SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DO ESTADO DE GOIÁS
SEGUNDAS SÉRIES DO ENSINO MÉDIO
FILOSOFIA –
PROFESSOR JOSÉ ANTÔNIO BRAZÃO.
AULA
27: TEORIA DO CONHECIMENTO E O CONTEXTO DO ILUMINISMO – IMMANUEL KANT: SENSIBILIDADE E ENTENDIMENTO (Prof. José Antônio Brazão.)
TEORIA
DO CONHECIMENTO (Prof. José A. Brazão.)
PARTE V (Um pouco
mais a respeito do conhecimento em Kant):
O texto seguinte
provém do livro didático Filosofando: Introdução à Filosofia,
de ARANHA, Maria L. de A. e MARTINS, Maria H.P..
IMMANUEL KANT:
Sensibilidade e
entendimento
Para superar a contradição entre
racionalistas e
empiristas, Kant explica que o
conhecimento é constituído
de algo que recebemos de fora, da
experiência
(a posteriori), e de algo
que já existe em nós mesmos
(a priori) e, portanto,
anterior a qualquer experiência.
• O que vem de fora é a matéria do
conhecimento:
nisso concorda com os empiristas.
IMAGENS:
OLFATO:
TATO:
PALADAR:
Conjunto 1:
Conjunto 2:
AUDIÇÃO:
VISÃO:
Conjunto 1:
Conjunto 2:
• O que vem de nós é a forma do
conhecimento:
como os racionalistas, admite que a
razão não é
uma “folha em branco”.
Qual é então a diferença entre Kant
e os filósofos
que o antecedem? É o fato de que
matéria e
forma atuam ao mesmo tempo.
Para conhecer as
coisas, precisamos da experiência
sensível (matéria).
Mas essa experiência não será nada
se não for
organizada por formas da
sensibilidade e do entendimento,
que, por sua vez, são a priori e
condição da
própria
experiência.
IMAGENS (MENTE):
A sensibilidade é a
faculdade receptiva, pela qual
obtemos as representações
exteriores, enquanto o
entendimento é a faculdade de pensar
ou produzir
conceitos. Em cada uma dessas
faculdades, Kant
identifica formas a priori.
IMAGENS (ENTENDIMENTO):
• As formas a priori da
sensibilidade ou intuições
puras são o espaço e o tempo.
Ou seja, o espaço
e o tempo não existem como
realidade externa,
mas são formas a priori que
já existem no sujeito
e servem para organizar as coisas.
Explicando de
outra maneira, fora de nós estão as
coisas, mas
quando as percebemos “em cima”,
“embaixo”,
“do lado” ou então “antes”,
“depois”, “durante”
é porque temos a intuição
apriorística do espaço
e do tempo. Caso contrário, não
poderíamos
percebê-las.
IMAGENS:
OBS.: As imagens de jogadores em um
campo de futebol lembram bem que a partida ocorre no ESPAÇO do campo de futebol e no TEMPO (90
minutos, com intervalo de 15 minutos entre o primeiro e o segundo tempos do
jogo). Imagem bem simples, para ajudar na compreensão. No caso de KANT,
percebemos tudo (tudo que vemos e ouvimos, presenciamos, durante a partida,
porque temos dentro de nós as formas do tempo e do espaço, que permitem a
organização das informações que adentram pelos cinco sentidos). (Prof. José
Antônio.)
• As formas a priori do
entendimento são as categorias.
OBS. (Prof. José Antônio.):
1)
“Categoria
é palavra grega: (categoría) que decomposta em partes, assim se expressa:
(katá): de cima abaixo, isto é: perfaz toda a realidade objetiva. (ágo): levar,
conduzir + (êiro) procedente de (erêo): perguntar, interrogar. Tudo isto
significa exatamente: (Conduzir de cima abaixo interrogando). Conduzir
interrogações de cima abaixo é perfazer todo o contexto da realidade objetiva,
não deixando nenhum aspecto do ser, fora da abordagem interrogatória.”
(OLIVEIRA, Fábio. Categoria.
Disponível em: < https://origemdapalavra.com.br/pergunta/categoria/
> Acesso em 19 de setembro de 2021.)
2)
Categoria
(significado): “Cada uma das classes
em que se dividem as ideias, os termos.”/ “Categoria é sinônimo
de: camada, classe, estrato, divisão, subdivisão
.” DICIO (DICIONÁRIO ONLINE). Categoria.
Disponível em: < https://www.dicio.com.br/categoria/
> Acesso em 19 de setembro de 2021.)
IMAGENS:
As categorias são muito úteis,
hoje, por exemplo, nas ciências, por exemplo:
Na direção de veículos, categorias:
Continuam as autoras do livro
FILOSOFANDO:
“Como o entendimento é a faculdade
de
julgar, de unificar as múltiplas
impressões dos
sentidos, as categorias funcionam
como conceitos
puros, sem conteúdo, porque, antes
de tudo,
constituem a condição do
conhecimento.”
OBS.: Conceitos puros porque não se
vê categorias andando por aí, estão na mente, de forma abstrata e universal
(permitem a classificação de muitos seres e fenômenos sob um nome, como o nome
existência, que se refere a tudo que existe, que há, e a cada ser existente,
seja esse ser real [um cachorro, por exemplo] ou mental [uma ideia ou imagem
mental, por exemplo: um número, a raiz quadrada...]). (Prof. José Antônio.)
IMAGENS(Conhecimento científico):
IMAGENS(Conhecimento gastronômico,
um conhecimento do dia a dia):
“Kant identificou doze categorias
[classes, divisões...], entre as quais
destacaremos três: a substância,
a causalidade
e a existência. Quando
observamos a natureza
e afirmamos que “Uma coisa é isto”
[substância], “Tal coisa
é causa de outra” [causalidade] ou
“Isto existe” [existência], temos, de um
lado, coisas que percebemos pelos
sentidos, mas,
de outro, algo lhes escapa, como as
categorias de
substância, de causalidade e de
existência [é/causa/existe, como comentei, não andam por aí, são palavras que
permitem definir algo, comunicar, etc.]. Essas
categorias não vêm da experiência,
mas são colocadas
pelo próprio sujeito cognoscente [o
ser humano, que é capaz de conhecer].”
OBS.: O que acima está entre
colchetes [ ] é de responsabilidade minha. (Prof. José Antônio.)
IMAGENS(Sujeito cognoscente, nas
ciências):
IMAGENS (Sujeito cognscente, pessoas
aprendendo):
IMAGENS (Crianças adquirindo o
conhecimento de como cultivar plantas):
Continuam as autoras:
“Portanto, segundo Kant:
[...] nenhum conhecimento em nós
precede
a experiência, e todo o
conhecimento começa
com ela. Mas, embora todo o nosso
conhecimento
comece com a experiência,
nem por isso
todo ele se origina justamente da
experiência.
Pois poderia bem acontecer que
mesmo o nosso
conhecimento de experiência seja um
composto
daquilo que recebemos por
impressões e daquilo
que nossa própria faculdade de
conhecimento
[...] fornece de si mesma. [...]
Tais conhecimentos
denominam-se a priori e
distinguem-se dos empíricos,
que possuem suas fontes a
posteriori, ou
seja, na experiência.
OBS.: Os colchetes [ ] aqui são das
autoras. (Prof. José Antônio.)
KANT, Immanuel. Crítica da razão
pura.
São Paulo: Abril Cultural, 1980. p.
23.
(Coleção Os Pensadores)
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda e MARTINS, Maria
Helena Pires. Filosofando: Introdução à
Filosofia. 6.ed. São Paulo, Moderna, 2016. Páginas 130-131.
REFEFÊNCIAS:
CHAUÍ, Marilena. Iniciação à Filosofia. 3.ed. São Paulo,
Ática, 2017.
CURY, Fernanda. Copérnico e a Revolução da Astronomia.
São Paulo, Odysseus, 2003. (Col. Iluminados da Humanidade.)
KANT. RESPOSTA À PERGUNTA: O QUE É O ILUMLNISM0? (1784) Disponível em: < http://www.uel.br/cch/his/arqdoc/kantPDEHIS.pdf
> Acesso em 29 de agosto de 2021.]
MARTINS, André Ferrer P. e ZANETIC,
João. TEMPO: ESSE VELHO ESTRANHO CONHECIDO. Disponível em: < http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0009-67252002000200029
> Acesso em 22 de agosto de 2021.
WIKIPÉDIA. Página principal da Wikipédia. Disponível em: < https://www.wikipedia.org/
> Acessos ao longo de agosto de 2021.
Nenhum comentário:
Postar um comentário