domingo, 31 de janeiro de 2021

AULA ZOOM 1 DE FILOSOFIA – TERCEIROS ANOS E EP3 (Prof. José Antônio Brazão.)

 SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DE GOIÁS

COORDENAÇÃO REGIONAL METROPOLITANA DE EDUCAÇÃO DE GOIÂNIA

COLÉGIO ESTADUAL DEPUTADO JOSÉ DE ASSIS

ENSINO MÉDIO E PROFISSIONALIZANTE – TERCEIROS ANOS

FILOSOFIA – PROF. JOSÉ ANTÔNIO BRAZÃO.

AULA ZOOM 1 DE FILOSOFIA – TERCEIROS ANOS E EP3:

ÉTICA: (Prof. José Antônio Brazão.)

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DE GOIÁS

SUBSECRETARIA METROPOLITANA DE EDUCAÇÃO

COLÉGIO ESTADUAL DEPUTADO JOSÉ DE ASSIS

TABELA DA ÉTICA (Prof. José Antônio Brazão.)

VALOR ÉTICO

SINÔNIMOS

BENEFÍCIOS PARA A PESSOA E A SOCIEDADE

ANTÔNIMOS

PREJUÍZOS DOS ANTÔNIMOS PARA A PESSOA E A SOCIEDADE

SOLIDARIEDADE

 

 

 

 

LIBERDADE DE CRENÇA

 

 

 

 

TOLERÂNCIA

 

 

 

 

COMPAIXÃO

 

 

 

 

AUTOCONTROLE

 

 

 

 

RESPEITO

 

 

 

 

PERSEVERANÇA

 

 

 

 

DECÊNCIA

 

 

 

 

AMOR

 

 

 

 

LEALDADE

 

 

 

 

FIDELIDADE

 

 

 

 

AMIZADE

 

 

 

 

HONESTIDADE

 

 

 

 

JUSTIÇA

 

 

 

 

OBS.: DIÁLOGO INTERDISCIPLINAR COM A LÍNGUA PORTUGUESA.

 Abrir discussão sobre os valores e seus opostos no contexto histórico atual.

 Ética e moral são palavras similares. De acordo com a Enciclopédia Digital Direitos Humanos II:

“A origem da palavra ética vem do grego ethos, que quer dizer o modo de ser, o caráter. Os romanos traduziram o ethos grego, para o latim mos (ou no plural mores), que quer dizer costume, de onde vem a palavra moral.

Tanto ethos (caráter) como mos (costume) indicam um tipo de comportamento propriamente humano que não é natural, o homem não nasce com ele como se fosse um instinto, mas que é ‘adquirido ou conquistado por hábito’ (VÁZQUEZ). Portanto, ética e moral, pela própria etimologia, dizem respeito a uma realidade humana que é construída histórica e socialmente a partir das relações coletivas dos seres humanos nas sociedades onde nascem e vivem.” (ENCICLOPÉDIA DIGITAL DIREITOS HUMANOS II. O que é ética. Apud FURG – Gabinete do Reitor. Disponível em: < https://eticapublica.furg.br/moral-e-etica?id=26#:~:text=A%20origem%20da%20palavra%20%C3%A9tica,modo%20de%20ser%2C%20o%20car%C3%A1ter.&text=Portanto%2C%20%C3%A9tica%20e%20moral%2C%20pela,sociedades%20onde%20nascem%20e%20vivem. > Acesso em 01 de fevereiro de 2021.)

Explicando:

Trecho 1: “A origem da palavra ética vem do grego ethos, que quer dizer o modo de ser, o caráter.” O caráter de uma pessoa é o modo de ser da pessoa conforme a prática dos valores morais. Hoje, por exemplo, quando se diz aquela é uma mulher de caráter se quer dizer que essa mulher age conforme valores morais (honestidade, respeito, tolerância, entre outros) que aprendeu ao longo da vida, em casa (mãe, pai, irmãos e irmãs, parentes...) e em situações sociais diversas (convívios, religião, etc.), preocupando-se consigo e com as pessoas ao redor, com a sociedade como um todo. Quando se diz que alguém é um mal caráter, por exemplo, se quer dizer que aquela pessoa, mesmo tendo aprendido algum valor moral, não pratica devidamente os valores morais e, portanto, prejudica outras pessoas.

Trecho 2: “Os romanos traduziram o ethos grego, para o latim mos (ou no plural mores), que quer dizer costume, de onde vem a palavra moral.”  Costume é aquilo que se faz por hábito, isto é, por repetição. Uma virtude ou um valor ético (moral) não se aprende observando sua prática uma única vez, nem se praticando uma única vez na vida. A prática dos valores morais, ao ser realizada muitas vezes, ao longo da vida, nasce do caráter (ver acima) da pessoa e o fortalece.

Trecho 3: “Tanto ethos (caráter) como mos (costume) indicam um tipo de comportamento propriamente humano que não é natural, o homem não nasce com ele como se fosse um instinto, mas que é ‘adquirido ou conquistado por hábito’ (VÁZQUEZ).” O caráter e o costume são humanos porque não praticados por outros animais. São resultados de comportamentos humanos, ou seja, das ações humanas baseadas na RAZÃO (intelecto) e na PRÁTICA cotidiana, constante, tornada hábito, bem como em regras de convivência estabelecidas pelos grupos humanos fundadas em acordos informais ou formais – informais, quando brotam espontaneamente da busca do bem comum; informais, quando são transformados em normas, regras, leis.

Baseadas na RAZÃO, porque são valores nascidos da reflexão, do pensamento, da palavra e até mesmo da discussão entre as pessoas, dentro do tempo e do espaço históricos. As ações daí decorrentes têm razões, porquês, de serem assim como são. Exemplo: a proibição de escravizar alguém advém do fato das pessoas terem o direito à liberdade e à vida livre.

Animais não criam leis, não inventam valores, mas agem por instinto (ação natural [ação que é fruto da própria natureza], como o joão de barro que faz sua casinha sempre seguindo um padrão natural) ou treinamento feito pelos próprios seres humanos (ex.: cães treinados). As ações morais humanas são ensinadas, aprendidas, reforçadas pelo hábito (costume), pela educação, pela religião, pelas crenças, pela necessidade de bem conviver com outras pessoas em sociedade.

Trecho 4: “Portanto, ética e moral, pela própria etimologia, dizem respeito a uma realidade humana que é construída histórica e socialmente a partir das relações coletivas dos seres humanos nas sociedades onde nascem e vivem.” Ética e moral, que traduzem a mesma realidade da necessidade da prática de valores. Valor é aquilo que vale, que tem peso, no caso, que tem peso e significado para o bem de cada pessoa e de toda a sociedade (bem comum) e que, portanto, deve ser buscado e vivenciado – o valor ético-moral da honestidade, da solidariedade, da tolerância, do respeito, da dignidade, etc.

A “realidade humana (...) é construída histórica e socialmente a partir das relações coletivas dos seres humanos nas sociedades onde nascem e vivem”. A realidade humana é histórica em razão de que tudo o que os seres humanos encontra-se dentro da história – cada ser humano é um ser histórico e coletivo (ninguém vive isolado como se fosse um animal solitário), a própria história é coletiva. Uma pandemia é pandemia porque ataca as coletividades – e cada pandemia é histórica (a peste negra, a gripe espanhola, a doença da vaca louca que foi controlada em tempo, a pandemia da gripe H1N1, a pandemia da COVID-19, etc.).

Os valores humanos, ético-morais, são frutos de coletividades e do tempo histórico, isto é, não nasceram de um dia para outro. São frutos de vivências coletivas. É claro, quando se fala “das relações coletivas dos seres humanos nas sociedades onde nascem e vivem” é porque a realidade humana, de cada pessoa, ocorre dentro de grupos, podendo haver variações em modos de encarar certos aspectos morais – por exemplo: numa sociedade indígena, no Brasil e em outros lugares do mundo, era (e é, em muitos casos) normal andar pelado ou quase pelado (Caminha ficou espantado com a nudez indígena no Brasil, como mostra em sua carta sobre a descoberta do Brasil), sendo que para outros povos andar nu é terminante proibido e pode dar cadeia (prisão), inclusive, conforme as leis dessa sociedade. No entanto, há valores universais: do respeito, da dignidade, direitos naturais (por ser humano), como se pode ver, muito bem, hoje, na Declaração Universal dos Direitos Humanos, da ONU (Organização das Nações Unidas).

REFERÊNCIAS:

CHAUÍ, Marilena. Iniciação à Filosofia. (Manual do Professor) 3.ed. São Paulo, Ática, 2017.

ENCICLOPÉDIA DIGITAL DIREITOS HUMANOS II. O que é ética. Apud FURG – Gabinete do Reitor. Disponível em: < https://eticapublica.furg.br/moral-e-etica?id=26#:~:text=A%20origem%20da%20palavra%20%C3%A9tica,modo%20de%20ser%2C%20o%20car%C3%A1ter.&text=Portanto%2C%20%C3%A9tica%20e%20moral%2C%20pela,sociedades%20onde%20nascem%20e%20vivem. > Acesso em 01 de fevereiro de 2021.


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