SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DE GOIÁS
COORDENAÇÃO
REGIONAL METROPOLITANA DE EDUCAÇÃO DE GOIÂNIA
COLÉGIO
ESTADUAL DEPUTADO JOSÉ DE ASSIS
PRIMEIRA
SÉRIE DO ENSINO MÉDIO E EP1
FILOSOFIA
– PROF. JOSÉ ANTÔNIO BRAZÃO.
AULA ZOOM 18 (Parte III) DE FILOSOFIA 2021
PRIMEIROS ANOS:
MITO
(ALEGORIA) DA CAVERNA – A EXPLICAÇÃO DO MITO POR SÓCRATES:
Obs.: Não demorar muito em Sócrates
(no início).
FILOSOFIA GREGA – PLATÃO:
Texto:
A alegoria da caverna – A República (514a-517c) [PARTE FINAL]
Imagem 1: Alegoria (Mito)
da Caverna. [Alegoria = comparação; no caso, comparação com a vida real. Mito =
história, relato.]
Conjunto 1:
Conjunto 2:
Imagem 2: Alegoria ou Mito
da Caverna:
https://it.wikipedia.org/wiki/Mito_della_caverna#/media/File:Platon_Cave_Sanraedam_1604.jpg
Imagem 3: https://psiconlinews.com/wp-content/uploads/2017/06/mito-da-caverna.jpg
Imagem
4: As Sombras da Vida, com Piteco
(de Maurício de Sousa).
MITO
(ALEGORIA DA CAVERNA) – A EXPLICAÇÃO DO MITO POR SÓCRATES:
Sócrates: E agora, meu caro
Glauco, é preciso aplicar exatamente essa alegoria ao que dissemos
anteriormente. Devemos assimilar o mundo que apreendemos pela vista à estada na
prisão, a luz do fogo que ilumina a caverna à ação do sol. Quanto à subida e à
contemplação do que há no alto, considera que se trata da ascensão da alma até
o lugar inteligível, e não te enganarás sobre minha esperança, já que desejas
conhecê-la. Deus sabe se há alguma possibilidade de que ela seja fundada sobre
a verdade. Em todo o caso, eis o que me aparece tal como me aparece; nos
últimos limites do mundo inteligível aparece-me a ideia do Bem, que se percebe
com dificuldade, mas que não se pode ver sem concluir que ela é a causa de tudo
o que há de reto e de belo. No mundo visível, ela gera a luz e o senhor da luz,
no mundo inteligível ela própria é a soberana que dispensa a verdade e a
inteligência. Acrescento que é preciso vê-la se quer comportar-se com sabedoria,
seja na vida privada, seja na vida pública.
Glauco: Tanto quanto sou
capaz de compreender-te, concordo contigo.
Imagem 7: Platão aponta
para o Mundo das Ideias (Formas perfeitas de tudo que existe) ou Mundo
Inteligível (percebido pelo pensamento). Imutável, perfeito, eterno.
https://en.wikipedia.org/wiki/Idea#/media/File:Plato-raphael.jpg
Imagem 8: Mundo Sensível
(mundo percebido pelos 5 sentidos): Natureza. Este mundo é, segundo Platão, uma
cópia imperfeita do Mundo das Ideias. Mutável, imperfeito, sujeito ao devir
(vir a ser, transformação) de todas as coisas.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Natureza#/media/Ficheiro:44_-_Iguazu_-_D%C3%A9cembre_2007.jpg
Imagem 9: Mundo Sensível
(mundo percebido pelos 5 sentidos): Cidade. Este mundo é, segundo Platão, uma
cópia imperfeita do Mundo das Ideias. Mutável, imperfeito, sujeito ao devir (vir
a ser, transformação) de todas as coisas.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cidade#/media/Ficheiro:Colosseum_in_Rome,_Italy_-_April_2007.jpg
(Referência:
A Alegoria da caverna: A Republica, 514a-517c tradução de Lucy Magalhães. In:
MARCONDES, Danilo. Textos Básicos de
Filosofia: dos Pré-socráticos a Wittgenstein. 2a ed. Rio de Janeiro: Jorge
Zahar Editor, 2000. Disponível em: http://www.usp.br/nce/wcp/arq/textos/203.pdf Acesso em 11/08/2020.)
De
acordo com Platão, o mundo sensível foi elaborado, a partir da matéria
pré-existente, pelo Demiurgo, um ser divino que, observando a beleza do Mundo
das Ideias, quis copiar as Ideias (FORMAS) eternas e perfeitas, fazendo outras
cópias com a matéria de que dispunha. (Prof. José A. B.)
Imagem 10: Demiurgo.
https://lidianefranqui.com.br/o-demiurgo-platonico-e-a-geracao-da-vida-cosmica/
Como a alma pode se desprender do mundo
sensível e elevar-se ao Mundo das Ideias? Através da lembrança (reminiscência,
recordação) daquilo que ela, alma, outrora contemplou no Inteligível, antes de
ser enviada ao mundo das coisas sensíveis, materiais, imperfeitas. A alma
precisa elevar-se das coisas sensíveis até as Ideias, chegando à visão ou
lembrança do BEM, a Ideia mais perfeita. O que a pode ajudar? A contemplação e
o aprendizado. Através da vivência de uma vida reta também (veja o final do
texto de Platão, acima). (Prof. José Antônio Brazão.)
Imagem
11:
Contemplação.
Imagem
12:
Aprendizado.
O
USO DOS MITOS POR PLATÃO (Prof. José Antônio Brazão.):
Platão,
em seus livros, além de mostrar-se um grande escritor e filósofo, faz uso
frequente de um recurso de ensino-aprendizado: o MITO. Mito é uma história, um
relato.
Mitos
eram histórias sagradas que contavam histórias de deuses e deusas e de seres
diversos, fantásticos, que estão na origem de todas as coisas. Deuses e deusas
são imortais, eternos. O conjunto dos mitos de um povo constitui o que se chama
MITOLOGIA. Portanto, os mitos eram marcantemente religiosos.
O
que Platão fez? Platão soube explorar o poder dos mitos, enquanto histórias,
para criar mitos próprios, filosóficos, com fins de ensino-aprendizado de
FILOSOFIA!! Um desses mitos foi é o mito (alegoria) da caverna. Outro, também
no livro República, o MITO DE ER, um
pastor cuja alma foi elevada até o mundo da eternidade, pós-morte, e ali
conheceu como ocorre o ciclo de idas e vindas (a reencarnação) das almas,
crença provavelmente advinda do contato de Platão com o pitagorismo.
No
livro BANQUETE, que tem como tema o amor, vários mitos filosóficos aparecem.
Vale a pena dar uma olhada futuramente (fica aqui o convite à leitura).
No
mundo atual, só para fazermos uma comparação, mitos são ainda usados como
recursos literários e cinematográficos! Por exemplo: Nos livros da trilogia O
SENHOR DOS ANÉIS, no livro CRÔNICAS DE NÁRNIA, entre outros tantos, inclusive
transformados em filmes. Os filmes FÚRIA DE TITÃS e PERCY JACKSON, além de
outros, podem ser igualmente citados. Daí a gente vê o poder dos mitos e o
quanto a separação entre a filosofia e os mitos não foi abrupta (imediata), mas
ambos, apesar das diferenças, continuam convivendo, junto com as ciências e as
religiões.
Platão,
com certeza, sabia do poder do relato mítico e usou-o muito bem para transmitir
conhecimentos filosóficos. Junto com esse relato, a estrutura de DIÁLOGOS na
maioria dos livros platônicos. Dois recursos de transmissão de ideias muito
interessantes e bem usados em conjunto.
VÍDEO CURTO:
“[Episódio] 05 - Ser Ou Não Ser - Platão, O Mito Da Caverna - Viviane Mosé -
Fantástico.flv” . Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=ei-kSPL4Lg4
REFERÊNCIAS:
ARANHA, Maria L. de A. e MARTINS,
Maria H. P. Filosofando: Introdução à
Filosofia. 4.ed. São Paulo, Moderna, 2009.
CHAUÍ,
Marilena. Iniciação à Filosofia.
3.ed. São Paulo, Ática, 2017.
PLATÃO. Críton ou Do Dever. Disponível em: < http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/cv000015.pdf
> Acesso em 02 de maio de 2021.
PLATÃO. Críton ou Do Dever. Em audiobook (áudio-livro). Disponível em: <
https://www.youtube.com/watch?v=zEV56ncVeKM
> Acesso em 02 de maio de 2021.
PLATÃO. Fédon ou da
Imortalidade da Alma. Disponível em: < http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/cv000031.pdf >
Acesso em 09 de maio de 2021.
WIKIPÉDIA. Página Principal. Disponível em: < https://pt.wikipedia.org/wiki/Wikip%C3%A9dia:P%C3%A1gina_principal
> Acesso em 07 de março de 2021.
WIKIPÉDIA. Helena (mitologia). Disponível em: < https://pt.wikipedia.org/wiki/Helena_(mitologia)
> Acesso em 11 de abril de 2021.
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