém do livro
didático Filosofando: Introdução à Filosofia, de ARANHA, Maria L. de A.
e MARTINS, Maria H.P. Mais abaixo, comentários meus e textos complementares,
igualmente comentados por mim.
Além das formas a priori da SENSIBILIDADE, Kant defendia
que para haver conhecimento da realidade são necessárias as formas a priori do entendimento – que ele
chamou categorias.
IMMANUEL KANT (M.L.de A. Aranha e M.H.P. Martins):
Sensibilidade e
entendimento
• As formas a priori do
entendimento são as categorias.
OBS. (Prof. José Antônio.): (Ir
direto à definição 2 para ganhar tempo.)
1)
“Categoria
é palavra grega: (categoría) que decomposta em partes, assim se expressa:
(katá): de cima abaixo, isto é: perfaz toda a realidade objetiva. (ágo): levar,
conduzir + (êiro) procedente de (erêo): perguntar, interrogar. Tudo isto
significa exatamente: (Conduzir de cima abaixo interrogando). Conduzir
interrogações de cima abaixo é perfazer todo o contexto da realidade objetiva,
não deixando nenhum aspecto do ser, fora da abordagem interrogatória.”
(OLIVEIRA, Fábio. Categoria.
Disponível em: < https://origemdapalavra.com.br/pergunta/categoria/
> Acesso em 19 de setembro de 2021.)
2)
Categoria
(significado): “Cada uma das classes
em que se dividem as ideias, os termos.”/ “Categoria é sinônimo
de: camada, classe, estrato, divisão, subdivisão
.”
DICIO (DICIONÁRIO ONLINE). Categoria.
Disponível em: < https://www.dicio.com.br/categoria/
> Acesso em 19 de setembro de 2021.)
IMAGENS:
As categorias são muito úteis,
hoje, por exemplo, nas ciências, por exemplo:
Na direção de veículos, categorias:
Continuam as autoras do livro
FILOSOFANDO:
“Como o entendimento é a faculdade
de
julgar, de unificar as múltiplas impressões dos
sentidos, as categorias
funcionam como conceitos
puros, sem conteúdo, porque, antes
de tudo,
constituem a condição do
conhecimento.” (Grifo meu.)
OBS.: Conceitos puros porque não se
vê categorias andando por aí, estão na mente, de forma abstrata e universal
(permitem a classificação de muitos seres e fenômenos sob um nome, como o nome
existência, que se refere a tudo que existe, que há, e a cada ser existente,
seja esse ser real [um cachorro, por exemplo] ou mental [uma ideia ou imagem mental,
por exemplo: um número, a raiz quadrada...]). (Prof. José Antônio.)
IMAGENS(Conhecimento científico):
IMAGENS(Conhecimento gastronômico,
um conhecimento do dia a dia):
“Kant identificou doze categorias
[classes, divisões...], entre as quais
destacaremos três: a substância, a causalidade
e a existência.
Quando observamos a natureza
e
afirmamos que “Uma coisa é isto” [substância], “Tal coisa
é
causa de outra” [causalidade] ou “Isto existe” [existência],
temos, de um
lado, coisas que percebemos pelos
sentidos, mas,
de outro, algo lhes escapa, como as
categorias de
substância, de causalidade e de
existência [é/causa/existe, como comentei, não andam por aí, são palavras que
permitem definir algo, comunicar, etc.]. Essas
categorias não vêm da experiência,
mas são colocadas
pelo próprio sujeito cognoscente [o
ser humano, que é capaz de conhecer].”
OBS.: O que acima está entre
colchetes [ ] é de responsabilidade minha. (Prof. José Antônio.)
IMAGENS(Sujeito cognoscente, nas
ciências):
IMAGENS (Sujeito cognscente,
pessoas aprendendo):
IMAGENS (Crianças adquirindo o
conhecimento de como cultivar plantas):
Continuam as autoras:
“Portanto, segundo Kant:
[...] nenhum conhecimento em nós
precede
a experiência, e todo o
conhecimento começa
com ela. Mas, embora todo o nosso
conhecimento
comece com a experiência,
nem por isso
todo ele se origina justamente da
experiência.
Pois poderia bem acontecer que
mesmo o nosso
conhecimento de experiência seja um
composto
daquilo que recebemos por
impressões e daquilo
que nossa própria faculdade de
conhecimento
[...] fornece de si mesma. [...]
Tais conhecimentos
denominam-se a priori e
distinguem-se dos empíricos,
que possuem suas fontes a
posteriori, ou
seja, na experiência.
OBS.: Os colchetes [ ] aqui são das
autoras. (Prof. José Antônio.)
KANT, Immanuel. Crítica da razão
pura.
São Paulo: Abril Cultural, 1980. p.
23.
(Coleção Os Pensadores)
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda e MARTINS, Maria
Helena Pires. Filosofando: Introdução à
Filosofia. 6.ed. São Paulo, Moderna, 2016. Páginas 130-131.
De acordo com Marcelo Fraga:
“As categorias,
para Kant, são inatas ao próprio entendimento (ao próprio sujeito) e estão
classificadas em número de 12 (realidade, negação e limitação = categorias de
qualidade; unidade, pluralidade e totalidade = categorias de quantidade;
substância, causalidade e comunidade = categorias de relação; possibilidade,
existência e necessidade = categorias de modalidade).” (FRAGA, Marcelo.
Immanuel Kant e a questão do Entendimento Humano. Disponível em: < https://esbocosfilosoficos.com/2013/01/30/immanuel-kant-e-a-questao-do-entendimento-humano/
> Acesso em 26/09/2021.)
Ver os exemplos abaixo.
De acordo com José Renato Salatiel:
“Os conceitos
básicos são chamados de categorias, que são representações que reúnem o
múltiplo das intuições sensíveis [aquilo que é percebido, captado
imediatamente, pelos cinco sentidos, como cores, sabores, sensações táteis, sons,
odores, etc.]. As categorias, em Kant, são 12:
1. Quantidade:
Unidade, Pluralidade e Totalidade.
2. Qualidade:
Realidade, Negação e Limitação.
3. Relação:
Substância, Causalidade e Comunidade.
4. Modalidade:
Possibilidade, Existência e Necessidade.
São
formas vazias, a serem preenchidas pelos fenômenos. Os fenômenos, por outro
lado, só podem ser pensados dentro das categorias.” (Grifo meu. O
que está entre colchetes [] também é meu.)
(SALATIEL, José
Renato. Kant – Teoria do Conhecimento – A
síntese entre racionalismo e empirismo. Disponível em: < https://educacao.uol.com.br/disciplinas/filosofia/kant---teoria-do-conhecimento-a-sintese-entre-racionalismo-e-empirismo.htm?cmpid=copiaecola > Acesso em
26/09/2021.)
Exemplos que podem
ajudar a entender as categorias:
QUANTIDADE (número
de seres):
(1)Unidade – Um
homem. Uma mulher. Um animal.
(2)Pluralidade –
Cinco homens. Cinco mulheres. Cinco animais.
(3)Totalidade –
Todos os homens. Todas as mulheres. Todos os animais.
QUALIDADE:
(4)Realidade –
Aquilo que é real é porque existe de fato. Ex.: Minotauros são seres cuja
realidade só está presente na mente humana, como nas crenças mitológicas, não
no mundo exterior.
(5)Negação – Exemplos:
Nenhum homem é imortal. Ninguém, neste mundo, é eterno. Não se pode tomar banho
nas mesmas águas de um rio (frase de Heráclito).
A característica
(qualidade) imortal não pertence ao ser humano.
A qualidade de
limpo, puro, das águas do rio é perdida, pois quando se banhou, as sujeiras
ficaram naquelas águas. Mesmo porque essas águas seguem caminho rio abaixo, não
voltando ao mesmo lugar.
(6)Limitação – O
ser humano, enquanto corpo, é limitado (por exemplo: não tem asas para voar,
não tem garras para rasgar, etc.).
RELAÇÃO
(categorias que, como o nome indica, permitem a ligação entre pessoas, fatos ou
coisas; conexão, vínculo):
(7)Substância – “Quando observamos a natureza e afirmamos
que “Uma coisa é isto” [substância].” (Aranha e Martins, op. cit.).
(8)Causalidade – “Quando observamos a natureza e afirmamos que “Tal coisa é causa de outra”
[causalidade].” (Aranha e Martins, op. cit.).
(9)Comunidade – Se
uma abelha pode ser perigosa, um enxame
de abelhas é perigo. Uma alcateia
de lobos é mais forte que um lobo sozinho.
MODALIDADE
(categorias que dispõem sobre os modos como os seres se apresentam):
(10)Possibilidade
– Não é possível que a água ferva a dez graus célsius. É possível que chova
hoje.
(11)Existência – “Quando observamos a natureza e afirmamos
que “Isto existe” [existência]” (Aranha
e Martins, op. cit.).
(12)Necessidade – Os
seres vivos, incondicionalmente, estão sujeitos à morte. [A morte, necessariamente,
ocorre, como um evento natural.]
REFEFÊNCIAS:
CHAUÍ, Marilena. Iniciação à Filosofia. 3.ed. São Paulo,
Ática, 2017.
CURY, Fernanda. Copérnico e a Revolução da Astronomia.
São Paulo, Odysseus, 2003. (Col. Iluminados da Humanidade.)
KANT. RESPOSTA À PERGUNTA: O QUE É O ILUMLNISM0? (1784) Disponível em: < http://www.uel.br/cch/his/arqdoc/kantPDEHIS.pdf
> Acesso em 29 de agosto de 2021.]
MARTINS, André Ferrer P. e ZANETIC,
João. TEMPO: ESSE VELHO ESTRANHO CONHECIDO. Disponível em: < http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0009-67252002000200029
> Acesso em 22 de agosto de 2021.
WIKIPÉDIA. Página principal da Wikipédia. Disponível em: < https://www.wikipedia.org/
> Acessos ao longo de agosto de 2021.
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