SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DE GOIÁS
COORDENAÇÃO
REGIONAL METROPOLITANA DE EDUCAÇÃO DE GOIÂNIA
COLÉGIO
ESTADUAL DEPUTADO JOSÉ DE ASSIS
ENSINO
MÉDIO E PROFISSIONALIZANTE – TERCEIROS ANOS
FILOSOFIA
– PROF. JOSÉ ANTÔNIO BRAZÃO.
AULA
ZOOM 17 DE FILOSOFIA – TERCEIROS ANOS E EP3:
Diálogo interdisciplinar com Língua
Portuguesa, a História e a Arte.
POLÍTICA:
POLÍTICA
NA IDADE MODERNA:
JEAN-JACQUES
ROUSSEAU (SÉCULO XVIII):
JEAN-JACQUES
ROUSSEAU E O INDIANISMO NO BRASIL
(Prof. José
Antônio Brazão.)
O ideal rousseauniano de
homem bom na natureza deu origem ao mito do bom selvagem, que veio, depois, a aparecer,
inclusive, na literatura indianista e romântica brasileira. O índio selvagem
ideal aparece nos livros de indianistas brasileiros como José de Alencar e Gonçalves Dias, dentre outros, puro, sem
maldade, corajoso, leal, forte e com certa beleza. O escritor José de Alencar,
por exemplo, apresenta Peri (o personagem principal de O Guarani), Iracema (personagem de livro do
mesmo nome) e Ubirajara.
Iracema era uma índia bela e
corajosa. Em Gonçalves Dias, I-Juca-Pirama, descrito em belo poema.
IMAGENS:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jos%C3%A9_de_Alencar
(Principal)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Gon%C3%A7alves_Dias
(Principal)
Conjunto 1 de
slides (José Martiniano de Alencar, cearense, séc. XIX):
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jos%C3%A9_de_Alencar#/media/Ficheiro:Jose_de_Alencar.png
Conjunto 2 (Antônio Gonçalves Dias,
maranhense, século XIX):
https://pt.wikipedia.org/wiki/Gon%C3%A7alves_Dias#/media/Ficheiro:Gon%C3%A7alves_dias.jpg
Pinturas indianistas brasileiras:
Em
O Guarani, Alencar conta as peripécias pelas quais passa o índio Peri, que
conviveu com uma família, em uma fazenda. Aí conheceu Cecília, por ele chamada de Ceci, à qual aprendeu a amar de
forma pura e verdadeira. Peri é um índio forte, corajoso, valoroso, justo,
educado. Mas o livro mostra também o mal: índios que atacam a fazenda, que
prendem inimigos e comem suas carnes (canibalismo). Até mesmo Peri, em certa
ocasião, preso pelos inimigos de sua tribo, viria a ser comido por eles, mas
conseguiu escapar. O livro mostra um homem ambicioso, capaz até de matar,
figura do mundo social em que as pessoas se tornaram ambiciosas e
interesseiras, em contraposição à pureza e ao desinteresse (falta de ambição)
do selvagem Peri. Ao final do
livro, a fazenda em que viviam Peri, Cecília e a família desta é destruída.
Ocorre também uma enorme enchente (algo que remete ao dilúvio bíblico), em que
as águas matam muita gente. Em uma canoa, em fuga, no rio, salvos, restam Peri e Ceci. É um verdadeiro retorno
do homem (homem e mulher) à natureza.
IMAGENS (Pinturas
que mostram Cecília e Peri):
Curiosamente,
há mitos antigos que falam do dilúvio. Por exemplo: o de Noé, na Bíblia,
em que este e sua família se livram através da arca (barco enorme), com casais
de animais, e vêm a repovoar a Terra; o de Deucalião, da mitologia grega, que,
com sua mulher, após grande dilúvio enviado pelos deuses, repovoam a Terra,
lançando pedras pelo caminho, as quais deram origem a pessoas (homens e
mulheres, conforme as pedras eram lançadas por Deucalião ou sua mulher). Sem
dúvida, Alencar conhecia bem o mito bíblico e, provavelmente, outros.
IMAGENS:
Mito de Deucalião (mitologia
grega):
Dilúvio de Noé (no livro bíblico do
Gênesis):
O poema I-Juca-Pirama, de
Gonçalves Dias, relata a história de um índio que havia sido preso por tribo inimiga, levado ao meio da
taba (aldeia indígena), e que
viria a ser devorado pelos índios (canibalismo), mas que acabou não sendo, por
causa do medo que demonstrou de morrer e por dó do pai envelhecido e cego.
Criticado e escorraçado pelo pai por causa da covardia, entra em luta e mata
muitos inimigos, os quais, vendo, então, seu valor e sua imensa coragem e
decidiram deixá-lo livre. O poema é relatado por um índio que presenciou os
acontecimentos. Ideal do índio forte, corajoso e destemido, ainda que muito humano.
Texto
completo de I-JUCA-PIRAMA, no Domínio
Público:
Texto 1:
http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000113.pdf
Texto 2:
http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bn000007.pdf
REFERÊNCIAS:
ARANHA, Maria L. de A. e MARTINS,
Maria H. P. Filosofando: Introdução à
Filosofia. 4.ed. São Paulo, Moderna, 2009.
CHAUÍ, Marilena et alii. Filosofia Primeira: Lições Introdutórias.
7.ed. São Paulo, Brasiliense, 1987.
CHAUÍ, Marilena. Iniciação à Filosofia. (Manual do
Professor) 3.ed. São Paulo, Ática, 2017.
DIAS, Gonçalves. I-Juca-Pirama. Disponível em: < http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000113.pdf
> Acesso em 30 de maio de 2021.
DIAS, Gonçalves. I-Juca-Pirama. Disponível em: <
Gonçalves. I-Juca-Pirama. Disponível
em: < http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bn000007.pdf
> Acesso em 30 de maio de 2021.
GOOGLE. Google Imagens. Disponível em: < https://www.google.com/imghp?hl=pt-BR
> Acesso em 18 de abril de 2021.
ROUSSEAU,
J. J. Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os
homens. São Paulo: Nova Cultural, 1999.
WIKIPÉDIA. Página Principal. Disponível
em: < https://pt.wikipedia.org/wiki/Wikip%C3%A9dia:P%C3%A1gina_principal
> Acessos ao longo de abril de 2021.
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