domingo, 30 de maio de 2021

AULA ZOOM 17 DE FILOSOFIA – TERCEIROS ANOS E EP3: JEAN-JACQUES ROUSSEAU E O INDIANISMO NO BRASIL (Prof. José Antônio Brazão.)

 SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DE GOIÁS

COORDENAÇÃO REGIONAL METROPOLITANA DE EDUCAÇÃO DE GOIÂNIA

COLÉGIO ESTADUAL DEPUTADO JOSÉ DE ASSIS

ENSINO MÉDIO E PROFISSIONALIZANTE – TERCEIROS ANOS

FILOSOFIA – PROF. JOSÉ ANTÔNIO BRAZÃO.

AULA ZOOM 17 DE FILOSOFIA – TERCEIROS ANOS E EP3:

Diálogo interdisciplinar com Língua Portuguesa, a História e a Arte.

POLÍTICA:

POLÍTICA NA IDADE MODERNA:

JEAN-JACQUES ROUSSEAU (SÉCULO XVIII):

JEAN-JACQUES ROUSSEAU E O INDIANISMO NO BRASIL

(Prof. José Antônio Brazão.)

O ideal rousseauniano de homem bom na natureza deu origem ao mito do bom selvagem, que veio, depois, a aparecer, inclusive, na literatura indianista e romântica brasileira. O índio selvagem ideal aparece nos livros de indianistas brasileiros como José de Alencar e Gonçalves Dias, dentre outros, puro, sem maldade, corajoso, leal, forte e com certa beleza. O escritor José de Alencar, por exemplo, apresenta Peri (o personagem principal de O Guarani), Iracema (personagem de livro do mesmo nome) e Ubirajara. Iracema era uma índia bela e corajosa. Em Gonçalves Dias, I-Juca-Pirama, descrito em belo poema.

IMAGENS:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Jos%C3%A9_de_Alencar (Principal)

https://pt.wikipedia.org/wiki/Gon%C3%A7alves_Dias (Principal)

Conjunto 1 de slides (José Martiniano de Alencar, cearense, séc. XIX):

https://pt.wikipedia.org/wiki/Jos%C3%A9_de_Alencar#/media/Ficheiro:Jose_de_Alencar.png

Conjunto 2 (Antônio Gonçalves Dias, maranhense, século XIX):

https://pt.wikipedia.org/wiki/Gon%C3%A7alves_Dias#/media/Ficheiro:Gon%C3%A7alves_dias.jpg

Pinturas indianistas brasileiras:

https://www.google.com/search?q=pinturas+indianistas+brasileiras&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwidwInmx_LwAhVqD7kGHVt9DLwQ_AUoAXoECAEQAw&biw=1242&bih=597

Em O Guarani, Alencar conta as peripécias pelas quais passa o índio Peri, que conviveu com uma família, em uma fazenda. Aí conheceu Cecília, por ele chamada de Ceci, à qual aprendeu a amar de forma pura e verdadeira. Peri é um índio forte, corajoso, valoroso, justo, educado. Mas o livro mostra também o mal: índios que atacam a fazenda, que prendem inimigos e comem suas carnes (canibalismo). Até mesmo Peri, em certa ocasião, preso pelos inimigos de sua tribo, viria a ser comido por eles, mas conseguiu escapar. O livro mostra um homem ambicioso, capaz até de matar, figura do mundo social em que as pessoas se tornaram ambiciosas e interesseiras, em contraposição à pureza e ao desinteresse (falta de ambição) do selvagem Peri. Ao final do livro, a fazenda em que viviam Peri, Cecília e a família desta é destruída. Ocorre também uma enorme enchente (algo que remete ao dilúvio bíblico), em que as águas matam muita gente. Em uma canoa, em fuga, no rio, salvos, restam Peri e Ceci. É um verdadeiro retorno do homem (homem e mulher) à natureza.

IMAGENS (Pinturas que mostram Cecília e Peri):

https://www.google.com/search?q=pintura+que+mostra+ceci+e+peri&hl=pt-BR&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwiDwOSiyfLwAhX7HbkGHbvtD18Q_AUoAXoECAEQAw&biw=1242&bih=597

Curiosamente, há mitos antigos que falam do dilúvio. Por exemplo: o de Noé, na Bíblia, em que este e sua família se livram através da arca (barco enorme), com casais de animais, e vêm a repovoar a Terra; o de Deucalião, da mitologia grega, que, com sua mulher, após grande dilúvio enviado pelos deuses, repovoam a Terra, lançando pedras pelo caminho, as quais deram origem a pessoas (homens e mulheres, conforme as pedras eram lançadas por Deucalião ou sua mulher). Sem dúvida, Alencar conhecia bem o mito bíblico e, provavelmente, outros.

IMAGENS:

Mito de Deucalião (mitologia grega):

https://www.google.com/search?q=mito+de+deucali%C3%A3o&hl=pt-BR&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwip3YzsyfLwAhVZGrkGHZ0DDjwQ_AUoAXoECAEQAw&biw=1242&bih=597

Dilúvio de Noé (no livro bíblico do Gênesis):

https://www.google.com/search?q=dil%C3%BAvio+de+no%C3%A9&hl=pt-BR&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwiw8Pe5yvLwAhWhA9QKHcnfAHsQ_AUoAXoECAEQAw&biw=1242&bih=597

O poema I-Juca-Pirama, de Gonçalves Dias, relata a história de um índio que havia sido preso por tribo inimiga, levado ao meio da taba (aldeia indígena), e que viria a ser devorado pelos índios (canibalismo), mas que acabou não sendo, por causa do medo que demonstrou de morrer e por dó do pai envelhecido e cego. Criticado e escorraçado pelo pai por causa da covardia, entra em luta e mata muitos inimigos, os quais, vendo, então, seu valor e sua imensa coragem e decidiram deixá-lo livre. O poema é relatado por um índio que presenciou os acontecimentos. Ideal do índio forte, corajoso e destemido, ainda que muito humano.

Texto completo de I-JUCA-PIRAMA, no Domínio Público:

Texto 1:

http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000113.pdf

Texto 2:

http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bn000007.pdf

REFERÊNCIAS:

ARANHA, Maria L. de A. e MARTINS, Maria H. P. Filosofando: Introdução à Filosofia. 4.ed. São Paulo, Moderna, 2009.

CHAUÍ, Marilena et alii. Filosofia Primeira: Lições Introdutórias. 7.ed. São Paulo, Brasiliense, 1987.

CHAUÍ, Marilena. Iniciação à Filosofia. (Manual do Professor) 3.ed. São Paulo, Ática, 2017.

DIAS, Gonçalves. I-Juca-Pirama. Disponível em: < http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000113.pdf > Acesso em 30 de maio de 2021.

DIAS, Gonçalves. I-Juca-Pirama. Disponível em: < Gonçalves. I-Juca-Pirama. Disponível em: < http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bn000007.pdf > Acesso em 30 de maio de 2021.

GOOGLE. Google Imagens. Disponível em: < https://www.google.com/imghp?hl=pt-BR > Acesso em 18 de abril de 2021.

ROUSSEAU, J. J. Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens. São Paulo: Nova Cultural, 1999.

WIKIPÉDIA. Página Principal. Disponível em: < https://pt.wikipedia.org/wiki/Wikip%C3%A9dia:P%C3%A1gina_principal > Acessos ao longo de abril de 2021.

 

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