SECRETARIA DA EDUCAÇÃO DE GOIÁS
ENSINO MÉDIO – PRIMEIROS ANOS
CULTURA GOIANA– PROF. JOSÉ ANTÔNIO BRAZÃO.
AULA 05 DO SEGUNDO
SEMESTRE DE 2021 DE CULTURA GOIANA
A SOCIEDADE NA ÉPOCA DA COLONIZAÇÃO DE GOIÁS: ELEMENTOS GERAIS:
A SOCIEDADE
AGRÍCOLA E MINERADORA (Prof. José Antônio Brazão.):
A
busca e o encontro do ouro no interior do Brasil, por meio, principalmente, do
trabalho dos bandeirantes, fez com que para Goiás viessem pessoas de diferentes
regiões do Brasil.
IMAGENS (Bandeirantes):
Conjunto 1
(Bandeirantes):
Conjunto 2
(Genocídios bandeirantes):
A
Coroa Portuguesa mantinha, com representantes seus, os olhos abertos na
economia aurífera, cobrando impostos e buscando combater o contrabando. A
sociedade que foi se formando tinha também um número considerado de mestiços,
resultados do cruzamento de pessoas de raças diferentes. Uma sociedade
desigual, em que os brancos mantinham boa parte da riqueza e o poder político
em suas mãos.
IMAGENS:
De
acordo com SILVA:
“(...)Com as
missões dos bandeirantes em
Goiás, a descoberta do ouro, provoca, uma migração rápida, e o surgimento dos arraiais e cidadelas,
com pouca estrutura. A igreja
estabelece sua parceria nesta expansão, mas não é correspondente com a
necessidade do contingente e dimensão do território. Com a inesperada queda da produção do ouro e alto
número de escravos, consequentemente a sociedade é moldada de maneira desigual, entre os brancos e mestiços leigos marcados por realidade
diferentes na fé e socialmente. As festas e as devoções aos santos do
povo são demonstrações destes fatores que permearam o povoamento de Goiás.”
(SILVA, s/d., p. 1).(grifos meus)
IMAGENS
(Mestiçagem no Brasil e em Goiás – a mistura de raças):
Entre
as cidades mais antigas de Goiás, desde o período colonial, o site Curta Mais
cita dez em:
https://www.curtamais.com.br/goiania/as-10-cidades-mais-antigas-de-goias
São elas:
1) CIDADE
DE GOIÁS (1736).
2) CAVALCANTE
(1831).
3) PIRENÓPOLIS
(1832).
4) CATALÃO (1833).
5) NIQUELÂNDIA
(1833).
6) LUZIÂNIA
(1833).
7) SILVÂNIA
(1833).
8) JARAGUÁ
(1833).
9) FORMOSA(1843).
10)
SÍTIO D’ABADIA (1850).
Mas
não só de ouro era a economia. Arraiais e vilas são mais antigos. Havia
fazendas também. O Portal G1-Goiás traz a seguinte informação a respeito de uma
fazenda de mais de duzentos anos em Goiás:
“Considerada uma
das propriedades rurais mais antigas de Goiás, a Fazenda Babilônia guarda em
seus 1,2 mil hectares de área muito dos traços históricos e culturais do
estado. Situada em Pirenópolis,
a 120 km de Goiânia,
o local, construído por escravos no século XVIII, já foi sede de um grande
engenho de cana de açúcar e há 53 anos, foi tombada como patrimônio histórico
nacional.
Os visitantes de
todos os cantos do país podem passear e ver objetos antigos em um pequeno
museu, montado em um casarão de 200 m². As paredes de pau-a-pique são cobertas
com telhas de barro. Após conhecer toda a área, eles podem apreciar a culinária
local, com pães e doces feitos com produtos da própria fazenda.” (PORTAL
G1-GOIÁS, 26/01/2014. Ver citação completa nas referências).
IMAGENS (Fazenda
Babilônia – Pirenópolis GO):
Conjunto1 (a
fazenda):
Conjunto 2 (capela
colonial):
Para
cá foram trazidos também um bom número de escravos de origem africana. A
população indígena, ou escravizada ou morta, reduziu-se. A economia continuava,
em boa parte, agrícola e, agora, reforçada pela mineração.
Fazendas em Santa
Rita do Araguaia (GO):
Fazenda Santa
Clara (em Bela Vista – GO):
Além
da agricultura, a pecuária e a criação de animais também foi comum. Inclusive
continuam como atividades existentes até hoje em fazendas mencionadas.
IMAGENS (trabalho
escravo nas fazendas coloniais):
A
respeito das missas nas fazendas, um relato do G1-Goiás mostra bem como eram:
“Capela
A Fazenda Babilônia também possui uma capela, toda erguida no estilo barroco,
onde eram rezadas as missas. No altar, está uma imagem de Nossa Senhora da
Conceição, santa de devoção dos donos da propriedade. O guia Gustavo Oliveira conta
como eram realizadas as celebrações.
‘Na capela somente
o padre é quem ficava. As mulheres ficavam do lado de dentro e os homens lá
fora. Os senhores aqui não tinham contato com as mulheres. Por isso, nós temos
uma janela entreliça [1] nessa capela’, explica.
Os cerca de 200
escravos não podiam entrar para rezar. Então construíram uma estrutura de
madeira em um galpão no qual podiam adorar seus deuses.” (PORTAL G1-GOIÁS,
26/01/2014. Ver citação completa nas referências).
O
trabalho escravo foi de grande peso:
1) Na
construção das fazendas.
2) Nas
plantações e colheitas.
3) Na
criação e no cuidado de animais.
4) Na
condução de animais e produtos agrícolas para venda.
5) No
atendimento dentro das fazendas (cozinheiras, arrumadeiras, etc.).
6) Na
mineração (comentada em outras aulas).
7) No
atendimento a necessidades gerais.
8) Etc.
Escravos(as)
desobedientes eram surrados(as), chicoteados e presos em grilhões. A respeito
disto e além, vale citar o seguinte
comentário, que pode ser expandido para fazendas do período colonial em Goiás e
em todo o Brasil:
“Chicoteavam,
torturavam e estupravam os escravos obrigando-os a construir igrejas para
depois os senhores sentarem durante a missa como se tivessem almas santas.”
(Comentário presente na reportagem G1-Goiás supracitada. Acesso em 06 de
setembro de 2021.)
IMAGENS:
A
sociedade que foi se formando no período colonial, tanto no campo quanto nas
cidades, retratava bem, portanto, as marcas da escravidão e da mestiçagem. Marcas
presentes na cultura, na religiosidade e na vida das pessoas daquele tempo e,
com certeza, ainda atualmente. Hoje, como se pôde e se pode ver, ainda há
lembranças (ver imagens) daqueles tempos.
REFERÊNCIAS
BÁSICAS:
BATISTA, Tenente Marcus Vinícius
Jorge et alii. Cultura Goiana. Primeira
Sério do Ensino Médio. Goiás, 2021. (Apostila)
BOAVENTURA, Deusa Maria Rodrigues. Urbanização em Goiás no século XVIII.
Disponível em: < https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16133/tde-13052010-090028/publico/Tese.pdf
> Acesso ao longo de agosto de 2021.
CANÇÃO NOVA. Santo do Dia: São Jerônimo. Disponível em: < https://santo.cancaonova.com/santo/sao-jeronimo-presbitero-e-doutor-da-igreja/
> Acesso em 29 de agosto de 2021.
CURTA MAIS. As dez cidades mais antigas de Goiás. Reportagem de: 05/09/2017.
Disponível em: < https://www.curtamais.com.br/goiania/as-10-cidades-mais-antigas-de-goias
> Acesso em 06 de setembro de 2021.
FRANCO, Adalva. Barroco em Goiás.
Disponível em: < http://adalvafranco.blogspot.com/2012/06/barroco-em-goias.html > Acesso em 29 de agosto de 2021.
JORNAL IMPRENSA DO CERRADO. Domingo, 22 de agosto de 2021. Disponível em:
< http://www.imprensadocerrado.com.br/materia/298/pilar-de-goias-o-maior-conjunto-barroco-de-goias
> Acesso em 22 de agosto de 2021.
PORTAL G1-GOIÁS. Fazenda
com mais de 200 anos relembra história e cultura de Goiás. Reportagem de: 26/01/2014. Disponível
em: < http://g1.globo.com/goias/noticia/2014/01/fazenda-com-mais-de-200-anos-relembra-historia-e-cultura-de-goias.html
> Acesso em 06 de setembro de 2021.
OPUS DEI. Quem foi Constantino? Disponível em: < https://opusdei.org/pt-br/article/quem-foi-constantino/ > Acesso em 29 de agosto de 2021.
SILVA, Washington Maciel. O POVOAMENTO DE GOIÁS E O CATOLICISMO
MILAGREIRO NA SOCIEDADE MESTIÇA. Disponível em: < https://files.cercomp.ufg.br/weby/up/113/o/Washington_Maciel_Silva.pdf > Acesso em 05 de setembro de 2021.
SITES DE PESQUISA: GOOGLE, GOOGLE
IMAGENS,WIKIPÉDIA.
Entreliça: na forma de
treliça. Treliça: “painel reticulado, ger. composto de ripas, e empr. para
vedar a vista sem interceptá-la completamente e sem impedir a circulação do ar”
(DEFINIÇÕES OXFORD LANGUAGES. Treliça.
Disponível em: < https://www.google.com/search?q=significado+de+entreli%C3%A7a&oq=significado+de+entreli%C3%A7a&aqs=chrome..69i57j0i13.7960j1j15&sourceid=chrome&ie=UTF-8
> Acesso em 06 de setembro de 2021.
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