quinta-feira, 10 de junho de 2021

SEGUNDOS ANOS – FILOSOFIA: AVALIAÇÃO II (Prof. José Antônio Brazão.)

 SEGUNDOS ANOS – FILOSOFIA: AVALIAÇÃO II (Prof. José A. Brazão.)

FILOSOFIA MODERNA – Prof. José Antônio Brazão.

O mundo europeu, que vai, aproximadamente, do século XV ao XVIII, é marcado por uma série de transformações. Uma delas, no modo econômico de produção, com a paulatina afirmação e posterior consolidação do capitalismo. Os reinos e as cidades da Europa vinham desenvolvendo-se e crescendo. A melhoria nos transportes náuticos, com o aperfeiçoamento de aparelhos como a bússola, o sextante e o astrolábio, bem como na construção de embarcações, possibilitou o avanço, cada vez maior, das navegações em novas direções pelos oceanos e mares. Novas rotas e terras desconhecidas foram sendo descobertas e dominadas. Dentre os meios de domínio sobre os habitantes foram utilizados, o genocídio (extermínio), a pilhagem, o saque e a escravidão, tudo em nome do capital a ser obtido e ampliado, formando a riqueza e aumentando o poder de reis, nobres e burgueses. A burguesia fortaleceu-se deverasmente. No campo das artes, o Renascimento, com artistas como: Michelangelo Buonarotti, Leonardo da Vinci, Rafael Sanzio e Albrecht Dürer. No campo da ciência, destaque para as descobertas e ideias de Nicolau Copérnico, Galileo Galilei, Johannes Kepler e Isaac Newton deram grande impulso à compreensão das leis do universo e do próprio planeta Terra: heliocentrismo, gravidade, movimento dos corpos celestes e naturais, etc.

Ao mesmo tempo, a Reforma Protestante e a Contra-Reforma Católica trouxeram mudanças religiosas fundamentais até para os dias atuais: o surgimento de novas igrejas cristãs e o enrijecimento dogmático, tendo tido este suas expressões maiores no Concílio de Trento e na Inquisição. No campo da filosofia, destaques para o racionalismo (R) e o empirismo (E) modernos, que tiveram como grandes expoentes: o francês René Descartes (R), John Locke e David Hume (E), ambos das ilhas britânicas. De acordo com o racionalismo, a razão (ratio, em latim) é a base para o conhecimento da realidade. De acordo com Descartes, inclusive, existem ideias inatas, isto é idéias preexistentes ao nascimento das pessoas ou que já nascem com elas, como a ideia de Deus e do próprio eu pensante (Cogito). Descartes descobriu-as tomando como ponto de partida e como caminho a dúvida metódica. E, a partir dessas duas ideias, pôde, então, afirmar a certeza a respeito do mundo circundante e da matemática. 

De acordo com os empiristas, o conhecimento humano é fruto da experiência sensível, contato direto com o mundo através dos cinco sentidos. O intelecto humano (razão) trabalha com as informações enviadas pelas experiências sensíveis e constrói o conhecimento. Nada há na mente que antes não tenha passado pelos cinco sentidos, de acordo com eles. Para Locke, a mente é uma tabula rasa (expressão latina), ou seja, um papel em branco, no qual as informações sensíveis vão sendo escritas, arquivadas e encaixadas. Hume deu um passo adiante: afirmou que não basta a experiência imediata (direta) tão somente para a elaboração de conhecimentos. É preciso algo mais: experiências repetidas, transformadas em hábito. O hábito é o grande guia do conhecimento humano. De tanto ver as coisas acontecerem da mesma forma, os seres humanos tiram conclusões a respeito do mundo que os rodeia, formulando, a partir daí, leis gerais que vão fundamentar a ciência e a própria vida das pessoas. No século XVIII, a Revolução Industrial, que vinha sendo preparada antes, tomou grande impulso na Europa, com novas máquinas e uma produção em uma escala sem precedentes na história humana. Junto com ela a intensificação da exploração dos trabalhadores, inclusive de crianças e mulheres. Época também do Iluminismo.

A nível de pensamento político, alguns pensadores tiveram grande destaque, marcando a Filosofia e, posteriormente, inclusive, a Sociologia: NICOLAU MAQUIAVEL, THOMAS HOBBES, o próprio JOHN LOCKE, JEAN-JACQUES ROUSSEAU e MONTESQUIEU, entre os séculos XV/XVI e XVIII. Nicolau Maquiavel falou da necessidade de um príncipe (governante) astuto, seguro e com poder suficiente para se manter no poder e não o dividir. Thomas Hobbes defendeu a ideia de que, antes de existir a sociedade, no estado de natureza, os homens lutavam entre si na defesa de seus interesses pessoais. Uma luta de todos contra todos. Para não se destruírem, fizeram um contrato em que todos entregariam o poder sobre si a um governante absoluto, cujo poder seria comparado ao do Leviatã (monstro mencionado na Bíblia). Ele teria o poder militar e religioso, inclusive. John Locke e Montesquieu defenderam a necessidade de divisão dos poderes, a fim de não permitir a transformação do poder em uma ditadura. Montesquieu, inclusive, propôs a divisão dos poderes em Legislativo, Executivo e Judiciário.  Jean-Jacques Rousseau, por sua vez, também falou de um estado de natureza, no qual os seres humanos eram bons. A partir do momento em que lhes foi imposto um contrato pelos mais fortes, essa bondade foi-se perdendo. Um novo contrato social foi proposto por Rousseau, baseado no pacto social e na vontade geral (vontade da maioria).

Cogito ergo sum = Penso, logo existo.

QUESTÃO 1: Marque a alternativa incorreta: (1,0)

a) (     ) O Iluminismo teve seu ponto alto na época da Revolução Industrial.

b) (     ) René Descartes foi racionalista e usou a experimentação como método de pesquisa.

c) (     ) John Locke aceitava as ideias inatas. As ideias nascem com as pessoas, cabendo a elas descobrirem como bem usá-las.

d) (     ) As grandes navegações não trouxeram riqueza e bem-estar para todos os povos do mundo.

e) (     ) Para David Hume, um elemento fundamental para o conhecimento é o hábito.

QUESTÃO 2: Marque a alternativa correta:

(a)(     ) A teoria heliocêntrica de Copérnico definia que a Terra se encontra no centro do universo, com todos os astros girando, em círculos, ao redor dela.

(b)(     ) Ideias inatas são ideias que, não nascendo com as pessoas, surgem com o aprendizado.

(c)(     ) O mundo moderno viu a paulatina afirmação e consolidação do capitalismo.

(d)(     ) Um fator de impulsão da economia moderna foi a concentração do poder nas mãos dos senhores feudais.

(e)(     ) René Descartes usou a dúvida na pesquisa filosófica e descobriu que a experiência sensível é a única fonte verdadeira dos conhecimentos humanos.

QUESTÃO 3: Marque a alternativa incorreta:

(a)(     ) Experiência sensível é contato direto com o mundo através da razão.

(b)(     ) Os reinos e as cidades da Europa, no mundo moderno (e um pouco antes), vinham desenvolvendo-se e crescendo.

(c)(     ) A Revolução Industrial foi preparada pela economia dos séculos anteriores, como as grandes navegações e descobertas marítimas.

(d)(     ) Para Hume o hábito é o grande guia do conhecimento humano.

(e) (     ) As grandes navegações reforçaram o feudalismo e o poder dos senhores feudais até o século XX praticamente.

QUESTÃO 4: Marque a alternativa incorreta:

(a)(     ) Nicolau Maquiavel falou da necessidade de um príncipe (governante) astuto, seguro e com poder suficiente para se manter no poder e não o dividir.

(b)(     ) J.-J. Rousseau propôs a divisão de poderes legislativo, executivo e judiciário.

(c)(     ) Thomas Hobbes dizia que, no estado de natureza, havia uma guerra de todos contra todos. Para soluciona-la, foi entregue o poder de todos a um governante absoluto.

(d)(     ) Conforme Hobbes, o rei-leviatã teria inclusive o poder militar e religioso, além do político.

(e)(     ) John Locke e Montesquieu defenderam a necessidade de divisão dos poderes, a fim de não permitir a transformação do poder em uma ditadura.

QUESTÃO 5: Marque a alternativa incorreta:

(a)(     ) De acordo com Descartes, não existem ideias inatas, isto é ideias preexistentes ao nascimento das pessoas ou que já nascem com elas, como a ideia de Deus e do próprio eu pensante (Cogito).

(b)(     ) Para Locke, a mente é uma tabula rasa (expressão latina), ou seja, um papel em branco, no qual as informações sensíveis vão sendo escritas, arquivadas e encaixadas.

(c)(     ) Hume deu um passo adiante: afirmou que não basta a experiência imediata (direta) tão somente para a elaboração de conhecimentos. É preciso algo mais: experiências repetidas, transformadas em hábito.

(d)(     ) O hábito é o grande guia do conhecimento humano. De tanto ver as coisas acontecerem da mesma forma, os seres humanos tiram conclusões a respeito do mundo que os rodeia, formulando, a partir daí, leis gerais que vão fundamentar a ciência e a própria vida das pessoas.

(e)(     ) De acordo com o racionalismo, a razão (ratio, em latim) é a base para o conhecimento da realidade.

TEORIA DO CONHECIMENTO E REVOLUÇÃO CIENTÍFICA:

QUESTÃO 6: A teoria que trata da razão como fonte fundamental dos conhecimentos humanos é:

(a)(     ) O agnosticismo.

(b)(     ) O anglicanismo.

(c)(     ) O positivismo.

(d)(     ) O empirismo.

(e)(     ) O racionalismo.

QUESTÃO 7: A teoria que trata da experiência sensível como fonte fundamental dos conhecimentos humanos é:

(a)(     ) O empirismo.

(b)(     ) O racionalismo.

(c)(     ) O criacionismo.

(d)(     ) O kardecismo.

(e)(     ) O evolucionismo.

QUESTÃO 8: John Locke e David Hume, filósofos britânicos da Idade Moderna, opunham-se diretamente à seguinte teoria:

(a)(     ) Empirismo.

(b)(     ) Evolucionismo.

(c)(     ) Inatismo.

(d)(     ) Criacionismo.

(e)(     ) Neopositivismo.

QUESTÃO 9: De acordo com John Locke, a mente humana não nasce com qualquer ideia dentro, a mente é uma tabula rasa, expressão latina que é traduzível por:

___________________________________________.

QUESTÃO 10: Para Hume, um elemento fundamental para o conhecimento humano, além das experiências sensíveis, é:

____________________________________________.

BOA AVALIAÇÃO.

RESPONDA NO GOOGLE CLASSROOM.

Nenhum comentário: