SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DE GOIÁS
COORDENAÇÃO
REGIONAL METROPOLITANA DE EDUCAÇÃO DE GOIÂNIA
COLÉGIO
ESTADUAL DEPUTADO JOSÉ DE ASSIS
ENSINO
MÉDIO E PROFISSIONALIZANTE – TERCEIROS ANOS
FILOSOFIA
– PROF. JOSÉ ANTÔNIO BRAZÃO.
AULA
ZOOM 1 DE FILOSOFIA – TERCEIROS ANOS E EP3:
ÉTICA:
(Prof. José Antônio Brazão.)
SECRETARIA DE
ESTADO DA EDUCAÇÃO DE GOIÁS
SUBSECRETARIA
METROPOLITANA DE EDUCAÇÃO
COLÉGIO ESTADUAL
DEPUTADO JOSÉ DE ASSIS
TABELA DA ÉTICA
(Prof. José Antônio Brazão.)
VALOR ÉTICO |
SINÔNIMOS |
BENEFÍCIOS PARA A
PESSOA E A SOCIEDADE |
ANTÔNIMOS |
PREJUÍZOS DOS ANTÔNIMOS
PARA A PESSOA E A SOCIEDADE |
SOLIDARIEDADE |
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LIBERDADE
DE CRENÇA |
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TOLERÂNCIA |
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COMPAIXÃO |
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AUTOCONTROLE |
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RESPEITO |
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PERSEVERANÇA |
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DECÊNCIA |
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AMOR |
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LEALDADE |
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FIDELIDADE |
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AMIZADE |
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HONESTIDADE |
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JUSTIÇA |
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OBS.:
DIÁLOGO INTERDISCIPLINAR COM A LÍNGUA PORTUGUESA.
“A origem da
palavra ética vem do grego ethos, que quer dizer o modo de ser, o caráter. Os
romanos traduziram o ethos grego, para o latim mos (ou no plural mores), que
quer dizer costume, de onde vem a palavra moral.
Tanto ethos
(caráter) como mos (costume) indicam um tipo de comportamento propriamente
humano que não é natural, o homem não nasce com ele como se fosse um instinto,
mas que é ‘adquirido ou conquistado por hábito’ (VÁZQUEZ). Portanto, ética e
moral, pela própria etimologia, dizem respeito a uma realidade humana que é
construída histórica e socialmente a partir das relações coletivas dos seres
humanos nas sociedades onde nascem e vivem.” (ENCICLOPÉDIA DIGITAL DIREITOS
HUMANOS II. O que é ética. Apud FURG
– Gabinete do Reitor. Disponível em: < https://eticapublica.furg.br/moral-e-etica?id=26#:~:text=A%20origem%20da%20palavra%20%C3%A9tica,modo%20de%20ser%2C%20o%20car%C3%A1ter.&text=Portanto%2C%20%C3%A9tica%20e%20moral%2C%20pela,sociedades%20onde%20nascem%20e%20vivem. > Acesso em 01
de fevereiro de 2021.)
Explicando:
Trecho 1:
“A origem da palavra ética vem do grego ethos, que quer dizer o modo de ser, o
caráter.” O caráter de uma
pessoa é o modo de ser da pessoa conforme a prática dos valores morais. Hoje,
por exemplo, quando se diz aquela é uma mulher de caráter se quer dizer que
essa mulher age conforme valores morais (honestidade, respeito, tolerância,
entre outros) que aprendeu ao longo da vida, em casa (mãe, pai, irmãos e irmãs,
parentes...) e em situações sociais diversas (convívios, religião, etc.),
preocupando-se consigo e com as pessoas ao redor, com a sociedade como um todo.
Quando se diz que alguém é um mal caráter, por exemplo, se quer dizer que
aquela pessoa, mesmo tendo aprendido algum valor moral, não pratica devidamente
os valores morais e, portanto, prejudica outras pessoas.
Trecho 2:
“Os romanos traduziram o ethos grego, para o latim mos (ou no plural mores),
que quer dizer costume, de onde vem a palavra moral.” Costume
é aquilo que se faz por hábito, isto é, por repetição. Uma virtude ou um valor
ético (moral) não se aprende observando sua prática uma única vez, nem se praticando
uma única vez na vida. A prática dos valores morais, ao ser realizada muitas
vezes, ao longo da vida, nasce do caráter (ver acima) da pessoa e o fortalece.
Trecho 3:
“Tanto ethos (caráter) como mos (costume) indicam um tipo de comportamento
propriamente humano que não é natural, o homem não nasce com ele como se fosse
um instinto, mas que é ‘adquirido ou conquistado por hábito’ (VÁZQUEZ).” O
caráter e o costume são humanos porque não praticados por outros animais. São
resultados de comportamentos humanos, ou seja, das ações humanas baseadas na
RAZÃO (intelecto) e na PRÁTICA cotidiana, constante, tornada hábito, bem como
em regras de convivência estabelecidas pelos grupos humanos fundadas em acordos
informais ou formais – informais, quando brotam espontaneamente da busca do bem
comum; informais, quando são transformados em normas, regras, leis.
Baseadas
na RAZÃO, porque são valores nascidos da reflexão, do pensamento, da palavra e
até mesmo da discussão entre as pessoas, dentro do tempo e do espaço
históricos. As ações daí decorrentes têm razões, porquês, de serem assim como
são. Exemplo: a proibição de escravizar alguém advém do fato das pessoas terem
o direito à liberdade e à vida livre.
Animais
não criam leis, não inventam valores, mas agem por instinto (ação natural [ação
que é fruto da própria natureza], como o joão de barro que faz sua casinha
sempre seguindo um padrão natural) ou treinamento feito pelos próprios seres
humanos (ex.: cães treinados). As ações morais humanas são ensinadas,
aprendidas, reforçadas pelo hábito (costume), pela educação, pela religião,
pelas crenças, pela necessidade de bem conviver com outras pessoas em
sociedade.
Trecho 4:
“Portanto, ética e moral, pela própria etimologia, dizem respeito a uma
realidade humana que é construída histórica e socialmente a partir das relações
coletivas dos seres humanos nas sociedades onde nascem e vivem.” Ética e moral,
que traduzem a mesma realidade da necessidade da prática de valores. Valor é
aquilo que vale, que tem peso, no caso, que tem peso e significado para o bem
de cada pessoa e de toda a sociedade (bem comum) e que, portanto, deve ser
buscado e vivenciado – o valor ético-moral da honestidade, da solidariedade, da
tolerância, do respeito, da dignidade, etc.
A
“realidade humana (...) é construída histórica e socialmente a partir das
relações coletivas dos seres humanos nas sociedades onde nascem e vivem”. A
realidade humana é histórica em razão de que tudo o que os seres humanos
encontra-se dentro da história – cada ser humano é um ser histórico e coletivo
(ninguém vive isolado como se fosse um animal solitário), a própria história é
coletiva. Uma pandemia é pandemia porque ataca as coletividades – e cada
pandemia é histórica (a peste negra, a gripe espanhola, a doença da vaca louca
que foi controlada em tempo, a pandemia da gripe H1N1, a pandemia da COVID-19,
etc.).
Os
valores humanos, ético-morais, são frutos de coletividades e do tempo
histórico, isto é, não nasceram de um dia para outro. São frutos de vivências
coletivas. É claro, quando se fala “das relações coletivas dos seres humanos
nas sociedades onde nascem e vivem” é porque a realidade humana, de cada
pessoa, ocorre dentro de grupos, podendo haver variações em modos de encarar
certos aspectos morais – por exemplo: numa sociedade indígena, no Brasil e em
outros lugares do mundo, era (e é, em muitos casos) normal andar pelado ou
quase pelado (Caminha ficou espantado com a nudez indígena no Brasil, como
mostra em sua carta sobre a descoberta do Brasil), sendo que para outros povos
andar nu é terminante proibido e pode dar cadeia (prisão), inclusive, conforme
as leis dessa sociedade. No entanto, há valores universais: do respeito, da
dignidade, direitos naturais (por ser humano), como se pode ver, muito bem,
hoje, na Declaração Universal dos Direitos Humanos, da ONU (Organização das
Nações Unidas).
REFERÊNCIAS:
CHAUÍ, Marilena. Iniciação à Filosofia. (Manual do
Professor) 3.ed. São Paulo, Ática, 2017.
ENCICLOPÉDIA DIGITAL DIREITOS
HUMANOS II. O que é ética. Apud FURG
– Gabinete do Reitor. Disponível em: < https://eticapublica.furg.br/moral-e-etica?id=26#:~:text=A%20origem%20da%20palavra%20%C3%A9tica,modo%20de%20ser%2C%20o%20car%C3%A1ter.&text=Portanto%2C%20%C3%A9tica%20e%20moral%2C%20pela,sociedades%20onde%20nascem%20e%20vivem.
> Acesso em 01 de fevereiro de 2021.
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