SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DE GOIÁS
ENSINO MÉDIO – SEGUNDOS ANOS
PROF. JOSÉ ANTÔNIO BRAZÃO.
AULA 21: A SOCIEDADE E SUA DINÂMICA:
TEMA: INSTITUIÇÕES SOCIAIS: I – A FAMÍLIA: (Prof. José Antônio Brazão.)
Por
instituição pode-se entender os termos associação, organização. A família é uma
instituição social: reúne (associa) várias pessoas em um mesmo núcleo – com destaque
para mãe, pai, filhos e filhas, podendo estender-se para tias, tios, avós, etc.,
que formam a chamada família tradicional.
IMAGENS:
FAMÍLIA:
https://en.wikipedia.org/wiki/Family#/media/File:Family_Photos_May_2014-0089_(14202670584).jpg
DIVERSIDADE FAMILIAR:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fam%C3%ADlia#/media/Ficheiro:Diversidade_Familiar.jpg
De
acordo com Aristóteles (filósofo greco-macedônico do século IV a.C.): “(...) a família
é uma comunidade formada de acordo com a natureza para satisfazer as
necessidades cotidianas” (ARISTÓTELES, 1998, p. 51). A família é uma comunidade, isto é, ela é a
unidade de um grupo de pessoas que vivem próximas e em comum. Claro que no
contexto em que viveu, por exemplo, a base da produção era a escravidão e as
mulheres eram submissas, em muitos casos, a seus maridos. Um exemplo disto é o
caso de Penélope, esposa de Odisseu, do poema Odisseia, de Homero (poeta da
antiguidade). Sem dúvida, havia deusas, além de deuses, que eram adoradas, como
Diana (deusa da caça), Afrodite (Vênus, deusa do amor), entre outras.
IMAGENS (Grécia antiga):
Conjunto 1:
Conjunto 2:
https://fr.wikipedia.org/wiki/Gr%C3%A8ce_antique#/media/Fichier:Sicily_Selinunte_Temple_E_(Hera).JPG
Aristóteles
acreditava que a família se formou “de acordo com a natureza” (no parágrafo
anterior), ou seja, a família é uma instituição natural. Entretanto, nem
sempre existiu a família surgida em sociedades antigas mais estruturadas, como
a das cidades gregas antigas e hoje particularmente. Pesquisas arqueológicas e
biológicas demonstram que nos primeiros agrupamentos humanos, mesmo de homo
sapiens, não existia a família de forma estabelecida. Havia bandos de pessoas,
agrupamentos que, com o crescimento, depois de milênios, vieram a formar tribos,
inclusive com cabanas separadas e relações de parentesco. Em muitos casos havia
o matriarcalismo – a mulher era a chefe de família, a família se estruturava em
torno dela. Com o passar do tempo, as famílias foram se tornando patriarcais,
isto é, passaram a ter o pai (o homem) como senhor da família.
IMAGENS:
NOMADISMO:
Conjunto 1:
Conjunto 2:
https://en.wikipedia.org/wiki/Nomad#/media/File:Encampment_of_Gypsies_with_Caravans.jpg
Com
a sedentarização (fixação) dos grupos humanos com o desenvolvimento,
principalmente, da agricultura (além da criação de animais), o conceito de família
foi-se firmando, adquirindo um status (estado, forma) de instituição firmada e
documentada, inclusive, pelo Estado e pelo sagrado, pela religião. (Não se vai
aqui entrar em detalhes, tendo em vista a existência de muitos povos.)
Com
o desenvolvimento do capitalismo, firmou-se juridicamente (em termos de
Direito) o conceito de família tradicional (pai, mãe, filhos, filhas). No
entanto, particularmente no século XX e agora no século XXI, esse conceito se
ampliou e tem-se ampliado.
Há
famílias hoje que são formadas por:
Uma
mãe, um pai, filhos e filhas (família tracional).
IMAGENS:
Dois pais, filhas
e filhos.
IMAGENS:
Duas mães, filhas
e filhos.
IMAGENS:
Famílias de pais
separados que mantêm contato entre irmãos e irmãs tanto da parte do pai quanto
da mãe.
IMAGENS:
Famílias em torno
de avós.
IMAGENS:
Famílias
que têm a mãe e os(as) filhos(as). Famílias que têm o pai e os(as) filhos(as).
Casos de separados ou, às vezes, viúvos(as).
Curiosamente,
em muitos lugares do mundo, incluindo o Brasil, as instituições de Direito estão
se ajustando, com novas leis, a essas situações. Claro, sempre buscando o bem
de todos, especialmente de filhas e filhos.
Diante dessa diversidade, tão
enriquecedora da sociedade, dois pontos de extrema importância que não podem
ser deixados de lado são RESPEITO e TOLERÂNCIA, fundamentados nos Direitos
Civil, constitucional (nacional) e internacional (como a Declaração Universal
dos Direitos Humanos, da ONU).
O
que há de mais importante é que as famílias, independentemente como se formam, podem
com certeza continuar sendo: ambientes de acolhida, de amor, de convivência, de
fraternidade, de segurança, entre outros bens que humanizam as pessoas – sem dúvida
nenhuma, a justiça social, tão necessária, precisa ocorrer. Daí a importância do Estado e de outras
instituições sobre que se falará em outras aulas. Problemas há, com
certeza, mas podem ser resolvidos via diálogo (uma boa conversa) e, em casos
determinados, com a intervenção do Estado e de outras instituições sociais.
Como foi dito, a serem tratadas em seu devido tempo.
REFERÊNCIAS:
ARISTÓTELES. Política. Disponível
em: < https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/357991/mod_resource/content/1/Aristoteles_Pol%C3%ADtica%20%28VEGA%29.pdf
> Acesso em 04 de agosto de 2021.
SILVA, Afrânio et alii. SOCIOLOGIA
EM MOVIMENTO. 2.ed. São Paulo, Moderna, 2017.
WIKIPÉDIA. Disponível em < www.wikipedia.org > Acesso em 04 de agosto de 2021.
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